História Crossed Destinies - GOOOLAAAAÇOOOO do menino Paulo Vitor

Sai do trabalho as  6:30, minha intenção era pegar os meninos no quartel, passar em algum supermercado pra comprar cerveja ir pra casa e nos preparar pra ir pra casa da Jessica. No entanto, eu fiquei quase duas horas presa no intenso trânsito do Rio de Janeiro. Então, liguei para Jess e pedi que buscasse os meninos, passassem na loja de conveniência do porto perto da casa dela, comprassem a cerveja, enquanto eu ia em casa buscava roupas pra eles poderem tomar banho lá.
Cheguei em casa quase nove horas, tomei um banho rápido e peguei uma mochila colocando tudo que os meninos tinham me pedido e alguns coisas minhas, já que dormiriamos lá mesmo. Como nenhum deles estaria de serviço, então não precisaria de muita coisa.
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Cheguei na casa de Jess faltando apenas dez minutos para o jogo, eles estavam colocando os aperitivos na mesinha de centro da sala. Levei a mochila pro quarto de hóspedes onde os meninos iriam dormir e voltei pra cozinha pra ajudar.
- Tá ansiosa? - Minha amiga perguntou.
- To nervosa - respondi sorrindo de lado.
- Os meninos parecem ansiosos. - Observou.
- Eles ficam assim sempre. São uns idiotas. -comentei
- É assim que você fala dos seus amigos? - Dei de ombros.
- São meus idiotas. - Ela sorriu balançando a cabeça em negação.
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O jogo estava complicado, já era a reta final do segundo tempo. O Vasco vencia por 2x1 e só levava sufoco. Eu e Jess seguravam a mão uma da outra e a cada lance de perigo, para ambos os lados, nós reagimos apertando. Meu coração parecia querer sair pela boca. Tínhamos que conseguir segurar essa vitória fora de casa era muito importante pro desempenho do time no campeonato.
O time do Vitória cobrou escanteio. A zaga do Vasco cortou, mas Paulinho cabeceou novamente pra dentro da área. Num bate e rebate a bola sobrou pro Kanu, que mandou direto para o gol. Pareceu horas até o momento em que o juiz apitou o impedimento do zagueiro.
- Puta que pariu, mano! - Marcos soltou em forma de suspiro. Olhei para Jess que parecia ter visto um fantasma de tão branca.
- Foi só um susto - Disse mais para mim mesma do que para eles.
- Mas não podemos tomar mais sustos desse né. Uma hora não vai ser só um susto. - Todos concordamos com o que foi dito pelo Léo.
Já estava em quarenta e um minutos quando o técnico resolveu trocar Thalles pelo Paulo Vitor.
- Ah lá. Seu jogador vai entrar. - Jack soltou olhando para a TV.
- Jogador do Vasco você quer dizer. - Corrigi.
- AH TÁ! - Jess falou como quem não quer nada. Fingi que não estava ouvindo pra não prolongar aquela conversa desnecessária. Voltei toda a minha atenção para o jogo. Já estava nos acréscimos, se eles conseguissem segurar essa vitória por mais alguns minutos tudo daria certo.
Em pouquíssimos segundo Ramon cobra uma falta rápida e lança a bola pra frente. Paulo Vitor sai do meio dos zagueiros,  recebe a bola e toca de cobertura. Eu fiquei acompanhando a trajetória da bola até bater no canto direito da trave e bater no fundo da rede.
A sala explodiu em gritos eufóricos. Nós nos abraçamos pulando feito loucos. Loucos pelo Vasco da Gama. E antes mesmo que acabassem nossa comemoração pelo gol do PV, Gilherme recebe lindo passe de Paulinho, dribla o zagueiro, sai do goleiro e marca mais um gol numa jogada espetacular nos levando novamente a loucura.
Naquela noite nós fomos dormir extasiados. Com um show dos meninos da colina e Vasco goleia o Vitória por 4 X 1 no Barradão e conquista sua primeira vitória fora de casa. Era uma noite pra ficar na memória de todo vascaíno.