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História Cross The Line 2 - 911


Escrita por: Ivy_Leto

Notas do Autor


Adivinhem quem voltou? \o/

E quem vai apanhar dos leitores também? \o/

Eu fiquei afastada mais uma vez e por muito tempo. Peço desculpas mais uma vez.

Eu passei por momentos complicados na minha família, mas muito coisa boa também aconteceu. Também passei por um bloqueio criativo que quase me fez deixar tudo pra trás. Todas as minhas histórias e os planos de escrever novas.

Mas relendo os comentários de cada um de vocês, eu percebi que isso é minha terapia e não poderia nunca abandonar!

Obrigada mais uma vez à todos que leem, que comentam, que estão sempre aqui e até os que ficam escondidinhos e vem só pra ler, mas me deixam saber que estão aqui.

Beijokas!

Capítulo 50 - 911


-Jared! Jared, levanta por favor! Vamos, acorde! -  entrei na banheira e o puxei com dificuldade pra cima, o apoiei na borda e dei leves tapas em seu rosto pra tentar despertá-lo.

Meu Deus, será que ele está aqui há muito tempo? Será que engoliu muita água?” –pensei.

Me esforcei pra pensar rápido em alguma coisa que pudesse despertá-lo. Continuei batendo em seu rosto, fiz respiração boca a boca, chequei sua respiração e seu pulso. Não sabia se ele realmente não tinha os sinais ou se eu é quem estava nervosa demais para percebê-los. Olhei ao redor do quarto procurando algo que pudesse me ajudar e vi uma toalha que me fez ter uma ideia: saí depressa da banheira e peguei a toalha e corri pra pegar um frasco de álcool, mas só havia no andar debaixo. Então joguei todo o meu perfume nela e coloquei sobre o nariz de Jared, na tentativa de despertá-lo.

-Pelo amor de Deus, Jared! Não faz isso comigo, meu amor! –implorei, já com lágrimas descendo por meu rosto enquanto imaginava o pior.

 -Jared?! Acorda, vamos! Jared! -entrei na banheira e o puxei com dificuldade pra cima enquanto dava leves e firmes tapas em seu rosto.

O encostei na borda e puxei o tampão para que toda aquela água escorresse o mais depressa possível. Tentei puxá-lo pra fora, mas ele era mais pesado do que podia imaginar!

"Eu não posso fazer isso sozinha, vou acabar machucando ele." -pensei.

Olhei pra ele e coloquei o dorso da minha mão sobre seu nariz. Estava respirando. Chequei sua pulsação: fraca.

-Meu Deus, isso não pode estar acontecendo!!

Corri pra pegar o telefone e no instante em que ia discar um número, me bateu a dúvida: Shannon ou a emergência? Quem vai chegar primeiro? Shannon mora mais perto mas não vai saber o que fazer, mas ele pode morrer se a emergência demorar... disquei a emergência por fim, sem pensar demais e rezando pra que eles chegassem depressa.

- Você ligou para 911, Centro de Emergência de Los Angeles, Diana falando, qual a sua emergência?

-Meu marido aparentemente se afogou na banheira. Ele está com a pulsação fraca, mas continua respirando!

-Tudo bem, senhora. Onde exatamente ele está agora?       

-Está recostado na banheira, eu não consigo tirá-lo! -o pânico me atingiu quando me deparei em meio à tudo aquilo e com Jared ficando cada vez mais pálido. Seus lábios mudando de cor.

-Tudo bem, mantenha a calma e tente com toda a sua força, tirá-lo da banheira. Não tem ninguém que possa te ajudar?

Meus filhos... mas eles não teriam forças e só me deixariam mais nervosa.

-Não...- minha voz saiu tremida, quase sem força.

-Me passe seu endereço, vou encaminhar uma ambulância agora.

Assim que passei o endereço tornei a puxá-lo pra fora. Puxei até perder o ar, mas consegui deitá-lo no chão.

-Eu o tirei! -gritei pra ela.

-Bom trabalho! Agora faça respiração boca a boca e intercale com massagem cardíaca no peito dele, com cuidado.

Fiz o que ela mandou. Dezena de vezes.

-O que está acontecendo? -ela perguntou quando eu fiquei quieta por tempo demais.

-Não está adiantando! -Eu tremia da cabeça aos pés.

-Mãe?!

Sofia havia acabado de entrar no banheiro.

-Mãe! -ela gritou em desespero ao ver o pai ali no chão, inconsciente.

-Senhora, continue tentando! A ambulância está quase chegando.

-O que que aconteceu, mãe?! O meu pai não tá respirando? Ele se afogou?

A campainha tocando naquele exato momento foi o meu momento de alívio.

-Corre, abre a porta pros paramédicos!

Ela saiu depressa e em poucos instantes eles estavam do meu lado. Eram quatro. Dois com uma maca e um com uma maleta de socorros.

-Senhora, afaste-se. Pode desligar, assumimos daqui. - um deles me disse, se agachando ao lado de Jared.

Ele e o outro paramédico fizeram a massagem cardíaca e respiração boca a boca enquanto me faziam perguntas sobre os momentos que antecederam a chegada deles.

Eles viraram Jared de lado, seus lábios já quase perdendo a cor.

Eu não queria pensar no pior, então rezava desesperadamente pra Deus não tirar ele de mim. Não agora, não daquela maneira. Não na frente da nossa filha. A gente ainda tinha muitos planos, ainda éramos jovens e depois de tanta coisa que fizemos pra ficarmos juntos, não era justo que tudo acabasse assim!

Eu comecei a rezar.

Sofia me abraçava com toda a sua força enquanto chorava de soluçar.

-Mais uma vez! -um deles falou.

O que veio depois, fez meu coração parar de bater.

-Cof, cof, cof!!

E voltar a bater de novo, aliviado.

Eles estava vivo! Graças à Deus!

-Vamos, coloquem ele na maca, vamos seguir pro hospital central! Peguem o que julgarem imprescindível pra diagnosticarmos a causa. - ele ordenou apressado.

-Ele está bem? -perguntei um tanto confusa. Ele cuspiu a água que havia ingerido mas ainda estava fora de si, seus olhos não conseguiam abrir.

-Vamos levá-lo para o hospital para examiná-lo e deixá-lo em observação. Se necessário, o medicaremos. A senhora pode vir conosco.

Olhei pra Sofia. Pensei rápido no que fazer com ela e Noah, os paramédicos não podiam esperar.

-Entra com eles, vou pegar seu irmão.

Ela assentiu e correu para a ambulância enquanto eu pegava... ainda sonolento. No meio do caminho liguei pra Shannon.

Ele atendeu no segundo toque.

-Shannon! Estou indo pro hospital central com Jared. Ele se afogou na banheira, por favor me encontre lá o mais rápido que puder! Avise Constance, por favor!

Eu não o deixei falar muito porque não tinha condições de dar mais explicações e mesmo parecendo confuso com uma notícia daquela aquela hora da noite, ele disse que estava indo para lá.

Assim que chegamos, eles o levaram direto para a ala emergencial e eu não pude mais acompanhá-lo. Me sentia tão perdida naquele hospital que me trazia tantas lembranças boas e ruins...

-Mãe, o que o papai tem? – Noah me perguntou com toda a sua inocência, sem ter a mínima ideia do que estava acontecendo.

-Ele passou mal, meu amor.

-Ele vai ficar bem, não vai?

-Vai. – o peguei no colo.

Sofia me olhou quieta, mas eu podia ver que seu olhar dizia o quão amedrontada ela estava.

-Venham, fiquem aqui sentados, eu vou até a recepção. Não saiam da minha vista, por favor!

Eu esperava que ninguém tivesse visto nada para que não alertassem os paparazzi que fariam daquela situação um verdadeiro inferno pra gente. Tudo o que não precisávamos era que nossa privacidade fosse invadida naquele momento.

Assim que registrei a entrada de Jared no hospital, Shannon chegou.



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