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História Crossfire - [21] - Boy in Luv.


Escrita por: noonabi

Notas do Autor



Capítulo 25 - [21] - Boy in Luv.


Fanfic / Fanfiction Crossfire - [21] - Boy in Luv.


Saímos do carro desconfiados, lentamente, não sabíamos nem se era aquele mesmo o local da festa. Diante de nós, havia a mais bela e grande casa do quarteirão. Parecia até um hotel, de tão grande. Na sua entrada, após o enorme portão dourado e paredes cobertas de lindas flores, estendia-se um longo jardim, pelo qual passamos receosos.

Era muito bonito, estávamos sem palavras.

Após um curto período de tempo, começamos a ver os convidados, todos espalhados pelo local. Estavam vestidos como se fossem receber um Oscar. Logo olhei para o meu vestido e senti um peso sobre as costas. Não que estivéssemos em um nível abaixo deles, mas parecíamos bem simples comparados a todas aquelas lantejoulas e paetês.

Cumprimentamos algumas pessoas conhecidas, outros nos olhavam torto, provavelmente porque eu e Thaly éramos ocidentais. Ainda existia esse preconceito vindo de pessoas mais velhas, sempre achando que somos algum tipo de coisa ruim para sociedade.

Depois vimos o Hoseok espalhando sua alegria e seu sorriso pelos convidados e finalmente chegamos a entrar no salão onde aconteceria a cerimônia, Yora estava olhando a mesa cheia de guloseimas, parecia contá-los.

Me aproximei sorrateiramente e tentei dar-lhe um susto, mas a outra jovem, virou antes da hora e acabou me vendo. A unnie estava deslumbrante.

Seu vestido tinha o busto aparentemente bem apertado e uma saia rodada curta, deixando grande parte das suas pernas à mostra. Era dotado de uma cor vibrante vermelha com lindos detalhes dourados. Sem contar os cabelos presos em um coque alto cheios de prendedores brilhantes. Ela parecia ter saído dos contos de fadas.

- Onde está o resto do seu vestido, mocinha? – Ouvi um dos convidados falar a Yora, que parou de me olhar por instantes e apenas sorriu envergonhada.

- Deixou no quarto do meu irmão. Certeza! – Brinquei em um tom em que só nós poderíamos ouvir.

Ela riu alto e concordou.

- Meu Deus, aqui está uma bagunça! E você está tão linda... quem te obrigou a vestir assim? – Ela riu de novo. – Bom, se quiser tem comida por ali, eu estou extremamente ocupada a cerimônia vai iniciar em instantes do lado de fora. Espero vocês lá! – Yora unnie saiu apressada sem me deixar responder.

- Tudo bem, então... – Falei já sozinha.

Olhei para trás e vi Thaly e Jeon se aproximarem. Decidimos ir sentar do lado de fora em cadeiras mais afastadas do altar, para dar oportunidade aos parentes de aproveitar mais o momento.

Era uma decoração muito cheia de flores, bem organizada e altamente chamativa.

Eu e a unnie sentamos na frente do Jungkook que por estar atrás acabou apoiando tediosamente sua cabeça entre nossos ombros. Estávamos a espera da noiva.

- Neffer, já que a gente não está fazendo nada bem que poderíamos treinar o nosso português, não é? – Thaly quebrou o silêncio.

Nossos pais haviam nos deixado ter aulas de português, pois afinal era para ser nossa língua nativa e isso poderia nos aproximar mais da cultura que infelizmente não pudemos conhecer da maneira que queríamos.

- Sim, sim... mas lembre que eu falo muito melhor do que você! – Me gabei.

Ela revirou os olhos. Nós começamos a falar de quão irresistíveis e bonitos eram os primos de Yora. Tão altos, estilosos e simpáticos, quem não ia querer conhecer ao menos um deles? E olha que eram muitos. Em meio aos nossos sonhos e devaneios de amor o Jeon nos interrompeu.

- Ah, parem de falar nessa língua! Eu nunca entendo nada... – Ele disse.

- Ainda bem que não, menino Jeon! Ainda bem que não... – Dei leves batidas em sua cabeça enquanto voltávamos ao hangul.

- Porque aquele cara está olhando para gente? – ele disse depois de um tempo, falando de um dos primos de Yora.

- Ele não está olhando para gente. Ele está olhando para Neffer.

- Oi? Ficou doida? Eu não... – Gaguejei.

- Você não lembra mesmo? É o cara que você pegou na festa! – unnie afirmou.

- Eu o que? – Tossi incrédula.

- Vai lá falar com ele...

- Claro que não e se não for ele? Vai ser extremamente constrangedor.

- É ele, Neffer, eu vi. É impossível esquecer alguém tão bonito. – Thaly botava cada vez mais convicção em suas palavras.

- Ele nem é grandes coisas...- Jeon murmurou.

- Cala a boca. – Eu grunhi defendendo-o.

Os três nos levantamos para pegar algo para comer.

- Thaly quero falar com você... – Jungkook afastou minimamente Thalyta de mim.

- Não, calma. – ela voltou sua atenção para a comida e eu sorri.

- Ei, Nefs! Preciso da sua ajuda – ouvi o Jimin se aproximar.

- O que foi?

- Me empresta o celular? Eu... esqueci de pegar o pendrive para a surpresa...

- Você o perdeu? – O olhei como se dissesse “Eu sabia que ia acontecer”.

- Não, eu sei exatamente onde está, só preciso que alguém o traga até aqui!

Levantei um pouco do vestido e tirei o celular de um bolso embutido da bota que estava calçando. Entreguei o celular e esperei que ele saísse logo.

- O que é? – Perguntei olhando os três que estavam estáticos.

- É... nada. Obrigado! Devolvo depois.. – e o vi se afastar.

- Então, como vai lidar com aquele cara maravilhoso te olhando? – A unnie continuou o diálogo.

- Eu não sei... talvez conversar?

- Sim, já é um começo. – Ela riu.

- Ei, Jungkook. Vem cá, preciso que conheça umas pessoas! – Hobi pronunciou de longe, falando sobre garotas.

- Eu não quero, tenho que falar algo com Thaly agora.

- Você não tem querer, e depois você fala com ela! – oppa falou já pegando em seu pulso.

- Tá bom... Você me espera? – Ele perguntou a ela e a esperou confirmar mas logo em seguida a mesma foi puxada por Yora por um motivo parecido.

A cerimônia já estava prestes a começar quando me vi sozinha em meio a pessoas que não conhecia. O jeito era ir falar com o cara misterioso que coincidentemente estava perto do bar. Me desejei boa sorte e fui.

Passos lentos e curtos, para dar tempo de desviar o caminho. Ele estava com um copo de vinho tinto na mão, olhando para qualquer outra coisa e eu agradeci mentalmente por isso. Seria estranho demais ir em sua direção enquanto olhava para mim.

Ele vestia um terno cinza claro que acentuava seus belos ombros largos, uma camisa simples branca por baixo e uma corrente com crucifixo. Simples, mas sedutor. Quase um pecado.

Tudo o que tinha nele era um motivo para continuar caminhando. Ele era fantástico. Principalmente a boca da qual não pude deixar de notar que ficaria mais bonita na minha.

A poucos metros dele, seu rosto se virou, e ao me ver, arregalou os olhos, incrédulo. Tentando não parecer nervosa, pus o dedo indicador sobre a boca rapidamente, pedindo silêncio e me sentei em um dos bancos altos ao seu lado, como se fosse a primeira vez que o via.

As pessoas não podiam desconfiar que ele havia me visto bêbada, ou melhor que ele havia ficado bêbado comigo em uma festa, não é?

- Lembra aquele compromisso que eu disse que tinha em Seoul? – Ele disse depois de um gole que deu ao vinho.

Eu não lembrava desse compromisso, mas mesmo assim afirmei com a cabeça

- Era o casamento do meu tio. – O mesmo continuou.

- Você é primo de Yora? – perguntei estupefata.

- Você a conhece de onde? – ele devolveu.

- Ela é minha cunhada, a gente meio que mora junto.

- Você é irmã do Hoseok?

- De onde você conhece o Hoseok?

- Ele namora a minha prima...

- Ah é, verdade... desculpa eu estou meio louca hoje... – eu estava extremamente nervosa e sem entender nada.

- Naquele dia em Busan também. – ele sorriu maliciando as prováveis lembranças que passavam por sua mente.

- Hum... a gente pode conversar sobre isso? Tipo detalhadamente. – Pedi para que pudesse entender o que de fato havíamos feito.

- O que você quer saber?

- É que... eu meio que não lembro de nada.

- Eu imaginei... – ele riu de novo. – Então você acaba de mentir sobre lembrar do compromisso.

- Talvez.

- Quer que eu te mostre o que aconteceu em Busan? – O garoto me olhou com um rostinho que já não parecia tão angelical assim.

- Depende profundamente do que aconteceu em Busan. – Tentei não parecer preocupada.

- Quer sair daqui? – ele falou depois de terminar o vinho na taça.

Olhei para o altar no jardim principal e a noiva já havia entrado.

- Hum... a gente deveria prestar atenção na cerimônia, não?

- Nada que já não tenhamos visto em séries e filmes. – ele pegou a minha mão me surpreendendo e me puxou de leve para sairmos.

Olhei para Thaly que de longe me observava e apontei pra ele fazendo mimicas de “MEU DEUS, EU CONSEGUI”.


[16:40]

Enquanto passava pelo jardim para irmos a porta principal da casa vi de relance alguém especialmente familiar. Parecia o Yoongi, mas não me preocupei pois poderia ter visto errado ou algo assim, tinham muitas pessoas parecidas com outras ali.

 E convenhamos que eu tinha algo melhor para fazer do que pensar no Yoongi, certo?

O garoto misterioso me mostrou a casa, passeamos, trocando alguns olhares e ele finalmente me explicou tudo o que tinha acontecido, quando chegamos em uma das tantas salas de estar do lugar.

Eu terminei chocada com as mãos cobrindo a boca.

- Não acredito, Hyungwoo... – Era o nome que o mesmo havia me revelado segundos antes.

- Sim, e a melhor parte foi seus amigos te carregando para voltar para casa – ele disse rindo enquanto pegava outras taças de vinho. – Mas então... com vão os pesadelos?

- Bom... não são tão frequentes, as vezes até me esqueço o que são pesadelos. E em compensação, não lembro de nenhum dos meus sonhos.

- Ah, que pena... e sobre os cigarros? – Ele estendeu uma das taças com champanhe dentro.

- Eu te contei sobre isso também, sunbae? – peguei o objeto.

- Na verdade não... eu deduzi pelo seu comportamento lá. Já passei por isso também. E não precisa me chamar de sunbae..

- E você conseguiu parar? – O acompanhei com os olhos enquanto sentava no sofá em que eu estava

- Não totalmente. Sabe o que dizem, não é? Vícios são difíceis de lidar. Exemplo disso é a história de um homem que passou quinze anos sem fumar, aí a caminho do trabalho passou dois minutos com um fumante no elevador e no fim das contas, voltou a tragar.

- Pois é. As vezes parece que estou tão próxima a cometer o mesmo erro que acabo por ficar paranoica. – Dei um gole. - Mas acho que com mais esforço conseguimos a resistir às tentações.

- Todas elas? – Ele me olhou com um sorriso torto.

Sorri de volta e apoiei a taça na mesinha do lado.

- Algumas são quase impossíveis de resistir, não é? – me deixei levar pelos meus instintos, meu corpo se inclinou em sua direção e o beijei.

Não lembro como foi nosso primeiro beijo, mas acredito que foi tão bom quanto esse. Doce, devagar e apaixonante.

Ao terminarmos a conversa ele me levou de volta para a porta da frente, onde automaticamente me lembrei daquele cara que parecia o Min e pensei: Preciso. Avisar. Thalyta.

Fomos até o salão de festas onde já terminava a dança dos noivos juntamente com os parentes.

Soltei a mão do meu par e o olhei nos olhos.

- Sunbae, espera um momento eu tenho que falar com uma amiga minha.

- Tudo bem, depois você volta... – eu sorri com sua afirmação que mais parecia um pedido.





Notas Finais


GENTEEEEEEE ESSA FIC TA UMA TRETINEA mt top (((((foto das roupas serão postadas no Instagram amanhã ))))


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