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História Cross The Line 2 - Outros Problemas


Escrita por: Ivy_Leto

Notas do Autor


Boa noite meninas!

Que saudades!! Desculpe a demora. (De novo)

Espero que estejam todas bem!

Beijokas!

Capítulo 52 - Outros Problemas


-Senhora Leto? – Acordei assim que ouvi alguém me chamar.

 

Abri os olhos devagar e vi Jared deitado na cama e o médico dele na minha frente. Me ajeitei para levantar e senti uma enorme dor nas costas, por dormir em uma posição ingrata naquela poltrona.

 

-Bom dia! Desculpe, lhe acordar. A dona Constance está lá fora e gostaria de falar com você.

 

-Ah, sim. Claro. –disse enquanto arrumava meu cabelo em um coque.

 

-Por favor, peço que assim que puder, venha até a minha sala na Emergência. Preciso conversar com a senhora à respeito do diagnóstico do seu marido.

 

-Tudo bem.

 

-Primeiro andar, terceira sala à direita. 

 

Fiz um sinal com a cabeça em concordância.

 

-Stella! – Ela me abraçou demorado e beijou meu rosto. – Como ele está?

 

-Está estável, ainda está dormindo.

 

-Graças à Deus! –ela suspirou aliviada.

 

-Mas ainda estou preocupada. O médico disse que quer conversar comigo daqui a pouco.

 

-Não vai ser nada. Apenas uma observação.

 

-Tomara! E as crianças?

 

-Shannon as levou pra casa, disse que voltaria no fim da tarde.

 

-Tudo bem.

 

-Já comeu alguma coisa?

 

-Ainda não.

 

-Vamos tomar um café, então. Depois troque suas roupas, trouxe suas coisas pra você se cuidar.

 

-Obrigada, Connie.

 

Tomamos um café sem pressa e em seguida, me dirigi para a sala do médico. Antes de entrar, fiz um sinal da cruz e respirei fundo.


“Por favor, meu Deus, que não seja nada ruim.”

 

Bati na porta.

 

-Com licença. –disse ao entrar, assim que ele permitiu.

 

-Pode se sentar, senhora Leto.

 

-Obrigada.

 

-O que eu quero conversar com a senhora e também com seu marido, posteriormente é sobre o que descobrimos após realizarmos um check up completo.

 

Tentei me manter calma, mas conseguia sentir de leve o desespero chegando.

 

-Primeiramente, gostaria de relatar tudo o que aconteceu e foi feito antes de realizarmos os exames extras. O Sr. Leto fez uso abusivo de um medicamento indicado para relaxamento muscular, que em sua nova fórmula contém um componente forte que ajuda a dormir. Esse componente não estava na composição dos medicamentos antigos que seu esposo tomava. Acredito que ele não sabia disso. Ele teve uma reação à esse componente e não o ajudou muito tomar 4 cápsulas de uma vez.

O organismo dele é capaz de aguentar apenas uma sem sofrer efeitos colaterais, isso se não contivesse o componente. E 4, gerou um pane no organismo, que foi incapaz de lidar com uma sobrecarga de um medicamento que o corpo não tinha defesas para combater em caso de reação adversa.

 

As coisas estavam começando a se esclarecer.

 

-Esse medicamento causou uma reação alérgica e atingiu as vias respiratórias, o que fez ele desmaiar, pouco depois de já estar sonolento. Ele não conseguia respirar direito, o corpo ficou dormente e ele não conseguiu reagir, nem ajuda ele conseguiu pedir, já que não conseguia se mexer. O cérebro começou a receber mensagens de que algo estava errado e acabou por não conseguir enviar mensagens de volta ao organismo sobre o que deveria ser feito. Faltou oxigenação e por isso, ele desmaiou. A água invadiu seus pulmões e o resto, a senhora sabe. Se não tivesse chegado à tempo, ele teria morrido afogado. E se não fosse afogado, seria sufocado. O próximo passo seria ter a garganta fechada, ao mesmo tempo em que as vias respiratórias não estivessem mais funcionando corretamente.

 

-Meu Deus!

 

-É muita coisa para digerir, eu entendo.

 

Fiquei um pouco em silêncio, absorvendo tudo o que ele havia acabado de me dizer. Era coisa demais!

 

-Nós aplicamos um reativo intravenoso assim que ele chegou, limpamos seus pulmões e fizemos uma lavagem estomacal para que não restasse mais nada do medicamento no organismo ele. Agora ele está à salvo, com relação à isso não há mais com o que se preocupar.

-Mas... – eu sabia que tinha algo além disso.

 

-Esse remédio precisa ser jogado fora imediatamente e ele jamais poderá consumi-lo de novo, seja para qualquer dor que ele tenha.

 

De repente, alguém bateu na porta.

 

-Sim?

 

-Com licença, doutor. O paciente acabou de acordar. – a enfermeira avisou.

 

-Ótimo, estamos indo.

 

Ele se levantou e eu o acompanhei até o quarto de Jared.

 

-Que bom que está melhor, Sr. Leto! O senhor nos deu um baita susto! –ele tentou amenizar as coisas.

 

Ele e sua equipe não levaram susto algum, passavam por aquilo frequentemente. Mas a família não, ela sim tinha recebido um baita susto.

 

-Como se sente?

 

-Com muita dor nas costas... – ele gemeu e apertou os olhos.

 

-É, o remédio não fez efeito, não é?

 

Jared não respondeu. Eu fui até seu lado e beijei sua testa, colocando minha mão sobre a sua.

 

-O seu problema, Sr. Leto, não é muscular. E é sobre isso que precisamos conversar agora.

 

Jared me olhou e eu o olhei de volta. Em seus olhos havia curiosidade e não preocupação. O que era estranho.

 

-O que eu tenho?  É grave?

 

Ele pegou alguns raios-x que estavam na cabeceira dentro de um envelope.

 

-A dor na sua coluna é causada por uma hérnia. Por isso nenhum relaxamente muscular resolve. Não é nada grave, mas é incômodo, eu sei. O senhor pode escolher entre operar um fazer tratamentos com fisioterapia.

 

-Hérnia? Puta merda...nunca pensei que seria isso! Achei que eu tivesse da do algum jeito na coluna ou que tivesse sido por uma das vezes em que fui escalar e bati numa pedra...

 

O olhei com reprovação.

 

-O que é melhor? Operar?

 

-Bem... as duas opções são boas.

 

O médico nos explicou os prós e contras de cada um e Jared acabou por optar em operar. Na semana seguinte ele já seria preparado. Ele nem quis voltar pra casa, permaneceu lá até a cirurgia e o pós operatório. Constance e Shannon revezavam comigo para passar a noite com ele. Eu precisava dormir bem e cuidar dos nossos filhos. Duas semanas depois do diagnóstico, voltamos pra casa.

 

Resolvemos os problemas de um lado, mas esquecemos que ainda haviam outros nos esperando em casa.



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