Ele era como uma lua. Não iluminava a noite, mas escurecia a luz do sol. Escondia quem brilhava, tomava o brilho para si, tomava a felicidade e a beleza como se fosse dele.
Já ela era como uma estrela. Brilhava na escuridão, era uma guia para os astronautas, que se aventuravam em seu corpo. Era bela e singela, apesar de facilmente ofuscada no meio de tantas outras.
Ele se perguntava se haveria vida no céu: em Marte, Vênus e Júpiter. Ela vivia em volta dele, como os anéis de Saturno. A pobrezinha andava em círculos, num universo infinito. Ele era como droga em seu sangue: destrutivo e viciante.
Ela acreditava poder mudar alguém tão rude, mesmo que demorasse, assim como a água corrente fura uma rocha. Menina tola que perdia a vida pelo menino tolo. Menino de mente enevoada, confusa e sem luz própria.
Volte para o céu, menina. Não seja uma estrela cadente. Brilhe, volte para as estrelas. Volte para a astrologia, sonhos e céu. Volte para a Terra, menino. Não seja tão escuro, ponha os pés no chão, essa vida de sonhador não é pra ti, não ofusque o brilho jovial dela. Volte para a ciência, física e matemática.
Pois existe vida no céu, dizia ela, é lá onde moro.
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