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História Cross The Line 2 - Diagnóstico


Escrita por: Ivy_Leto

Notas do Autor


Boa madrugada, meninas!

Passando rapidinho pra postar pra vocês! <3

Desculpem a demora, mas eu fui trolada pelo meu celular, onde eu havia escrito o cap pra postar e ele não enviou. E hoje quando vim ler os comentários, cadê?

Mas aqui está! Espero que gostem! :D

Beijokas!

Capítulo 51 - Diagnóstico


 

-Stella! O que aconteceu meu irmão? Cadê ele? -Shannon me encontrou na recepção tão desesperado como eu jamais havia visto.

 

-Ele está na sala de emergência agora.

 

-Como foi isso? 

 

-Eu não sei... depois que vocês foram embora eu subi pro quarto e ele estava trancado dentro do banheiro. Não me respondia e por sorte eu tenho a chave reserva dos cômodos! Quando entrei, ele estava na banheira, desacordado. Foi a pior coisa que vi na minha vida! Nem vê-lo levar um tiro me apavorou tanto quanto isso!

 

-Meu Deus! Porque ele fez isso? Ele tá maluco?

 

-Eu não sei o motivo, mas alguma coisa ele tomou. Ele não ia dormir e se afogar. Ninguém faz uma coisa dessas!

 

-Meu Deus! Eu quero ver meu irmão! -ele rodou no corredor, procurando algum médico que pudesse ter notícias para dar.

 

-Eles não vão falar nada agora, acabaram de entrar com ele...

 

-E cadê as crianças?

 

-Estão ali.

 

Ele se apressou pra falar com elas. Shannon tinha um carinho enorme por seus afilhados e momentos como esse me faziam ver que eu não poderia ter escolhido com Jared padrinho melhor pra eles. Se algo acontecesse com a gente, ele daria conta de cuidar dos nossos filhos muito bem.

 

"Stella, para de pensar em desgraça por pelo menos um segundo!" -minha consciência gritava brava pra mim.

 

Era difícil! Não tinha nada pior do que estar sem notícias, sem saber do que estava acontecendo, como ele estava... e a cada minuto, minha memória me levava à cena de minutos atrás.

 

-Crianças, vamos tomar alguma coisa na cantina. -falei para criar uma distração pra mim mesma.

 

Eles se levantaram e Shannon nos acompanhou com um expresso forte e sem açúcar enquanto nos aquecíamos com xícaras de chocolate quente.

 

-Que café horroroso! Vou oferecer meus blends pra eles comprarem. Não podem vender isso pros outros! Isso nem é café de verdade! -ele disse em um tom de brincadeira, fazendo uma careta e se fingindo de irritado ao ver a cara de preocupação de Noah.

 

Deu certo, ele sorriu tímido.

 

-Aposto que tem gosto de terra. -Noah disse, brincando também.

 

-Terra? Tem gosto de um Saara inteiro isso aqui!

 

Ele riu.

 

-Acho que vou pegar um chocolate. Tá prestando? Ou seu tio vai ter que criar uma marca de chocolate quente também?

 

-Tá bom, mas o seu seria muito melhor!

 

Shannon deu seu sorriso mais largo e contente. Quando seu ego era afagado, era fácil ganhá-lo.

 

-Venha cá.

 

Noah deu a volta na mesa e se sentou em uma de suas pernas.

Shannon o abraçou e ele encostou a cabeça em seu peito, com um cafuné em seus cabelos e uma conversa aleatória baixa, ele dormiu.

 

-Ele parece demais com o Jared quando era pequeno. Parece um clone! -ele comentou.

 

-Eu me orgulho disso! -sorri pra ele. -Mas está crescendo rápido demais! Já tem meninas na escola querendo namorar com ele. 

 

-Ah, Stella... aquele namoro de mãos dadas. Nada demais.

 

-Mesmo assim, é cedo pra isso. Eu não quero que ele cresça tão depressa... ontem mesmo descobri que estava grávida dele e hoje ele já tem namoradinhas na escola.

 

Ele riu.

 

-Se puxar ao papai, sabe que vai te dar trabalho. -Sofia disse.

 

-Não quero pensar nisso. -admiti.

 

Eu rezava pra Noah ser tranquilo é não me levar uma garota diferente a cada mês pra eu conhecer.

 

-E você? Porque está tão quietinha? -Shannon perguntou à ela.

 

Sofia deu de ombros.

 

-Estou preocupada. Me sinto culpada pelo que está acontecendo. 

 

-Ei! Por que está dizendo isso?

 

-Se essa discussão sobre eu e Scott não tivesse acontecido, ele não estaria aqui agora. -ela começou a chorar silenciosamente.

 

Eu corri para abraçá-la.

 

-Minha filha, jamais diga isso! Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que aconteceu com seu pai foi um acidente e logo vamos descobrir o que houve. Não repita mais isso, está bem?

 

Sequei suas lágrimas enquanto ela concordava com um leve aceno.

 

Passamos umas duas horas esperando por notícias. Enquanto Noah dormia no colo de Shannon, eu rezava pra Deus e pra quem mais podia com Sofia abraçada à mim.

 

O celular de Shannon me distraiu com seu toque alto e diferente. Era Sharon querendo saber notícia e avisando que havia informado Constance e que ela já estava a caminho.

 

Não demorou muito. Assim que ele desligou, ela apareceu e junto dela um médico.

 

-Sra. Leto?

 

-Sim? -respondemos juntas

 

Ele nos olhou em dúvida.

 

-Eu sou a mãe dele. -Constance se explicou para que ele decidisse com qual de nós queria falar. 

 

-Podem me acompanhar por favor?

 

Nós nos olhamos e nos levantamos para segui-lo por todo aquele corredor branco imenso e frio.

 

Subimos o elevador e depois de passar por alguns quartos, ele abriu a porta de um que nos revelou um Jared melhor do que algumas horas atrás.

 

Ele estava corado e parecia consciente.

 

-Meu amor! Você está bem? -segurei sua mão aliviada.

 

-Meu filho, que susto você nos deu! Pelo amor de Deus!

 

Ele sorriu fraco.

 

-Qual o diagnóstico, doutor? -perguntei.

 

-Ele tomou um medicamento pra relaxar os músculos. Mas tomou mais do que devia. A pressão dele caiu e ele desmaiou na banheira. -ele foi preciso. Seu olhar era de descontentamento para Jared.

 

Eu o olhei da mesma forma.

 

-Agora está tudo bem, mas podia ter acontecido o pior. Agradeça à sua esposa, Sr. Leto. Se não é ela, agora seus fãs estariam chorando a sua morte.

 

Jared o olhou de uma maneira como eu jamais havia visto. Era um misto de reprovação, de reflexão e lamentação. Ele sabia que era verdade, mas ouvir de alguém como um médico, pesava mil vezes mais! Eu sequer podia imaginar aquela hipótese.

 

Ficou um silencio absurdo no quarto, o que o quebrou foi o fungado de Constance que estava chorando após ouvir aquilo e processar toda a situação e se dar conta de onde ela poderia ter acabado.

 

-Obrigada, doutor. O senhor pode nos deixar um pouco a sós? -pedi.

 

-É claro. Volto daqui a pouco para checar você de novo. -ele avisou apontando para Jared.

 

Constance segurou a outra mão dele e a beijou, apertando firme e agradecendo por ele ainda estar ali.

 

Foi então que eu me atentei pra realidade, as palavras do médico me fizeram à sair de medo e desespero para ir para raiva.

 

-O que que te deu, hein? Desde quando toma remédio pra "relaxar os músculos"?

 

Ele arregalou os olhos pra mim.

 

-Stella, eu tomo remédios desde que minha coluna ficou machucada por causa das esca...

 

-Remédio pra coluna não relaxa músculos. -o cortei.

 

-Peraí, você tá com raiva de mim? Eu quase morri!

 

-Claro que estou! Jared, era pra você nem estar aqui, sabia? Se eu demoro mais alguns minutos pra chegar naquele quarto... o médicos tem toda razão! Você já raciocinou a desgraça que seria? Olha quantos dos seus amigos já foram!

 

Ele se calou.

 

-Como iriam ficar seus filhos? Sua mãe, seu irmão? Sofia ia se culpar pro resto da vida porque ela acha que isso aconteceu por causa dela! E eu Jared, como eu iria ficar? -aquela situação me deixa a com os nervos à flor da pele, as lágrimas já estávamos ali caindo sem controle.

 

-Foi um acidente e eu estou ciente do tamanho da gravidade. Mas eu não quero que fique com raiva de mim, eu achei que o remédio era inofensivo! É só um relaxante muscular e que inclusive eu estou acostumado a tomar.

 

-Você raramente toma remédios.

 

Ele ia abrir a boca para argumentar mas ao invés disso a encheu de ar e desistiu.

 

-Me desculpe.

 

Aquele pedido de desculpas eu conhecia bem. Era aquele pedido que não queria ter sido pedido.

 

-Olha, vamos esquecer isso, está bem? Foi um susto, um acidente, você está aqui, e é o que importa agora. Mas nunca mais tome isso e nenhum outro remédio sem que eu ou seu médico saiba.

 

Ele concordou. Mas eu ainda não me sentia totalmente aliviada e não entendia o por quê.

 

Aquela história ainda não havia terminado.



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