História Crossed Ways - Chapter 3

                                Sábado, 15.01.2016, 10h38 P.M

(P.O.V Hailey)

          — Cait, tá conseguindo mexer o braço melhor agora? —perguntei.

          — Ainda não. —ela respondeu.

          — Pena que vamos ficar aqui só uma semana. Chris só vai falar nisso quando voltarmos pra Hollywood, do jeito que ele é protetor contigo Cait. —Ryan falou e todos demos uma risadinha.

          — Eu vou no meu escritório, jajá eu volto. —falei e desci pra lá.

      Entrei na minha sala e peguei as chaves da mesma. Não sou nem louca de dormir com essa porta aberta, Justin pode muito bem pegar nossos planos, e nosso dinheiro. Fechei uma gaveta com uma das chaves e também tranquei o cofre de cadiado. Me virei, e olha só, o idiota do Justin na porta.

           — Chris atrapalhou nossa conversa no Hospital. —ele disse com um ar de tristonho, mas no sarcasmo claro.— E quem diria, Hailey Rhode Baldwin iria se tornar essa mulher que é hoje. —ele deu uma risada forçada.

            — Pois é ne Bieber, como eu disse olha só as voltas que o mundo dá! Agora licença que eu estou ocupada. —falei grossa e fria.

            — Ei! Espera, eu quero saber uma coisinha. —ele falou e eu revirei os olhos.

            — Fala logo, não tenho a noite toda!

            — Onde eu vou dormir? —ele perguntou sério.

       Andei até a porta e fechei a mesma com a chave.

             — Vem comigo. —andei a frente dele, subimos a escada e fomos até o final do corredor, onde tinha um quarto de hóspedes.

             — Chave? —ele pediu.

             — Você vai me fazer descer de novo pra pegar a porra de um chave onde eu nem sei em que caralho ela deve estar! —falei ridicularizada.

             — Vou! Tenho minhas privacidades! —dito isso eu revirei os olhos.

             — Vem comigo, você vai me ajudar a procurar, por que eu não vou fazer essa porra sozinha! —mandei e ele assentiu.

      Fiquei na frente dele e descemos as escadas, entrei no escritório de um dos guardas que tinha a maioria das chaves dos quartos e depósitos que tinha aqui na mansão.

             —  Procura naquelas ali, e depois quando terminar, ali . —apontei pra uma espécie de criado mudo de três gavetas e Justin seguiu até elas. Depois apontei pra outro do meu lado que tinha duas gavetas, que seria onde ele iria procurar depois.

      Fiquei do lado direito procurando e ele do esquerdo. Até que ele se levantou e passou pro meu outro lado. Senti uma coisa roçando em minha bunda. Olhei pra ele furiosa.

          — Vai passar a mão na bunda da tua mãe seu filho da puta! —esbravejei e ele sorriu.

          — Pena que não sou obrigado a nada. —ele brincou.

      Não tive tempo de dar um tapa na cara dele ou gritar, ou falar qualquer coisa pra calar a boca dele ou até mesmo ir embora e ele ficar sem aquela porra de chave por quê ele me roubou um beijo. Filho da puta! Ele me paga! Eu retribui, não vou mentir pra mim mesma, ele beija SUPER bem. E é claro, não é só por quê eu odeio esse cara que vou negar uma coisa que tá na cara, ele é gostoso pra caramba! Desperdício de corpo viu, não podia ter sido pra uma pessoa que tem caráter? Por quê Justin não tem, é o óbvio.
      Ele tinha pego na minha cintura, passou sua mão pela minha bunda e eu só deixei minha mão em sua nuca. Me despertei e parei o beijo de mais de 10 segundos, com certeza.

          — Você ficou louco!? —praticamente eu gritei.

          — Você ficou mais ainda, por ter retribuído. —ele disse rindo.

          — Tá rindo de quê, seu idiota!?

          — Sua boca tá toda vermelha, do batom. —ele disse com um sorrisinho no rosto.

          — A sua também, ridículo! O que aconteceu aqui ninguém, tá me ouvindo, ninguém pode saber! Por mais que eu não confie em você, estou te falando isso. —revirei os olhos e saí de lá.

      Justin me pegou pelo braço.

            — E a chave? —ele insistiu.

            — Me poupe daquela porra de chave que me fez vir até aqui e isso acontecer! —sai de lá com a mão na boca e fui até o banheiro mais próximo.

      Entrei no mesmo e limpei minha boca. Como eu deixei isso acontecer!? Ai meu deus! Eu tô completamente fodida! Como eu fui idiota! Aaah eu beijei o cara que eu odeio! Não tô acreditando nisso. Deve ser um pesadelo. Aff que raiva! Isso foi ridículo! Muito ridículo!
      Sai do banheiro e fui até o quarto de Cait novamente.

          — Vem aqui comigo Hails. —Anna falou e eu segui a mesma.

          — O que foi? —perguntei.

          — Você saiu, e logo em seguida Justin saiu, e você voltou sem batom. E.. Justin acabou de chegar, olha só! Que conhecidência, a boca dele tá meio avermelhada. —ela falou e eu fiquei preocupada, lógico.

      Não respondi ela e fui até Justin e puxei o mesmo pro corredor.

          — Ei, calma Hailey. Quer outro beijo é? —ele veio se aproximando de mim e eu empurrei o mesmo.

          — Cala essa boca! Seu imbecil, vai limpar essa boca, ainda tá um pouco vermelha! —falei um pouco baixo.

          — Sério? —ele disse com um sorriso e tentando limpar com a mão.

          — Muito sério, Anna percebeu! —falei.

          — Nossa, você fala como se nós matamos um cara da policia e a perícia toda tá atrás da gente. —ele falou incrédulo.

          — É tipo isso. —falei e limpei o canto da boca dele que ainda tava um pouco vermelho.

      Ele me roubou um selinho e entrou pro quarto rapidamente. Filho da puta! Eu não posso ficar aqui esse tempo em que eles vão dormir aqui, daqui a pouco ele me convence em ir pra cama com ele! Porra! Por quê eu beijei ele!? Sinceramente, estou pensando em ir pra um hotel ou pra nossa outra casa. Ficar na mesma casa que ele uma semana eu não fico.

          — Senhorita Baldwin? —olhei pro lado e vi uma das empregadas me chamar.

          — Oi? —respondi e me levantei, nem percebi que estava sentada com as mãos na cabeça.

          — Me perdoe senhorita, eu estava passando e vi a senhora no chão, deduzi que estava passando mal. —ela falou.

           — Não, não, eu estou bem, agradeço a preocupação. Mas estou muito bem. —falei.

            — O.k, perdão, vou voltar ao trabalho. —ela entrou no quarto de Caitlin e eu fui pro meu.

      Me sentei na cama e peguei um refrigerante no frigobar. Bebi o mesmo e peguei meu celular. Até que ouvi uma batida na porta.

          — Senhorita Baldwin, tem uma moça insistindo em falar com a senhorita lá no portão. —um guarda falou.

          — Você reconheceu ela de algum bando de mafiosos? —perguntei desconfiada.

          — Não senhorita, e se for, perdão mas não reconheci.

          — Mande 10 seguranças ficarem armados em cada canto do jardim. Fazendo um círculo em volta dela, mas distanciados. Avise a essa menina que estou descendo e é pra ela permanecer lá. —mandei.

      Fala sério, são quase 00h00 e eu tô recebendo visita, me poupe! Ainda mais pessoa desconhecida!
      Fui até o quarto de Caitlin e fiz um sinal pra que Lucy viesse até mim. E assim ela fez.

          — Algum problema? —ela perguntou.

          — Não sei ao certo. Tem uma menina lá em baixo, insistindo em falar comigo, avise a Anna e fiquem nos olhando da sacada, e armadas também, qualquer algo suspeito dêem um tiro no chão do jardim. —mandei e fui pro meu quarto novamente.

      Peguei minha arma e coloquei na cintura, desci as escadas e abri a porta que dava pro jardim. E vi a garota lá me esperando. Realmente, nenhum de nós já tínhamos visto ela. Ela era desconhecida. Fui até a mesma.

          — Meus seguranças disseram que você estava insistindo pra falar comigo. Algum problema? Mas primeiro, quem é você? —falei.

          — Eu sou Selena Marie Gomez, prima da Amanda, e filha do Antony, que agora está morto, como você sabe. Você quem matou Amanda não foi? —ela falou.

          — Sim, ontem sua priminha vadia veio até a minha mansão pra me matar por quê ela achava que Justin, Justin Bieber teria largado ela pra ficar comigo. Sinto muito. Mas não me rebaixo a certo ponto de brigar por homem. Ainda mais um homem que eu odeio. Me desculpe mas não me contive e a matei. E ela deu um tiro de raspão numa das minhas amigas. Não me arrependo de ter matado ela. Mas isso também serve de prova, que se pensar em fazer alguma coisa comigo você com certeza vai se foder de alguma maneira. —expliquei com um tom de voz firme.

           — Querer fazer alguma coisa contra você? Não.. Que isso.. Eu odiava minha prima. Quando eu e Justin ficamos numa festa ela perdeu a cabeça e me bateu, mas é claro que retribui, com certeza ela não era muito boa nos tapas. Sinto muito pela sua amiga. Me desculpe, mas não foi você quem matou meu pai ne?

            — Não. Por mais que eu tenha varias coisas contra ele eu não o matei, e por mais que eu quisesse muito dar um tiro na testa daquele filho da puta.. Não o matei, quando recebi a notícia eu estava em Hollywood. Mas eu sinto muito por você. —falei.

           — Pare com isso.. Eu odiava meu pai, pior pessoa do meu mundo. Minha mãe morreu por conta dele, e desde então eu moro sozinha. Nunca foi uma das minhas vontades viver sobre os comandos dele, ele disse que eu teria de obedecer a ele se morasse junto com o mesmo e foi aí que me mudei. Eu odiava aquele cara, ainda odeio. Que ele queime no inferno. —ela disse rancorosa. Nossa.

           — Bom, de qualquer forma.. Sinto muito, ele tem seu sangue, mesmo que não gostasse dele, é seu pai. —disse.

           — De qualquer forma.. Obrigada. —ela agradeceu.— Sem querer ser informal, você sabe quem matou meu pai?

          — Me desculpe.. Mas não sei se posso falar a respeito.

          — Por favor. Quero muito saber. Como você disse.. Posso ter muito ódio dele, mas é meu pai. —ela insistiu.

          — Quem matou seu pai foi Johnny, ainda não sei dos detalhes. Apenas isso. Cheguei hoje de Hollywood, não procurei saber. —expliquei.

          — Muito obrigada, pelas informações dadas. Tenho que ir. Foi um prazer. —ela se despediu e fizemos um aperto de mão, e então ela foi embora.

      Fiz um sinal com a cabeça pros guardas pra serem dispensados e voltarem pros seus aposentos ou trabalho. Olhei pra sacada pra ver se as meninas estavam lá. Elas me olharam pedindo respostas, e então eu subi.
      Abri a porta e subi a metade das escadas quando Justin aparece. Aff, esse garoto ainda não foi pro quarto?

          — Estava conversando com Selena!? —ele parecia surpreso, eu apenas assenti— Ah, ta. Boa noite. —não queria papo com ele, por mais que eu estivesse curiosa pra saber o por quê dele ter ficado surpreso.

      Subi o resto das escadas e vi as meninas na ponta do corredor.

          — Eaí? Ela queria saber o que? Qual é o nome dela? —Lucy perguntou.

          — Ela queria saber quem matou Antony, e se eu matei Amanda. Acreditam que ela era filha do Antony!? E prima da Amanda!? Fiquei de cara com isso. —falei pras meninas que estavam boquiabertas.

           — Sério!? Não acredito! Nem sabia que Amanda e Antony tinham laços familiares! —Anna falou.

           — Nossa... Ela nem se parece com Antony! Nem um pouco! —foi a vez de Lucy falar e eu assenti.

          — Pois acreditem! E Cait? —pergunte preocupada.

          — Está bem. Sem dor nenhuma, só não consegue mexer bem o braço. —Anna explicou.

          — Meninas, eu vou pro meu quarto, qualquer coisa me chamem! —me despedi e segui pro meu quarto.

      Sentei na cama e peguei meu celular, vi o horário: 01h05 da madrugada. Liguei o ar condicionado, peguei um lençol e deitei na cama.
      Será que aquela garota era mesmo filha de Antony!? Prima de Amanda até me convenceu.. Mas odiar tanto assim o pai.. Vai ver que ele fez alguma coisa pra ela muito forte.
      Outra coisa me chamou atenção, então ela já ficou com Justin.. E brigou com Amanda por causa disso!? Nossa como Amanda era puta demais! Selena Marie Gomez.. Seria mais uma aliada pra mim, ou mais uma inimiga?