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História Crown - Good Bye


Escrita por: Kinaa

Notas do Autor


Opa! Eu não morri! /apesar desse fim de semestre estar tentando me matar pra valer, e o São João também, por causa das fogueiras o ar fica seco e eu fico morrendo q/ Enfim, me desculpem a demora!
Acordei mais cedo hoje pra justamente ver se conseguia postar esse capítulo! Que apesar do nome, não é o final, essa fanfic acabará no capítulo 60!! Já foi decidido! Enfim, espero que vocês gostem, foi bem leve, e feliz até o capítulo ~
Boa leitura~

Capítulo 57 - Good Bye


Fanfic / Fanfiction Crown - Good Bye

Levy POV’S

Resolvi sair de meu quarto acompanhada de Lucy e Wendy, já que era meu último dia na fortaleza em que nasci e cresci, eu precisava me despedir da mesma também, afinal, provavelmente nunca mais a veria. Fomos ao jardim de inverno primeiro, onde foi realizada a minha cerimônia de casamento, apesar de ser um dos momentos mais tensos de minha vida, eu praticamente não lembrava mais de nada do que havia ocorrido. Lucy e Wendy riram um pouco de mim, de como eu parecia completamente embriagada naquela noite, de como dancei com Juvia e no fim, como junto ao meu povo cantei uma canção local pondo a vida de todos nós em risco. Aquele jardim também me remetia a memórias mais antigas e nostálgicas, com meus pais, lá eu brinquei de caçador com meu pai, eu a “caça” tinha de me esconder do “caçador”, meu pai, em meio aos arbustos. Foi lá que também aprendi a jogar xadrez com minha mãe, eu até jogava bem, mas nunca criei tanta afeição pelo jogo quanto mamãe. Nós três juntos fazíamos lanches da tarde juntos, sentados na grama, nos poucos dias de sol de verão que tínhamos. Eram boas memórias, sim, mas esse tempo jamais voltaria, fora perdido em um passado distante, até meio abstrato com o passar do tempo, agora esse passado pertencia aos mortos.

O segundo ponto visitado foi a minha amada biblioteca, acredito que passei a maior parte da minha vida dentro daquelas paredes. Meu pai, fora um amante de livros, enquanto minha mãe limitava-se aos volumes voltados ao governo e a guerra, ele devorava todos os tipos de volumes possíveis. Era como ela sempre ressaltava, eu saíra quase idêntica ao meu pai, e pouco tinha dela, além das madeixas azuis. Acredito que se ela me visse hoje, depois de tudo que passei, talvez até pensasse diferente. Suspirei fundo, tocando os encadernados a minha frente, muitos deles só existiam ali, volumes únicos antiquíssimos de nossa história. Sem dúvida este seria o lugar que mais me traria saudades em minha longa jornada, deuses sejam bons, a meses mal tenho tido tempo para ler um bom livro, imagine agora, embarcada de incerteza com uma jornada traçada pelos longos desertos do sul. Quando,finalmente saímos da biblioteca, o almoço já estava sendo servido na mesa dos nobres, criados apressados corriam por todo castelo, com cheirosas e apetitosas bandejas em suas mãos. Propus então, que fossemos as cozinhas, afinal, precisávamos de energia, e Lucy tinha de alimentar a si mesma e a criança que crescia em seu ventre.

-Vossa Graça! - Exaltou-se o chefe gorducho de olhos arregalados. - É uma honra tê-la aqui novamente, a senhora parece bem melhor… Digo… Bem…

-Estou com um aparência bem melhor sem dúvida, e isso se deve a sua deliciosa comida mestre cozinheiro. - Grunhi cortês, com um sorriso estampado no rosto. - Poderia nos servir porções de sua maravilhosa culinária senhor? Principalmente para Lady Heartphilia aqui, ela tem de alimentar a dois!

-Será um prazer Vossa Graça, basta que espere um pouco, está bem? - Assenti, ainda com um sorriso natural na face, algo que raramente ocorrera nos últimos meses.

Sentamos em uma das antigas cadeiras de madeira, estranhamente rústicas e confortáveis. Lucy demorou até um pouco para se sentar, a barriga dela estava imensa, pelo visto não demoraria muito para que essa criança nascesse. A comida chegou tão rápido, que mal deu tempo de iniciarmos uma conversa, o cheiro era bom e suave, sem dúvida era comida do norte. Essa sem dúvida seria outra coisa que sentiria falta, afinal, os sulistas cozinhavam muito bem, mas costumavam pôr um pouco mais de pimenta do que eu gostaria. Encarei o prato a minha frente com fome e desejo, era uma bela de uma mistura de mandioca cozida com carne e algumas especiarias da terra. Comi rápido como um relâmpago, e pedi outra porção, o que despertou um sorriso em minha pequena e vigilante aia. Enquanto eu comia minha segunda porção Lucy já ia na terceira, comia exatamente igual a Natsu por sinal, me pergunto se a convivência com ele está fazendo com que ela fique parecida com ele. Já Wendy, ela ainda estava na primeira, a pequena comia devagar e graciosamente, parecia mais nobre do que eu e Lucy juntas.

-Para onde vamos agora? - Grunhiu Lucy depois de sua quarta porção, dando-se por satisfeita, para felicidade dos homens da cozinha.

-Eu pensei em visitar a sala do trono, não vou até lá desde a morte dos meus pais. - Disse quase sem pensar, havia meses que não punha os pés lá, quase um ano na verdade. - O que acham? - As duas deram de ombros ao mesmo tempo, e bem, encarei isso como um sim. - Então vamos logo, não tenho muito tempo.

Chegamos rápido mesmo a sala do trono, era incrível como a loira dava pequenos e rápidos passinhos, mesmo parecendo que fosse pender e cair para frente devido ao peso de sua própria barriga. As grandes portas foram abertas por alguns guardas meio desorientados, afinal, eles nunca viram sua Rainha na sala do trono, por mais irônico que isso soe. Dei uma boa olhada ao redor, haviam enormes vitrais nas paredes, o que deixava a sala colorida, e com um ar até místico, era como se ali, estivessemos em um oceano de luzes azuis, brancas e lilases. O trono ficava ao fim da comprida sala, era um cadeirão de madeira branca, no qual, se eu senta-se pareceria uma criancinha nanica. Me peguei imaginando os antigos Reis da dinastia Trier sentados ali, sem dúvida combinavam bem mais com a cadeira do que eu. Mamãe, que era a real herdeira do trono, ficava magnânima naquela cadeira também, parecia uma deusa. Já papai sentava-se ao seu lado, no trono de madeira marrom, já pertencente aos McGarden, ele era tão magnânimo e opulento quanto o branco, era como se os dois acabassem se completando.

-Você nunca se sentou em seu próprio trono não é? - Wendy apontou, encarando com fascínio o grande e belo salão a sua frente.

-Na verdade me sentei no colo de mamãe e papai quando era criança. - Respondi dando um meio sorriso. - Até tentei escalar o trono McGarden, mas acabei caindo na cabeça de papai, e mamãe me pôs de castigo por duas semanas inteiras sem ir a biblioteca por isso. Foi um sofrimento. - Acabei rindo ao me ver falando desses assuntos, tão leves e triviais.

-Você era um pequeno e quieto demônio Levy. - Concluiu Lucy. - Espera-se que crianças que gostem de ler sejam boas e obedientes, esse não era o seu caso.

-Não mesmo. - Disse ainda rindo. - Lembra de quando eu subi na prateleira mais alta da biblioteca? Para pegar um livro velho de geografia! Deuses, papai quase morreu de preocupação nesse dia, e mamãe passou dois quartos de hora me lembrando que eu era a herdeira do trono, a única herdeira, e que deveria cuidar melhor da minha vida, sendo mais responsável pelo reino.

-No fim, foi o pai de Erza que subiu lá para te pegar. - Lucy já estava rindo também. - Sabe o que ela disse quando desceu? - Perguntou a loira para Wendy, que negou ainda séria com a cabeça. - Do que adianta ter uma biblioteca que toca o teto, se nós mesmos não podemos chegar aos mais divertidos e empoeirados livros? - Lucy soltou uma gargalhada. - A Rainha ficou tão furiosa nesse dia, que obrigou Levy a treinar espadas pôs três meses com Erza. A pobrezinha foi literalmente espancada por três meses, e Erza se divertia, e muito.

-Sem dúvida. - Senti um calafrio imenso em minhas costas ao ouvir a voz da Scarlett. - Aqueles foram meses muito divertidos, e sem dúvidas conclusivos: Levy McGarden é uma péssima aprendiz na arte das lutas.

-Erza eu… - Grunhi meio pálida, a ruiva ainda me dava arrepios. - Como você está?

-Agora que essa criatura maravilhosa curou meu Jellal tudo está ótimo. - A ruiva falou altiva como sempre, enquanto agarrava Wendy com força a si, a prendendo no meio de seus seios gigantesco, a menina logo morreria sufocada ali. - Você parte hoje não é?

-É. - Me senti meio desanimada ao sentenciar aquilo em voz alta. -

-A gente te visita no sul, sempre quis visitar o sul, gosto da comida apimentada deles, mas diga, eles fazem tortas de morango? - Tive de rir com esse comentário.

-Gajeel saberia responder, eu não, mas devem fazer. - Respondi ainda rindo.

-Para onde quer ir agora Levy? - Perguntou a pequenina com a voz abafada pelos seios da ruiva que ainda a sufocava. Com toda certeza ela tinha feito essa pergunta pra fugir dali, eu faria o mesmo.

-Que tal para o jardim principal? -

-Deve estar coberto de neve ainda. - Refletiu a loira. - Então precisamos de casacos adequados para suportar a temperatura.

-Posso ir buscar. - Disse a pequena se livrando do abraço de urso de Erza Scarlet. - Podem ir andando até lá, eu encontro vocês no caminho! - A azulada nem esperou a resposta e correu para longe.

Me peguei observando Erza fazendo “biquinho” o caminho todo, pelo visto ela tinha mesmo se afeiçoado a Wendy. Já Lucy caminhava sorridente, como nos velhos tempos, talvez até mais, pois finalmente poderia se casar com Natsu. Senti falta de Lisanna nesse momento, acredito que só faltava ela para completar nosso grupo de amigas, mas a essa hora a albina já deveria estar bem longe dali, seguindo seu destino. Acabei, inevitavelmente me perguntando onde Gajeel estaria. Pois diferente dele, ao sair do quarto não deixei nenhum bilhete. Logo, me senti preocupada, pensando que ele poderia ficar desesperado caso não me visse lá, e algo me dizia para voltar lá e esperar por ele. Mas não me deixei levar, não podia ficar tão dependente dele, tinha de aproveitar minhas amigas enquanto pudesse, e não me tornar uma esposa obsessiva. Respirei fundo e segui em frente, observando a loira e a ruiva, duas garotas infinitamente diferentes uma da outra. Lucy sempre foi mais delicada, feminina ao extremo, enquanto Erza sempre foi esse mulherão, forte e meio bruta. Elas eram como os tronos, meio que se completavam.

Quando chegamos ao jardim principal, de fato ele estava coberto de neve. Wendy não demorou muito para trazer os casacos de pele, eram imensos, e particularmente eu e ela parecíamos anões usando-os. Já Erza, estava altiva como qualquer cavalheiro, e Lucy parecia uma daquelas pinturas de realeza mesmo, bonita e delicada. Ficamos ali, até o anoitecer conversando sobre tudo e todas as coisas. Num agradável e calmo momento, até que o sol se foi, e finalmente chegou a hora de eu voltar aos meus aposentos e me preparar para a partida. Olhei para as três, Lucy já derramava meio litro de lágrimas em seu rosto, e o fluxo simplesmente só parecia aumentar. Wendy, tinha os olhos marejados, a pequenina era orgulhosa demais para deixar suas lágrimas caírem. Já a ruiva, sorria de forma reconfortante, e diga-se de passagem nada assustadora, para mim, o que de certa forma me deixou mais tranquila também. Senti algumas lágrimas escorrerem de meus olhos, e atrapalhadamente juntei as três e as abracei ao mesmo tempo.

-Por favor, eu sei que é longe, mas vão me visitar. - Grunhi em meio ao choro. - Não suporto a ideia de perder vocês para sempre também.

-Eu irei, e levarei a pequena e a loira, vou proteger as duas, eu prometo. - Bradou Erza de forma incrivelmente sonele.

-Obrigada, muito obrigada. - Respondi ainda agarrada a elas.

Esperava que aquele momento não acabasse, e eu pudesse ficar ali por boa parte da minha vida. Mas elas não eram a única parte de meu coração, Gajeel era outra grande porção do mesmo, e por isso sem relutar me desvencilhei do caloroso abraço de minhas amigas. Tomei ar, sorri para elas, e parti para meus aposentos. Para parecer forte, poderia dizer que não olhei para trás, mas não sou uma mentirosa, então confesso, olhei para trás até que minha visão não pudesse mais alcançá-las. Subi todas aquelas escadas de coração pesado, e ao mesmo tempo mais leve, não há como descrever tal sensação direito em palavras, por mais que eu queira. Enfim, quando cheguei ao meu quarto dei de cara com Gajeel do outro lado da porta assim que a abri, meu coração disparou com o susto.

-Deuses sejam bons homem, quer me matar do coração? - Retruquei sem ar.

-Matar você do coração? - Ele ralhou com os olhos serrados. - Eu entro nesse quarto, vejo tudo apagado, não havia ninguém, lençóis desarrumados, roupas pelo chão, a parede da casa de banhos com um imenso buraco de novo. E quem morre do coração é você?

-Opa. - Foi tudo o que eu disse me lembrando que tinha dispensado às criadas, e da aparição repentina de Cana e Bacchus. - Esqueci de escrever um bilhete explicando.

-Eu percebi. - Eu realmente pensei que ele fosse brigar comigo agora, mas ao invés disso ele me envolveu em seus braços. - Graças aos Deuses que você está bem, eu morreria se algo acontecesse com você.

-Desculpa por não avisar nada. - Sussurrei com a cabeça alojada em seu peito.

-Tudo bem baixinha, só fiquei preocupado. -

-Já anoiteceu. - Disse-lhe olhando em seus rubros olhos. - Temos de partir, mas o Lilly ainda não apareceu, vai mesmo deixar ele aqui?

-Jamais. - Mal Gajeel respondeu e a eu vi o brilho da pantera negra mover-se sorrateiramente pelo quarto escuro. - Ele está aqui, fui atrás dele hoje também, e resolver algumas pendências. E quanto a você senhorita sumida?

-Estava com Wendy, Lucy e Erza, mais segura que isso impossível. -

-Realmente, com a Titânia por perto… E a pequena também… - O moreno pareceu ponderar por algum tempo. - Temos de partir, como prometido esta noite, então vamos tomar um banho e nos aprontar, certo?

-Bem, então temos de encomendar a água para…

-Já está ali. - Apontou o homem com toda calma do mundo. - Não deve estar mais tão quente, afinal já está aí a quinze minutos, mas ao menos ainda não congelou. Essa é uma coisa que definitivamente não irei sentir falta daqui.

-Do que? - Franzi as sobrancelhas. - Banhos?

-Do frio baixinha. - Riu meu marido enquanto me respondia.  - Do frio, eu gosto de tomar banho sabe? Ainda mais com você… Gehee. - Seu riso malicioso me fez corar como uma maçã.

-Não seja ganancioso. - Tentei falar de forma séria, mas ainda sentia meu rosto queimar. - Não temos para isso agora… E… - Ele me calou com um beijo caloroso.

-Se não quiser isso agora tudo bem, deve ter sido ruim para você ontem. -

-Não foi ruim! - Quase gritei ao falar. - Digo, não é por isso, é só que, temos pouco tempo aqui. Enfim, tire logo essas roupas homem, precisamos tomar banho.

-Sim senhora. -

Logo me peguei aos beijos com Gajeel na gelada água da banheira, passamos tanto tempo juntos ali, com os corpos quentes grudados um no outro, que os criados vieram bater à nossa porta para nos apressar. Rimos juntos ao ouvir as batidas insistentes, e ele me tirou da banheira em seu colo, ainda aos beijos, e bem, segurando-me firme pelos quadris, não pude evitar de sentir prazer, mesmo por esse breve momento. Com relutância acabamos nos vestindo, ele com seu habitual traje negro, e eu com uma das camisetas cinzentas de meu pai, uma das minhas calças de montaria negra, botas de cano médio, e o cabelo preso em um coque alto e apertado. Em minhas costas havia um felpudo manto de pele tingida azul escuro, a cor de minha Casa, e nas de Gajeel um manto imenso tingido de vermelho escuro, ele era abotoado com um brasão de aço de um raposa vermelha. Definitivamente meu marido era uma visão pitoresca e bela, enquanto eu, mais parecia uma criança maltrapilha em roupas de ricos. Por fim, descemos as escadas vagarosamente, enquanto dividimos nossas malas com os criados que nos acompanhavam temerosos devido a presença da pantera negra ao nosso lado. Seria a última vez que desceria todos aqueles degraus, que por tantas vezes amaldiçoei por serem intermináveis, agora pareciam curtos até demais.

Atravessamos todos os grandes e opulentos corredores da Fortaleza de Magnólia, enquanto eu tentava gravar cada parte da mesma em minha mente. Quando chegamos a área de embarque e desembarque de carruagens, havia bastante pessoas para nossa despedida. Vi minhas aias ali, e novamente despedi-me delas, em seguida, apareceu na minha frente Lorde e Lady Eucliffe, me agradecendo por tudo que havia feito por eles. Depois deles, para o meu espanto veio até mim Mirajane Strauss, ela me agradeceu por salvar pelo menos uma irmã dela, e saiu, séria e fria como gelo. Depois vieram a mim Freed e Locke, e então foi minha vez de agradecer-lhes por tudo. Várias pessoas vieram então, alguns guardas, outros nobres, até alguns camponeses, cheguei até a perder a conta de quantas pessoas foram. Quando eu já estava perto da carruagem, finalmente vi Juvia e Gray, a azulada simplesmente me deu um abraço tão forte que me levantou no ar, e ela fez a proeza de chorar ainda mais que Lucy. Gajeel, ao meu lado, parecia falar ameaçadoramente com Gray, cheguei até a ter pena do rapaz.

-Juvia vai sentir tanta falta de Levy. - Choramingou a azulada. - Mas Juvia vai visitar Levy, ao menos uma vez ao ano! Juvia promete! E vai levar Gray-sama com ela, juntos vamos mostrar todos os anos quantos filhos teremos! E vamos dançar juntas, e comer comidas do norte e do sul! Certo? Você vai prometer que vai cuidar bem do Gajeel, está bem?

-Vou cuidar dele Juvia, eu prometo, e por favor, cumpra sua promessa, já estou até ansiosa pela sua visita. - Disse-lhe retribuindo o mais forte que pude seu abraço, com um sorriso no rosto.

-Entendeu não é cabeça de gelo? - Ouvi a voz de Gajeel ralhar com Gray. - Eu volto aqui e arranco o seu pal se a fizer infeliz, e não vai adiantar fugir eu vou achar você!

-Não precisa disso, acho que se eu a fizer infeliz, ela mesma irá fazer isso. - Grunhiu o azulado intimidado e acanhado. - Mas a questão é, eu jamais irei fazê-la infeliz, eu garanto.

-Acho bom. - Rouquejou o moreno carrancudo. - E você Juvia, se cuide está bem? - Os dois se abraçaram de novo, ficaram junto por um bom tempo.

-Hey Levy! - Ouvi Natsu me chamar alto. - Ei saiam da frente! Mulher grávida e nervosa passando! Ei seu imbecil quer apanhar? Sai do meio!

-Vocês vieram! - Gritei para eles, quando finalmente os vi em meio ao extenso grupo de pessoas ao nosso redor. -

-Pensou que aquilo tinha sido sua despedida final sua desgraçada? - Arfou Lucy tentando em vão recuperar o próprio fôlego. - Aqui estou eu para lhe apertar e chorar ainda mais, droga Levy você não devia ir embora. - Antes que ela terminasse a frase já estava se debulhando em lágrimas.

-Eu sinto muito, mas foi escolha de meu súditos e eu devo respeitá-la. -

-Isso não é justo, eu também sou sua súdita e não quero que você parta. - Insistiu a loira, completamente insatisfeita.

-Não seja egoísta Lu-chan. - Respondi enquanto a abraçava. - Lembre-se você vai poder sempre me visitar, e talvez eu venha ao menos até as Terras da Chuva, para isso, assim fica menos longe, o que acha?

-AINDA É RUIM. - Esganiçou a mulher ao meu lado.- Mas é menos pior, então tudo bem. Ainda vou dar um jeito de você voltar, você vai ver!

-Não liga não Levy, ela ta muito nervosa, os curandeiros dizem que é por causa do bebê. - Natsu disse, estampando serenidade em sua face. - Já até me acostumei com os berros e crises de choro repentinas.

-Idiota, não precisava falar isso na frente de todo mundo! - Retrucou a loira envergonhada. - Enfim, já que você tem que ir, que vá de uma vez então, se não vou acabar te acorrentando na masmorra de meu castelo… Se bem que não é má ideia…

-Fuja Levy, fuja enquanto pode. - Disse o rosado com uma gargalhada. - Você não sabe do que ela vem sendo capaz ultimamente.

-Eu amo você Lucy Heartphilia, e por favor não me esqueça! - Gritei enquanto já subia na carruagem, a deixando para trás.

-E eu amo você Levy! Não ouse me esquecer também! - Ela gritou soluçando em seu choro, ao menos Natsu a mantinha abraçada ao seu lado, sozinha ela não ficaria.

Gajeel já estava sentado na carruagem de madeira escura, Lilly mantinha-se deitado aos seus pés, tranquilo, já ressonava. Ao longe vi Erza Scarlet acenar vestindo uma armadura completa, apenas sem o elmo, de forma que seus longos cabelos rubros estavam soltos ao vento. Ao seu lado estava Jellal, e sentada em seus ombros estavam Wendy, cheguei até a me assustar ao vê-la, afinal a pequena era muito fechada, mas naquele momento, ela chorava tanto que dava para ver secreção escorrendo de seu nariz. Foi então, que não pude mais me conter, e comecei a chorar compulsivamente, sentindo meu coração doer cada vez mais que a carruagem se afastava das pessoas que eu amava. Jamais imaginaria que esse momento iria ser tão dolorido como foi, de forma que, apenas chorei, chorei e chorei encolhida nos braços de Gajeel até pegar no sono.  

 


Notas Finais


E então??? O que acharam? Digam-me suas opiniões xD ~
Muitooooooooooooo obrigada por continuarem acompanhando <3 E eu fico muito feliz que ainda tenho favoritos novos, estamos na marca de 380 favoritos!!!!! Gente é muito gente! E isso me deixa muito honrada e grata a vocês <3
Obrigada mesmo, e aviso que quando o semestre acabar, vou escrever os capítulos que faltam, de forma mais concentrada e interessante, prometo! Obrigaada e ate ~


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