História Crônicas Solitárias - O Problema da Internet

Há pouco tempo, fiquei sem luz.

Surtei, é claro! O que eu iria fazer? Meu celular estava quase sem bateria, como eu suportaria ficar sem música? E meu nootbook, a bateria estava cheia, mas era inútil sem qualquer internet. Como eu iria me entreter? Morreria de tédio. E ainda eram dez da noite, cedo demais para dormir.

Fiquei emburrada, foi necessário um simples e pequeno comentário para que eu brigasse com a família inteirinha. Me tranquei no quarto. O que eu iria fazer? Queria falar com meus amigos, afinal a internet está aqui para acabar com a distância, não é? E meus amigos estavam tão longe.

Foi aí que minha mãe me chamou. “Vamos jogar cartas, minha filha”, disse ela. Reunimos toda a família para jogar cartas, mas eu continuava emburrada. Okay, agora eu poderia me entreter, mas eu ainda queria ouvir música!

Meu irmão pegou, então, seu violão. Tocou para nós, mesmo que meio desastrado. Minha mãe até cantou um ou dois versos. Meu pai (que nunca me permitiu vê-lo tocar) também tocou um pouco. Mas eu continuava emburrada. Okay, agora eu tinha música, mas eu ainda queria diminuir a distância com quem eu amava.

Ora, como fui boba! Meu irmão estava ao meu lado, minha mãe e meu pai jogavam cartas comigo. Minha cachorrinha dormia e minha gata subiu na mesa. Todos que eu amava estavam ali e era eu quem estava me distanciando deles, quando tudo o que eu queria era proximidade com quem eu me importava. Mas eu continuava emburrada.

Então, quando o jogo de cartas acabou, fui para meu nootbook. Comecei a escrever as crônicas que prometi escrever nas férias, mas que acabei procrastinando, por falta de inspiração. E aqui estou eu, agora, escrevendo esta crônica. Nem sei onde quero chegar.

Só sei que o sono chegou mais cedo. Logo eu, que sempre gostei de dormir tarde! Afinal, qual é o ponto desta crônica simplória? Caro leitor, você precisa aprender a sorrir sem foto, conversar sem celular e amar sem condições.

A internet é maravilhosa. Mas a vida é melhor ainda.