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História Cruel Crown - Trinta e Dois


Escrita por: vixxoluxion

Notas do Autor


OEEEEEEEEEEEEEE
Aqui estou eu, maus uma sexta-feira; mais um capítulo
Gente, acho que logo, logo chegamos nas 2K viewssssssssssss (AAAAAAAAAAAAAAAAH)
PS: fiquei muuuuito feliz com a recepção do trinta e ummmm <3 valeuu
Obrigadão <3

Capítulo 32 - Trinta e Dois


Fanfic / Fanfiction Cruel Crown - Trinta e Dois

Chase dormia com a cabeça sobre o peito de Tao, com uma das faces encostadas nele. Ela estava com um lindo sorriso no rosto, as bochechinhas rosadas, as costas nuas a mostra, e uma das mãos também sobre o peito dele. O lençol branco cobria desde a lombar até os pés da garota, que vivia um sono profundo.

Se ele pudesse, estaria fumando um cigarro e observando a fumaça se esvair, como naqueles filmes antigos, mas Chase odiava cigarros. Com todas as forças. Aquela fora uma das melhores noites da vida de Huang. Ele olhava para o teto branco, aquela monotonia que trazia paz aos seus pensamentos e ideias.

Huang deu uma risada sem som, ao lembrar-se da conversa que tivera com Chase antes de ela dormir:

—Eu nunca tinha visto... Aquilo lá... – ela se referiu ao preservativo.

—Não? Como assim? – ele perguntou em meio a risadas curtas. – Você nunca pegou uma, com seus primos ou primas, por curiosidade?

—Não... Eu só as vi na televisão, para falar a verdade e... Normalmente elas aparecem lacradas, então...

Aquilo fora engraçado. Chase era muito pura, e não forçava isso, nem ao menos tinha vergonha. Não só visão de Tao, mas na visão de todos aqueles rapazes, o mundo seria melhor com mais pessoas como a Srta. King – nobres, boas, leais, humildes, honestas, esforçadas e puras.

Por alguns instantes, Huang pensou em Sehun. Por Deus, Chase amava aquele garoto. Tao estava certo de que ela amava os dois, se não igualmente, quase do mesmo jeito. Um dia, seja quando fosse Chase teria de escolher entre um ou outro, mesmo que já houvessem se passado meses ou anos. Por mais que ele amasse Chase King tanto quanto qualquer outra coisa, ele se sentiria feliz se ela escolhesse Sehun. Ele era bom, era seu amigo, e na visão dele, o rapaz realmente amava Chase. Não ficaria alegre e saltitante, mas aceitaria e ficaria feliz.

Após afastar Sehun de seus pensamentos, ele idealizou como seria ter uma vida com Chase. Filhos, emprego, casa. Não tinha nada fixo em mente, mas reconheceu que seria muito bom. A única coisa ruim talvez fosse a total devoção que ele tinha ao seu trabalho. Eram quase quatro da manhã. 

No sonho de Chase, tudo estava completamente perfeito. Seu pai e sua mãe estavam sentados, cada um, numa das pontas da mesa. De um lado, sentavam-se ela, Bruce e Thomas; do outro estava Lizzie, Tao e Sehun. Eles comiam um tipo de risoto especial, parecia ser um jantar de domingo.

Mesmo sonhando, Chase não tirava da cabeça o que acontecera entre ela e Huang. Aquilo fora maravilhoso. Muito melhor do que ela tinha pensado que seria.

Normalmente, ela se sentiria desconfortável e até envergonhada, mas o calor de Malibu fazia com que ela dormisse nua tranquilamente. A parte do corpo dela que estava sobre Tao estava bem aquecida, já o resto do corpo estava refrescado, confortável.

Finalmente, depois de quase uma hora pensando na vida, naquela noite e no futuro, Huang fechou os olhos e caiu num sono profundo, relaxante e pesado. Ele e Chase dormiram com pequenos sorrisos nos rostos, aquecidos um pelo outro.

(...)

—Tayiang. Tayiang. – A moça cutucava o corpo do rapaz. — Huang. Tao. Ei. – ela chavama lenta e preguiçosamente.

Chase acabava de abrir os olhos – seu despertador e o despertador de Tao tocavam. Ela cutucou mais um pouco, e como não obteve resultado, desencostou seu rosto do peito dele e deu um beijo na testa dele, que abriu os olhos por um segundo e deu um sorriso.

—Já temos que ir? – ele gemeu totalmente preguiçoso.

—Sim – ela disse e se cobriu com parte do lençol, pois ainda estava despida. 

Quando pegou o celular, quase teve um troço. "47 alarmes perdidos", "12:00". Cada hora, desde as nove, tinha quatro alarmes programados – um às 9h00, outro às 9h15, depois 9h30 e por último 9h45, repetindo a mesma sequência de repetições até a hora que alguém acordasse e desativasse. Eles não escutaram nenhum alarme desde o primeiro, das nove horas da manhã. Era meio dia e eles acabavam de acordar! Estavam extremamente atrasados.

—Ah, meu Deus – ela murmurou. – Sr. Huang, já é meio dia! – exclamou.

—O quê?! – ele quase gritou, pegou o celular e teve a confirmação de que era meio dia e de que perdera quase cinquenta alarmes. — Céus! E agora, Hailang?!

—Vamos nos arrumar! 

—Quê?! Ficou doida? Agora já é tarde. Não podemos mais ir, ela não estará lá. Sei disso por experiência própria – ele suspirou e passou a mão pelo cabelo amassado e desajeitado. Após ficar um pouco mais calmo, ele mordeu os lábios pretensiosamente. – E então... Como foi?

Ela, que estava de costas, sentada na ponta da cama, enrolada no lençol, olhou para trás de relance e sorriu:

—Foi maravilhoso – ela disse bem baixinho. – Foi um milhão de vezes melhor do que eu tinha imaginado – riu sem jeito.

—Hum, sério? – ele se sentiu orgulhoso de si mesmo, talvez. – Bem, eu posso dizer que foi a melhor noite da minha vida.

Chase soltou um gritinho infantil e superfeminino, pulando em cima de Tao, com o lençol e tudo. Ela se aconchegou no peito dele de novo, sorridente, corada, com os olhinhos fechados. Ele a abraçou, sorrindo, com os olhos apertadinhos, quase fechados. Ele beijou a ponta da cabeça dela, sentindo seu corpo morno e cheio de curvas contra o seu.

Ela levantou a cabeça para poder olhar para ele, que aproximou o queixo do pescoço, para poder olhá-la. Eles se beijaram calorosamente. Já tinham perdido a hora mesmo, pouco importava se eles ficariam ou não o dia inteiro ali, juntos, fazendo nada.

Ela correu o dedo desde o umbigo até o pescoço de Tao, lenta e suavemente, sem tirar os olhos escuros dos olhos puxados do rapaz, que por sua vez tinha o olhar fixo nos lábios dela.

Ela comprimiu os lábios suavemente, e ele mordeu seu lábio inferior. A perna esquerda dela ficou entre as compridas pernas dele, a mãozinha branca e ágil repousando sobre o lugar onde ficava o coração de Huang e os olhos fixos na boca dele.

A mão dele estava sobre a lombar dela, e a outra segurava suave e carinhosamente o rosto de porcelana da moça pálida.

—Tem mais daquelas coisinhas aqui? – ela apontou para a gaveta do criado mudo suspenso na parede. Tao deu risada. Ela ainda tinha vergonha, e não perderia tão cedo.

—Sim, tem mais "coisinhas" – ele zombou. 

Ele esticou o braço e abriu a gaveta, retirando um preservativo num pacote preto e dourado.

—O outro não era vermelho e preto? – ela perguntou confusa.

—Era sim. Mas tem vários tipos diferentes.

—Ah... Entendi.

Ela sorriu para ele inocentemente. Não deixaria de ter vergonha e de ter toda aquela pureza de uma hora para a outra, e ele ficava feliz com isso. Tanto ele, quanto ela própria sabia que Chase não estava fazendo aquilo por prazer – escolhera fazê-lo porque amava Huang Zitao.

—Quer que eu apague as luzes? – ele perguntou para ela, pois queria saber de suas preferências.

—Você é quem sabe – ela sorriu e se desenrolou um pouco do lençol, mas ele ainda a cobria.

Ele apagou apenas duas lâmpadas de LED, deixando o quarto um pouco mais escuro, mas não tanto, já que ainda era possível ver tudo.

—Tao.

—Chase.

—Eu amo você.

—Eu também amo... Você.

(...)

—Jongdae! – Srta. King gritou e foi de encontro ao amigo, que arrastava uma mala bem grande, seguido por um staff com outra mala menor. Ele usava óculos de sol muito escuros.
Eles se abraçaram e caminharam juntos até o local onde Tao estava sentado, lendo uma revista, esperando por eles.

—Tao! – Chen exclamou feliz em ver o amigo.

Os dois se abraçaram brevemente e trocaram algumas palavras. Eram seis horas da tarde, mais ou menos, e Chen era o primeiro a chegar. Suho, Xiumin e D.O. acabavam de aparecer, voltando com três caixas e seis copos da Dunkin Donuts. Eles cumprimentaram o amigo, felizes em vê-lo também.

—Então alguém vai fazer vinte anos amanhã, não é? Como crescem – Chen brincou. – Eu trouxe seu presente.

—Está em uma de suas malas?! – ela disse animada, como um cachorro fica ao sentir a chegada de seu dono.

—Claro. Se você tentar olhar, eu não vou te dar – ele ameaçou, endurecendo a expressão por alguns instantes, mas logo sorriu.

Ela bufou, porém acabou sorrindo. 

—O que houve com seus olhos, Chen? – ela perguntou.

—Nada demais...

Ela praticamente arrancou os óculos do rosto dele e viu aquelas duas bolas inchadas e vermelhas que eram os olhos de Kim Jongdae. Desesperada, ela colocou de volta.

—O que foi que eu falei sobre voltar inteiro? – ela reclamou, com a expressão tensa e séria.

—Acho que vai passar logo. Quando passar, vou fazer minha cirurgia de correção. Miopia e astigmatismo – ele bocejou ao terminar.

—Acho bom – ela beijou a bochecha dele.

Ao longe, pode ver Kris e Luhan, que acabavam de chegar. Tinham ido quase juntos para Paris, para participar cada um de um projeto. Eles foram recebidos com abraços dos amigos e beijinhos de Chase, que era a mais feliz em vê-los. Foi um pouco estranho, por conta da presença de Huang e Kris no mesmo local, sem querer trocar muitas palavras ou olhares, mas não era tão ruim, para falar a verdade.

Logo, ao longe, Chase observou dois seres: um alto e outro mais baixo; um deles usando óculos e boné, acentuando suas orelhas de abano; o outro usando uma camiseta larga que chegava ao meio das coxas e óculos escuros não tão escuros assim. Chase, a maluca, correu para encontrar os amigos.

—CK! – Byun gritou e largou as malas, para receber o abraço da amiga da melhor forma possível.

—Baekhyunnie! Senti sua falta – ela respirou fundo e sentiu o cheiro gostoso do cabelo dele.

—Eu também, branquela – ele murmurou e finalmente se soltaram.

—Chanyeol-ah! – ela cantarolou e pulou para alcançar o pescoço do rapaz das orelhas grandes. Quando seus corpos se chocaram, ele produziu um leve grunhido de dor.

—Baixinha! – ele cantou o apelido de volta, dando um beijo no nariz dela. – Vinte aninhos amanhã ,não é mesmo?

—Pois é.

Ela se afastou devagar dos dois, observando objetivamente os corpos dos dois. Baekhyun estava com uma cara horrível de sono e cansaço, e Chanyeol parecia estar andando de modo estranho.

—O que fizeram com vocês? – a voz dela tomou um tom grave.

—O de praxe. Baekhyun está morto de cansaço e eu machuquei o quadril... Nada muito sério – ele bocejou.

Chase fechou a expressão, brava. Não estava brava com eles, não mesmo, só estava desapontado e triste por estarem assim, danificados. Não podia se esquecer de que eles eram quase escravos da SM Entertainment.

Foram juntos e encontraram os outros, cumprimentos aqui e ali, comendo donuts e bebendo derivados de cafeína. Eles não trocaram muitas palavras, nem tiveram como conversar muito, pois logo Lay chegou. 

Chase correu graciosamente até ele, que a abraçou com cuidado, pois estava usando um daqueles braceletes de apoio para o pulso. Ela contraiu a mandíbula.

—O que é isso, Xing? – ela segurou o braço dele com cuidado.

—Eu machuquei. Nada grave. Vai passar logo – ele explicou e ela suspirou um pouco mais brava agora. 

Ela o ajudou a levar as malas e se juntaram aos outros. Eles deram abraços em Lay e lhe ofereceram guloseimas, mas ele não aceitou, dizendo que já tinha comido muitos pacotes de Lay's no avião.

—Por Deus, o que eles estão fazendo com vocês? Estão horríveis – Kris riu, mas estava preocupado, para falar a verdade.

—Ah, você sabe bem – Chanyeol riu também, por mais que ele não estivesse lá essas coisas de feliz.

—Todos sabemos. – Baekhyun disse, sem esperar para bocejar. Estava acabado.

—Se Sehun e Kai chegarem com um arranhão eu vou chutar o balde – ela cruzou os braços, sentada ao lado de Tao, encostado a cabeça no braço dele, que sorriu. Baekhyun, Luhan e Kris observaram a cena com pequenos sorrisos. Eles pareciam felizes, Tao e Chase.

—Ih, estou achando que você vai chutar o pau da barraca então, Cake – Lu apontou para a direção oposta, e Chase resolveu olhar, como todos que ali estavam. Sua boca se abriu um pouco e a marca de expressão foi acentuada, juntando as sobrancelhas.

Ela correu para os dois últimos a chegar, correu apressada, nervosa. Abraçou os dois de uma vez, com a cabeça entre os ombros dos dois. Ela beijou a bochecha de Kai e se esforçou para beijar só a bochecha de Sehun. Oh Sehun estava com cara de sono, mas era uma cara de sono exagerada, absurda, como se não descansasse há dias. Kim Jongin estava mancando. De novo. Por dentro, a mamãe lobo rosnou.

—Por que eles não pegam e esfolam vocês vivos de uma vez? – ela reclamou, de costas para eles, levando uma das malas de qualquer um dos dois.

—Não é para tanto, Chaz – Sehun disse e se espreguiçou. – Eles não são Bolton.

—Bolton? Vejo que alguém andou fazendo a lição sobre Game of Thrones – ela deu um microssorriso.

Eles se juntaram ao grupo, houve uma sessão de "ois" e abraços. Eles comeram o resto dos donuts e beberam um pouco das bebidas, conversaram e então seguiram para os táxis. Baekhyun e Chase pegaram o mesmo táxi, mas antes se despediram de todos com um breve e harmonioso "até amanhã" dito ao mesmo tempo. Ok, antes Chase dera abraços apertados em todos eles, para matar a saudade mais um pouco.

Dentro do carro, Baekhyun repousava a cabeça descabelada sobre o ombro de Chase, que fazia carinho no rosto dele, sem olhá-lo realmente. Sentira muita falta de seu confidente.

—E aí? Alguma novidade? – ele praticamente miou bem baixinho. Pobre rapaz, ele estava destroçado, precisava de um bom banho e de uma poderosíssima boa noite de sono. Com certeza.

—Algumas...

—Fale, que eu estou ouvindo. Por mais que não pareça – ele bocejou mais uma vez. Ela estava morrendo de dó dos meninos.

—Certo... Magni-Roth deu um carro de aniversário para o Thomas... Ah, antes disso, levamos o menino para fazer a tatuagem da família – ela contou e Baek sorriu ainda encostado nela.

Chase começou a corar muito depressa – a novidade mais importante, aquela que ela não poderia deixar de contar estava na ponta da língua, mas ela estava MORTA de vergonha.

—Chase... Tem algo mais? – ele disse, com claro tom de suspeita na voz. – Eu sei que tem, nem se dê o trabalho de dizer que não, você é uma péssima mentirosa. A pior do mundo.

—E você é telepata – ela resmungou com ironia. A vergonha transbordava pela boca dela.

—Pare com isso, resmungona. Diga logo.

Antes de dizer qualquer coisa, o carro parou. Eles pagaram e desceram com as malas do pobre e exausto Byun Baekhyun. Eles entraram na casa e ele foi se arrastando até o sofá, onde se jogou, largando as malas no meio da sala. Ela revirou os olhos sorrindo.

—Você vai falar ou não vai? – ele perguntou molenga, com aquele sorriso transbordando curiosidade e pretensão.

—Certo... Vou contar – ela se sentou ao lado do corpo molenga e desajeitado sobre o sofá. – Eu e o Tao...

—O quê? – ele abriu os olhos.

—Hm, nós... Nossa...

—Hã? – ele virou a cabeça para olhar direta e perfeitamente para ela.

—A gente... Meu Deus, eu não consigo falar – ela sussurrou a última parte.

—Chase? Vocês...?

—Você sabe... Eu não quero ter que falar... Não isso... Ugh. – Ela escondeu o rosto numa almofada aleatória.

—Chase?! – ele finalmente se ergueu completamente. A dúvida e a curiosidade começavam a pinicar o rapaz. Ele estava pensando em poucas possibilidades, mas mesmo assim, estava curiosíssimo.

—É exatamente o que você deve estar pensando – a voz dela soou abafada pela almofada. O rosto dela queimava como sei lá o quê.

—CHASE KING?!

—SIM, BAEKHYUN! SIM! É ISSO MESMO! – ela gritou.

Baekhyun explodiu em riso. Estava feliz como se um plano de sua autoria tivesse dado perfeitamente certo. Ele até bateu palmas, o que não agradou a moça, que tirou o rosto da almofada e o fitou com um olhar propriamente ameaçador.

—Isso é sério?

—Sim. Juro.

—Quando?!

—Ahn, ontem... Digo, começou na quinta-feira... – a vergonha deixava a moça um pouco confusa.

—Céus! O que mais?

—Duas vezes – ela murmurou o mais baixo que pode, mas ele pode ouvir bem.

—Não! – ele abriu aquele sorriso duvidoso.

—Sim...

—Não! – ele repetiu, desacreditado e impressionado.

—Juro. – Ela ergueu as mãos.

—Só pode estar brincando!

—Não estou. – ela finalmente conseguiu abrir um sorriso, logo após suspirar e fechar os olhos por um curto intervalo de tempo.

—Jesus, não está mesmo! – ele comemorou e os dois se abraçaram. – E então, como foi?!

—Incrível. Perfeito. Maravilhoso – ela suspirou. 

—Caramba! – ele gritou.

—Shhh!

—Ei, doida, ninguém vai ouvir!

—Mas precisa deste escândalo todo, Baek?! Eu, hein.

Ele riu. Estava feliz por eles, de verdade, mas pensou em Sehun por alguns instantes. Logo balançou a cabeça e afastou o pensamento.

—Puxa vida, eu saio de casa por menos de duas semanas e olha o que acontece – ele zombou dela, que atirou a almofada contra o rosto dele. – Caramba, Srta. King... Uau. Bem... Vou tomar meu banho e dormir. Nossa – ele ainda estava impressionado.

Ele deu um beijinho no nariz dela e foi em rumo ao quarto. Chase se atirou deitada ao sofá agora vazio. Olhou para o teto branco e abriu um sorriso incrivelmente bonito. Minutos depois, acabou pegando no sono, por mais que não fosse realmente tarde.

(...)

—Parem de dizer que é um apartamento! Só pelo fato de ter a entrada suspensa com uma escada e não ficar totalmente no chão não significa que é um apartamento – Lu reclamou, falando rápido e alto demais, pois estavam falando sobre sua casa. – Ela ainda está dormindo?

—Está. E eu deveria também – Baekhyun disse olhando para sua imagem na tela ao invés de olhar para a webcam, pois estava ajeitando o cabelo bagunçado.

—Está tudo perfeitamente organizado, só falta decidir onde vai ser! – Sehun disse.

—Sim, sim. Vamos decidir agora e mandar mensagem para as garotas, os amigos e a família dela – Suho disse.

—Todo mundo já está sabendo, mas a gente deixou logo o local para a última hora. Genial – Kyungsoo protestou.

—Certo. A maior casa é a do Luhan, não é? – Tao perguntou e a maioria assentiu. – Então façamos na casa dele, ué.

—Por mim – o dono da casa em pauta disse. – Só não quero ninguém no meu quarto. Ninguém. 

—Tranque o quarto, então – Xiumin disse com tom de ironia ou talvez zombaria. – Ninguém vai entrar no seu santuário. – Luhan revirou os olhos e fez uma momentânea cara feia para Minseok.

—Então está feito. Mandem mensagem para todo mundo que ela ia gostar de ver numa festa – Chanyeol disse. – Todos.

Eles concordaram e se despediram. Como estavam acabados, comunicaram àqueles que julgaram ser "todos" que Chanyeol disse. Logo depois de se certificar de que não estavam esquecendo ninguém, foram todos, sem exceção, dormir, afinal estavam cansados.

Baekhyun estava com o sono leve, mas dormia deliciosamente em sua enorme cama, encolhido na mesma, porém estava muito confortável. No entanto, para destruir sua paz, o celular começou a apitar e vibrar. Ele abriu um dos olhos e grunhiu. Pegou o aparelho, desbloqueou e foi ver o que estava acontecendo.

Xiumin acabara de dizer que recebera um e-mail do manager deles. Segundos depois, todos disseram que também haviam recebido. Baekhyun foi olhar sua caixa de entrada e avistou o pequeno ícone da mensagem do manager.

—O que será que é agora... – ele murmurou, falando sozinho.

Quando abriu o e-mail e correu os olhos pelo texto, seu rosto tomou uma expressão de "oh, Céus".

"Isso é sério?", foi a mensagem do sonolento Baekhyun.

"Sim", Suho respondeu.

Todos os atuais membros do EXO começaram a discutir sobre o que dizia o conteúdo daquele e-mail. "Eu não vejo problema nenhum, mas... Tem duas coisas", Kyungsoo começou, mas outra pessoa seguiu seu pensamento.

"Eles são crianças... Bem, o mais velho tem dezessete anos... Mas de qualquer modo. E outra: será que a Chase vai querer eles lá?", Xiumin indagou. "Acho que ela vai adorá-los! Ela contou que viu as fotos e gostou... Acho que já sabe até os nomes", Sehun respondeu a pergunta de Minseok.

"Certo, então tudo bem. Amanhã vamos levá-los para a festa. Eles estão vindo para o meu hotel, vou recebê-los daqui a meia hora", Suho falou.

Todos se despediram, e quem podia, voltou a dormir. Era quase meia noite. Baekhyun, finalmente, pegou no sono bem depressa, um sono pesado e relaxante. Amanhã, seu trabalho seria distrair Chase durante o dia para que pudessem arrumar tudo. Todos eles estavam cientes de que ela já sabia que estavam armando algo, mas, de qualquer forma, queriam fazer algo legal e inesquecível para a amiga.

(...)

—Eu sei que vocês estão todos ocupados demais me distraindo enquanto arrumam as coisas, mas, sinceramente... Shopping? Eu não gosto de ir ao shopping com nenhum de vocês – Chase disse à Baekhyun, e então deu uma grande mordida na casquinha do sorvete de baunilha.

—Só por que nos param de vinte em vinte minutos?! Ah, tenha dó. Isso é só pelo fato de não estarmos na Coréia. Na Coréia não dá nem para andar direito – ele reclamou, mas compreendia a "chatice" dela, afinal não era realmente legal ser parado toda hora e ficar vendo seus amigos tirando fotos e eventualmente tendo que tirar algumas delas. – E aí? Recebeu algum textinho, homenagem no Instagram ou coisa do tipo? – o rapaz perguntou.

—Vários. Recebi textinhos (meio grandes) de todos vocês, de Jackson, Hyuk, Yoongi, Hoseok, de Evan, McG, Müller, Angie, Hyden e Le Roux. O Ravi, Wonsik – você escolhe – postou uma foto (sem marcação, para não dar problema) e me avisou para eu ir ver; minhas primas e primos postaram fotos e videozinhos legais com registros antigos das minhas palhaçadas, recebi VÁRIAS mensagens... E Lizzie ligou – ela abriu um sorriso radiante e puramente alegre.

—Que bom! E como ela está?!

—Bem, aparentemente. Está sem entrar em coma há quatro dias, graças a Deus. A velha disse que não vai embora sem ver o filho antes – a moça riu da determinação de sua avó.

—Se Deus quiser – ele disse e eles viraram numa das galerias mais vazias do shopping. – E então... De quem foi o texto mais bonitinho? Depois do meu, é claro – ele brincou, mas de verdade, para Chase, o texto dele fora um dos mais fofos.

—O seu realmente merece o primeiro lugar, Byun. Tem mais de mil e cem palavras, poucos emoticons, piadinhas e milhares de coisas fofas. Obrigada, de verdade – ela apertou o braço dele. – Então... Lhe darei um dólar se acertar os dois mais bonitinhos – ela lançou o desafio.

—Certo, CK... Vejamos... Tao? Tao e Sehun? Acertei? – ele quis saber. Gostava de ganhar desafios, de vencê-los e superá-los, por mais bobos que fossem.

—Pior que não. De verdade, as mensagens deles foram as coisas mais meigas do Universo, acho que cada um tinha a frase "eu te amo" repetida cinquenta vezes, mas não foram os deles. Dou-lhe mais algumas chances – ela pediu e ele pensou mais antes de prosseguir.

—Vocês são bem amigos, então... Sanghyuk e Hoseok? Talvez McG e Müller... Hyden? Já que agora ela gosta tanto de você? – ele fez uma sequência de chutes.

—Errou. Suas chances acabaram querido. Os dois textos mais fofinhos e meigos que recebi, depois do seu, é claro, foram os de Le Roux e, rufem os tambores! – ela pediu e ele batucou a própria perna, sorrindo. – Park Chanyeol!

—Channy? É sério? – Byun pareceu surpreso. – Ele deve ter escrito como música e mandado para você.

—Quando as palavras falham, a música fala – ela mencionou. – Foi muito fofo. Ele agradeceu umas quinhentas vezes, disse que me amava, e que nunca queria me perder, que eu era como uma irmã para ele, mais do que uma amiga, e que não via a hora de assistir One Piece comigo.

—Ah, desse jeito ele te ganhou fácil! Brincadeira – ele riu.

Eles nunca falaram somente disso, como um assunto principal, mas Chase sabia bem que havia algo entre os dois. Poderia ter acontecido no passado ou estar acontecendo no presente, mas havia algo, por mais que eles ficassem com algumas garotas eventualmente – afinal celebridades não têm como namorar sério e não serem descobertas. "ChanBaek", ela sorriu ao lembrar.

Eles andaram até uma loja de eletroeletrônicos, que era enorme, eram capazes de se perder nela. Deram algumas fotos e deixaram uma trilha de fotos por todos os notebooks, tablets e smartphones em exibição naquela loja. Se alguma fã algum dia visse aquilo, ia ficar louca. Chase sorriu, mas logo ficou um pouco triste, por lembrar de que amanhã, na segunda-feira, EXO voltaria à rotina – viagens, reuniões, eventos. Aquele domingo deveria ser perfeito, por mais que ela não pudesse dar toda a sua atenção só para eles.

—Venha, vamos comprar sua roupa de aniversário – ele começou a puxar a moça pela mão.

—O quê? "Roupa de aniversário"? Perdão. Mas eu já tenho uma boa quantidade de roupas, e todas ainda estão novinhas! Não preciso de novas, Byun.

—Não interessa CK. Hoje nós vamos comprar uma roupa especial para hoje à noite. – ele segurou os ombros dela. – Pense no sacrifício que a maioria lá estará fazendo por você: uma festa, num dia de domingo, à noite, que com certeza irá até altas horas – ele disse, ao lado dela, como se fosse sua consciência. – Vamos comprar uma roupa 'da hora' para você. Escute o que estou falando – ele piscou.

—Céus, está bem. Você me convenceu. Mas é UMA roupa, UM conjunto; nada de sair com cinco sacolas de cada loja – ela pediu. Realmente, ela não era fã de ir às compras.

—Conheço você, sua não-consumista. Nem que eu quisesse, conseguiria fazer você sair com mais de três sacolas, você é muito religiosa quanto à isso – ele reclamou dela. – Enfim, vamos logo, não temos todo o tempo do mundo. – Ele começou a empurrá-la para a galeria das grifes.

(...)


Notas Finais


:))))))


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