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História Crossed Histories - Hello


Escrita por: Gigi-do-Malik

Notas do Autor


Olá, diamantes do meu coração! szsz

Finalmente, atualização tuts tuts
Antes de tudo, só tenho que dizer: se tiverem problemas de coração, não leiam esse capítulo. Cenas fortes.

Hm... vou admitir pra vocês que analisando e pesquisando algumas coisas, Crossed Histories se parece muito com um misto de Rei Arthur e Merlin (sériezinha fav <3), minimamente com Senhor dos Anéis e até possivelmente Hobbit. Pelo o menos em como a história se segue na minha cabeça. Juro que não havia visto nem lido nada disso antes de escrever CRH, to até espantada aqui. S.O.S

★ Quero agradecer imensamente vocês pelos quase 400 favoritos e 200 comentários! É, sinceramente, muito mais do que eu pedi para essa fanfic! Vocês são uns anjos <3 E é por esse motivo também que eu vou dedicar o capítulo à todas vocês que vem me acompanhando à muito tempo e comentando livros inteiros kk Ou então, pra você fantasma, que nunca comenta, mas também sempre acompanha CRH. Vocês simplesmente merecem.

Aí no capítulo tem um pouco da lenda, mas não coloquei muita coisa porque quero fazer um spin-off separado. Aí vai ser bem melhor hehe Mas no que eu coloquei, vocês já conseguem ficar um pouco mais por dentro de tudo o que aconteceu. Inclusive, no capítulo 4 e bem no começo da fic também, eu já havia mencionado um pouco de cada coisa. Inclusive sobre a lenda. De novo, têm muita coisa implícita, se perceberem, Phoebe estava alheia a tudo o que aconteceria com o conto e tals, ela nem imaginava.

Esse capítulo tá super big, com 6 mil palavras. Juro que tentei, mas não consegui encurtar o capítulo. A maior parte é o presente, com quatro mil palavras.

PAREM TUDO, TENHO UM COMUNICADO IMPORTANTE PARA DAR!!!
Eu estive analisando Crossed Histories desde o começo e cheguei à conclusão de que a história tá ficando bem legal e chegando perto do jeito que eu queria. Dá pra dar um jeito, por isso também, quando chegarem minhas férias (vida cruel, ainda nem fiz as provas), vou começar a reescrever partes dos capítulos, alterando o que der pra alterar. Porque eu acho que CRH realmente tem uma chance szsz Então é isso, os ouvidos e os olhos agradecem né? kk Não vou mais reclamar...
Tá, nem era tão importante kk

Poxa, esse cap é um dos meus favoritos, acho que caprichei nele.

Ah, antes que eu me esqueça: CADÊ A ALINE? ALINE GABRIELA SEI LÁ O QUE, SE VOCÊ ESTIVER LENDO ISSO E EU ESPERO QUE ESTEJA (É, É VOCÊ MESMO AUTORA DE MY BLACK BUTLER (olha que lindo, até decorei o nome) VENHA FALAR COMIGO IMEDIATAMENTE. Obrigada, de nada.

Acabei por aqui haha Podem ler agora. Como sempre, me desculpem as notas enormes, mas acho que vocês já sacaram que eu sou falante demais :P

Boa leitura XxGigi ↓↓↓ ◠‿◠

☂ ATENÇÃO: Este capítulo foi reescrito e alterado.

Capítulo 15 - Hello


Fanfic / Fanfiction Crossed Histories - Hello

                                     Lânia (Europa)

A Lâmina de Estienne. O mito da libertação de Cantberg. 

Aquele conto, mito, lenda, seja lá o que for... Eu não posso ler. Viro o rosto, tentando resistir à tentação. Acho que agora compreendendo melhor o desespero dos reis para dar um sumiço em livros como este. Eles dão imaginação às pessoas, fazem elas se iludirem esperando por um futuro melhor; um futuro que nunca virá. E isso também pode causar a ruina de um reino, desgraçando-o totalmente. Rebeliões, revoltas, muitas mortes... É isso que todos tememos. Que as coisas se alarmem e saíam totalmente do controle do rei e das autoridades.

Mas parece tão tentador. Parece certo. E o que é certo parece errado e o errado parece tão certo. Penso em uma forma de me livrar dessa encrenca, afinal, essa só irá para o final da lista. E se eu continuar dessa forma, daqui a pouco rolarão metros e mais metros de pergaminho escritos somente com minhas travessuras. Travessuras que não valem minha vida, nem parte dela.

Mas, mesmo assim, as folhas me chamam até que eu possa ceder. E meus olhos ousam mirar em muito além do título. O livro escrito à mão, além de sujo, está com pequenas dobras nas pontas, que também são contornadas por uma cor acinzentada. Tentaram atear fogo. 

Após o título, “A Lâmina de Estienne”, a história não é contada diretamente. Há um esboço, muito bonito, em cores e traços fortes de preto. O desenho indica um morro, uma montanha, onde uma mulher ergue a espada ao céu. Uma forte luz segue em forma de traços até perto do título, aonde deixa de existir. Os cabelos da moça voam, como um efeito do vento que se faz no local. Ela parece concentrada. Ao fundo, logo atrás dela, estão duas pessoas curvadas em reverência, um rapaz e uma moça. Ambos vestem armaduras e olham fixamente para ela.

Eu sei o que significa, desde pequena. Ah, eu sempre soube muito bem.

Minha mãe contava histórias sobre a libertadora de Cantberg para mim e meu irmão, Zach. Sempre dizia que era bom ter algo para acreditar e se agarrar, por isso estava contando aquilo oralmente. Ela passava quase uma hora só contando a história, que sempre foi grande e detalhada, mas nós adorávamos de qualquer forma para reclamar. Inocentes história de dormir que, logo depois, lhe renderam uma boa surra. Quando papai descobriu, ficou furioso. Eles tiveram uma briga terrível e ele acabou dando-lhe um tapa. Recordo-me de que demorou meses até que mamãe voltasse a olhar para cara de Baltazar sem nojo algum, afinal, o que ela poderia fazer a não ser superar esse ocorrido!? 

“ — Não seja tola, Gale. Eu sou o conselheiro do rei Charles, acha mesmo que nossos filhos deveriam ouvir essas baboseiras sem cúmulo? São contos idiotas, não ensine isso a eles. Histórias sem pé nem cabeça, poupe-me! ”

Foram algumas de suas frases mais duras e eu nunca esqueci de palavra alguma. Era meu conto favorito, mesmo não sendo apropriado para crianças e ele me tirou isso. Após o tapa, passei a odiar a história. Se mamãe não a tivesse contado, não teria brigado com ele e ainda assim não levaria um tapa por causa de uma intriga idiota. Mas ela sempre foi forte, sei disso agora.

Engulo seco e continuo lendo, com o coração disparado, sentindo na pele o quão forte essa história é agora. Foco-me na escrita desbotada, porém legível, consequência da idade do livro que não foi nem mesmo escrito por penas. Uma tinta diferente, algo que não consigo identificar.

O conto é extenso, três folhas, frente e verso, enormes e cheias de palavras. Ao final da terceira folha, onde o conto termina com uma promessa, uma espada deslumbrante está desenhada no mesmo tom que a mulher e seus seguidores na primeira página. Ela tem traços fortes e escritas ilegíveis por toda a extensão, provavelmente alguma língua falada por bruxos antigos. A espada, que atende ao nome de Ravermom, está fincada em uma pedra enorme, como diz a lenda. E somente a escolhida, a mulher mais forte que já existiu no mundo, poderá tirá-la de lá. 

Acho que por esse motivo as pessoas não acreditam na história. Uma mulher, forte? Mas, contradizendo todas as hipóteses, gosto de associar essa força à mentalidade, não à força física, que me parece bem mais lógica. Afinal, não sei quem foi o idiota que disse que as mulheres não podem ser fortes e conseguir façanhas grandiosas, como libertar um reino.

Ravermom foi deixada em um santuário pelo próprio Estienne e somente sua herdeira e alguns poucos dignos poderão tocá-la. Segundo a lenda, para chegar até a espada, a libertadora precisa ter muita, muita fé no que está fazendo. O santuário, recoberto por magia, nunca poderá ser visto pelos não crentes. Ele está escondido milhas depois de três obstáculos monstruosos que só são relevados na consulta com o Oráculo. Quando a escolhida finalmente chegar em uma idade aceitável, depois de ser treinada sua vida inteira para isso, ela será apresentada ao Oráculo, que lhe dará o caminho secreto a ser seguido. 

Na verdade, para mim, essa história sempre foi bem mais mágica e encantadora do que qualquer outra que minha mãe pudesse chegar a contar. Sempre houve verdade nesses fatos, mesmo antes de realmente acontecerem. Se essa lenda chegar a se concretizar mesmo, eu quero estar viva para ver a mulher mais admirada do mundo fazer isso e mandar engolir goela abaixo as palavras de todos os que duvidaram dela. Eu a apoiarei, se for o caso.

Mas, apesar de tudo, essa história é cheia de contras do começo ao fim. E também imagino que a mulher designada para essa tarefa irá sofrer muito. Lamento por ela. 

Ao terminar de ler, minha mente logo vaga novamente para meus problemas. A surpresa não é imensamente grande, eu deveria imaginar que ler seria um atrativo temporário, mas perguntas que não querem se calar de forma alguma se instalam na cabeça, presas por pregos fortes e resistentes.

Outro trovão vem, e mais outro. Vários clarões iluminam a biblioteca enquanto eu tento desesperadamente entender o que a droga de minha vida se tornou tão rapidamente. Porque eu não consigo compreender. As palavras daquele velho senhor são as mais sem noção que eu já ouvi, embora pareçam sábias, elas não são. São minimamente apavorantes. Eu devo rir da cara dele? Devo acreditar ou então chorar acanhada pelo medo? O que elas querem dizer? Ele está sugerindo que eu serei uma grande rainha, certo!? Ou ele me associou com algo mais? Todas as opções são impossíveis e improváveis. 

Engulo seco quando olho novamente a espada desenhada a minha frente, fugindo da hipótese mais improvável da face da Terra. Parece tão impossível que tenho vontade de rir, mas acabo não o fazendo. Bufo, tentando me manter concentrada nos reais problemas e não na fala do senhor responsável pela Biblioteca Real.

— Sabe, ás vezes, é melhor não entender — uma voz soa por todo o lugar, me assustando. 

Viro rapidamente na cadeira com olhos arregalados, sentindo todos os pelos do meu corpo se eriçarem. Há um homem, a poucos metros de mim, se apoiando de costas na mesa mais próxima.

— Quem é você? — agradeço imensamente por minha voz ter saído firme.

Ele arqueia as sobrancelhas e morde o lábio inferior. Em seguida, o som de seus passos ecoa pelo local. Estreito os olhos ao vê-lo se sentar na cadeira ao meu lado, virado de frente para mim. 

— Meu nome é Duarte Madeira. É um prazer conhecê-la, milady.

— Conheço você? — foco bem em seu rosto. É um homem bastante bonito, com traços fortes. Ele não deve ter mais do que vinte e dois anos, não é muito para ser considerado velho, mas o suficiente para ser considerado homem.

— Na verdade, não diretamente. Sou o homem que a senhorita viu beijando o príncipe Rupert.

Todo orgulho cai de uma vez e não posso encará-lo mais. Meus olhos pesam no chão, enquanto, eu, inutilmente, tento formular algo para falar. Mas o que eu posso falar? Que repudiei o ato com todas as minhas forças? Que foi uma total decepção?

— Não precisa dizer nada, já sei o que pensa. Posso dizer que estou acostumado — sua voz não contém nenhum tipo de ressentimento nem nada parecido, ele apenas fala normalmente como se o assunto fosse tão banal quanto o clima que se fecha em uma tempestade lá fora. E, ao final, uma risada nasalada o acompanha como complemento. Pergunto-me se ele está zombando da minha cara — Só quero não julgue Rupert por isso. Ele já é confuso o bastante.

— É uma atitude nobre vir até mim e confessar isso — respondo seca, me mantendo irredutível.

— Não senhorita, não é. O nome disso é paixão, posso até chamar de amor. Uma coisa do qual o príncipe tem medo. Mas sabe o que realmente seria nobre? — ele parece revoltado, sua voz agora muda de tom.

Finalmente, volto a encará-lo. Duarte está me confrontando, desafiando-me a algo que eu não compreendo a finalidade. 

— Não — digo e, por mais que queira que saísse firme ou desejasse acrescentar algo, a palavra soa num fio de voz.

Duarte se inclina, fazendo-me recuar, mas máximo que ele ousa chegar perto é até apoiar-se em seus joelhos. Sua cabeça pende para cima e assim nos encaramos por um curto período de tempo, como se houvesse um joguete para ver quem desviaria o olhar primeiro. Infelizmente, essa pessoa sou eu. 

— Na minha humilde opinião, a coisa mais nobre a se fazer seria deixar seus preconceitos de lado e apoiar Rupert. Não deve privá-lo do amor, não sei quem a senhorita pensa que é para isso, afinal.

— Como... como ousa? 

Sinto-me realmente ofendida, com algo fincando na consciência. Eu faria qualquer coisa por Rupert, mataria alguém por ele ou então morreria, se fosse preciso. Esse tal de Madeira não pode simplesmente chegar na minha pessoa e dizer que sou preconceituosa e jogar coisas na minha cara como se soubesse tudo sobre mim. Ficou claro como água e sabão que ele está tentando provar alguma coisa. Só não sei se é para ele mesmo ou para mim.

— Faço isso porque o amo e quero o melhor para ele.

— Eu também! — esbravejo e levanto, sentindo minha voz subir duas oitavas – Não seja hipócrita, eu mataria para salvar Rupert!

— Então, senhorita — Duarte também se levanta e fica a minha frente, me encarando com o olhar firme e mesmo no fundo de suas írises, posso ver suplica e medo – Sugiro que o escute, ele tem muito a falar. E se ama tanto Rupert quanto diz, não deixe que essas palavras se tornem frias e sem significados. Deixe seus preconceitos de lado...

—Se não o quê? — desafio, com os olhos cheios de fogo.

Este é um jogo perigoso e, por mais que meu orgulho esteja a prova, ligeiramente ferido, quero provocá-lo. Posso estar me mostrando corajosa, mas cada músculo de meu corpo diz para recuar. Minhas mãos dão sinais de que querem ficar trêmulas, mas não deixo que aconteça. Se eu não sou uma mulher forte, ele não precisa saber. Duarte não precisa saber que pode fazer minha cabeça facilmente. O que eles estão fazendo é realmente errado. Eu não conseguirei suportar. 

— Se não — a expressão de Duarte não é fria, mas é séria — Você irá perdê-lo.

Dito isto, ele vira as costas e vai embora, sumindo na escuridão da Biblioteca. Pouco depois, posso ouvir o baque seco da porta se chocando ao fechar, som que não ouvi quando ela se abriu. Talvez o senhor McField a tenha deixado aberta. Eu não sei dizer.

Desmorono sob a cadeira, num estado catatônico, totalmente alheia à minha volta. Eu gostaria de simplesmente poder esquecer o ocorrido com Rupert e Duarte. Levo minha mão até uma mecha de cabelo, puxando-o para trás de minha orelha e apoio meus cotovelos na mesa, logo depois jogando a cabeça nas palmas das mãos entreabertas. Eu quero chorar e espernear porque estou certa, ao menos uma vez. Mas a vontade de chorar não vem e a força para fazer algo estúpido também não.

A coisa mais lógica a fazer agora parece ser continuar lendo. Corro os olhos novamente pela página aberta e encaro os rabiscos de Ravermom. É uma espada histórica que significa a glória. E é linda. Lindamente perfeita. Cada traço, escrita e qualquer mínimo detalhe prende minha atenção no desenho. É isso, ao menos uma distração depois de mais um tapa na cara...

.........

Olá, sou eu
              Eu estava me perguntando se depois de todos esses anos
              Você gostaria de encontrar, para falarmos sobre tudo
         Eles dizem que o tempo deveria te curar
        Mas eu não me curei nem um pouco

Olá, você pode me ouvir?
         Estou na Califórnia, sonhando sobre quem costumávamos ser
                 Quando éramos mais jovens e livres
             Eu esqueci como era antes do mundo cair aos nossos pés

    Há uma diferença entre nós
            E um milhão de milhas

 Me desculpe por tudo que eu fiz
           Não é segredo
               Que nós dois estamos ficando sem tempo

   Olá do lado de fora
            Pelo menos eu posso dizer que eu tentei te dizer
           Me desculpe por partir seu coração
                Mas não importa, claramente isso não te machuca mais
                   Hello - Adele

.........

                                     ​Lânia (Europa)

— Estou pronta, Jade. 

Como quiser, senhorita — ela diz, indecisa, olhando para mim.

Edward, mais uma vez, segue-a com os olhos. Deve ser um tanto estranho, pois ele logo abaixa o olhar para o chão. Bufo impaciente, passando a mão nos cabelos oleosos. Acho que comecei a ficar nervosa.

A única vez em que me lembro de vê-lo tão desnorteado, foi na morte de seu irmão. E mais algumas poucas exceções, pois nem na minha partida ele parecia tão mal e acabado.

Jade se afasta de Ed e ergue os braços, recitando a droga do feitiço baixinho. Encaro o teto, sentindo todos os meus nervos se contraírem de ansiedade. O que eu faço agora? 

Poucos segundos depois ela já acabou, mas Ed ainda olha para o chão. Sento-me na cama, esperando, talvez o efeito acontecer

— Está feito. Vou deixar vocês dois a sós — ela diz, fazendo uma reverência para Ed e se retirando. Ouço o som da porta bater logo depois. Então é isso? Esse é o momento pelo qual venho esperando nos últimos dois anos?

Balanço os pés e mordo o lábio inferior, quase trêmula, esperando a primeira reação de Edward. Eu estou parecendo a menina da árvore no primeiro dia do castelo. Ingênua, inexperiente, confusa. Não se parece nem um pouco com a mulher de agora. Talvez, só talvez, aquela menina tenha sobrevivido todos esses anos no lugar mais sombrio do meu coração, tentando se manter viva. 

Finalmente, a primeira reação vem. Sua cabeça pende para cima e suas esmeraldas azuis esverdeadas me encararam. Sua boca vermelha se entreabre e ele parece paralisado. Engulo seco quando cada parte de meu corpo, principalmente as inapropriadas, se esquentam como se fossem jogadas no fogo mais quente. O fogo do inferno. Minha perdição.

Levanto imediatamente, não sabendo qual é a reação mais inapropriada. Um lado meu só quer abraçá-lo e beijá-lo, pois eu sei que é isso o que Christopher quer também. Mas há um outro que contém toda a raiva acumulada dos dois anos mais longos de minha vida e ela quer cortar Ed em pedacinhos e jogar para os cães comerem.

Sinto que meus dentes começam a bater, geralmente a reação do frio, mas não está frio. Está muito calor. Mesmo assim, eu estou suando. Ed dá um passo à frente e minhas pernas bambeiam. Que droga, eu não sou mais uma adolescente apaixonada. 

Penso em me jogar na cama para não cair e quebrar o clima tenso. Fingir um desmaio. Gritar Jade. Jogar-me na lareira e morrer queimada. São ótimas opções. Mas tudo isso parece tão idiota e eu realmente não consigo mexer um músculo sequer, quanto mais cometer uma idiotice.

Ele levanta as mãos, como se quisesse acalmar uma fera, e aí penso na cara que estou fazendo agora. Cara de idiota? Ou seria de brava? Faço uma reza rápida para que não seja a de boba apaixonada. 

— Phoebe — sussurra — Senti tanto sua falta. Você nem imagina. As coisas mudaram tanto — ele parece confuso, porém seguro de si.

E ele vai chegando mais perto.

Num surto psicótico, minha primeira, talvez segunda reação, é ir para cima de Chris. Mal tenho tempo de duvidar se é para bater ou beijar, apenas parto para cima. E a decisão final é bater, ele merece.

Dou passos firmes em sua direção e firmo meu olhar para então dar-lhe um tapa forte no rosto. Os cinco dedos da minha mão ficam marcados em sua pele alva e Edward me olha incrédulo, assustado. Obviamente, não estava esperando essa reação vinda da minha parte. Mas se ele pensava que depois de tudo o que fez, nosso reencontro seria um grande mar de rosas, ele está muito, muito enganado. 

— O quê? — pergunta, desnorteado. Aponto o dedo em sua cara.

— O que, o quê? Não sei o que você estava esperando, mas realmente não vai acontecer, Christopher — viro de costas e coloco as mãos na cintura. Não acredito, estou tendo uma briga conjugal de novo! Chega até a ser engraçado depois de todos esse tempo.

— Por que está agindo assim? — ele se exalta — Não está com saudade?

— Saudade? — viro-me, e é minha vez de olhá-lo incrédula — Saudade é muito pouco para o que estou sentindo, mas parece que é você que não está com saudades!

— Não coloque palavras em minha boca, Phoebe Georgie Bailke!

— Não estou colocando nada na sua boca, mas aposto que a vadia da Lillian anda enfiando muito aquela língua cheia de veneno aí! — levanto as mãos, gesticulando algo que não posso identificar enquanto giro em todas as direções do quarto. Cuspo as palavras com raiva em alto e bom som e vejo a face de Edward virar uma careta — Além do mais, você sempre teve um jeito muito especifico de demonstrar seus sentimentos... Como mandando um exército atrás de mim ou permitindo que Rupert fique trancando naquela droga de torre até hoje, mesmo depois de ter assumido seu reinado! Ele deve estar adorando sua estadia por lá, porque não saiu até hoje!

— Por que está jogando essas coisas na minha cara agora!?

— Viu, você não nega e não tenta se defender! Estava com muitas saudades, não é, querido

— Phoebe, pare.

— Parar? Mas eu nem comecei, Edward Christopher Sheeran!

— JÁ CHEGA, PHOEBE! — ele grita, mas não recuo. Depois de tudo o que vivi, não será isso que vai me fazer ficar ajoelhada aos pés deles, clamando redenção — Não vou aceitar que me trate assim! Você se esqueceu de como era antes de tudo?

— Claro, desculpe-me senhor. Quer que eu faça uma reverência também? — ignoro a última frase, sentindo ela chegar como um chute no estômago. Pois é claro, infelizmente eu ainda me lembro bem de tudo. Bem mais do que gostaria de lembrar.

— Pelos céus, o que houve com você? — Christopher joga os braços ao lado do corpo, mostrando frustração — Não vim até aqui para ouvir isso.

— O que houve comigo? — grito, indignada — O que houve comigo? Nada! Somente fui abandonada por todo meu povo e pelo meu marido, que agora se casará com minha pior inimiga! Meu único filho não lembra mais de mim e eu fui banida da única casa de que conheci a vida inteira! Isso não é o bastante, Ed!? Você quer ouvir mais!? Porque eu tenho uma lista inteira para citar aqui!

Solto o ar que não percebi estar segurando durante nossa pequena discussão e logo lágrimas quentes correm por meu rosto. Admitir aquilo doeu, mas eu precisava ouvir essas palavras saírem de minha própria boca. Não havia ouvido isso tão diretamente quanto agora. As pessoas estão tão ocupadas tentando retardar esse momento que só parece doer mais. E saber que eu não posso  fazer nada em relação a tudo isso, que está fora do alcance de minhas mãos reparar todo aqueles danos, me coroe de maneira inacreditável. Sinto como se estivesse sendo rasgada lentamente de dentro para fora. 

Balanço os braços que estão jogados ao lado de meu corpo e me atiro sentada na cama. Praticamente jogo minha carcaça, os restos do qual não consegui me livrar e afundo minha cabeça nas mãos, destampando um choro tão forte que até o da noite da casa das primas Alarcon perde facilmente para este. E quanto mais eu penso, mais parece difícil suportar.

Sinto uma parte do colchão se afundar ao meu lado e então braços fortes, um tanto musculosos, quentes e aconchegantes me envolverem num abraço. O abraço que ansiei durante muito tempo. É reconfortante. Não posso resistir, abraço-o de volta com um aperto crescente no coração, molhando sua camisa branca e soluçando. Tenho medo de que ele se afaste. 

Viro-me, ficando sentada de frente para Ed. Meus olhos passam longes dos seus propositalmente e vão diretamente para seu pescoço. Forço meu tronco contra o seu, colando nossos corpos o máximo que a posição permite. Inspiro profundamente naquela região. O cheiro de Christopher sempre foi o melhor para mim, desde sempre. É impossível não perceber seu cheiro á milhas de distâncias quando estamos separados. Dizem que o olfato é o sentido mais associado ao passado, ás lembranças. Eu não discordo.

O efeito é tão grande que um gemido rouco e baixo escapa por entre meus lábios. Posso ouvir a leve risada de Ed, que parece satisfeito. A vontade de sentir vergonha neste momento que, a meu ver, se tornará intimo demais se não fosse parado, é imensamente grande, mas eu simplesmente não consigo. A única coisa que me ocorre no pior instante foi que eu posso ter perdido a prática. Mas apesar de receosa, isso não é o suficiente para me deixar totalmente acanhada. 

Suas mãos calmamente me afastam e meu medo triplica. Olho-o confusa. Ed nega, manuseando a cabeça e depositando suas duas mãos em meu rosto, uma de cada lado e escorregando os polegares por minhas bochechas, limpando as lágrimas que param rapidamente de descer, até os lábios que se encontram entreabertos – resultado da respiração ofegante.

Ele acaricia aquela região e, de um modo inacreditável, quero fechar os olhos. Posso ver um conflito interno crescer: se entregue ou não. Continuo o encarando, procurando segredos bem no fundo de seus olhos azuis enquanto Ed se mantém focado em meus lábios. Ele pressiona levemente um de seus dedos e logo a outra mão vai para meu pescoço, onde seus dedos param na nuca e começam as brincar com os poucos fios presentes ali; o cabelo está curto. Minha primeira reação é fechar a boca, mas Ed é mais rápido, colocando seu dedo um pouco mais para dentro e desenhando a região.

Seria tão mais fácil se ele gritasse comigo e esfregasse o quão ruim eu venho sendo para Valentim, apontando todos os erros que cometi com o reino e com as pessoas que amo...

Ele nega com a cabeça e um sorriso sapeca surge nos lábios. Finco minhas mãos, até agora totalmente inúteis, no lençol da cama de Jade. O agarro o mais forte que posso, tentando afastar pensamentos do quanto aquilo é errado e eu me arrependerei depois. Transar, na cama de sua amiga, com o próprio inimigo quando está prestes a começar uma guerra com ele. Eu realmente não devo existir. 

Fecho os olhos. O desejo de observá-lo toma conta de mim, quero ver todas suas reações; seus olhos marcantes e sua boca atrativa, vermelha e carnuda. Mas a sensação de prazer, que não recordo ser tão boa, toma conta de mim. Tão velozmente quanto demoro para pegar no sono. Não há mais como negar, eu já estou entregue novamente.

Rapidamente, seu dedo é substituído pelos lábios e cada pelo de meu corpo se arrepia. Nada de gentilizas, calmaria nem nada parecido. É rápido, repleto de selvagerias e saudade. A paixão há muito apagada, a mesma que pensei nunca voltar a sentir.

A mão em meu pescoço ajuda a intensificar o beijo, que parece ser o melhor de todos. Meu corpo parece reagir, acordando com um banho de água fria e meus dedos vão parar nos fios cor de fogo flamejantes de Edward. Macios, e agora bagunçados. 

Seguro-me profundamente para não perder a linha e apressar algo que talvez não chegue a acontecer. E se essa não for a intensão de Edward.... Imagine, estou parecendo uma virgem tola. Como se fosse a primeira vez, enfim.

Num ato de coragem e impulso, subo em seu colo. Passo minhas pernas por seu quadril, deixando uma de cada lado. Aprofundo o beijo, travando uma guerra na qual Ed parece vencer. Sinto sua língua tomar cada vez mais espaço e acabo puxando seu cabelo com força demais. Mas ele parece não se importar, o gemido que sai de seus lábios denuncia isso.

Mordo seu lábio inferior e o puxo, partindo o beijo. Nos separamos ofegantes e os olhares se cruzam novamente. Aquela corrente inexplicável atinge cada parte do meu corpo. Tentando normalizar a respiração, deito minha cabeça em seu pescoço. Ed abraça minha cintura e por mais que o tempo tenha parecido acelerar de forma absurda, sei que esse abraço durou mais tempo do que realmente imaginamos. Cada instante é mínimo. Sinto-me imensamente bem, com uma alegria transbordante jorrando no meu coração e, sem conseguir me segurar mais, ansiosa, inclino-me e começo a distribuir beijos pelo pescoço, perto da barba sem fazer. Tal ato me leva à noite do nosso "primeiro" beijo, naquele telhado estranho acima de seu quarto. Foi uma noite mágica. O começo, poderia chamar assim. E agora eu só penso em fazer a mesma coisa com ele. Fazê-lo sentir esse momento mágico, fazê-lo sentir prazer.

Faço uma trilha de seu pescoço, passando pelo pomo-de-adão e seguindo até seus lábios. A princípio, não o beijo. Provoco-o, dando vários beijinhos em lugares diferentes de seu rosto, mas ao mesmo tempo totalmente perto do alvo final. Como esperava, consigo deixar ele impaciente, pois logo agarra meu rosto e gruda nossos lábios. 

Eu senti tanta, tanta, tanta falta disso!

O beijo, diferente do anterior, é mais calmo. Tento transmitir meu misto de sentimentos a cada movimento e consigo constatar que Ed faz o mesmo. Acaba dando certo, pois eu vejo que ele está se sentindo igual a mim. E naquele momento, de mãos atadas, fico aliviada porque ele, ao menos, sentiu minha falta nos últimos dois anos. Não havia percebido o quanto tinha medo de que isso não houvesse acontecido de verdade.

Suas mãos sobem por minhas costas e seus dedos fincam ali, apertando com força. Já as minhas, escorregam por sua blusa de algodão branca, que marca seus músculos maravilhosos. Elas adentram sorrateiramente e tocam a barriga de Ed com a ponta dos dedos. Vejo-o se arrepiar, e é uma das melhores sensações. Ele está tão bem quanto eu. Sentindo as mesmas sensações. E é essa exatamente a minha intenção. A satisfação por estar conseguindo é enorme, não posso deixar de sorrir durante o beijo. 

 — Preciso de você — Ed afasta nossos lábios e sussurra, ofegante e impaciente. Aquele, sem sombras de dúvidas, é o meu marido. O Ed de sempre. Assinto rapidamente, como se dissesse que também preciso dele, mas ele não parece satisfeito — Agora.

Ah! Dou um risinho tímido. Estou mesmo preparada para isso?

 Respondo com um beijo, mas me lembro de um pequeno detalhe desagradável.  

— A porta — cochicho. Para minha sorte, ele não deixa que nossa distância dure mais que meio segundo e suas mãos vão parar rapidamente em minhas coxas. Sou impulsionada para cima e começo a rir. Aquela risada gostosa, de gargalhar e, como consequência, parto nosso amasso. Ed me olha e ri também, contagiado. Ele sempre disse que minha risada era como música para os ouvidos dele. E sendo músico, isso significou um grande avanço para mim.

— Não há guardas lá fora. Não se preocupe.

— Ed! — repreendo, mesmo sabendo que ele já cedeu e fechará a porta.

Entrelaço firmemente minhas pernas em seu quadril, Edward se levanta com dificuldade e fica ajoelhado no colchão. Acalmo minha crise de risos, não quero deixá-la ir longe demais e volto ao que estávamos fazendo anteriormente. Aos poucos, ele caminha para mais perto da ponta da cama. Isso pode não acabar bem, não estamos prestando atenção no caminho.

E é exatamente o que acontece. Somente em uma versão diferente da que imaginei, onde nós dois bateríamos a cabeça no chão e o clima acabaria em meio aos risos e dois galos gritantes. 

Bato minhas costas e, infelizmente, a cabeça também no dossel da cama de Jade e levo a mão ao local. Quero mesmo ver se há um galo ali.  Começo a rir instantaneamente, como imaginei que seria e Ed faz o mesmo. Levo a mão ao dossel para analisá-lo e acabo soltando a cortina creme fofa, que cai como véu ao vento no lado direito da cama.

— Se machucou? — pergunta, tentando parar de rir, mas a situação é hilária.

— Não — expiro profundamente.

— Volto já — ele diz, soltando-me. Saio de cima de seu colo e me jogo na cama. Penso em fazer alguma brincadeira com a cortina do dossel de Jade, mas deixo a ideia de lado assim que ouço a tranca da porta. Levanto a cabeça e avisto o ser que mais amo na face da Terra caminhar até mim.

Ed afasta o véu, ainda rindo, mas para logo que me vê tirar a blusa. Sinto seus olhos queimarem em mim, em meus movimentos e me esforço para manter o foco. Sento-me e o chamo com dedo. Christopher engole seco, mas vem rapidamente.

Abraço-o. A falta do espartilho ou do corpete, utilizado nos vestidos e vestimentas caras, me deixa com os seios à mostra nas blusas. No começo foi muito incômodo, mas o que dois anos não fazem, afinal? Hoje, parece bem mais confortável do que a pilha de roupas usadas pelos nobres. Elas pinicam e não vejo mais todo esse sacrifício valer a pena somente para acharem uma pessoa bonita. 

Seus braços quentes e fortes rodeiam-me e algo parece ferver assim se Edward me deita na cama calmamente, descendo uma trilha de beijos. Primeiro os lábios e então o pescoço, que leva um chupão que deduzo que ficará marcado; Ed segue para o busto e decide enrolar por ali. É  torturante esperar que seus beijos molhados cheguem onde eu quero que chequem, mas quando sinto seu lábio macio e quente, várias coisas valem a pena. Sinto-me curada de toda a dor possível.

Seus dentes mordiscam o mamilo esquerdo, por onde ele prefere começar e um gemido fino escapa. Nervosa xom seu próximo movimento, agarro seu cabelo com uma mão enquanto a outra é direcionada para o lençol novamente. Desconto todo fervor no maldito lençol, se não acabarei arrancando os amados e queridos fios ruivos de Ed fora.

Chris acaba demorando um pouco lá, nos divertindo enquanto morde, chupa e faz maravilhas que não podem  ser descritas somente com palavras. A sensação de ser a mulher mais sortuda do mundo me atinge em cheio. Gosto da sensação, mesmo sabendo que é totalmente mentira. Em poucos minutos a brincadeira acabará e esse momento será somente uma memória boa que se tornará ruins aos poucos, desbotada pela dor crescente que, tenho certeza, vou voltar a sentir. 

Os gemidos se tornam incontroláveis. As coisas estão acontecendo tão rápido que não perceo exatamente quando a blusa de Ed é jogada longe ou então quando a calça deixa meu corpo. A única coisa que eu posso ter plena certeza agora é que Edward Sheeran é meu e de mais ninguém. Pelo menos, neste momento.

As mãos de Ed seguram firmemente minha cintura há alguns minutos e não pretendem sair de lá tão cedo, a meu ver. Afasto-o, partindo nosso milésimo beijo. Meu pulmão parece queimar buscando o ar, mas eu também não me sinto disposta a parar por nada. Nem que isso cause minha morte depois. Dirijo minhas mãos para sua calça que, não sei porque, ainda está grudada ao corpo. É o último passo, a última peça que me separa de ser dele. Totalmente dele. De novo.

Arranco o cinto violentamente, jogando-o longe da mesma maneira. Avanço até seus lábios ferozmente e Ed retribui com a mesma avidez. Eu estou  me tornando cada vez mais intensamente violenta em poucos minutos e nem havia me dado conta isso. Edward e seus poderes mágicos... Puxo a calça para baixo com os pés, já que quem comanda tudo no momento sou eu e logo nem ela nos separa mais. Num movimento veloz, Ed se impulsiona e inverte as posições.

Geralmente, eu reclamaria, mas estou tão entorpecida e louca para acabar com toda a distância possível e tê-lo somente para mim que não me importo. Deixo que ele comande tudo, como nas nossas primeiras vezes.

Sheeran se apoia nos cotovelos, deixando um peso gostoso sobre mim, que já estou molhada – tanto de suor quanto de excitação – e olha em meus olhos. Christopher cola nossos lábios, leve como uma pena e então sinto-o invadir-me com força.

Involuntariamente, gememos juntos. Minhas mãos agarram os braços tensionados de Ed, as costas e param em seus ombros, arranhando onde passam. Ed começa a se movimentar e não poupa força nas estocadas rápidas. Arfo as costas, praticamente me contorcendo de prazer. Sinto-o deslizar por mim enquanto sinto cada ponto ir se apertando. Ed quebra nosso beijo com um gemido quando enfim ficamos conectados por completo.

Mordo os lábios fortemente, sentindo toda aquela corrente energizante passar por mim. Finco minhas unhas com mais força na pele alva de Edward, com a certeza de que arrancarei um pedaço se continuar nesse ritmo. 

Estamos descontrolados, as estocadas vão cada vez mais fundas, nos dando cada vez mais prazer. E esse é um dos momentos mais perfeitos da minha vida. Minhas pernas agarram seu quadril e Ed solta uma das mãos apoiadas para levá-la até minha coxa, onde começa a subir e descer carinhosamente. Eu não vou aguentar por muito tempo.

Sinto todo aquele suor incômodo me encharcando, grudando os cabelos no rosto e me deixando horrorosa. Em Ed acontece a mesma coisa, a diferença é que ele fica adorável desse jeito. Sua face de prazer com certeza é minha maior satisfação. Olho rapidamente por cima dos ombros dele e posso ver uma brecha de luz lunar entrar pela janela do quarto de Jade, batendo perto de onde estamos na cama, atravessando os cabelos fogosos de meu marido. Isso basta para me querer fazer eternizar aquele momento. Sempre e sempre.

Nós estamos brilhando em meio a todo o caos. 

A mão de Ed que estava nas minhas coxas passa para a parte interna e vai subindo vagarosamente até o ponto onde nossos corpos se encontram. Ele pressiona o local e ambos urramos de prazer. Ás vezes, seu nome escapole por entre meus lábios, mas Ed faz questão de dizer o meu a cada gemido que dá.

Aquele formigamento vai descendo por minha barriga e logo chega ao ventre. Obrigo-me a não fechar os olhos somente para ver a expressão de Edward quando ele chegar ao ápice. Provavelmente, será última vez. Finalmente chego, sem muita cerimônia, mas ele ainda não. Agarro sua nuca com uma mão e com a outra, aperto fortemente suas nádegas. Beijo-o como se fosse realmente a última vez, mesmo sem ter tanta certeza disso.

— Eu te amo — murmuro ao pé de seu ouvido e logo depois mordo o lóbulo. Percebo que ele se arrepia da cabeça aos pés e ofega.

— E-eu também...te... amo.

Edward não precisa de mais nada, se despeja dentro de mim. Puxo o máximo de ar possível, tentando fazer os pulmões formigarem menos. Acho que deveria me importar com o fato dele ter se liberado dentro de mim, isso causa um incômodo mental e uma ponta de preocupação também. A última coisa que eu estou precisando agora e nos próximos tempos, é ficar grávida.

Ed sai de mim e se joga ao meu lado, igualmente exausto. Seu braço me puxa para seu peito e cedo, deitando no mesmo e entrelaçando nossas mãos. Aos poucos, aquela onda de completitude e felicidade evaporam, me deixando somente com a culpa e arrependimento, sozinha na cama com Ed. Não sei se é possível me arrepender de tal ato, não inteiramente. Uma parte de mim não se arrepende de forma alguma, mas há outra que late como um cão raivoso pronto para o ataque, que não quer dar sossego por ter cedido tão facilmente. É um momento de fraqueza ou de desilusão? 

Com o coração na mão, levanto subitamente da cama. Deixo Edward confuso, mas não dou lugar a essa preocupação na minha cabeça. Corro os olhos pela sala, procurando por minhas roupas espalhadas. Sigo, catando-as, peça por peça. Em seguida, começo a vesti-las.

— O que está fazendo, Ebe? — Ed pergunta, sentando na cama, ainda com os cabelos grudados. Reúno toda minha força e autocontrole para não me deitar naquele pedacinho de céu novamente e repetir toda a dose. Suspiro profundamente.

— Estou me arrumando, oras.

— Isso eu percebi — ele ri, não percebendo minha intenção — Mas para quê?

— Para ir embora — minha voz sai seca e fria. Visto a calça apressadamente, fechando o botão e partindo para colocar a blusa verde musgo sem graça. Dou uma arrumadinha básica no cabelo, onde não há  muito o que possa ser feito.

— O quê? — sua voz transborda de algo de identifico como decepção — Depois de tudo isso? Você não pode ir embora!

— Claro que posso — olho-o — E é exatamente isso que estou fazendo.

Christopher se levanta da cama, assustado e parece não se importar com a nudez. Eu também não me importo e observo-o discretamente enquanto calço as botas.

— Não vou deixá-la ir embora depois de tudo isso! E-eu posso dar um jeito de protegê-la de tudo! É só dizer sim!

— Você não pode me impedir — desafio.

— E você não pode sair por aí sendo vista, sabia? — argumenta mas, infelizmente, não é uma alternativa válida.

— Sei me virar bem sozinha. Sair daqui e ir até Jade vai ser fácil.

Edward caminha com passos pesados até mim e agarra meu braço com força.

— Não vou te deixar escapar de novo — há firmeza nas palavras e, pelo seu olhar, ele parece convicto de que fará isso.

— Não há guardas lá fora. Não pode me impedir — uso a própria frase contra ele e sua boca se abre várias vezes, sem emitir som. Solto-me bruscamente do aperto — Adeus, Edward. 

Aproveite a felicidade que nunca vou ter. Cuide bem de Valentim, acrescento mentalmente.  

Dirijo-me até a porta, sentindo cada vez meu coração bater menos.

— Você sabe que não é um adeus, Phoebe! – Ed grita quando minha mão encosta na maçaneta da porta — Ainda vamos nos ver de novo, em breve. Você sabe disso.

Nego com a cabeça, ainda de costas para ele. Abro uma fresta da porta e olho o corredor. Totalmente vazio. Então, abro-a por completo e sigo meu caminho, atenta a todos os detalhes para não ser pega em flagrante.

Deixando para trás o amor da minha vida. O único homem capaz de me fazer feliz.


Notas Finais


Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=YQHsXMglC9A&index=15&list=PLA-tSOmDx5ECxYzB0fMLCCwIQCA88KEmI
A música foi cortada em partes para parecer mais com o capítulo. Embora tenha a ver e não ao mesmo tempo. Se vocês chegaram a estranhar a ordem, foi por isso kk Já vou avisar vocês que a música do cap foi muito difícil de escolher, por isso ela pode mudar de Hello, para qualquer outra. Mas se isso acontecer, eu aviso.

UI, QUE TAPA NA CARA, O QUE VOCÊS ACHARAM? NÃO ME MATEM, PLZ
E OPA, AGORA VOCÊS SABEM QUEM É QUE O RUPERT BEIJOU!

Duarte Madeira é nada mais nada menos que o gato do Max Irons. Quem shippa? >EUU<
https://tfgeekgirl.files.wordpress.com/2013/03/saoirse-ronan-max-irons-host-portraits-exclusive-04.jpg
Obviamente, ele está muito mais novo aqui kkk

O primeiro hot ficou uma merda, podem falar e não poupem críticas. Isso virou uma Bíblia. Mas olhem, deem créditos, foi meu primeiro hot na vida. Primeira fanfic, primeiro hot...
Apesar disso, acho que não me sai tão ruim (olhando por outro lado, tem uns beeem piores que isso) tknhyba Ah,e lembrem-se, a Pho não é mais virgem no presente, por isso acho que ficou mais ousado. Sei lá kk FOI O HOT MAIS DEMORADO DA HISTÓRIA, CREDO!

Hm... a mãe da Phoebe (eu já ia escrever Phoed aqui, tá na veia), que se chama Gale é interpretada pela Sarah Wayne Callies (a Lori, de The Walking Dead).
http://vignette4.wikia.nocookie.net/twd/images/9/9f/Sarah_Wayne_Callies.jpg/revision/latest?cb=20150103154454&path-prefix=pt-br

Vocês perceberam o nome completo da Pho? Kk Ela tava bravinha hoje né? Cheia de veneno. Essa é minha menina szsz A guria previu o próprio futuro e nem tium, que macumba hein hahaha

VOCÊS PEDIRAM PHOED, EU DEI PHOED! O QUE VOCÊS ACHARAM, DE VERDADE? SEM DIREITO A RECLAMAÇÕES HA HA HA ~ risada maligna ~

Indicações do capítulo:

Biology, que é uma fanfic Narry, também de blog, porque to nessa kk
O blog que eu leio, a dona dele não é a autora, ela é bem famosinha por aí, mas eu não procurei a fonte original. É muuuuuitooo bom! Se vocês leem esses capítulos enormes, vão ler BG sem problemas, porque ela também faz Bíblias enormemente perfeitas. A história é sobre a Sn, que se apaixona pelos seus dois professores de Biologia. O Harry, um cara na casa dos trinta que é um príncipe extremamente perfeito e o Niall, que é um safado tarado kk É muito, muito erótica essa fanfic. Recomendo pras safadinhas de plantão:
http://imagineoneds2.blogspot.com.br/2013/06/fanfic-biology.html

E Malaxofobia, da @zaincafetina . que é com o Louis. Gente, eu viciei total. É uma fanfic muito perfeita s2 Fala sobre a Sophie, que é uma agente do FBI e sobre o Louis, um advogado. Louis sofre alguns atentados e Sophie é contratada para ser a guarda-costas dele, bem no estilo maravilhoso daquele filme da Whitney Houston. É cheia de mistérios, drama e tudo mais. A fanfic é bem famosa, acho até que algumas de vocês já devem ter lido....
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-one-direction-malaxofobia-3559716

Enfim, agora vou me desculpar por ter demorado postar. Parece que as coisas sempre saem do controle quando eu tô afim de escrever. Pra vocês terem ideia, eu ia postar sábado passado, mas o capítulo não saiu de jeito nenhum. Então, sinto muito e espero que tenham gostado desse </3

Bom, até nos comentários

UM BEIJO, UM QUEIJO E ATÉ A PRÓXIMA!

Ps: indiquem muito a fic pras zamigas, pras tias da escola, pro papagaio, o povo que fuma na esquina...

Kissus XxGigi ☪☮ɘ ✡أ☯†


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