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História Crossed Histories - Village


Escrita por: Gigi-do-Malik

Notas do Autor


Wooooo, quanto tempo, gente!!
Quase dois meses, não é mesmo??

Bom, não era para ter demorado isso tudo. Infelizmente, minha vida está uma bagunça e foi muito difícil conciliar os estudos com a fanfic, mas aos poucos a gente vai conseguindo!! Dei o meu sangue para terminar esse capítulo... Espero que vocês gostem <33

Estamos entrando numa etapa muito importante da história, onde quase todos aqueles planos desde os primeiros capítulos estão sendo colocados em prática e isso me deixa muito nervosa... Mas, de qualquer jeito, acho que estou dando o meu melhor aqui e, de todo o coração, espero que vocês gostem!!!

O capítulo de hoje está um pouquinho mais longo por conta da demora. Desculpem qualquer erro que tiver aí.
Sem mais delongas, boa leitura:

Capítulo 28 - Village


Fanfic / Fanfiction Crossed Histories - Village

                                     Lânia (Europa)

Nessa noite, com certeza aprendi uma lição de que vou levar para a vida toda: quando Edward Christopher Sheeran disser algo, nunca duvide dele. Não vale a pena. 

Tento andar com passos leves para evitar fazer barulho e chamar atenção, botando tudo a perder. Na realidade, Ed foi bem especifico quanto a todos os cuidados e precauções. Tanto que até fiquei me perguntando se ele já não havia feito isso antes.

— Vamos logo, Phoebe — Duarte sussurra ao meu lado. Reviro os olhos. Já tive que tirar os sapatos dos pés e carregá-los nas mãos, vestir uma roupa camponesa e Edward bagunçou tanto meus cabelos que parece que nunca foram penteados. Além do mais, agora tenho que ser apressada. 

— Não me apresse — digo com a voz dura, ou o mais próximo que posso chegar disso com Duarte. Por um motivo desconhecido, não consigo confrontá-lo, o que é incomum. Talvez seja pelas verdades que ele disse no nosso primeiro encontro e o medo permanente que ele venha a dizer mais delas, pois sei que ele estava certo naquele dia e a probabilidade de estar certo agora é alarmante para uma errante como eu. 

— Desculpe — ele sorri, envergonhado. Pega os sapatos surrados de minhas mãos para carregar e diminui o passo, me deixando chegar até ele sem estar quase morta pela falta de ar. Caminhamos juntos, em silêncio, por mais uma boa parte dos corredores subterrâneos pouco iluminados e úmidos. Confesso que a cada passo, mais hesitante e com medo eu fico. Há milhares de coisas que podem dar errado e, segundo a minha intuição, muitas delas vão acontecer. 

Por fim, o imenso corredor chega a sua parada final, uma estreita porta de madeira num corredor mais estreito ainda. Duarte me entrega a tocha que veio carregando durante todo o trajeto e abre a porta com cuidado, espiando do lado de fora. Enquanto isso, eu olho insegura para o caminho de onde viemos, não sei se com medo de sermos pegos ou rezando para isso acontecer. Mas nenhum som ou sombra vem, então só posso suspirar e esperar no meio da minha inquietude.

— Está limpo — ele concluiu — É melhor pôr a capa, Phoebe, está frio e garoando lá fora. 

Faço como Madeira mandou, mas isso não diminui muito o choque que tenho ao sair do corredor abafado e aquecido. A brisa fria da noite bate contra meus cabelos e rosto, arrepiando meus pelos e me fazendo encolher o máximo possível entre as vestes finas. A tocha que eu e Duarte lutamos para manter acessa não dura mais que alguns minutos na próxima caminhada, é apagada com prazer pelos respingos de chuva. No escuro, tudo é ainda pior e mais assustador. 

— Acho melhor me dar os sapatos agora — resmungo ao sentir mais um galho se quebrar contra meus pés. A lama também está sujando-os e se infiltrando por entre os dedos, além de me deixar meio atolada e lenta. A roupa, já bastante fria, está colada ao meu corpo e igualmente suja nas barras. Se não soubesse as condições de Duarte, nunca estaria fazendo isso com ele ao meu lado.

— Lamento, mas eles vão se perder na lama. Tente olhar por onde anda e assim vai machucar menos os pés.

— Mas eu estou olhando por onde ando. Só tem galhos aqui, dói muito. 

— Vai doer ainda mais se ficar todo o restante do trajeto sem eles. Aguente firme, eu sei que você consegue.

— Sabe, é?

Ele se vira para mim com os cabelos grudados na testa e um sorriso molhado. 

— Metade das mulheres da corte se matariam para estar ao lado de Edward nem que fosse como uma estátua; não, muito mais que a metade, na verdade, mas você está se matando não só por ele, mas também pela vontade que tem de vê-lo feliz, não importa o motivo. Sei que nenhuma delas faria isso, a não ser você. Torço para que fiquem juntos.

Engulo seco, sem graça. Duarte faz a mera situação parecer tão grandiosa... Mas já estou habituada a isso, a sempre fazer as vontades dos Sheeran, tanto que até não acho ruim mais.

— Não vejo dessa forma — digo apenas isso, baixando a cabeça e tentando me concentrar em desviar das pedras e gravetos. 

— E não só por isso — ele me ignora completamente — Você também é uma garota forte, quase uma mulher feita. Tem convicção sobre o que fala e acredita e, se não mudar, e espero que não mude, um dia vai se tornar tão grande e importante que até você vai ficar espantada. É raro encontrar alguma mulher que não está só preocupada em encontrar um marido e na vida que ele pode oferecer.

— Obrigada? — soa como uma pergunta. Para não deixar um clima estranho, procuro achar uma maneira de desconversar, porque apesar da arte de Duarte de me deixar sem palavras, ele parece ter se superado desta vez — Bom... Parece que encontramos algo que Edward finalmente não pensou. 

Ele ri, concordando.

— Verdade, parecia impossível há pouco. O príncipe é mesmo detalhista.

— Só quando ele quer — rio debochada.

— Parece que você não vai ter dificuldade em mantê-lo interessado nos assuntos, então.

Não quero perguntar por que ele diz isso, apesar da grande curiosidade. Mas não quero ficar sem graça novamente, tampouco ouvir algo que não estou preparada para digerir. As palavras de hoje já foram suficientemente fortes e vão pairar sobre mim durante muito tempo. 

— Os Sheeran são apaixonados por uma boa dose de aventura. Parece ser o que move eles — concordo rasamente, sem entrar no terreno que Duarte quer me pôr novamente — Eles têm sempre uma vida agitada e cheia de intrigas.

— Bem-vinda de volta à corte, lady Phoebe. Intrigas acerca dos Sheeran é o que mais verá nos próximos anos, principalmente durante o começo do reinado de Edward.

— Você só o chama de Edward... Por quê?           

Chegamos a uma beira de estrada, ainda mais encharcada que o emaranhado de árvores por onde passamos, se é que é possível. Duarte se escora em uma árvore e eu faço o mesmo, me encolhendo inutilmente para tentar afastar o frio e a água gelada.

— Eu e Vossa Alteza mantemos uma relação de respeito e amor a Rupert, mas não somos muitos próximos. Chamo-o de Edward apenas porque ele vem insistindo ao longo dos meses para que eu pare de chamá-lo de Vossa Alteza.

— Ed tenta afastar o título de si o máximo que pode. É uma pena, pois ele só vai aumentando com o passar do tempo e acho que vai ser muito mais difícil para ele aceitar somente quando não houver mais escolha. 

— Diz quando ele tiver de assumir o trono?

Dou de ombros.

— Também, mas há outras situações de peso. Contudo, espero que ele não viva nessa bolha por muito mais tempo. Ainda mais depois dessa noite, quando ele vai ter contato com o mundo mágico que vem criando na cabeça há anos. 

— Edward vai cair então, pois o mundo fora dos muros não é nada mágico. Só concordei em estar aqui porque não queria deixar Rupert e ele irem sozinhos e ainda te arrastarem nessa, mas após pensar um pouco, quero estar lá quando ele perceber a realidade do povo que reinará. Pode ser bom no futuro.

— Ele vai ser muito bom, pode apostar — deixo escapar um sorriso ao pensar nisso.

— E, bom, alguém precisa ajudar a pôr juízo na cabeça desses meninos também, não é mesmo? Eles parecem não te ouvir com frequência.

Quando eu ia discordar dizendo que eles não me ouvem nunca, o barulho de uma carruagem se faz presente e chama nossa atenção. Escondemo-nos agachados atrás das árvores, apenas por segurança, mas quando a carruagem para no canto da estrada e uma cabeleira ruiva surge por uma das janelas, posso saltar do chão e suspirar aliviada. 

Corremos até lá o mais rápido possível, evitando contanto com a atmosfera fria feito gelo.

— Tome, vai ajudar a esquentar vocês e a não pegarem uma gripe — mal tenho tempo de entrar e Rupert já me envolveu em um manto quente. Ele tem um sorriso tímido e envergonhado, talvez culpado por nos fazer andar toda essa distância na chuva. 

Sento no banco ao lado de Edward, que me envolve em um abraço e beija meus cabelos encharcados.

— Obrigado — sussurra ao meu ouvido — Você está bem?

Assinto rapidamente e ele abre um sorriso, apertando-me mais entre seu corpo.

— Continuo achando que poderíamos ter vindo todos juntos — Rupert resmunga, esfregando o manto nos cabelos de Duarte, repetidas vezes. Bom, Rup não continua por muito tempo.

— Sabe que não — Madeira encara bem o amante ao dizer isso, para deixar claro e encerrar o assunto — Se Phoebe e eu fossemos vistos com vocês em plena fuga, só Deus sabe o que poderia acontecer. 

Ele e Ed concordam, relutantes.

— Não foi tão ruim assim — tento amenizar a situação com um sorriso — Foi gostoso sentir a brisa da noite e andar por aí de forma tão livre. É um luxo que não temos no castelo.

Duarte tenta segurar o riso e esconde a boca com a mão, mas os príncipes parecem determinados a acreditarem nisso. Entendo bem o porquê. Pisco para Duarte, mostrando uma certa cumplicidade que é nova e frágil. Se preciso acobertar sua relação com Rupert, quero fazer valer a pena – e não estou falando de uma relação rasa. Quero mesmo ter uma boa razão e talvez até o orgulho de ser vista como cúmplice, se algum dia as coisas derem errado. Quero olhar na cara de todos e dizer que não me arrependo do que fiz e que os momentos que passamos juntos são inesquecíveis, tais como este que está acontecendo agora. Mesmo que tudo saia bem, nunca poderei esquecer essa noite, isso é um fato. A começar pela forma como chegamos até aqui.

— Essa carruagem é mais simples, Ed — eu observo — Onde conseguiu?

— Tem um cara que me deve um favor... Ele é filho do cocheiro que está nos levando. Então não foi muito difícil conseguir algo mais simples e de confiança, já que eles não têm uma condição muito boa e o pai do rapaz ficou honrado, mesmo que seja uma fuga.

— Fez isso tudo em um dia? — pergunto, boquiaberta. 

— Você ficaria impressionada em saber as coisas que eu faço em um dia — ele ri nasalmente.

Esboço um sorriso e me encolho mais no manto. Tudo o que eu não preciso é pegar um resfriado, ficará suspeito demais, afinal, todos acham que estamos na segurança do castelo em pleno sono. Mal eles sabem...

Aos poucos, o silêncio se instala e só é possível ouvir o atrito da roda da carruagem com o chão rochoso e da chuva, batendo contra a madeira e com a paisagem lá fora. É um som confortante, tanto que acabo cochilando. Só acordo quando Ed me cutuca pacientemente e avisa que já chegamos.

Fico tão nervosa que posso sentir o coração bater perto da garganta.

Ele me ajuda a descer e ajeito a capa no corpo, tapando principalmente o rosto. Os garotos fazem o mesmo. 

— Então, para aonde vamos? — pergunto, ansiosa para que a noite acabe logo.

— Eu não sei — Ed murmura aturdido.

— Quê? — Duarte se vira para ele com uma ruga de preocupação na testa — Como assim você não sabe para aonde ir?

— E-eu... Não pensei muito bem nisso. Podemos explorar o vilarejo... Na verdade, acho que é isso que vamos fazer.

Duarte bufa e joga as mãos ao lado do corpo. Ele está começando a ficar irritado e temo que algo não muito bom sairá disso.

— Não acredito que você pensou em tudo, menos na coisa mais importante, Vossa Alteza. Parece que está zombando da gente.

— Viemos justamente para descobrir o que está acontecendo e isso inclui para aonde vamos, então mantenha a calma, Madeira — Ed também não tem o tom mais paciente do mundo.

— Uau, quanta genialidade. 

— Parem, vocês dois — Rupert fala, sua voz é baixa e calma, porém tem um tom que deixa claro que eles não vão continuar com os disparates — Tem alguns lugares funcionando, é para lá que vamos. Precisamos nos aquecer, principalmente você, Phoebe. É a mais frágil.

Não gosto de ouvir que sou frágil, mas não posso contestar. Sei que Rupert não falou com más intenções, deve ter sido mais uma advertência para os garotos do que para mim. Assinto calada e tento não ficar chateada. Isso só mostraria mais o quão frágil eu sou. 

Sigo na garoa fina e no chão coberto por uma camada prata iluminada pela Lua até a taverna mais próxima, a alguns passos de distância. Quando Duarte abre a porta, uma rajada quente vem ao nosso encontro. É reconfortante poder sair desse lugar frio ao relento. Caminhamos encolhidos até uma mesa afastada evitando chamar atenção, mas fazemos exatamente o oposto. Pares de olhos nos seguem de maneira indiscreta e logo uma mulher de meia idade com roupas vulgares vem até nos.

Ótimo, somos como peixes fora d’água. 

Sentamos em uma mesa e me encolho o máximo possível dentro do manto. Apesar de todo o barulho não ter parado nem por um instante, ainda é possível ver que as pessoas nos observam. Devemos mesmo parecer estranhos.

— O que vão querer? — a mulher pergunta com uma visível falta de interesse.

— Quatro canecas de cerveja — Duarte fala.

— E pratos de comida — Ed acrescenta. Rup solta uma risadinha. A mulher saí, tão sorrateira quanto veio.

— É por isso que você está gordo assim, irmão — ele debocha.

— Cale a boca, Rupert. Eu não estou gordo.

— Ele não está gordo, Phoebe? — ele pergunta, revirando os olhos e rindo.

— Ahn... — fico sem graça e não sei o que responder, principalmente quando todos eles param para olhar para mim — Eu não sei.

É estranho ver a forma como homens se tratam, completamente diferente das mulheres. No castelo, esse comportamento é mais reservado, mas eles já parecem bem à vontade aqui, sem ninguém para julgá-los por títulos ou algo parecido. Obviamente, não é um lugar adequado para uma milady, como todas as regras da sociedade deixam explicitas. Pergunto-me mais uma vez como cheguei aqui. 

Eles riem alto, bem alto. Sinto minhas bochechas ficarem quentes, mas não sei se é por causa do frio do meu corpo misturado ao calor do ambiente ou da vergonha que estou começando a sentir. 

— Obrigado, Pho — Ed pisca um dos olhos para mim e sorri — Ela não sabe, irmão. É um bom sinal.

— Na verdade, aposto que ela não quer dizer. 

Edward estava abrindo a boca quando a mesma mulher de antes nos interrompe abruptamente, jogando as canecas de cerveja de qualquer jeito na mesa, derramando parte do líquido. Olho para a caneca fedida que foi posta à minha frente.

— Eu não vou beber isso — protesto.

— Mas você concordou — Rupert protesta.

— Eu? Eu não concordei com nada — continuo com a cara de nojo.

— Você não falou nada quando pedimos quatro cervejas. 

— Não percebi que estava incluída nisso — eles riem novamente. Estou começando a ficar ainda mais desconfortável — Além do mais, não é algo que uma lady deva beber.

— Esta noite, Phoebe, você não é uma lady. É quem quiser ser — Duarte rebate, sorrindo.

— Pode fazer o que quiser também — Rupert apoia.

— Quero não beber a cerveja — falo, não admitindo que as palavras deles me tocaram profundamente. Quantas outras chances terei de ser quem eu quiser, conforme venho sonhando durante todos esses anos? Por que, justo na noite em que tenho a tamanha liberdade da qual sempre ansiei, estou relutante? 

— Somente experimente — Edward entra no meio e os meninos concordam — Se não gostar, nós terminamos.

Reviro os olhos, encarando aquele liquido amarelado com uma camada esbranquiçada por cima. Eles não poderiam ter pedido algo mais... refinado? Por fim, encolho os ombros e levo minhas mãos a caneca, retirando e colocando de novo. O ciclo se repete algumas vezes, em virtude da minha indecisão e medo. Os sorrisos largos de ansiedade dos garotos me incentivam e acabo segurando firmemente no cabo do copo. 

Chego ele mais perto de mim, relutante. Quando chego na altura da boca, faço menção de cheirar.

— Não faça isso — Ed adverte — É ruim. Bem ruim. Só beba.

Não obedeço. Tem um cheiro nojento, algo que me faz pensar instantaneamente em comida podre e vômito. Juro que posso vomitar somente por chegar esse negócio perto do nariz. Eles riem da minha cara de assustada.

— Eu avisei. 

— Espero que o gosto seja melhor — fecho os olhos e finalmente encosto a caneca nos lábios, virando o líquido na boca.

Prendo a respiração. O gosto é amargo e peculiar. Encho as bochechas e não quero engolir, então o gosto ruim continua rodando.

— Engula, Ebe. Sério, não é tão ruim. Se não engolir, é pior. 

Nego, apertando os olhos. Minhas bochechas começam a doer, então preciso engolir ou jogar fora. Por algum motivo desconhecido, acabo engolindo no meio de diversas caretas.

Para minha sorte – ou não, os pratos de comida chegam bem na hora. Não olho direito o que tem ali, somente pego um talher e enfio na boca, a fim de amenizar o gosto. Não funciona, parece que o gosto da cerveja é muito mais fixativa do que qualquer um foi capaz de me avisar.

— Eu nunca vou beber isso de novo — juro, falando de boca cheia. Os meninos, que ainda riem, urram e fazem festa. 

— Ela falou de boca cheia, Edward!! — Rupert exclama. Ele tem os olhos fechados de tanto rir e bebe a cerveja nojenta antes de continuar a falar pausadamente — Ela falou de boca cheia!!

Reviro os olhos. Ed concorda, acompanhando o irmão. Eles parecem felizes demais por algo tão simples – e rude, mas o que posso fazer? –, que não me pergunto se eles estão tão animados assim por causa de todo o contexto em si. Estarmos aqui, sem qualquer tipo de título ou privação é algo novo para todos nós. Algo que gera medo e ansiedade. Muita ansiedade. Vontade de explorar e devorar o novo até que só existam migalhas na memória.

— Aposto que vai voltar a beber — Duarte diz, bebendo do seu copo também — Pode não ser hoje, nem amanhã, mas um dia você irá cair na tentação e ver que não é tão ruim. 

— Tem razão — eu emendo — Não é ruim, é horrível. Céus, no que vocês estão me transformando?

— Em nada — Ed diz, arrastando sua cadeira para bem perto de mim — Você é um espirito livre, estamos apenas te incentivando a libertá-lo. 

.........

Bem-vindo à sua vida
            Não há volta
              Mesmo enquanto dormimos
              Nós encontraremos você
                Comportando-se da melhor maneira
               Dê as costas à mãe natureza

       Todos querem governar o mundo

   É o meu próprio projeto
                  É o meu próprio remorso
                     ​Me ajude a decidir. me ajude a aproveitar
                       O máximo da liberdade e do prazer
                Nada dura para sempre

      Há um lugar onde a luz não encontrará você
                     Dando as mãos enquanto as paredes desmoronam
                      Quando isto acontecer, estarei bem atrás de você

      Tão contente por termos quase conseguido
                    Tão triste, pois tivemos que abandonar

Todos querem governar o mundo
                                                       Everybody Wants To Rule The World - Lorde

.........

                                     ​Lânia (Europa)

Observo o canteiro de flores silvestres delicadas e vermelhas a minha frente. Elas têm uma cor que soa exatamente como uma réplica do sangue, e isso não me deixa esquecer o que quase estamos prestes a fazer.

Chandler para ao meu lado, seu olhar está tão focado nas flores quanto o meu.

— Você não deveria ficar aqui — digo — Não precisa ver isso.

— Eu quero ver — ele responde, simplesmente. Fecho os olhos, buscando em minha mente uma forma de convencê-lo. 

— Chandler...

— Eu ajudei, lembra? Vocês prometeram que eu poderia acompanhar o processo.

— Se um dia eles nos pegarem e descobrirem sobre você, que nos ajudou...

— Não é justo! Eu ajudei Marcus a arrumar as vacas e procurei coisas quando vocês estavam ocupados. Por favor — abro a boca, mas ele me interrompe — Não me importo de ser pego.

— Você não sabe a besteira que está falando — respondo, já bastante irritada. Se Chandler não quer medir as consequências, eu quero.  Não só quero, como vou fazer isso. Inclusive não deixar que algo aconteça a pessoa alguma a não ser a mim mesma. 

Ele me lança um olhar cheio de brasas, como se soubesse de algo grandioso que eu ainda não sei. Mal ele sabe que há poucas coisas grandiosas que eu já não tenha ciência.

— Está na hora — Marcus surge atrás de Riggs, colocando as mãos no ombro do menino. Ele percebe o clima tenso e por isso lança um sorriso a nós dois — Vamos, se não quisermos que algo dê errado. 

Chandler sai em disparada antes que eu possa impedir. Bufo, sentindo meus olhos encherem de lágrimas; estou mais sensível do que deveria hoje. Tenho a impressão de que todo o plano dará errado. Mais importante: tenho medo do que minha consciência fará quando o fogo da última tocha morrer e eu ficar a sós com meus demônios.

— Ei, calma — ele passa as mãos pela minha cintura — Precisa aprender a lidar com crianças novamente, Phoebe.  Mas, se serve de consolo, ainda acho você muito boa nisso.

— Como vou lidar com uma criança numa situação dessas se não consigo nem lidar comigo? — DeLacour entende exatamente o sentido em que quero chegar e faz uma careta emburrada.

— Se acha que não sabe, aprenderá. Mas que fique bem claro que discordo de você. 

Reviro os olhos e tento mudar de assunto. Não posso suportar mais brigas, não hoje.

— Estou ansiosa — confesso.

— Eu também — ele ri, apertando a pressão sobre minha cintura. Um leve arrepio percorre minha espinha — Mal posso esperar para ver a reação deles. Mal posso esperar!

— Bom, eu não. Pessoas vão se machucar nesse processo. 

— Pessoas estão se machucando o tempo todo, inclusive agora, enquanto você não está agindo. E há ainda mais pessoas esperando você agir. Então vamos lá, coragem, senhorita Bailke. Há poucas coisas que a escolhida do Oráculo não possa fazer.

Suspiro profundamente, conformada que tentar conseguir qualquer tipo de otimismo não funciona mais. Dois anos foram o suficiente para descobrir isso. Resta-me somente esperar a corrente de acontecimentos planejados caírem como um dominó, decidindo o tão temido futuro de todos os que amo. 

{...}

O cheiro de carne putrefata é ainda pior do que pensei. Não que eu já não tenha sentido cheiros assim antes, mas é muito mais incomodo – e nojento – quando você também precisa pegar nessa carne. 

— Vamos lá, não consigo carregar sozinho — a voz de Max me desperta do transe. Ele tem a face avermelhada e pingando de suor.

Assinto repetidas vezes, me erguendo o máximo que posso para conseguir aguentar o peso da vaca. Dividimos quatro vacas em três grupos de dois, deixando Malena e Chandler de fora e agora nos empenhamos em descarregar animais tão pesados das duas carroças que, por algum milagre, conseguimos trazer até aqui. Parece que o destino está mesmo ao nosso favor.

Anos atrás, quando eu havia acabado de chegar no palácio, Edward me confidenciou a tentativa de seu pai a convencê-lo a instalar um fosso nos arredores do castelo. A medida envolvia uma tentativa de segurança contra possíveis ataques e uma mensagem ainda mais prepotente do que o castelo já representa, embora todos saibam que eles nunca admitiriam isso. A medida foi concluída com sucesso, apesar da segunda proposta sobre eles – a de construir muros para abrigar a vila, ideia que eu mesma dei – ter sido arquitetada, mas nunca posta em prática. Eles mesclaram o fosso com um rio que cortava próximo ao castelo e era pouco usado e isso, de certa forma, facilita muito o que estamos prestes a fazer.

Felizmente, hoje farei uma utilização mais útil desse fosso do que uma mera tática de guerra. Farei a minha tática de guerra.

Então, partindo disso, colocamos cada grupo em um ponto estratégico e menos vigiado onde o rio corta por dentro da floresta. Na verdade, os guardas do castelo montam guarda somente do lado de fora da floresta, até onde as torres de vigiam alcançam o olhar, mas não quisemos ser surpreendidos. Temos a segurança de que nossa mensagem chegará até eles e também de que sairemos ilesos e anônimos. Ou quase isso. 

Esforço-me um pouco mais para erguer o corpo deformado da vaca. A situação me lembra algumas noites atrás, quando eu e Max encontramos Chandler. As circunstâncias são absurdamente semelhantes, a menos se levar em consideração o fato de Riggs não ser uma vaca que, a julgar pelo peso, arrisco dizer que vai quebrar nossas costelas.

Obviamente, não conseguimos erguê-la mais que alguns palmos do chão, mas já é o suficiente para arrastá-la até as bordas do rio estreito. 

— Só mais um pouco — Max informa. Sinto meus pés irem descendo sob o terreno até tocarem a água. Por sorte, a correnteza está fraca e não é difícil me firmar antes de continuar até certa parte, quando Max também entra. Por fim, soltamos a vaca e sorrimos aliviados.

— Vai demorar, mas dentro de algumas horas já estará feito — digo, colocando o cabelo atrás da orelha.

— É — ele concorda e se abaixa para se refrescar, mas sabe que já não pode beber — Será que não vão ficar de quarentena?

— Acho que o rei não seria tão imprudente — ele arqueia uma sobrancelha ao me ouvir dizer isso. Parece que estou, de novo, defendendo Edward — Olha, eu conheço ele, o.k.? Pode soar patético até para mim, mas ele preza o bem-estar do povo e não vai submeter seus subordinados à mesma situação que ele assim.

— Nem se ele for pressionado?

— Edward também sabe pressionar. Muito melhor que isso, ele sabe escapar e contornar situações. Como ele vai fazer isso não é problema nosso, Prontifer. Vamos apenas deixar as coisas seguirem o fluxo natural delas. 

— Tudo bem — ele levantou as mãos, como se precisasse se render. Reviro os olhos e dou um sorriso de lado — Não toco mais no assunto.

— Obrigada.

 Caminhamos lentamente até a carroça e partimos o mais lentamente possível, como se estivéssemos caçoando do destino e de Edward por termos conseguido chegar até aqui. Durante o percurso, conversamos normalmente, igual duas pessoas normais fariam – não pessoas que acabaram de contaminar a água boa do rei e vão fazer toda a nobreza passar sede e dificuldades. Mas é o mínimo, o mínimo de todo o mínimo depois de tudo o que sofremos. 

E mesmo quando todos os tijolos do castelo forem postos a baixo e o meu trono ficar vago novamente, ainda não será o suficiente.

Chegamos na cabana de Marcus ao pôr-do-sol e eu já não me sentia mais tão nervosa ou mal como antes. Observar a natureza me acalmou, de certa forma. Toda a luz radiante que o Sol exalou durante o dia, iluminando as folhas e flores, os animais e a água conseguiu fazer com que minha mente vagasse para um lugar bom e que talvez esteja próximo. 

Ao entrar, a primeira coisa que faço é subir as escadas como um furacão para procurar algo que venho evitando há muito tempo, como se fosse um fardo terrível: Ravermom.

O caminho de volta também me fez pensar muito sobre isso.

Ela está lá, em um lugar quase invisível do quarto, mas ainda é iluminada pelo Sol. Fecho a porta e caminho lentamente até lá, preciso de privacidade e também de uma boa dose de coragem. Ajoelho-me ao seu lado e encaro toda sua formosidade. Cada mínimo detalhe, desde o cabo desenhado até a ponta afiada e bem esculpida, culpada do sofrimento de milhares de pessoas. Dona da morte e da magia. Dona da minha vida – e da minha redenção

Passo meu dedo por sua extensão, do começo ao fim. Aos poucos, filetes de sangue vão escorrendo e manchando o chão de madeira surrada. Talvez eu tenha mesmo colocado um pouco de força além do necessário, mas Max sempre disse que ela era muito afiada.

Talvez eu também queira sentir o quanto ela é mortal e a dor que pode causar. Talvez também queira entender que nossos sangues foram selados e que ela é parte de mim agora. Que talvez sempre tenha sido parte de mim.

Aquela coisa da qual você ama e odeia ao mesmo tempo e quer se manter afastada ao máximo, mas que no primeiro apuro já está lá, ao ladinho dela procurando abrigo como um filho procura por sua mãe. Aquela coisa que você move montanhas só para alcançar. 

Gostaria que, no meu caso, as suposições fossem apenas suposições, não literais. Gostaria que fosse ao menos uma pessoa, não uma espada grandiosa e mágica que mudou todo o curso perfeito da minha vida em direção à um ruidoso deserto e, lá, mandou-me atravessar. Sem volta. Sem escolhas.

Não percebo quanto tempo fico ali, mas quando saio do transe já está completamente escuro e Chandler bate na porta. Ele coloca a cabeça para dentro e entra sem pedir permissão.

— O que houve? — percebo que ele está falando do meu dedo e olho para ele. O sangue está seco e, como uma perfeita ironia, começa a arder. Bufo. 

— Nada, eu só me cortei com a espada. O que foi?

— Agora você pode me explicar o que houve? — Chandler se senta ao meu lado e encara a parede oposta — Eles estão comemorando lá em baixo, mas ninguém me explicou exatamente o que fizemos.

Dou um sorriso amarelo. 

— O que fizemos não foi exatamente bonito, Chandler. Não precisa se manchar com isso, porque não dá para voltar atrás. Vai matando a maioria de nós aos poucos, até que um dia não sobra mais nada... Não comece esse ciclo.

— Eu sei que não foi bonito, mas ajudei e tenho o direito de saber. Não se preocupe com a minha alma, você já tem preocupações demais. Só me conte, por favor. 

Fico em silêncio durante alguns minutos, tentando achar as palavras certas e pensando numa infinidade de coisas.

— Sabe, o rei, o pai do rei, as pessoas que moram no palácio... Muitas delas fizeram coisas ruins para as pessoas que eles amavam e para a nossa causa, mas acho que você já sabe disso. Bom, essas pessoas sofreram muito por causa disso, pessoas muito boas e que todos nós amávamos muito. A maioria delas morreu injustamente. Essas pessoas precisam ser vingadas e a rainha precisa tomar o trono dela novamente para que a nosso objetivo seja completado, então estamos ajudando nossa soberana fazendo isso. Não é apenas uma vingança, é um golpe de Estado.

— Pensei que a rainha estivesse morta — ele arqueou a sobrancelha — Todos dizem isso.

— Não — coro um pouco — Ela é forte. Vai sobreviver. 

— Como tem certeza?

— Ninguém tem certeza sobre absolutamente nada, Chandler. É só ignorância, aquilo que precisamos acreditar. Se ela morrer, todos nós morreremos com ela.

Ficamos em silêncio, refletindo. Por fim, decido continuar:

— As vacas são para contaminar a água do fosso ao redor do castelo — sua cabeça vira para mim tão rápido que seus cabelos curtos caem todos no rosto. Seu rosto, por um simples segundo, fica em choque — Quando o rei construiu o fosso, precisava tirar água de algum lugar. Poucas pessoas sabem disso, mas ele usou um rio que cortavam ao redor do castelo, dentro da floresta. A área é quase inabitada, então o processo foi sigiloso. O resto encheu-se com água da chuva e de camponeses generosos que queriam ajudar e trouxeram baldes para ajudar na construção.

Engulo seco, sentindo a garganta quase rachar. Olho para Ravermom ao meu lado, procurando forças nela.

— O rio ainda desemboca no fosso, então é para lá que nossos animaizinhos vão. Ou, pelo o menos, você sabe, bom, não dará para beber nada.... O palácio entrará em colapso sem água; a nobreza terá de ir embora ou sobreviver à base de vinhos, hidromel e comida escassa. Ficarão tão vulneráveis que poderemos nos infiltrar para atacar no meio da noite. Não há honra nisso, em entrar pela penumbra, mas não há honra em nenhum de nós e é nossa melhor chance. A noite é nossa aliada. Usaremos até um ariete¹, se for preciso. Marcus está providenciando isso.

— Como eles vão saber que a água não é boa para beber?

— Quem beber ficará doente. Jade está cuidando para que as pessoas certas bebam para evitar uma epidemia. Isso chamará a atenção dos curandeiros da Corte e eles não demorarão a descobrir de onde a doença vem. Antigamente, eu diria que esperava que ninguém morresse no processo; agora, só espero que as pessoas boas sobrevivam.

— Quem são “as pessoas certas”?

— Ah, certo — dou um mínimo sorriso de lado — Um tempo atrás, quando conheci Malena, ela disse que tinha pessoas envolvidas da revolução infiltradas no castelo. Então, agora, é hora de usá-las. Malena contou a Jade quem são as pessoas e explicou-lhes o plano, essas pessoas serão as primeiras a beberem da água e ficarem doentes, mas tratá-las ficará mais fácil porque saberão o que está acontecendo. 

E Jade poderá cuidar de pessoas como Valentim, Adelaide e Grace e Alexa por mim, lembro a mim mesma. Não, nada será tão ruim assim. Todos os pontos foram cuidadosamente calculados. 

Riggs sorri para mim, um sorriso raro que eu quase não vi desde sua chegada. Meu coração se aquece pelo ato e me lembra da primeira vez que vi Tim sorrindo. Será que ao vê-lo meu coração sentirá essa mesma chama ou causará todo um incêndio? Acho que sei a resposta.

— Mais alguma pergunta? — ele nega rapidamente, bagunçando ainda mais os cabelos — Então o que achou do plano?

— Vocês se esforçaram — dou risada, porém sou acompanhada por um sorriso envergonhado — É muito bom, eu gostei. Vai dar certo.

Torno a sorrir ainda mais ao ouvir sua conotação, como se ele tivesse mesmo certeza de que dará certo. 

— Tudo bem, então vamos descer. Preciso cuidar desse dedo e você precisa comer e descansar, senhor Chandler.

— O que houve com seu dedo? — ouço a voz de Marcus atrás de mim e viro, encontrando-o na porta do quarto com uma bandeja em mãos. Chandler dá de ombros e sai, mas não sem antes lançar um último olhar sobre nós dois.

— Cortei com Ravermom — explico, um pouco focada demais na comida posta na bandeja.

— Imaginei que você gostaria de ficar sozinha agora... Depois do que acabou de fazer — ele apontou para a comida com a cabeça — Mas lamento, Phoebe, pode não querer comemorar, mas sozinha não ficará. Esse tempo já se esgotou.

Assinto, encolhendo os ombros.

— Além do mais — ele continua — Precisamos cuidar desse dedo para aproveitarmos a surpresa que tenho para você.

— Que surpresa?

— Envolve algo que nós dois estamos esperando há um longo tempo. E também uma pequena comemoração por hoje. 

— Oh, céus. Marcus, você não cansa de surpresas?

— Não — ele sorri, mordendo o lábio inferior — Já deveria ter aprendido que eu sou um cara romântico, senhorita Bailke. E posso me esforçar mais somente para agradá-la.

Deixo-me ser puxada pela mão até o andar debaixo. Passamos discretamente pela cozinha e sala vazios, pouco iluminados. Lá fora, a chama de uma fogueira e vozes animadas indicam uma comemoração. Abaixo a cabeça, continuando o percurso.

Aos poucos, reconheço o caminho: a casa de banho do chalé. 

Marcus empurra a porta e me dá espaço para entrar. A banheira de madeira presente ali está cheia d’água e com rosas vermelhas espalhadas por todo o recinto; o local contém poucas velas, deixando uma penumbra e colaborando para uma decoração romântica.

Sinto mãos ao redor de minha cintura e uma respiração pesada e quente no pescoço. Arrepio-me, fechando os olhos.

— Surpresa — sua voz soa rouca ao pé do meu ouvido. Em seguida, sinto beijos molhados serem distribuídos pela região.

— Você não sabe como eu venho esperando por esse momento — ouço minha própria voz dizer, causando surpresa em nós dois.

A risada baixa de Marcus é a prova definitiva do que eu precisava para aproveitar o momento. 


Notas Finais


Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=smSSSs46rng&list=PLA-tSOmDx5ECxYzB0fMLCCwIQCA88KEmI&index=40&t=0s

Ariete: máquina de guerra com que se derrubavam as muralhas ou as portas das cidades
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3e/0869-Attack-on-the-walls-of-a-besieged-town-q75-500x412.jpg

Olá de novo, terráqueos!

Bom, eu quero pedir muita atenção de vocês nas músicas dos capítulos, sério. Eu tenho muito cuidado pra escolher e colocar cada música na parte certa da história, então elas simplesmente tem um significado muito pesado nos dois tempos em todos os sentidos. Alguém pode acabar descobrindo algo com isso rsrsrs

E também, na parte do passado, eu deixei aquela frase do Ed no ar porque é a partir dessas pequenas mudanças, a começar por uma simples cerveja, que vão fazer da Phoebe o que ela é "hoje". Ela vai acabar libertando de dentro o melhor de si e isso vai fazer, consequentemente, com que ela seja a dona de Ravermom!

S.O.S, será que vocês querem me matar pelo presente??? JAGVSHVASAS
Alguém entregou o corpinho para um coreano gostoso hoje, meu povo.
Só esperem... Esperem, tem muito mais. MUITO mais.

E sobre o plano? O que cês acharam?
Na verdade, já dá pra antecipar, caso vocês ainda não me conheçam, que nada disso vai acontecer como o planejado sahvas De forma boa ou ruim, vocês vão precisar descobrir lendo.

Agora, depois de tantos pontos, como o capítulo de forma geral??? Por favor, conversem comigo hahaha

Indicação do capítulo:

Castelobruxo - n.s. , ou seja, @AnnieMcFly atacando de novo!!!! Sinceramente, não dá pra definir o amor que eu tenho por essa escritora e pela ideias geniais dela. Se você gosta de Harry Potter (e do Ed também rs), precisa conhecer essa história (e Mr. Scamander, meu xodózinho). Garanto que você vai gostarrrr:::
https://spiritfanfics.com/historia/castelobruxo--ns-8206079

O.k. gente, por hoje é isso. Espero que cês tenham gostado e não queiram me matar.
Vou fazer o impossível pra voltar aqui bem rapidinho, até porque a imaginação só flui quando não posso escrever né HAGVSVSA
Edkisses
XxGigi ☪☮ɘ ✡أ☯†


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