1. Spirit Fanfics >
  2. Crossed Destinies - Norminah >
  3. First Look.

História Crossed Destinies - Norminah - First Look.


Escrita por: Norminahzer

Notas do Autor


Finalmente estou de férias!! 👏👏

Sabem o que isso significa? Mais capítulos para vocês!!!!!

*Quero avisar que esse capítulo é o penúltimo antes da passagem do tempo e o próximo será uma continuação.

*********PERGUNTA IMPORTANTE: Vocês querem que a Shay fique na estória ou não? Preciso saber para colocar um rumo nessa personagem.***************

Boa leitura e fiquem com o Natal da Mani. 💗

Capítulo 10 - First Look.


NORMANI POV

House of Ally. — Miami. — 5:07 A.M

                           25 de Dezembro de 2006




Virei mais uma vez para me ajeitar de forma confortável na cama, mas era algo impossível. Não fechei os olhos nem por dois minutos durante essa noite, já que meus pensamentos se encontravam na pequena bebê que poderia estar por aí nesse frio de inverno de Miami e longe de mim. Minha cabeça latejava de dor e minhas costas pareciam estar deitadas sobre pedras.

Dei graças a Deus quando o som do despertador se fez presente pelo quarto, significava que já estava na hora de levantarmos para iniciarmos as buscas pela minha  filha. Ally havia me acomodado em seu quarto pois garantiu que não queria que eu dormísse sozinha e muito menos ao lado de Arin, principalmente por causa do acontecido. Shay se instalou aqui também e a mesma fez questão de implorar para ajudar na busca. Ela pediu para que eu ligasse para sua mãe para avisar que ela passaria a noite aqui e que eu era uma amiga de colégio, já que a mesma ainda está no último ano de escola.

Levantei com cautela para não acordar minha amiga que dormia tranquilamente. Minha pele se arrepiou ao ficar exposta ao ar gelado por conta de não estar mais entre os lençóis. Me encaminhei até minha mala no canto do quarto para pegar uma calça jeans clara e um moletom azul largo. Após isso, fui até o banheiro do quarto para fazer minha higiene e trocar de roupa ali mesmo. Ao parar em frente do espelho, reparei o quanto meus olhos estavam inchados por chorar a madrugada toda.

Depois de pronta passei no quarto de hóspedes para observar Arin dormir tranquilamente e sem nenhuma feição de culpa. Desci as escadas que davam para o andar de baixo. Lembrei que Shay estava dormindo no sofá dá sala, então diminui a velocidade dos passos para que não acordasse a garota.

:- Sério, amor. Relaxa, eu só estou aqui para ajudá-la. — Quando desci completamente vi que ela não dormia e sim estava sentada em um dos banquinhos do balcão, enquanto falava ao telefone de costas para a escada. Parei um pouco atrás dela para evitar que a garota se assustasse com minha presença. — Sim, todos aqui namoram. — Ri baixo ao perceber que talvez a pessoa ao outro lado da linha poderia estar com ciúmes de Shay. — Okay, vou desligar. Depois nos falamos. Eu te amo. Muito. — Enfatizou a última parte fazendo-me sorrir. A morena parecia estar realmente apaixonada.

:- Era seu namorado?! — Perguntei curiosa enquanto passava para o outro lado do balcão aonde ficava a geladeira. Shay levantou a cabeça para me fitar agora em sua frente.

:- Na verdade é namorada. — Respondeu-me um pouco sem graça. Percebi suas bochechas corarem.

:- Ah, me desculpa, eu não sabia. — Soltei no mesmo tom enquanto pegava a garrafa de café. — Então quer dizer que você gosta dá anatomia feminina? — Ri da minha própria frase ao mesmo tempo que pegava duas canecas no armário.

:- Para ser mais específica, eu gosto mais da anatomia da minha namorada mesmo, não de outras garotas. — Afirmou. Sentei de frente a ela no balcão enquanto lhe entregava um dos copos. — Eu sou tão apaixonada por ela. — Suspirou com uma carinha fofa.

:- Que bonitinha! — Levei minhas mãos até suas bochechas e as apertei entre meus dedos. — Posso lhe fazer uma pergunta um pouco indiscreta? — Despejei o líquido quente em ambas as canecas fazendo com quem minhas narinas sentirem o cheiro da bebida.

:- Estou com medo dessa pergunta, mas pode sim. — Fitei-a levar seu corpo até seu rosto e assoprar antes colocar em sua boca.

:- Como é namorar um garota? Sempre tive curiosidade de saber como é. — Fiz o mesmo ato que ela enquanto esperava sua resposta.

:- Bem, é normal. Dizem que as garotas beijam melhor, mas não posso tirar minhas conclusões já que nunca namorei um menino. É um pouco difícil para seus pais absorver a idéia de que eles terão uma mulher a mais na família, mas depois eles se acostumam e aceitam. — Assenti. — Mas se tem uma coisa que é maravilhoso, é o sexo. Como vocês têm os corpos parecidos, saberão se conectar através das mãos e claro que assim fica mais prazeroso. Eu recomendo. — Arquiei as sombrancelhas. Quantos anos essa garota tinha?! — Mas porque a pergunta? — Ela riu um pouco sem graça.

:- Só por curiosidade mesmo. — Dei de ombros. — Qual é o nome dela?!

:- Sasha. — Percebi seus olhos brilharem ao pronunciar o nome da garota. Observei Shay pegar seu celular, em seguida mostrando-me sua tela de bloqueio onde havia ela abraçando por trás uma garota loira com olhos azuis que sorria de uma forma adorável.

:- O que fazem acordadas tão cedo?! — Levei meu olhar até a escada onde minha melhor amiga apareceu ainda de pijama e com o cabelo bagunçado. Adorável! 

:- Não dormi nem por um segundo essa noite. — Suspirei lamentando. — Só quero que esse pesadelo acabe logo. — Fitei meu colo e senti novamente a sensação de querer chorar. Mas que droga!

:- Ei, você precisa ter calma. — Shay posionou uma de suas mãos em cima das minhas me transmitindo conforto.

:- Ela tem razão, Bear. — Sorri com o apoio e em seguida senti minhas costas sendo abraçada com dificuldade pela a mais baixa. Tudo bem que eu não tinha mais nenhuma vontade de viver, mas é fácil seguir em frente e recriar forças quando se tem pessoas desse tipo ao seu lado. — Só vou preparar nosso café; subirei em seguida para me trocar e já podemos começar as buscas e passar na polícia para ver o que eles podem fazer.

7:56 A.M

:- Bom, vamos nos dividir por quarteirões e em duplas. Shay e eu ficaremos com esse aqui e Arin e você podem ficar com aquele ali por enquanto. — Assenti ao ver minha amiga nos dar instruções. Estávamos um pouco distantes da localização do bar em que tudo aconteceu. Ally havia dirigido até aqui com um pouco de dificuldade, já que a neve complicava a passagem do veículo. Antes de chegarmos até aqui, passamos em uma delegacia e deixamos que os policiais cuidassem das investigações. 

Eu e o homem caminhamos devagar até o quarteirão indicado por Ally. Estávamos em um silêncio constrangedor desde a última noite, não trocamos uma palavra se quer.

:- Esse casaco não parece ser o suficiente para você, fique com o meu. — Meus ouvidos se apuraram ao ouvir aquela voz rouca e meio receosa. Fitei-o tirar sua jaqueta e esticar seus braços em minha direção para que eu pegasse a peça de roupa, mas apenas neguei com a cabeça. Se Arin pensa que eu irei ceder tão fácil, ele está muito enganado. — Tudo bem então. — Deu de ombros e vestiu a peça novamente. — Fique com esse lado da rua e eu farei o outro. Apenas virei as costas para ele seguindo até o lado esquerdo dá calçada.

Perdi as contas de quantas vezes fiz a mesma pergunta. Contava minha história para que as pessoas me ajudassem e muitas delas nem abriam as portas por conta do inverno e por ser natal. Óbvio que ninguém vai querer te ouvir especialmente em um dia como esse, Normani. Mas não irei desistir tão cedo. Tudo pela minha filha.

Encostei em uma parede aleatória para descansar um pouco. Eu precisava me aquecer e nada como um chocolate quente naquele momento. Seria impossível algum estabelecimento estar aberto em um dia como aquele, mas por um incrível milagre de natal, naquela mesma rua havia uma pequena lanchonete que contia seu portão aberto. Levei meu olhar até Arin que parecia concentrado com sua parte do trabalho. Caminhei até o lugar que contia uma placa gigante com as siglas "SOTT". 

:- Bom dia, senhorita. O que deseja? — Sorri ao ser recepcionada por uma senhora gentil e com um sorriso adorável, porém eu já havia visto aquele rosto em algum lugar.

:- Bom dia! Eu acho que vou querer apenas um chocolate quente. — Pedi enquanto tocava meu bolso aonde haviam algumas notas e moedas, apenas o suficiente para uma refeição pela manhã pois, sei que eu ficaria com fome já que não quis me alimentar em casa.

:- Dinah, um chocolate quente bem caprichado. — A senhora disse em um tom pouco alto para que provavelmente algum trabalhador com aquele nome escutasse. — Desculpa o incomodo, mas nós já não nos vimos antes?! — A mulher perguntou-me do lado oposto de mim no balcão.

:- Sabe que tive a mesma impressão. — Apertei os olhos na esperança de alguma lembrança invadisse minha mente.

:- Qual é o seu nome?

:- É Normani. Normani Kordei. — Agora ela haviam arqueado as sombrancelhas de forma óbvia deixando-me sem entender.

:- Você é a filha do Derick Kordei. Eu sou enfermeira lá no hospital. Meu nome é Milika Hansen. — Bati minha mão na testa com os olhos fechados. Era óbvio que ela trabalhava no hospital. Eu vivi grande parte da minha infância lá antes de mudar para Lima.

:- Faz um tempinho que não vejo meus pais e meu irmão, pretendo fazer uma surpresa a eles. — A mesma ia me responder quando a porta atrás dela foi aberta revelando uma mulher loira e alta. Senti uma sensação estranha quando seu olhar caramelo cruzou com o meu.

:- Dinah, essa é a dona Normani. Ela é filha do meu patrão. — Sorri para a garota que depositou uma xícara branca contendo um líquido marrom que deixava rastros de fumaça em cima dele.

:- Prazer Normani. — Levou sua mão até o lado contrário do balcão em minha direção. Estiquei meu braço e toquei sua mão com a minha. Percebi que assim como eu, seu corpo recebeu um choque fazendo com que acabassemos com aquele toque imediatamente. — Meu nome é Dinah e já vou indo porque minha filha me espera. — A loira ia se virando de costas para voltar de onde saiu, mas eu a impedi com uma pergunta.

:- Você tem uma filha? — Franzi o cenho já que ela aparentava ter a mesma idade que a minha. Tudo bem que nós duas éramos novas para um filho, mas no meu caso foi algo não previsto.

:- Tenho. Uma garotinha com poucos meses de vida. — Percebi um sorriso orgulhoso se formar em seu rosto.

:- Eu dei a luz na noite passada, mas por conta do irresponsável do meu namorado, minha filha sumiu e agora passarei o Natal a proucura do meu bebê. — As mulheres se entreolharam rapidamente e engoliram em seco ao mesmo tempo. — Será que eu poderia ver sua bebê? Eu preciso muito de um contato desse tipo em uma hora como essa. — Emplorei.

:- Claro, me de alguns minutos. — Assenti e a vi sair pela porta. Levei o recepiente até minha boca e senti meu corpo arrepiar com o líquido rasgando quando desceu pela minha garganta.

:- Desculpa me intrometer, mas a senhorita não estava no Peru? Seu pai nos disse que você voltaria em breve, mas acho que ele não sabe da sua aparição por aqui. — A senhora passou para o outro lado ficando ao meu lado e se sentando em um dos banquinhos um pouco alto.

:- Sim, eu estava lá, mas resolvi fazer uma surpresa de natal. — Menti. — Estou ficando na casa da minha melhor amiga junto do meu namorado e na noite anterior, outra amiga minha dormiu lá para nós fazer companhia. — Expliquei.

:- Entendi, mas ainda estou meio perdida com essa história de filha. Como assim a senhorita já teve um bebê? Porque seu pai não contou nada aos funcionários? — Ela franziu o cenho.

:- Olha, irei confiar na senhora, pois me parece ser de confiança. — Fitei-a assentir com uma expressão proucupada. — Minha família não é muito a favor do meu namorado, então para encontra-lo, eu precisava sair escondida algumas noites. — Ela concordou com a cabeça. — Em uma dessas saídas, acabou rolando e de uma forma indesejável, acabei engravidando. Bom, meus pais descobriram e tive que escolher entre eles e Arin; e confesso já estar me arrependo da minha escolha. — Suspirei levando minhas mãos até meu colo e em seguida deixando meu olhar cair sobre alí.

:- Sinto muito por isso, querida. — Uma de suas mãos pousou em meu ombro acariciando levemente o local coberto por uma grossa camada de roupas. — Talvez não adiante falar, mas sei que sua filha está mais perto de você do que imagina. — Deu-me um sorriso confortante. — Veja se não é a minha neta mais linda. — Levantei meu olhar até a porta onde Dinah carregava uma pequena criança em seus braços.

:- Ah meu Deus! Que coisa mais adorável. — Sorri com a fofura da pequena garotinha de pele quase morena embrulhada em meio a duas mantas cor de rosa por conta do frio. — Será que eu posso pega-lá? — Mordi meus lábios com medo da resposta.

:- Claro que pode. — A loira sorriu gentilmente antes entregá-la por cima do balcão de uma forma mais cautelosa possível. Senti uma forte sensação de dor no peito ao segurar aquele bebê. Como eu queria que fosse minha filha alí em meus braços. Passei meu dedão de leve por suas bochechas fazendo com que a pequena dispertasse de seu leve cochilo.

:- Mani, onde estava? Proucurei você por todos os cantos. — Observei por cima de meus ombros um Arin desesperado coberto levemente por alguns pequenos flocos de neve. — Alguma notícia dela? — O homem foi entrando aos poucos no estabelecimento e quando se aproximou de mim abraçando minha cintura por atrás com cuidado por conta do bebê que se localizava em meu colo. — Quem é essa pequena princesa?! — Indagou.

:- Essa senhora trabalha de enfermeira no hospital do meu pai. Essa é a neta dela e aquela moça é a filha dela. — Expliquei. Meu namorado levou-se até a mulher mais velha estendo a mão para que eles trocassem um aperto de mão. De cara percebi um certo estranhamento entre Dinah e Arin, pois apenas trocaram um olhar entediante daqueles que trocamos quando não vamos com a cara de alguém.

:- Ela é muito fofa mesmo. Qual é o nome dela? — Se direcionou a senhora que fez a mesma expressão que a minha ao ver o estranhamento entre os dois.

:- É Emily. — A loira respondeu rapidamente antes que sua mãe pudesse responder. — Gente, a conversa está muito boa, mas está na hora dá Emilly mamar. — Estendeu os braços na intenção de pegar a garotinha. Fitei aquele rostinho angelical antes de devolve-lá a sua mãe. — Obrigada. — Dinah sorriu perto do meu rosto já que eu ajeitei a coberta de Emily. — Foi bom conversar com você, Normani. Boa sorte com as buscas, irei rezar por você. Espero ver você novamente. — Virou de costas e voltou para dentro do que eu julguei ser a cozinha.

:- Amor, precisamos ir. — Arin pegou em minha mão para que eu levantasse e assim fiz. — Tchau, senhora. — Foi saindo na frente.

:- Quanto ficou o chocolate? — Levando minhas mãos até meu bolso, mas fui impedida pela a mulher que segurou uma das minhas mãos.

:- Fica como cortesia, considere como um presente de natal. — Ela piscou para mim fazendo-me sorrir alegremente.

:- Obrigada! Obrigada mesmo! — Por um impulso a abracei fortemente. Meus ouvidos foram preenchidos por sua gargalhada gostosa. — Nos vemos pelos corredores do hospital. Tchau. — Acenei com a mão antes de sair em direção a Arin que me esperava na esquina daquela mesma rua.

:- Vamos, meu amor. Vamos proucurar nossa bebê. — Ele me abraçou pelos ombros depositando um beijo em minha testa. — Sei que fiz uma grande burrada, mas sei que posso concertar tudo. — Agora beijou-me os lábios de uma forma carinhosa. — Eu te amo, Normani.

:- Eu também te amo.

                                                Continua.......



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...