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História Crossed Histories - Garden


Escrita por: Gigi-do-Malik

Notas do Autor


ATUALIZAÇÃO CHAMANDO LEITORES DE CRH!
ATUALIZAÇÃO CHAMANDO LEITORES DE CRH!

Olá, meus queridos(a)! Quanto tempo né... - apesar de que eu não demorei muito dessa vez, mas já senti saudade (muita) s2
Enfim, sem enrolação, o cap tá grandinho, mas acho que só voltarei a postar mês que vem, quando CRH FIZER UM ANO!! EEEHHHH!! Vou trazer para vocês um bônus, spin-off, sei lá, bem fofinho sobre Phoed, me amem <3 Esse um ano de fic me fez repensar muito sobre o quão irresponsável eu tenho sido com vocês, é um absurdo uma fanfic de um ano com menos de 25 capítulos! Então, depois da reforma e do aniversário de CRH, vou fazer umas macumbas pesadas pra postar semanalmente. Juro juradinho. E claro, sem diminuir a qualidade dos capítulos....

Como não tenho muito para falar, só vou adiantando que alguns planos antigos que fiz entrarão na história agora, pois não quero que eles sejam deixados de lado. Alguns deles - como os treinos de Ravermom - já foram mencionados. E com a reforma, vai haver algumas coisas que vocês podem não entender hehe Como por exemplo o papo da Malena e da Pho, ali em baixo, sobre o sobrenome dela e o tal feitiço. Tem haver com a opressão das mulheres e o vínculo necessário nessa época, que eu não pude deixar de abordar.

E claro, a música do capítulo dessa vez vem em uma versão mais madura - amém - e diferente também. O passado tem um fundo musical de Senhor dos Anéis, que eu escrevi escutando, uma melodia muuuito gostosa e eu quis deixar ele aqui pra vocês, já que a música do capítulo é para o presente. Então, o link da playlist vai cair no fundo musical do Condado e depois, quando lerem o presente - e se quiserem, mudem para Amber Run <3

Enfim, acho que é isso. Muito obrigada pelos comentários, apoio e etc s2 É importante saber o que vocês estão achando disso aqui... EU AMO VOCÊS!

Capítulo dedicado à minhas leitoras fieis e totalmente adoráveis:

★ ~Thory (nossa querida madrinha)
★ ~AghataMargoss (nossa querida madrinha2)
★ ~Fraser
★ ~Plaisir
★ ~Bixasvato
★ ~Carlarro

Boa leitura, pessoal :D

Capítulo 19 - Garden


Fanfic / Fanfiction Crossed Histories - Garden

                                    Lânia (Europa)

Quando a hora do almoço começou a se aproximar, minhas mãos começaram a suar. A questão é: ir ou não ir

Não ir. Não, ir. Não ir. Ir logo de uma vez. Desistir e piorar as coisas. Concertar tudo. Decepcionar Edward. Por fim, decido ir. 

Na verdade, minha consciência não me permitiu fazer o contrário pois acho que acima de toda a raiva sem razão que estou sentindo, sei que a principal culpada — talvez não a única, mas ainda assim culpada — das coisas estarem assim sou eu. E considero um grande passo ao menos admitir que tenho culpa. Um ato nobre, talvez.

 Nesse passo, quando o sino da torre leste soa, enrolo o pequeno pedaço de pergaminho na mão e o espremo ansiosamente enquanto ando até o jardim. Não sei o que estava esperando encontrar, mas quando o vejo minhas pernas travam e meus olhos devem parecer duas bolas de gude, arregalados. Edward, perambulando de um lado para o outro, com um lindo buquê de campanulas, uma flor roxa com formato adorável de sino. Excêntrico. Ele começou bem, não esqueceu que adoro coisas criativas e diferentes. Mas, ainda assim, sem sair do clichê. Esse garoto me conhece muito bem. Talvez até mais do que eu goste de admitir.

Faço-o esperar alguns minutos longos e impacientes, mas quando percebo que nem eu estou conseguindo me conter de ansiedade, tenho que sair do esconderijo. Ed está de costas, minha presença o assusta, ele deve ter pensado que eu o deixaria plantado. Coisa que, sim, eu deveria fazer. Mas essa conversa não beneficiará somente a ele. 

Ou talvez seja somente mais um ato de burrice. Deveria estar tentando falar com Rupert agora, não com ele, que sai com “garotas que me olham torto todo o tempo” no meio de chás da Rainha. 

— Que bom ver você. Pensei que não viesse — Ed diz alegre, abrindo um largo sorriso.

— Eu também — respondo seca, cruzando os braços, como se eles pudessem me proteger do quão pequena estou me sentindo agora. O sorriso de Christopher murcha um pouco, mas ele tenta não se deixar abalar. Eu também, porque não quero ver essa alegria evaporar com minhas crises existenciais — São para mim?

Aponto com a cabeça para as flores, observando-as atentamente.

— Ah, isso — ele olha para elas, confuso — São! São para você.

Ele me estende o buquê roxo vivo e eu o pego com cuidado. Cuidado para não tocar sua pele, nem o mínimo contato. 

— São lindas, obrigada Edward.

— Lindas como você — Ed lança-me uma piscadela charmosa — Não há de que, Pho

Há um belo contraste no modo como nos chamamos. Eu pelo nome, ele pelo apelido. Droga Edward, pare de tornar as coisas mais difíceis, seu babaca idiota. Olho para o chão e fico calada durante alguns instantes. A brisa sopra na direção oposta à que eu estou, jogando meus cabelos na frente do rosto. Atrapalhada e sem graça com os olhos de Ed seguindo meus movimentos, coloco o máximo que posso atrás da orelha e ruborizo.  

— Me acompanha em um passeio? — ele quebra o gelo, estendendo o braço. Por sorte, desta vez, não penso duas vezes em nos entrelaçar.

Vamos caminhando calmamente, observando a paisagem diurna. É estranho estar em um “encontro” com Edward no mesmo lugar em que estive com outro homem ontem. Será por isso que ele me chamou justamente aqui? Não posso dizer se é coincidência que também estejamos tomando um caminho totalmente contrário ao da noite anterior, mas gostaria de ser uma mosca ou a pulga atrás da orelha de Edward para descobrir.

— Fez proveito da noite, Pho? Devo dizer que espero que sim. Stowell é um burguês interessante, com muitas terras por todo o país.

— Como soube que saí com Nathaniel ontem?

— Já estão se tratando pelo primeiro nome, ótimo, é um avanço e tanto — Ed sorriu irônico, mas pude ver que seus olhos reviraram quando ele virou a cabeça para o lado — Vi vocês dois saindo, aliás, não acho que deva haver uma pessoa que não viu. Fiquei curioso e pedi para checarem.

— Não fez o serviço pessoalmente, vossa alteza? Ou devo dizer que não se deu ao trabalho?

— Minhas fontes são confiáveis, obrigado.  

Foi minha vez de revirar os olhos, com raiva, embora deva admitir que tentei esconder um sorriso por sua crise de ciúmes. Bem, querido, agora você entende como me sinto. O que também significa que há outra coisa atrás do imenso precipício que nos separou. 

— Se você diz...

— Eu digo. Além do mais, acho que o senhor Stowell tem uma boa safra todos os anos também. Na verdade, tenho certeza disso. E os comércios com joias e tecidos tem ido muito bem e....

— Edward! — olhei-o confusa e ao mesmo tempo ofendida, para não dizer horrorizada — Você, por acaso, está insinuando que estou interessada no dinheiro dele!? Como pôde pensar isso de mim? 

Falei com calma e pausadamente, mas acho que meu olhar já disse tudo o que ficou implícito.

— E se eu estiver insinuando?

— Então você não me conhece tão bem quanto nós dois pensamos que conhecíamos.

Desvencilhei-me lentamente de seu braço, na esperança de que Edward tome uma iniciativa e não deixe que nossa possível reconciliação termine dessa forma desastrosa.

— Uma vez, ouvi falar que nunca se pode conhecer uma pessoa por completo, pois nem ela mesma se conhece. 

— Esta é uma bela desculpa para quando não se quer dizer a verdade.

— E qual seria a verdade, Phoebe?

Uma pontada de dor atingiu minha cabeça. Se ele me chamou para ficar tão nervoso, implicante e indiferente, porque estamos aqui? Porque me trouxe flores? Porque estava tão impaciente ao esperar? Porque, então, elogiou-me, alimentando chances que poucos minutos mais tarde viria a destruir? Esse é o meu castigo por ser tão dura com Rupert? Eu nem mesmo queria ter vindo ficar confinada neste castelo!

— Oras, diga-me você, que está com todo esse sensacionalismo para cima de mim. Se quer dizer algo, Edward, que diga logo e sem delongas. O corte da lâmina da adaga geralmente dói menos quando é desferido velozmente e retirado logo em seguida.

Christopher analisou cautelosamente minhas expressões, assim como fiz com ele e paramos a caminhada. Nossos olhos, azuis contra castanhos, travaram uma batalha sem trégua em busca da verdade. E ela veio de forma inesperada para ambas as partes. 

Edward puxou-me desesperadamente para seus braços, selando nossos lábios poucos instantes depois. Foi impossível raciocinar. Logo, minhas mãos soltaram o buquê e foram parar diretamente em seu cabelo. Mesmo não entendendo coisa alguma do que estava acontecendo, me deixei levar pelo formigamento pouco conhecido — porém agora recente — que ocupa minha barriga sempre que meus olhos se encontram com o mar azul de Ed, ou então quando estou em seus braços. É uma sensação estranha de pertencer a algum lugar, mesmo que cada fibra do meu corpo diga o contrário. O coração dita que aqui é exatamente onde devo ficar, com ele, e o medo de que ele esteja pregando-me uma peça dolorosa demais para suportar é inquietante. É tudo tão rápido para que eu possa acompanhar.... 

— Você é um imaturo — disse ao cessarmos o beijo.

— E você uma péssima amiga.

— Você não decide o que quer nunca e nem ao menos pode dizer-me a verdade sobre o que quer que seja.

— Já pedi sua compreensão e confiança.

— Ah, claro, mas não poderá ter tudo o que desejar sempre ao seu alcance, príncipe Edward XIII. Confiança é uma crença que você precisará conquistar, e a compreensão necessita de uma causa plausível. 

— Eu juro que quero te contar, mas não é uma coisa minha. Não é sobre mim. Então, não cabe a mim revelar este segredo. Ele se revelará sozinho, na hora certa.

— Tem noção que isso não torna as coisas melhores, não é?

Ele assentiu.

— Se você quiser acabar com.... — Ed parou, pensando na palavra certa — Seja lá o que estamos construindo aqui, essa é a hora certa. Mas não deixe Rupert abatido como está agora, a ponto de não conseguir ingerir nada. 

Engoli seco e tentei ignorar a parte que começa com R e que está bem pior do que pensei que estaria.

— Então é isso que você quer? Acha que as coisas são fáceis assim? Acabou, e ponto?

— De maneira alguma. Não e não! Eu não quero que acabe, nem assim, nem de forma alguma. Mas estou dando-lhe essa decisão, já que meu mundo não é tão compreensível para você quando eu gostaria que fosse. Antes que as coisas fiquem mais sérias, pois essas são minhas intenções com você, Phoebe. Estreitamente sérias, sem lacunas. 

Havia uma parte de mim, creio eu, que já esperava algo sério. Afinal, não pretendo envolver-me emocionalmente com Ed, nem com ninguém, sem a proposta de um compromisso formal. Mesmo assim, a informação vinda de forma tão direta e inesperada, conseguiu calar-me e fazer minha mente dar voltas, assim como meu coração também só faltou saltar do peito, alegre e satisfeito. Isso é um ótimo sinal.

— Eu... é....

— Você não tem nada para me falar? Acabo de dizer-lhe que quero um compromisso oficial, e você fica calada?

Meus olhos se arregalaram ainda mais. Em minha cabeça, formulei cerca de mil respostas diferentes, mas nenhuma me pareceu apropriada para o momento, tampouco consegui fala-las. Edward, então, começou a ficar tão nervoso quanto eu. Desviou o olhar e esfregou as mãos suadas, passando-as no cabelo em seguida.

— Está falando sério?

Mais confuso ainda, Ed franziu as sobrancelhas.

— Estou... — senti-me idiota, que raios de pergunta foi essa?! 

Sorri tímida, olhando para o chão.

— Bom, então isso quer dizer que temos uma chance real de ficarmos juntos, não apenas vivendo um romance proibido?

O rosto de Chris se iluminou em um sorriso travesso, com um motivo do qual não sei.

— Basicamente, quer dizer sim. A menos que continuemos brigando desse jeito, as coisas podem se concertar facilmente. Basta só ser da nossa vontade, sem escondermos nada de nossos pais. Se tudo der certo, tenho certeza que o país a venerará. Por que está com essa cara, é tudo emoção? — brincou. Mas claro, acertou na mosca.

Joguei-me em seus braços, sem me importar em quantas possíveis pessoas podem estar vendo isso, escondendo o rosto na curvatura de seu pescoço e inalando profundamente o cheiro do seu odorífero. Identifiquei imediatamente o cheiro de sempre: baunilha.

— Não pode imaginar o quanto estou contente com isso.

— Bom, eu acho que posso. Estou me sentindo da mesma forma, talvez até mais feliz e aliviado que você.

— Aliviado?

— Phoebe, não tem ideia do peso que retirou de minhas costas! É muito bom saber que estamos bem novamente.

Sorri abertamente, afastando o mínimo possível somente para conseguir olhar seu rosto. 

— Isso significa que ainda tenho um passo a mais a ser dado — falei vagamente, lembrando de Rupert.

Edward entendeu tão rápido quanto o vento que soprou e nos atingiu, fresco, nesse momento.

— Hm, verdade. Você deveria ver isso hoje na hora do jantar, querida. 

— Se você me der um beijo antes, posso ver ou enfrentar qualquer coisa.

— Não precisa de chantagem para um beijo, se quiser, é só pedir — iniciamos um beijo calmo e eu diria, com toda minha ingenuidade aflorada, amoroso.  Pensando nisso, vaguei lentamente até o dia em que cheguei no castelo; tudo parece ter mudado tanto, principalmente eu. Foi então que me vi em um dilema: a vontade avassaladora de ir embora correndo, fugir... ainda prevalece ou um certo príncipe tirou isso de mim?

.

.

.

— Se eu fosse você, não esqueceria o buquê aí. Deve ter dado muito trabalho para apanhar essas flores.

As mãos de Ed soltaram meus olhos por um instante enquanto ele seguia meu conselho, mas logo voltaram, ou ao menos, uma delas.

— Diga-me para que tanto mistério.

— Mas é uma surpresa Pho, surpresas envolvem mistérios.

— Mas que...

— Nã nã mocinha, nada de palavrões — interrompeu e nós dois rimos.

— Desisto! — me rendi, chateada e curiosa. Bem, muito mais curiosa do que chateada.

— Até que enfim! — Edward só faltou glorificar. Bobo.  

— Eu estou muito curiosa — resmunguei.

 — Eu sei.

— Da última vez que me disse que tinha uma surpresa acabamos em uma parte estranha acima do seu telhado, olhando as estrelas e depois dormimos na mesma cama.

— Se bem que nós poderíamos ter feito mais coisas do que apenas dormir. Foi um deslize bobo de minha parte não aproveitar bem o tempo que passamos juntos.

— Edward! — rindo, tentei dar um soco em seu braço, tentativa falha — Não seja pervertido.

— Estou só dizendo o que penso.

— Talvez deva ordenar melhor seus pensamentos com algo útil.

— Mas, oras, isso é altamente útil.

— Desisto versão número dois. 

— Não desisto tão fácil quanto você — Que seja, Edward.

— Bom, pois saiba que nunca acontecerá.

— Acontecerá quando formos casados.

Destapei suas mãos e olhei-o curiosa, de cima a baixo, procurando sinais de brincadeiras. Ele está sorrindo, mas não parece brincar.

— Também nunca acontecerá.

— Pois bem, então se faça de difícil. Vou conquista-la na marra, do modo cortês e tradicional.

— Desejo-lhe muita boa sorte, príncipe. 

— Obrigado, com esse humor variante seu, irei precisar de toda a sorte do mundo e mais um pouco. Certo, agora feche os olhos. Estamos chegando— Ed passou por trás novamente e tapou-me os olhos. Sentir sua respiração em meu pescoço fez todos os meus pelos se arrepiarem e fui obrigada a respirar pela boca para não demonstrar agitação. A pior parte é que nem foi preciso de esforço algum de sua parte para me causar tais sensações — Além de linda, está exuberantemente cheirosa.

— O-obrigada. 

E assim seguimos por mais uns poucos minutos, Edward sempre instigando minha curiosidade.

— Já chegamos? — perguntei ansiosa quando paramos do nada. Andei mais uns passos para frente sem o auxílio de Ed e senti uma grande e fresca sombra pairar sobre mim, escurecendo o pouco que meus olhos fechados tinham capacidade de decifrar sobre o ambiente. Mais alguns passos e acabei esbarrando em uma coisa no chão. Ouvi a risada de Ed soar lindamente em meus ouvidos e abri os olhos. 

Ed pode ser idiota pelo resto do século, porém sabe ser um cara romântico.

Há um lugar discreto no jardim, depois dos montes de rosas vermelhas e amarelas, em que tiveram ideia de disfarçar que a nascente do riacho é além dos muros, na floresta densa e selvagem do lado de fora.  Eles refizeram a nascente, uma imitação bonita e clássica, cheia de pedras e peixes. Eu nunca vim aqui, foi construído há pouco tempo, dois anos depois de minha partida. Embaixo da árvore majestosa, cheia de galhos e milhares de folhas verdes com flores rosas claras, um pano quadriculado vermelho foi estendido e sob ele foi posta uma cesta, agora vazia, rodeada de vários alimentos. 

— Sei que já é hora da refeição principal, mas se você ainda não tiver comido podemos chamar de desjejum. Ou então de café-da-tarde. Almoço... você escolhe — Edward tagarelou agitado enquanto me observava observar todos os pequenos detalhes — Ah, e sim, isso é bolo de mirtilo. Mandei prepararem porque sei que você ama e....

— Oh, Edward! — me pendurei em seu pescoço enquanto distribui vários beijinhos felizes por seu rosto, sorrindo alegremente ao vê-lo corar — Tudo isso é perfeito, obrigada!

— Valeu o risco — piscou.

— Que risco? 

— Levar um fora — ele riu, sentando-se à sombra e batendo a mão ao seu lado para me juntar a ele — Você ainda estava furiosa comigo. É, de fato estava.

— E não pense que vou esquecer facilmente o que você me disse, o.k.?

— Foi um colapso de ciúme, amor. Não pode me levar a sério quando eu estiver da cor dos meus cabelos.

Comecei a rir incansavelmente.

— Bela comparação.

— Foi horrível — ele riu também — Eu não fiquei dessa cor, né?

— Hmm — fingi pensar — Isso você nunca vai saber! 

Ed sorriu abertamente mais uma vez e pegou um pedaço fatiado do bolo de mirtilo, ou melhor, do melhor bolo do mundo e colocou em minha boca lentamente. Mastiguei com calma enquanto Chris distribuía beijinhos em meu pescoço, pois senti que poderia engasgar a qualquer momento. Ele passou o dedo por minha boca quando terminei de engolir, limpando as migalhas e roubou um beijo em seguida.

— Hm, o.k., minha vez.

Dei duas batidinhas em meu colo e Ed colocou sua cabeça ali, deitando preguiçosamente na toalha. Peguei um cacho de uvas e dividimos, sempre aproveitando para tirar algo a mais da situação. 

{...}

Depois de passarmos horas a fio ali, apenas aproveitando o que o outro tem de melhor, o pôr-do-sol finalmente apareceu, anunciando como tínhamos perdido a noção do tempo. Resolvemos voltar para dentro, pois deviam estar loucos à procura de Edward, que sumiu a tarde toda e deixou seus afazeres de futuro rei de lado.

— A única coisa que falta para que este dia seja perfeito é que você fale com Rupert, amor.

— Farei isso — disse, insegura, já sentindo meu estômago revirar só com a possibilidade de encará-lo face a face em uma distância curta.

Percebendo a insegurança, Ed segurou minha mão.

— Ei, vai ficar tudo bem. Vocês vão se entender.

— Como sabe? — fitei-o, engolindo seco.

— Sei porque é a coisa que os dois mais querem no momento. Alguma coisa maior vai acontecer quando conversarem, e você vai entender o lado dele. Pode não apoiar, nem aceitar, mas irá compreender.

— Obrigada — apertei sua mão delicadamente — De verdade.

— Não por isso — selou-me — Então, acho melhor que você vá para seus aposentos e tome um bom e relaxante banho. Descanse um pouco e nos vemos mais tarde, no jantar, está bem?

— O.k.

Nos separamos, cada um foi para um lado. Eu, ao menos, fui consolada com o fato de que por mais que as coisas estejam ruins, depois da tempestade, a neblina irá abaixar, as plantas irão alimentar-se da água que caiu e um belo arco-íris virá. Ele só está esperando a hora certa para aparecer.

Entrei apressada em meu quarto temporário  e catei a pena e o pergaminho, pronta para botar as palavras para fora. 

“Querida Barbra, venho por meio desta carta recheada de notícias, contar-lhe uma coisa quase inacreditável que acaba de acontecer comigo: acho que acabo de receber um pedido de casamento indireto do príncipe Edward! Basta ele estalar os dedos, e serei dele.

.........

Te usarei como um sinal de alerta
           E se você está falando que não faz sentido, vai perder sua mente
             Te usarei como ponto de foco
          Para que eu não perca de vista o que eu quero
            E eu seguirei em frente, por que eu pensei que eu poderia
           Mas eu senti sua falta mais do que eu pensei que eu sentiria

Te usarei como um sinal de alerta
        E se você está falando que não faz sentido, então você terá perdido sua cabeça
         E eu encontrei o amor onde eu não deveria encontrar
           Bem na minha frente, faça isso fazer sentido
               I Found – Amber Run

.........

                                      Lavern (Europa)

Phoebe Bailke point of view

Dias depois...

Minhas mãos continuaram tremendo quando me atrevi a pegar o cantil de Normal escondido, no meio do breu que se estendia pela noite.

Destampei-o com destreza e bebi alguns goles tentando não fazer barulho algum com a garganta. Olhei a Lua minguante, acima de todas as árvores, que fazia belo contraste com o céu estrelado e senti a brisa morna bater diretamente em meu rosto, sentindo-me altamente relaxada. Eu não fazia ideia do dia em que estávamos, de qual mês e me esqueci até mesmo da estação atual nos últimos dias. E, afinal de contas, é melhor assim.

Respirei fundo. Fechei os olhos. E concentrei meus pensamentos em algum lugar calmo e agradável. Um grande contraste com minha vida.  

Psssiu — um ruído chamou atenção, mas meio segundo depois vi que era apenas Max, tentando se desviar dos braços fortes de Barbra, que o agarravam como se não pudesse soltá-lo mais. Era a mesma coisa, toda noite, desde que eles se reencontraram. E isso, inevitavelmente, traz à tona lembranças desagradáveis — Não consegue dormir?

— É a minha guarda — expliquei.

Max assentiu, examinando o rosto de todos os presentes adormecidos, até voltar-se novamente para mim.

— Phoebe — começou tentando pular os corpos e chegar até mim, apoiada numa árvore grande, larga e com a copa esverdeada — Se lembra de quando decidimos treinar Ravermom, para que quando chegasse o momento de usá-lo você estivesse preparada?

— Claro que lembro — bufei — Mas aconteceram tantas coisas que eu realmente me esqueci, desculpe Max. Mais da metade dos nossos planos foram para o fundo do poço com tudo isso.

— Tudo bem — riu baixinho, sentando-se ao meu lado, tomando o cantil da minha mão e bebendo dele — Todos esquecemos, nada disso estava previsto, tudo virou uma grande bagunça ultimamente e não quero que se desculpe por algo que não tem culpa. O que acha de começarmos os treinos agora, na estrada?

— Seria ótimo — admiti sorrindo — Ajudaria a nos distrair. Você sabe como pode ser entediante...

— Então... — ele pareceu pensativo — O que acha de começarmos agora, neste exato momento?!

— Agora? — Me surpreendi.

— É, eu estou sem sono e você está de guarda. Acredito que isso só lhe deixará mais atenta à sua volta. O que acha, Pho?

Ergui as sobrancelhas e me inclinei rindo, minha resposta estava mais do que clara agora.

— Espero que não tenha esquecido seus ofícios, jovem aspirante a ferreiro.

Ambos rimos, baixo para não acordar os demais. Max se levantou, estendeu a mão e em instantes já me encontrava de pé. Saímos rodeando o lado esquerdo da árvore, onde só haviam bolsas com mantimentos.

Quando se é obrigado a viver uma vida selvagem, você precisa aprender algumas coisas fundamentais para sobrevivência. Uma delas é dormir perto de seus companheiros, e, se não houver ninguém, sempre com um olho aberto. Não é uma vida fácil, mas ninguém nos disse que seria. Na verdade, eu e meus amigos não vivemos, nós só sobrevivemos e fazemos o fundamental para isso. Custe o que custar. É melhor fazerem perder um dos seus do que perder um dos nossos por causa da merda da consciência. Não que ela nos atrapalhe hoje em dia. 

Fomos para o meio da clareira, que não é muito grande, mas está em uma ótima localização. Havia um riacho, não muito longe, e se tudo ficasse no mais absoluto silêncio, é possível ouvir suas águas quebrarem nas pedras. Aonde nos posicionamos, ao centro, as árvores se abrem e dão lugar ao céu, uma bela visão, nenhum galho sequer para atrapalhar. Não é uma boa coisa, fora a visão esplendida, mas aprendi que a visão não significa nada. Às vezes, é uma grande cilada. Com tamanho buraco no posicionamento das árvores, estamos expostos ao Sol escaldante, a chuva e alguns bichos gostam de lugares como esse para passarem a noite. Por sorte, ou azar, nunca ficamos parados muito tempo no mesmo lugar. E, eu espero, ter despistado o grande exército com a mudança repentina de rota, principalmente depois do meu aparecimento no castelo. Espero que Edward dê uma trégua. Nós dois sabemos muito bem que ele tem meios para fazer isso sem que ninguém conteste seus atos. Ele é o Rei. Ponto, acabou.

— A coisa número um a se fazer é — começou o ‘Mestre Max’ — Desembainhar a espada. Acho que consegue fazer isso.

— Há-Há-Há — soltei uma risadinha sem graça, entediada com sua piadinha — Muito engraçado, Sr. Palhaço.

— É assim que vai me nomear quando eu me tornar cavaleiro? Sir Palhaço?!

— Quem disse que eu vou te nomear cavaleiro?

— Um passarinho marrom me contou — ele riu, afinal, o passarinho marrom sou eu — E para ser honesto, prefiro muito mais Sir Prontifer.

— Além de idiota é exigente — revirei os olhos, mas Max riu — E esse sobrenome seu... Nã nã — estalei a língua no céu da boca — Deveríamos arranjar outro melhor e mudar seu nome!

— O que tem meu sobrenome? — Perguntou confuso.

— Já vi muitos sobrenomes bizarros, mas o seu de longe é o pior — desembainhei a espada e a girei no ar. Eu não sou uma inexperiente com armas, claro que não, mas Ravermom não é uma arma qualquer, então cada cuidado é mínimo, em todo caso. É uma máquina de mortes, a coisa mais mortífera em que já ousei colocar as mãos. E temo que poucas no mundo inteiro estejam a altura dela. Ravermom pode ser tudo o que você precisar, outrora, tudo que menos deseja. Sua salvação ou sua ruína. Não há meio termo, ou está em uma extremidade ou em outra.

— O quê? — Brincou, fingindo indignação — Está falando sério mesmo?  Seu sobrenome era Bailke, vossa majestade. Esse sim é um nome bizarro. Phoebe Bailke. Ou seria Sheeran? Os dois me soam estranhos.

Pensei um pouco, fazendo careta, por fim dei de ombros.

— Não é tão estranho se pensar um pouco — desviei do assunto Sheeran, pois sei exatamente onde Max quer chegar. E não que eu não confie nele, é meu melhor amigo, mas não estou preparada para tocar nesse assunto.

— Tem um significado, pelo o menos?

— O seu tem? — Retruquei, ambos sabíamos a resposta.

— Quer parar de responder minhas perguntas com outras perguntas?!

— Não... — rodei a espada no ar mais uma vez, fingindo um quê de superioridade.

— Grato... Espera, quê?

Começamos a rir de seu deslize, agora já um pouco alto, não nos preocupando em incomodar ninguém por causa da pequena distância.

— Você também não tinha respostas — acusei.

— Pode até ser....

Ficamos alguns instantes em silêncio.

— Podemos treinar até o amanhecer? — Pedi, já adotando um tom sério. Examinei o céu, olhando para o Leste, direção em que o Sol nasce, mas não devem se passar nem das quatro da madrugada.

— É um treino longo, mas acho que podemos sim. Só depende de você e o quanto vai aguentar.

 — Eu consigo — afirmei, mais para mim mesma do que para Max.

— Muito bem, você sabe a posição em que deve ficar?

Assenti, já sentindo o suor pingar antes mesmo de ter começado. Posicionei-me com a perna flexionada enquanto Max se aquecia, pulando e rodando sua espada simples no ar. 

{...}

— Não acredito que você treinou a manhã inteira! — Barbra exclamou, brava — Se continuar assim, vai chegar num nível de exaustão!

— E eu não acredito que você dormiu a manhã inteira sem encher o saco do Max! — Rebati fazendo uma careta péssima e vendo-a retribuir com uma do mesmo nível — Além do mais, todos aqui já estamos exaustos.

— Ainda mais exausta — ela se corrigiu, sorrindo amargamente, mesmo que isso possa parecer praticamente impossível em um rosto angelical como o de Barbra. Mas, acredite, depois de tantos anos de convivência, descobri que há poucas coisas que não sejam possíveis quando se trata de Barbra Palvin.

— A ideia era treinar até o amanhecer — Max interveio em nossas alfinetadas, enquanto mordia mais um grande pedaço de seu peixe assado — Mas acabamos nos empolgando demais. Amor, você não faz ideia do quanto Phoebe é boa nisso! Ela tem talento, move Ravermom como se fosse parte dela, mas já expliquei que esse é o segredo.

Revirei os olhos, inconformada. Ele passou a manhã inteira me elogiando.

— Já entendemos, Max — foi a vez de Emma revirar os olhos — Você passou a manhã inteira falando nisso. Será que pode parar, pelo o menos até todos morrerem? Nós merecemos paz.

Ele deu de ombros, contente e feliz com a vida. Um silêncio incômodo se seguiu, ainda é possível ouvir o riacho abaixo do som dos grilos e de umas poucas corujas. Alguns mosquitos também voavam em nossa volta e Malena está ficando claramente irritada com eles. Coça o corpo toda hora.

Tive vontade de rir, mas lembrei-me de que um dia passei pela mesma coisa e então toda graça foi embora. Foi uma época terrível. Barbra e eu estávamos sozinhas, não havia grupo ainda e aos poucos toda a adrenalina que sentíamos foi se esvaindo com o passar das noites frias. Foram aproximadamente dois meses até encontrarmos Max. E então, Norman. Dois encontros totalmente inoportunos, mas que nos renderam os laços mais fortes até agora.

— Bom, Phoebe, preciso rever alguns pontos sobre nosso plano com você.

— Tudo bem — respondi simplesmente, feliz que Malena tenha quebrado a barreira invisível que se instalou entre nós sem nem mesmo se dar conta disso — Pergunte tudo o que precisar. Não pode nos esquecer de nada.

— De fato, não. Perguntarei tudo o que for preciso, não se preocupe.

— Vocês combinaram tantas coisas que acho que já me esqueci de todas — Barbra juntou-se a nós.

— Então preste atenção, mocinha — dei um tapa em sua cabeleira loira.

— Não abusa da sorte, não abusa....

— O.k. meninas, acho que não preciso pedir para pararem com isso. Como já sabem, estamos há algumas semanas da capital, então, Barbra, preste bem atenção; já temos a primeira cidade marcada para uma reunião. Lançaremos um feitiço tão forte sobre nós mesmas que mesmo se estivermos em meio a uma multidão, verão homens assumindo nossas formas. Assim nunca seremos descobertos. Mas, logicamente, as primeiras reuniões serão em casas abandonadas ou de seguidores fieis, coisa simples. Nunca saberão que somos mulheres, muito menos que você, a própria Phoebe Bailke, está por trás disso — sua voz soou tão animada que me surpreendi, principalmente quando ela disse meu sobrenome de solteira ao invés do de casada. Bom, já tivemos essa conversa antes, entendi rapidamente o recado. 

— Mesmo assim, me parece um tanto arriscado.

— Não seja medrosa, Barbra — alfinetei-a.

Fui completamente ignorada.

— E onde ficaremos?

— Escondidos. Em uma pousada, ou algo do tipo. Pessoalmente, acho que posso lançar feitiços em vocês também, para que não fiquem tão enfurnados como ultimamente.

— Agradeceríamos muito. Acompanhar tudo de perto vai ser melhor ainda.

— Vou anotar isso — Malena disse, pegando tinta e papel — Prometo que iremos fazer uma rebelião e tanto!

— É isso que espero — murmurei.

— Então, basicamente, a ideia principal é deixar o governo Sheeran alerta sobre a possível rebelião e levantar a guarda?

— Exatamente, Max — ela levou a pena à boca, analisando o que escreveu — Você é um garoto esperto. Ficará muito mais fácil entrar se estiverem em guarda constante, ficarão muito mais amedrontrados também quando o castelo for a baixo com tanta confusão. Nossa, mal posso esperar! Phoebe, imagine os rumores... Os rumores serão a melhor parte!

Sorri levemente.

— Pelo jeito, está planejando este ataque muito antes de nos aliarmos, não é mesmo?

Ela não se deixou abater, nem nada parecido, apenas sorriu mais largamente.

— Claro, minha estratégia precisa ser uma das melhores. Quero entrar para história, senhorita. Não sou como você, que já nasceu predestinada a ser rainha de Cantberg.

— Nem me lembre — revirei os olhos. Ainda consigo sentir a dor ao saber que meu casamento, por mais que tenha envolvido sentimento, foi um contrato do qual nenhum de nós dois poderíamos fugir, de qualquer forma. Mas há uma pergunta que me atormenta: se tivéssemos o poder da escolha, ainda assim escolheríamos um ao outro? 

O que mudaria diante disso tudo? Os erros seriam menores? Valentim, a pérola da minha vida, ainda existiria ou...? Não, essa é única possibilidade na qual odiaria pensar. Meu mundo sem Tim é sem cor, vazio... Exatamente como agora. 

— Bom, parece que o grupo dos Renegados está prestes a crescer de novo — Max comentou, orgulhoso.

— Nem me fale. Estou uma pilha de nervos.

— Não precisa ficar assim, Pho. Tudo vai dar certo.

— É, o encontro com Jade foi bem sucedido e está tudo conforme foi planejado — Barbra apoiou. Mas mal ela sabe....

Fiquei altamente surpresa quando, depois de uma semana, nenhuma notícia sobre minha “travessura” momentânea em um surto psicótico foi publicada e nenhum rumor rodou sobre a boca de ninguém. Barbra, Norman e Max não fazem a mínima ideia do que aconteceu no palácio, e se depender de mim, nunca ficarão sabendo. Eu já perdi a cabeça antes em momentos de fraqueza, mas nunca dessa forma. Ao encontrar Jade, estava mais assustada do que nunca; os corredores pareciam girar a minha volta e toda a adrenalina se esvaiu. Se Malena arranjou meios de saber sobre o ocorrido, foi discreta e não comentou nada, mas isso não é da conta das bruxas mesmo. 

Se o caso foi abafado, só imagino uma pessoa atrás disso. E é exatamente a que quero que saiba. Disse para Jade que matei o guarda pois ele me descobriu perambulando pelo corredor, uma mentira omitida, pois o matei a sangue frio e com um sorriso maligno nos lábios. Parte de mim se arrepende de tirar a vida de um “inocente”, mas outra, a outra parte não sente o mínimo remorso. Há uma voz em minha cabeça dizendo-me para libertar o meu lado louco e radical, mesmo que ele possa machucar as pessoas, pois algumas delas me machucarão sem pensar duas vezes. 

Não sei se aquela noite me faz melhor ou pior do que antes, não sei se uma nova Phoebe está nascendo nas cinzas da outra, como uma fênix faria. Não houve resposta alguma até agora.

Minha salvação agora, no entanto, tem sido Ravermom. Quando o oráculo disse-me que a espada iria me fortalecer de modo inacreditável, que não iria me deixar cair e desistir, iria me fazer acreditar novamente, eu não pude acreditar. Precisava ver para crer tamanho poder e influência sobre mim; sentir isso acontecendo é mágico. Ravermom me faz pensar que preciso terminar essa história lutando, pois todos já estão cansados de livros inacabados.

Ainda posso sentir suas mãos passeando por meu corpo, seus beijos molhados, o jeito como ele tocou no meu cabelo, seu rosto iluminado pelas velas e pela pouca iluminação do Sol nascente, seu jeito de ensinar-me gentilmente como respirar. Tudo está vivo demais em minha memória. E não quero deixar que nenhuma parte morra. Porque, afinal, não sei se estou pronta para desistir de anos de dedicação e amor. É, simplesmente não estou. Mesmo que isso fique guardado comigo, trancado a sete chaves em meu peito. 

Além de me consertar, também preciso consertar ele. Um trabalho conjunto, que pode dar certo, pois nós encontramos o amor onde não deveríamos encontrar. Precisamos fazer que tudo isso tenha sentido.

E o usarei como sinal de alerta para voltar para casa, para não perder o caminho, para não perder a cabeça. O usarei como ponto de foco para meus objetivos, e se conseguir, serei plena. Achei que poderia seguir em frente, mas acabei sentindo mais falta do que achei que sentiria, principalmente depois da noite de alguns dias atrás. 

Por favor Edward, faça com que toda essa bagunça na minha mente tenha sentido.

E só então o jardim estéril poderá voltar a florir novamente. 


Notas Finais


Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=UrJTZZibdHk&list=PLA-tSOmDx5ECxYzB0fMLCCwIQCA88KEmI&index=21
Genteee, eu a-d-o-r-o essa música! Sintam a melodia e a profundidade dela, como ficou gostoso de ler escutando.... (se o fundo dos Senhor dos Anéis não estiver no começo, voltem aí, por favorzinho)

Campânulas: http://www.floreswiki.com/Imagens/campanulas-na-natureza.jpg

VOCÊS VIRAM A CAPA NOVA? QUE DIVAAA! Foi feita pela Wooldrige, e eu adorei o resultado <3 A frase grifada de negrito do presente é a frase da capa, então....

Tem muitas expectativas pro próximo cap? Que peninha, vocês vão precisar esperar o bônus HA HA HA - não quero nem dar esperanças de conseguir postar antes, sorry -
Mas eita, quanta informação hein?

O que vocês acharam? Sinceridade hein, os comentários são a voz de Deus. É bom quando vocês comentam, porque eu sei que estão gostando da história 💞

Indicações do capítulo:

One, do @Mr-Moose , com Ed Sheeran. Venham ler, devorem os capítulos e se apaixonem pela história de Annabeth Waller e do Edinho Cristiano. Sério, prometo que não irão se arrepender, leitura leve e gostosa, sempre que os capítulos acabam tenho vontade de chorar. É só o Nathan postar e eu to lá, a primeira a ler kkk
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-ed-sheeran-one-4784809

E Fix You, da @ChokitoDaDemi , com o Zayn Falsiane. Caralho, o que dizer sobre esse história encantadoramente maravilhosa?! É um clichê-não-clichê, porque é gostoso de ler, tem ideias diferentes, uma escrita impecável e vai deixar vocês apaixonadas:
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-one-direction-fix-you-3064586

Bom, esses são meus dois últimos xodózinhos <3 <3

Queria fazer o favor de pedir pra vocês divulgarem CRH pra quem sabe que gosta do Ed, sério, eu vou ficar muito agradecida se puderem fazer isso por mim <3

Agora vou indo... Muito obrigada por lerem, deixem suas opiniões, críticas, surtos, recados de ódio.... Amo vocês 💞

Kissus XxGigi ☪☮ɘ ✡أ☯†


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