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História Crossed Histories - Spin-Off: When We Were Young


Escrita por: Gigi-do-Malik

Notas do Autor


Vocês provavelmente nunca vão imaginar o quanto isso foi difícil de escrever e me deixou grata ao mesmo tempo. Mesmo assim, eu me senti como a Kiera Cass escrevendo partes separadas da vida dos personagens. Ficou tudo em terceira pessoa, e tem duas palavras que nas notas finais irei colocar o significado (e mais uma pra não ficarem perdidos). Não sei se vocês acham minha escrita formal ou coisa assim, mas vou adiantando que nossa, se a resposta for sim, vocês irão pirar com cada palavra estranha que eu acabei usando hahaha
Agora, vamos focar na coisa que mais importa aqui hoje: O ANIVERSÁRIO DE CRH!!!!

Eu sei que pra vocês é tipo meio pombo, tanto faz kkkk Mas para mim, é uma realização muito grande! Quer dizer, quando comecei, não tinha experiência e uma escrita simples e cheia de erros, mas vocês me levaram à evoluir. Vocês me ajudaram, me deram ideias, me incentivaram, me fizeram mudar (e espero que tenha sido para melhor). Tudo foi por causa de vocês. Então, muito obrigada!!!! Às vezes, eu me pergunto o que teria acontecido se eu tivesse realmente excluído essa fanfic ou escrito ela toda sem postar - coisas que já estivesse a ponto de fazer mais de uma vez. O que teria acontecido? Eu não gosto nem de pensar....
E quanto as amizades que eu fiz aqui!? Senhor, essa deve ser a coisa que eu sou mais grata. A Lulu, a Isa (Bels), Aghata, Vitória, Leti, Mari (amizade em andamento) e, claro, tem mais. Cada uma de vocês mora no meu coração, obrigada por nunca me abandonarem e estarem aqui sempre, porque Crossed Histories, a verdadeira Crossed Histories - por trás de todas as cortinas - é formada por cada uma de vocês! Cada leitor, cada pessoa que favoritou e gostou, até mesmo das que não gostaram e deram desfav, porque mesmo sem intenção, me faz questionar as coisas e melhorar.

E bom, eu sei que eu vou chorar muito, mas vai ser um choro alegre, comemorando o tamanho sucesso que minha válvula de escape fez. Isso aqui acabou se tornando tão importante que eu chamo de "Projeto de Vida", sendo meu sonho publicar CRH. É o meu mundo, uma coisa pra chamar de minha que ninguém pode contestar.
Se isso faz sentido? Para vocês, não.
Lembro claramente de um ano atrás, era sexta-feira e eu passei a noite toda enchendo o saco da minha mãe ksks Perguntando toda hora se eu deveria postar ou se estava cedo demais. Não me segurei e postei, mas e aí, o que fazer depois disso? Como convencer as pessoas a ler minha história? E se ela for horrível e as pessoas lerem por pena? Por que se estiver horrível, eu realmente quero saber, o.k.? E eu ainda não aprendi tudo, é impossível, mas a gente vai engatinhando até um nível bom.
Sobre a quantidade de capítulos - que me deixa bem mal, desculpem -, uma amiga minha disse que a quantidade não é importante quando se tem qualidade. Eu acabei concordando com ela, porque cara, o meu nível de esforço aqui é surreal. Então espero que vocês relevem, essa situação vai mudar, ok? Mas entre capítulos um pouco demorados, mas bem desenvolvidos e uma atualização mal feita toda semana, tenho certeza que vocês concordam comigo na primeira opção, né?

Enfim, desculpem se eu falei demais, mas eu tô aos prantos aqui.

Obrigada por entrarem na minha vida - cada um que tá lendo isso - e fazerem de mim uma pessoa cada vez mais plena e feliz!

PS: o capítulo tem algumas partes maiores e outras menores, o ponto forte não era ficar tão grande assim, foi sem querer, mas aconteceu....
PS2: perdoem a foto meia zoada do Ed, não tinha muitas opções kkk

Capítulo dedicado à todos, sem exceção.
Boa leitura e, acima de todos os capítulos, eu espero que gostem:

Capítulo 20 - Spin-Off: When We Were Young


Fanfic / Fanfiction Crossed Histories - Spin-Off: When We Were Young

E a multidão foi à loucura.

Gritos, aplausos, palavras bonitas, objetos caros e simples, flores. Tudo explodiu de uma só vez. Neste dia, a festa na cidadela de Emperius¹ estava garantida. 

— Vida longa ao Príncipe Edward! — disseram em coro. Todos os súditos leais da família real estavam presentes, os curiosos também e até mesmo os que lutam por um estilo de vida melhor, sem monarquia. O nascimento do príncipe, um dia tão marcante e lindo para o reino! Primeiro herdeiro na linha de sucessão do trono laniano e, todos esperavam, que vissem ao menos mais dois à vida. 

Na sacada mais alta da mansão sede do governo, um palanque improvisado foi montando e lá as autoridades maiorais, rei Charles Sheeran II e a nova rainha, Adelaide I apresentavam seu primeiro filho ao povo que um dia ele serviria. Todo o país de Cantberg parou, pois até a última cidade do Estado mais longe estava em festa. Uma nova nação viria dentro de alguns anos e, até lá, ele seria educado do melhor jeito, sabendo lidar com os discursos convencionais e aprendendo a deixar até o ser mais bruto encantado por si. 

O Papa São Bonifácio I veio de longe, apenas para batizar o pequeno e indefeso herdeiro real na maior catedral católica do país. Os servos passaram semanas e mais semanas antes do nascimento organizando os mais singelos detalhes, para que nada estivesse fora do lugar no grande momento.

Logo atrás do casal real, o conselheiro do rei e sua mulher sorriam, contentes. Baltazar Bailke nunca esteve mais feliz em toda sua vida, a chegada de Edward proporcionava vários novos fatores à sua vida. Gale, sua esposa, segurava a mão do primeiro filho de três anos, Zach e tentava evitar a qualquer custo que ele cometesse alguma travessura. 

Com o nascimento de Edward Christopher Sheeran — nome escolhido pela mãe em homenagem ao seu tataravô e ao de Charles — uma nova porta se abriu para a família Bailke. O chefe de família, Baltazar, foi escolhido pelo melhor amigo para ser seu fiel conselheiro e escudeiro na longa jornada como monarca. Mas as novidades não pararam por aí, pois como todo casal real da linhagem Sheeran arranja casamentos aos príncipes e princesas da primeira linha de sucessão ao trono, Charles queria ter certeza de que seu filho se casaria com uma boa moça. Por esse motivo, prometeu à Baltazar e sua esposa que assim que concebessem uma filha menina, esta seria prometida ao príncipe como futura rainha.

Antes de mesmo de darem o primeiro suspiro de vida em paz, duas grandes e significativas vidas foram cruzadas e enlaçadas com o maior nó que a vida e o amor podem oferecer juntos: o casamento.

......... 

Todos amam as coisas que você faz
       Do jeito que fala
      Até o jeito que você se mexe
     Todos estão aqui para te ver
     Porque você dá sensação de lar
       Você é como um sonho que vira realidade

.........

Um monte de palha voou e um rugido foi solto logo depois. As crianças viram as chamas e entraram em desespero. O grande dragão estava atacando de novo!

O cavalheiro sir Edward e seu ajudante, sir Rupert, estavam mais uma vez salvando uma donzela em perigo que foi posta à mercê do poderoso dragão vermelho. Suas chamas dizimam cidades inteiras, causando pânico em massa. Mas ele apenas está à procura de joias e algo para chamar de seu. 

A bela e solteira lady Phoebe estava escondida e amarrada com mordaças invisíveis atrás de vários rolos de palha, enquanto sir Edward — que se apaixonou por ela na primeira troca de olhares — tentava chegar até lá. Sua espada de madeira desferia golpes mortais no grande dragão, que, na verdade, era apenas um servo da coroa tentando se divertir e cumpri o dever ao mesmo tempo.

Ele rugiu novamente, ameaçador. 

Phoebe gritou fino e tapou os olhos quando mais uma jorrada de fogo foi disparada contra seus salvadores. Ágil, eles se esconderam atrás de seus escudos e gritaram bravamente.

— Você não irá nos vencer, dragão miserável!

— Vocês não podem derrotar o grande e histórico dragão vermelho! — o servo vociferou com a voz alterada e grossa, rindo malignamente logo depois.

— Vamos, acabem com ele! — lady Phoebe mostrou apenas sua cabeça enquanto berrava encorajamentos, voltando a se esconder logo depois — Vocês são capazes! São meus heróis!

Pouco depois, um ruído dramático de morte encerrou a vida do dragão, e a primeira coisa que aconteceu seguidamente foi um apertado abraço dos dois amantes.

— Eu sabia que vocês eram capazes! — disse, admirada e terna. Recebeu um beijo na mão, dado por Rupert, e outro por Ed, no canto da boca.

— Eca — Rup murmurou e, indignado, virou-se de costas.

O servo, exausto e suado, dolorido com tantos golpes de madeira dados com a força não poupada de Edward, enxugou as gotículas da testa e respirou fundo antes de perguntar:

— Tudo bem, qual será a próxima aventura, crianças? 

......... 

   Mas se por acaso você estiver aqui sozinho
         
  Posso ter um momento
       Antes de ir?
       Porque eu fiquei sozinha a noite toda
         Na esperança de que você ainda seja alguém que eu conheça

......... 

Do lado de fora dos portões fortes e seguros do castelo, só era possível ver um mar de branco. A crosta espessa que desceu do céu tomou todas as estradas em pouco tempo, deixando-as intransitáveis. A rajada de vento estava fria e cortante, mas lá dentro, a paz reinava juntamente ao calor e a felicidade. Tudo estava na mais perfeita harmonia, uma época graciosa para se enfeitar lindamente todos os cômodos e apreciar o melhor que a vida tem a nos oferecer. Era Natal. 

— Crianças, não corram! — Adelaide gritou, sorridente, enquanto assistia os dois filhos correrem por todo o Grande Salão. Ela tricotava um cachecol de lã azul no colo, e logo voltou sua atenção a ele.

Alguns andares acima, Phoebe dava os retoques finais no look natalino que encomendou com as costureiras. Ela e sua mãe não cansavam de observar cada detalhe do vestido branco com bolinhas vermelhas e verdes. 

— Você está linda, meu anjo — Baltazar elogiou, virando-se da calorosa lareira para a mulher e a filha e depois de beber um gole da bebida em seu copo, continuou: — Você também, querida. As duas estão estonteantes. Tenho certeza de que Ed e Rupert irão adorar seu vestido, Ebe. Eu adorei!

Phoebe rodopiou a saia e sorriu para o pai, contente com o elogio.

— O senhor acha mesmo, papai?

— Com certeza, querida. Agora, por que não vai chamar seu irmão no quarto ao lado? Já estamos descendo.

Assim que a porta fechou, Baltazar suspirou profundamente e bebeu mais um pouco de sua bebida, já adotando um semblante contrariado. Gale sorriu amorosamente e foi até o marido, passando as mãos por suas costas e depositando um beijo singelo no rosto.

— Não se preocupe, Charles não faltará com sua palavra.

— Não tenha tanta certeza, Gale. Nós sabemos como ele funciona sob pressão.

— Olhe, melhore esse rosto e não se deixe abater, ser uma presa fácil. Ao menos por hoje. O termo que assinamos no nascimento de Phoebe é um documento real, nem mesmo o rei ou o papa podem se desfazer dele.

— Ah, amor, você acredita em uma política tão limpa. As coisas seriam mais fáceis assim. 

— E elas serão. Basta apenas que acredite que já são assim.

— Os Comiotto não descansarão. Obviamente, o contrato de casamento será um segredo até a maioridade de Edward. Como Charles irá dispensá-los sem que saibam a verdade? Ele pode se desfazer do tratado a qualquer momento sem que possamos fazer nada, ninguém sabe sobre ele, afinal.

Gale negou, tentando lidar com a teimosia do marido.

— Além do mais, a única filha menina deles, Lillian, tem a idade exata de Edward. Farão de tudo para que eles se juntem. Se algo sair do controle, estamos arruinados!

— Ele é o rei, Baltazar. Sua palavra já diz tudo.

— Bom, vamos rezar para que isso baste. Não aceito o fato de virar uma marionete ambulante. 

{...}

— Mais alto! Papai, mais alto!

 — Tenha calma, Phoebe — ele disse — A estrela não fugirá se você esperar mais um pouco.

— Isso não é justo — Zach, irmão mais velho de Phoebe, reclamou emburrado — Eu deveria estar fazendo isso!

— Zach, querido — Gale interveio, calma e paciente — Ano passado, quem pôs a estrela no alto da árvore de Natal foi você, este é o ano da sua irmã.

— Mas...

— Mas nada. Já é muita bondade do rei e da rainha que permitirem que vocês dois participem de um ritual que deveria ser só dos príncipes.

Ele cruzou os braços e encheu as bochechas de ar, mas logo as desfez quando avistou Edward vindo em sua direção.

— Venha Zach, brinque comigo e com os outros garotos.

Logo, Phoebe foi erguida o suficiente para fincar a estrela no topo da árvore, e então uma salva de palmas explodiu junto a alguns gritos.

E assim a noite seguiu, com abundância em todas as áreas possíveis, fazendo com que os problemas mais graves e difamadores fossem esquecidos enquanto a noite reinava. Nenhum adulto foi desarmonioso, tampouco as crianças ficaram emburradas por muito tempo.

A estrela dourada no alto do enorme pinheiro brilhava de contraste a todas as luzes, mas principalmente com o fogo. As músicas soavam animadas e Phoebe não se lembrou de ter vivido uma noite mais natalina que essa em toda sua curta vida.

A hora dos presentes não tardou a chegar, sendo a parte mais esperada na noite pelas crianças. Príncipe Edward chegou centenas de presentes dos súditos, de monarcas distantes, diplomatas, familiares, admiradores; Rupert ganhou da mesma forma — embora em quantidade inferior. Lady Bailke ganhou dezenas de presentes, mas só um chamou-lhe a atenção: uma pequena e delicada boneca de porcelana, com cabelos vermelho sangue e roupa estofada. Logo, elas não se separariam mais — o símbolo mais marcante da infância de que ela se lembraria. Rapidamente, com os olhos brilhantes pela linda boneca, ela esqueceu-se de todos os outros presentes, amontoando-os junto à outra velha pilha dos presentes de aniversário, que também foi deixada de lado após abrir uma casinha de bonecas. Agora, encontrou enfim um brinquedo que a agradasse suficientemente para brincar lá e dar-lhe um lar.  

Poucos meses atrás, ela completou seus oito anos. Outra grande festa foi realizada, afinal, ela poderia não saber, mas um dia todas as coisas que admira serão suas. O reino será seu. E Edward também. Todas as mais belas terras, as mais exóticas flores e os mais exuberantes e profundos lagos dentro de toda e qualquer extensão territorial de Cantberg será dela, tendo consciência disso ou não.

Tamanho era o poder que estava por vir, assim como o sofrimento, pois não descansa a cabeça que usa a coroa.

......... 

Você soa como uma canção
          Meu Deus, isso me lembra
        De quando éramos jovens

......... 

— Cinco, quatro, três, dois, um... Lá vou eu!

Um garotinho de cabelos ruivos saltou de trás da porta e apressou seus pezinhos a correrem pelos corredores do palácio. Ele estava à procura do irmão e da melhor amiga.

— Eu vou achar vocês! — gritou alegre, mesmo sem ter certeza de que suas presas o ouviriam. Ele rodou rapidamente todo o perímetro que a rainha Adelaide permitiu que eles brincassem de pique-esconde. Será que seus amiguinhos haviam desobedecido uma regra e ido para longe?

Ele então acalmou-se da correria e passou examinando atrás de cada porta, vaso de flor e escultura que via pela frente. Mesmo assim, eram muitos monumentos para que ele tivesse certeza de ter verificado todos.

— Ed, Phoebe, apareçam! — sua voz adquiriu um tom frágil e medroso ao rodar tudo de novo; dessa vez, cautelosamente e não achar eles.

Rupert ficou calado por uns instantes, dando uma volta completa com os olhos sem sair do lugar. Então, como se ele soubesse que isso fosse acontecer, o barulho de algo quebrando se fez presente. Rup correu com toda sua agilidade até o local aproximado do som, pois quebrar coisas também era proibido. E se eles ficassem de castigo para sempre?

Ao ouvirem a contagem do príncipe caçula, Ed e Phoebe correram o máximo que puderam. Ed se escondeu atrás de um vaso enorme que estava ao lado de uma planta maior ainda, que juntos eram capazes de tapar todo o seu corpo, mas Phoebe ficou sem esconderijo. 

— Vem, entra aqui comigo — ele convidou.

Rupert gritou o tão famoso “Lá vou eu! ” e tudo ficou no mais absoluto silêncio enquanto eles esperavam que ele passasse.  Após a primeira volta completa, Phoebe virou-se para Ed e sorriu abertamente. Ele levou o dedo indicador ao próprio lábio e encarou sua melhor amiga, passando a outra mão pelos cachinhos castanhos e definidos dela. 

Ed, então, chegou cada vez mais perto até que seus rostos estivessem colados e suas respirações fossem sentidas pelo outro. Impulsivamente, colou seus lábios aos dela.

Assustada, ela arregalou os olhos e ficou estática, mas não o renegou. Sentiu como se algo dançasse em seu estômago diante da mais nova descoberta deles. Mas durou pouco. As costas de Phoebe bateram no jarro e ele se espatifou no chão, quebrando em dezenas de pedaços. 

Logo, Rupert virou o corredor e avistou seu irmão levantar de trás de um vaso de planta. Os olhos dele capitaram cada momento com muita atenção. Ed estendeu o braço e logo uma mão trêmula apoiou-se nele. Ao sair do esconderijo, Rupert pôde notar que as bochechas de sua melhor amiga estavam muito coradas, um tom de vermelho vivo. 

— Ei, como vocês fizeram isso?

Desta vez, até Edward corou.

— Não importa, vem, Rup. Ebe, sua vez de contar.

A garota assentiu, sem conseguir olhar nos olhos do ruivo. Deu-lhes as costas e fingiu arrumar a barra do vestido para se distrair do que acabara de acontecer enquanto caminhava até o quadro de uma praia paradisíaca e deserta — lugar da contagem.

— O que foi? — Rupert sussurrou no ouvido do irmão.

— Rup, acabei de dar meu primeiro beijo! — ele disse alegre — Já estava na hora, não é mesmo? Já estou com onze anos!

Mas ele sabia exatamente o que ela estava pensando agora. Por ser três anos mais nova, Ebe estava às vésperas do aniversário de nove anos. As coisas não estão acontecendo muito rápido? Eles não são muito novos? O que se faz depois de momentos constrangedores como estes? Ela o beijou bem? Deixou de fazer algo importante? Afinal, como se beija?

E o que seria esse formigamento estranho que tomou conta de Edward assim que seus lábios tocaram os dela? Ele só teve certeza de uma coisa: queria repetir o ato o máximo de vezes possível. 

Então, como se vive um primeiro amor? E se ele não durar tempo suficiente para manter a chama acessa?

......... 

 Deixe-me te fotografar nessa luz
               No caso dessa ser a última vez
             Que possamos estar exatamente do jeito que estávamos​
         Antes de percebemos
       Que ficamos tristes ao envelhecer
     Isso nos deixou inquietos
Era exatamente como uma canção

......... 

Os olhos de Phoebe transmitiam uma diversão absurda ao ver seus melhores amigos parado feito estátuas, prendendo a respiração o máximo que podiam. Para Ed, vê-la sorrindo e gargalhando desta forma enquanto ele precisava ficar duro e com as pernas doendo, era quase um crime.

— É porque você não está aqui — ele acusou.

— É porque você parece uma múmia — ela rebateu, caçoando e rindo — Continue assim, se não atrapalhará o pintor.

Ele revirou os olhos, irritado, e bufou.

— Ninguém merece.

Apenas olhando a discussão, Rupert encolheu a barriga ainda mais e prendeu o ar, mordendo o lábio inferior para não se intrometer. Era melhor que não o fizesse, pois bem acabaria sendo atacado seria ele.

Pho estava sentada em um divã de tom azul vivo - que ela julgou belíssimo -, apenas observando Rupert e Edward serem pintados em tela juntos, no qual o pintor utilizava a tinta a óleo. Ed segurava uma bola vermelha, Rupert tinha um barco de madeira junto aos pés, fora a decoração de fundo e outros detalhes discretos, mas preciosos.

— Allez, ne bouge pas, je suis presque fini. (Vamos lá, não se mexam, estou quase terminando) — o pintor falou com a voz paciente, tirando os olhos da tela por um segundo.

— Manque beaucoup, monsieur Pierre Edmond? (Falta muito, Sr. Pierre Edmond?) — Edward perguntou.

— Assez que vous vous tenez, jeune prince (O suficiente para que você aguente, jovem príncipe)

— Olha, ele fala francês —ela debochou, mas no fundo sentiu várias pontadas de inveja. Não falava nenhuma língua estrangeira, somente a do país.

A sorrateira rainha Adelaide apareceu atrás de milady Phoebe e segurou-lhe os ombros, sorrindo quando a menina se virou para olha-la.

— Que isso não seja mais um problema, querida. Se for de sua vontade, aprenderás francês também, assim poderá entender o que estão dizendo.

Ela ficou sem palavras.

— Seria bondade sua, Vossa Majestade — o pai de Phoebe interviu — Mas julgo que no momento não seja necessário.

— Porém, futuramente será — a rainha deu-lhe uma piscadela — Não devemos ter inconvenientes quando essa hora chegar. Toda a educação que pode ser oferecida no mundo está de frente para a menina, não feche as portas antes mesmo que elas se abram, senhor Bailke. Não haverá abertas nas janelas pelas quais se possam passar depois.

Os ouvidos de Ed se apuraram na conversa, assim como os da senhorita Bailke, mas nenhum dos dois foi capaz de entender do que se tratava. Eles trocaram olhares curiosos, mas não abriram a boca. Depois de alguns anos, descobriram que a maneira certa de desvendar os mistérios dos adultos é se fingindo invisível e ficando calado, pois então eles julgam que não estão lá. Mas ah, eles estão.

Ed já conseguiu descobrir inúmeros problemas no país por meio desta tática, e Phoebe estava sempre a par das fofocas. Juntos, eram capazes de vigiar todo o castelo secretamente. Infelizmente, Rupert ainda era muito novo para guardar algumas informações.

A curiosidade e o sabor pelo novo era o que movimentava essa dupla. Mais tarde, esse hábito poderá ser algo útil ou então uma consequência imensamente desagradável.

A conversa continuou, mas não durou muito:

— Entendo — Baltazar abaixou a cabeça — Mas mesmo que isso esteja a nosso favor, não creio que é a hora certa.

— Baltaza...

— Desculpe-me, rainha, mas é o que eu acho — ele a cortou antes que pudesse falar algo a mais e ser desrespeitado — Tem sido muito generosa, mas tenho pleno conhecimento de como educar meus filhos. Obrigado.

Depois de mais algumas horas tortuosas e silenciosas para os garotos – e para Phoebe, que não se levantou sequer uma vez —, o acabamento principal da tela acabou. De resto, Pierre Edmond terminaria em seu ateliê particular.

Rupert sentia suas pernas doerem e logo foi levado para o quarto, Ed se mostrou um pouco mais resistente, embora igualmente cansado e, de quebra, com o braço dolorido de tanto segurar a bola na mesma posição.

Passou propositalmente ao lado de Phoebe, somente para segredar-lhe uma informação.

— Ao pôr-do-sol, entrada oeste da floresta.

E, depois de fazê-lo, foi embora.

{...}

Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, esfregou as mãos nervosamente e sentou-se na pedra achatada. Como combinado, Phoebe veio, porém um pouco adiantada; antes até mesmo que o Sol começasse a se alaranjar.

Neste dia, a entrada oeste foi escolhida. Amanhã, poderia ser a leste, sudeste, norte, nordeste... Não importa onde, nunca há um ponto fixo. É mais difícil pegá-los em uma área quase proibida do castelo – pelo simples motivo de proteção máxima sobre os próximos governadores – quando não se pode confiar em um ponto de referência sólido. 

Alguns minutos depois, ouviu-se o som de galhos quebrando e folhas amassadas. Era apenas Edward vindo acanhado pelo caminho, bem na hora que o Sol se centralizou no céu e um mar de laranja tomou conta de tudo.

— Aconteceu algo? — ela se levantou, e ao notar as feições de Ed, ficou preocupada.

— Você entendeu algo do que eles disseram esta manhã?

— Bom, foi curioso, mas sabe como meu pai não aceita ser desrespeitado. Imagine então ser desrespeitado por uma mulher

— Não vejo motivos suficientes para que isso se torne tão ofensivo como hoje mais cedo.

— Chamou-me aqui somente para dizer isso? Porque acho que poderíamos ter falado nos seus aposentos, você está com a aparência cansada demais, Ed. Dormiu bem a tarde?

— Não repousei muito, mas foram algumas horas.

— Isso adianta por agora — ela revirou os olhos secretamente.

— Na verdade, venho aqui por motivos um pouco mais peculiares.

— Quer brincar? — Phoebe se animou um pouco, mas tomou cuidado para que não fosse demais.

— Não. Quero dizer, não esse tipo de brincadeira que está pensando. Uma coisa mais divertida e apropriada à nossa idade.

— Ah, compreendo, então vai me beijar?

— Leu meus pensamentos.

Ao vê-lo caminhar para mais perto, ela chegou para o lado e abriu um pequeno espaço para Ed sentar-se, e sem perder tempo, ele logo juntou seus lábios aos dela.

Por sorte, os beijos inocentes não passavam muito mais do que isso. Nenhum dos dois sabia ao certo que fazer caso tentassem algo mais – nunca tiveram oportunidade de observar os adultos, pois são demasiado reservados sobre esse assunto –, além da vergonha constante do erro.

Quando se separaram, Phoebe ruborizou e encolheu ainda mais o corpo. Ed, igualmente inseguro, aproximou lentamente sua mão da dela e as entrelaçou sem problemas. O suor presente ali mal pode ser observado, pois vinha de ambas as mãos.

Ficaram assim, na mesma posição por um tempo extraordinário, no qual a noite já estava tomando conta. A cabeça de Pho deitou no ombro de Edward, que para descontrair e puxar assunto, contou-lhe o pouco que sabia sobre as constelações, apontando para um local e outro onde a copa das árvores se abriam e permitiam à vista.

......... 

       Eu estava com tanto medo de enfrentar todos meus medos
                 Porque ninguém me disse que você estaria aqui
             E eu jurei que você tinha se mudado para fora do país
        Isso que você disse, quando me deixou

......... 

A música animada podia ser ouvida ao longe. Estavam a caminho de uma igreja que patrocinava uma festança no vilarejo, onde os comerciantes também se aproveitaram para montar barracas e fazer um minimercado para faturar algum lucro.

Rupert, Phoebe e Edward estavam acompanhados de duas amas, Ciara e Beth, e vestiam as roupas mais simples que se encontravam em seus armários na hora de desespero. Como cresceram dentro dos muros fortes do castelo, era impossível que algum aldeão reconhecesse suas verdades identidades – embora as duas amas denunciassem uma linhagem mais rica que a maioria. Mas eles não se importavam com isso, afinal, passaram horas implorando à Rainha e à Gale para que os deixasse sair somente neste dia.

Haveria também uma competição de arco e flecha, jogos de arremessos de faca e combates com bastão. Os vencedores de cada modalidade ganhariam dez moedas de prata.

Ao chegarem mais perto da Igreja, Beth disse-lhes que iria comprar biscoitos de flor de laranja e se afastou. Ciara conduziu-os até parto da multidão, onde músicos tocavam alegremente e um homem vestido de Bobo da Corte fazia malabarismos com tochas acessas. Os meninos se encantaram, e assim, junto ao restante da população começaram a gritar elogios.

Edward chegou mais perto, observando cada movimento que eles faziam ao tocar instrumentos como violão, violoncelo, guitarra e até uma cornamusa¹. Ele se lembrou de ter uma harpa espanhola em casa, mas não sabia tocá-la. Não sabia tocar nada. 

Beth chegou com os biscoitos e mais dois pedaços de bolo para ela e sua companheira.

— Beth e Ciara, quero aprender música! — Ed exclamou, sorridente e com os olhos cintilando ao vê-los a alguns metros.

Então uma súbita e grande vontade tomou conta de si e, com toda certeza do mundo, ele decidiu que queria aprender a tocar e compor canções. Na verdade, nunca sentiu ter mais certeza de nada na vida. Os dias no castelo já estavam entediantes para um menino de doze anos, as brincadeiras já não o satisfaziam como antes e os deveres começaram a aparecer aos montes. Uma distração seria bem-vinda no momento. 

Logo, Ed descobriria que levava jeito para a música e comporia lindas canções. O novo hobbie o levaria ao desejo de fazer disso uma profissão, e logo depois à decepção, pois não era possível ser um rei-músico. Entre o amor e dever – complementado pelo poder absoluto –, qual ele se veria escolhendo?  

......... 

   Você ainda soa como uma canção
             Meu Deus, isso me lembra
            De quando éramos jovens

......... 

O barquinho de madeira foi posto no lago e Rupert encheu suas bochechas de ar, soprando as velas e fazendo-o andar.

Este era um dos poucos momentos que Ed e Rup tinham a sós, sem a companhia feminina de Phoebe, e então aproveitavam bastante para fazer as brincadeiras que ela não topava. Como por exemplo, guerra de cavaleiros ou sair de casa quando chovia horrores, fazendo poças d’água para jogar bola.

 — Aposto que o meu Galeão¹ vai mais longe que o seu — Rup provocou o irmão. 

— Não mesmo — Ed riu — O meu vai muito mais.

— Duvido.

— Quer apostar, Rupert Sheeran? — ele arqueou as sobrancelhas e Rup devolveu o gesto.

— Sim. Você não pode ser bom em tudo — Ed sentiu-se mal ao ouvir isso, abaixando os olhos. A verdade era que, por mais que ele tentasse o contrário, seu irmão mais novo – e qualquer um que viesse a chegar depois – sempre estaria em sua sombra. Na sombra do futuro rei.

Mas Edward não queria ser rei. Ele queria ser músico.

— Você é bom em muito mais coisas que eu — tentou reverter a situação, achando que isso era realmente verdade — Deveria ter nascido primeiro, assim poderia ser rei.

— Mas eu não quero ser rei — ele sorriu para o irmão mais velho.

— E nem eu.

Eles passaram uns minutos em silêncio, observando os barcos e soprando suas velas.

— Já sei o que quero ser! — Rupert exclamou sorridente enquanto seus pensamentos iam longe.

— Ser chefe da guarda do castelo?! — Ed riu — Mas Rup, você já disse isso antes.

Ele negou, agora olhando para o irmão.

— Quero ser um pirata!

Eles caíram na gargalhada.

— Um pirata você não pode ser, assim como eu também não posso ser músico.

— Mas você é bom com músicas, Ed. Misery e I Love You. Você escreveu elas para a Phoebe, não é?

Ed ruborizou e desviou da pergunta, deixando claro sua resposta.

— Infelizmente, na nossa família, não temos muita escolha. Mas você pode ser um marinheiro, trabalhando dentro de um navio militar ou algo assim.

Os olhos dele brilharam.

— Verdade?

— Verdade — Ed sorriu ao ver a felicidade estampada no rosto dele. Esse tipo de felicidade, soube logo, nunca sentiria.

O barco de Rupert chegou primeiro à pedra que marcava o ponto de chegada.  Ele riu e esfregou a derrota na cara do irmão. Ed sugeriu uma revanche de volta, que foi bem aceita. E assim eles passaram mais alguns minutos inspirando profundamente o ar para mover os navios.

Desta vez, Ed ganhou, mas não comemorou.

Eles recolheram os barcos e tomaram o caminho de volta para o castelo.

— Sabe, você deveria falar para ela — Rupert disse, deixando Christopher confuso.

— Quê?

— Deveria para Phoebe sobre as músicas que escreveu. Achei que são o máximo. E ela também vem te perseguindo há um bom tempo para mostrar o que já tem escrito.

— Obrigado, mas... não acho que consigo.

— Mostre-as para ela, ou cante, não precisa falar. Você também tem uma bela voz.

— Rup, eu simplesmente não consigo. Não para ela.

— É uma pena — fez bico — Acho que ela também gosta de você.

— Por que acha isso? — Agora que a conversa se tornara interessante para ele, virou a cabeça e cutucou o irmão.

— Vocês vivem se beijando. Existe motivo melhor que esse?

Ed riu.

— Uma vez, vi papai e mamãe se beijando e não é nada parecido com os beijos que eu e Phoebe damos. Então, não sei o que realmente estamos fazendo.

— Ainda é um beijo, certo?

— Acho melhor pararmos com esse assunto — sugeriu.

— Ed, ei, Ed! Volte aqui, não corra!

E saiu atrás do irmão.

Sempre quando falava desses assuntos com o irmão, Rupert se perguntava: quando seria seu primeiro? Ou melhor, com quem?

......... 

   É difícil admitir que
                Tudo me leva de volta
                    Para quando estávamos lá
                     E uma parte de mim ainda se segura a isso
                     No caso de ainda não ter desaparecido
                 Acho que eu ainda me importo
                Você ainda se importa?

......... 

Os cabelos ruivos amassados e cheios de nós voava para um lado e outro enquanto ele descia apressadamente as escadas. Era manhãzinha, o Sol mal apareceu e o céu estava limpo, mas todos já consideravam esse um dia horrendo e nublado.

— Nãããão! — gritou, já não segurando as lágrimas — Parem a carruagem! Não deixe que saiam! Não!

Ed passou pelo irmão e pela mãe como um raio, ainda de pijama azul listrado.

— Mamãe! Impeça o portão! Não abram!

Adelaide segurou o choro, tanto por ver o filho neste estado, quanto pela grande perda que houve na noite passada. Ela passou as mãos pelo ombro do filho mais novo, que também chorava muito, mas estava abraçado a ela.

— Phoebeeeeee — gritou mais uma vez, já sentindo a garganta doer e a voz falhar — Por favor, deixem nos despedirmos!

Alguns metros à frente, a carruagem foi parando aos poucos. Ed pôde respirar um pouco ao ver isso, mas seu coração continuou apertado e doendo. A porta foi aberta e de lá uma garota com um vestido claro mal posto e cabelo desengrenhado saiu.

Ela desceu calmamente os degraus, mas quando virou-se, foi possível ver seus olhos vermelhos pelo choro e o rosto inchado.

— Meu Deus — ele sussurrou, correndo para os braços dela, pronto para implorar — Por favor, não vá!

— Eu preciso, não é uma escolha minha — disse, inspirando seu pescoço que tinha uma mistura cheirosa de rosas e baunilha. Sua maior vontade era esconder-se ali, nos braços dele, para sempre.

Por favor.

Ela tornou a chorar, soluçando.

— Papai foi despedido ontem à noite. Mamãe disse-me que ele e seu pai brigaram, e por isso ele queria sair logo de manhã. Estava violento, não me deixou ir te ver.

Rupert soltou sua mãe e correu até eles, abraçando as costas de Phoebe. Ela se virou e juntou-o a um abraço triplo. O abraço triplo mais doloroso que qualquer um poderia dar.

— Você está indo para voltar, não é? — Rup perguntou, com sua inocência habitual.

— E-eu, não sei — choramingou — Desculpe deixar vocês tão mal assim.

— A culpa não é sua — Ed apressou-se em dizer.

— Tudo vai ser tão diferente com você longe — Rupert disse, sua voz e seus olhos estavam distantes, como se imaginasse uma realidade paralela na qual ele não pertencia.

— Irão se adaptar, eu prometo. Eu já saí do castelo mais vezes.

— Mas você sempre ia voltar. É diferente — sem intenção, a voz de Ed saiu violenta.

— Bom — ela fungou — Ainda poderemos manter notícias por meio de correspondência. Eu prometo escrever-lhes toda semana, se prometerem escrever para mim também.

Eles assentiram, dando um sorriso mínimo.

— ­Phoebe, temos de ir — Baltazar colocou a cabeça para fora da carruagem, impaciente — Despeça-se deles e venha.

Ela mencionou dar-lhes um último abraço, mas Christopher a impediu.

— Preciso que veja uma coisa.

— Ed, não tenho tempo — ela negou, infeliz.

— Olha, é rápido. Eu vou e volto num instante.

Então ele girou os calcanhares e saiu correndo, tão afobado quanto na vinda. Cerca de dois minutos depois, um tempo recorde, ele voltou de seu quarto com o que tinha ido buscar em mãos.

— Toma — entregou os dois pedaços de pergaminho. Estes eram os autênticos, mas Ed ainda tinha os rascunhos para tornar a passar a limpo, além de estar gravado da memória – assim como ela.

 — O que é isso?

— Duas músicas minha, as únicas que eu escrevi até agora. Inspirei-me em você. Por favor, leia quando estiver só. Não deixe que seu pai as tome antes de ler.

Os olhos de Phoebe, antes curiosos, vibraram de felicidade e surpresa.

Se abraçaram uma última vez e Rupert se afastou com o coração pesado, mas Ed sentiu que precisava fazer uma coisa uma última vez antes de ir.

Lembrou-se do que viu seus pais fazendo quando comentou com Rupert algumas semanas atrás. Precisava vencer esse medo, assim como venceu o de mostrar suas músicas. Era a última oportunidade que teria de expressar verdadeiramente seus sentimentos.

Puxou-a pela cintura e colou seus lábios, pedindo passagem logo depois. Incerta, Phoebe cedeu, sentindo que foi ao paraíso com a atitude. Todo seu corpo tremeu, suas mãos suaram e ela não sabia o que fazer. Foi molhado, extremamente molhado.

Se afastaram calmamente, os dois assustados, e Phoebe jogou seus braços nele. Quando chegou a hora que ela realmente teve de partir, Edward Christopher sentiu como se estivessem enfiado uma espada dentro de si, tamanha foi a dor que sentiu. Não teve nem mesmo forças para dizer-lhe adeus, gritar e nem mesmo correr atrás da carruagem quando ela se afastou novamente.

Ele só ficou ali, parado, com um monte de promessas que ele não tinha certeza se poderia cumprir.

Queria escrever-lhe todos os dias, mas só sentiu que doeria mais vê-la seguir em frente longe dele. Mas futuramente, ele não haveria de se preocupar com essa dúvida, pois seu pai interveria. Esta seria a primeira vez, mas não a última. Todas as cartas escritas por Ed e por Rup, seriam queimadas em seu escritório pessoal. As de Phoebe também. Assim, além de uma possível mágoa, a certeza de que nenhum deles se esforçou para manter contato reinará.

......... 

Meu Deus, isso me lembra
          De quando éramos jovens

Leiam as notas finais.


Notas Finais


Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=HDpCv71r-0U&list=PLA-tSOmDx5ECxYzB0fMLCCwIQCA88KEmI&index=22

Emperius: capital de Cantberg quando o Ed nasceu, mas depois de uns anos, a capital se volta para Lânia
Cornamusa: gaita medieval
Galeão: navio, barco

Bom, e esse foi o Spin-off tão esperado! O que acharam, na sinceridade???

Sobre a música do capítulo (Adele, When We Were Young), na primeira parte, ela se parece com o que está acontecendo no momento - e eu adorei o modo como soou -, mas na maioria do capítulo, ela é voltada para o presente e como as coisas acontecem lá. E sim, é bem a cara da história!

E olha, para vocês verem, não é a primeira vez que um Comiotto incomoda um Bailke, a treta é mais velha que isso! Então, será que isso da Lillian ser possessiva pelo Edward é só uma estratégia de família para elevá-los ao trono ou é amor mesmo? Estou só dando sugestões para atiçar a mente criativa de vocês. Façam suas apostas.....

E com quem foi o primeiro beijo do Rupert? Um garoto ou uma garota? Ei, mais uma dúvida para vocês kkk

Eu chorei escrevendo a última parte, eu nunca pensei que seria tão doloroso imaginar isso, porque nunca tinha definido como foi a partida dela do castelo. E, nossa, socorro! Na primeira parte, meus sonhos foram longes, mas eu simplesmente me desiludi com o que escrevi no final haha Vai entender, né?

Acho que já acabei, tudo o que tinha pra chorar, já chorei nas notas iniciais kkkk

Muito obrigada, mais uma vez, por serem minha motivação! Adoro vocês szsz


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