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História Cruel Despertar - Capítulo 2


Escrita por: AnaLestrange

Notas do Autor


Olá, leitores. ♡
Agradecida pelos comentários e favoritos! Obrigada 😘
Segue aqui, outro capítulo!

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Cruel Despertar - Capítulo 2

A luz ainda queimava em meu rosto, mas não tive coragem de abrir os olhos.

Quando eu era pequena, minha mãe sempre contava histórias de como o céu era lindo, e tudo era perfeito. Mas quando o Charlie morreu, não consegui mais imaginar isso.

- Ela está acordada?

Fui acordada dos meus pensamentos de como era o paraíso, quando ouvi uma voz de mulher. Comecei a imaginar que estava numa espécie de purgatório e estavam me esperando para julgar meus pecados e eu ir para o inferno, quem sabe.

Me assustei com a idéia.

- Não sei. Ela se mexeu agora à pouco. - Agora era a voz de um homem.

- Vamos deixá-la dormir. - ouvi alguns passos indo em direção oposta a minha. Será que os anjos tinham me deixado?

Tentei mexer minhas mãos e meus pés, mas estava tudo muito rígido e eu não sentia quase nada. Uma sensação esquisita passou por todo o meu corpo.

Quando abri os olhos, varri minha visão pelo lugar, e definitivamente, não estava no céu.

Aquilo mais parecia um inferno. Haviam papéis de parede desbotados e velhos em toda a extensão do quarto, quadros e almofadas sujas  estavam depostos em todo lugar, e havia um cheiro de mofo insuportável que achei que ia vomitar.

Tentei me levantar e sair dali, mas meu corpo todo estava travado e logo deitei novamente. Após tentativas e mais tentativas,  consegui me desvencilhar da cama, meu corpo estava cheio de marcas e ematomas e logo me lembrei do que havia deixado aquilo.

O medo me abateu, se aquele era um lugar dos caras, estaria ferrada pra sempre. Levantei abruptamente pensando em fugir dali, o que me fez cair no chão. Com um baque ensurdecedor a porta começou a se destrancar e me esquivei para à  parede.

Uma homem abriu a porta, e me viu no chão.

- Olha só quem acordou. - Tentou me agarrar o que só me fez grunhir, era pra ser um grito, mas minhas cordas vocais estavam secas e não conseguia produzir som algum.  Comecei a esbofetá-lo com o resto da força que ainda existia em mim. - Calma. AI! - continuei batendo.

Uma mulher de cabelos grisalhos logo entrou no quarto. Olhou de mim para o cara grande que estava tentando me pegar.

- Michael, pare! Ela acordou. Deixe que eu cuido dela.

O cara chamado Michael me soltou e saiu, deixando-nos a sós.

- Olá, como você se sente? - ela falou. Sua voz era calma e por incrível que pareça, me transmitiu uma certa calma. Então, parei de me mexer. Não respondi e só continuei olhando para ela.

- Ah! Me desculpe, os maus modos. Meu nome é Margaret, tome, beba isso.

Ela me entregou um copo d' água e ficou me olhando com um sorriso no rosto, bebi toda a água, sentindo aquela sensação magnífica! Parecia que havia séculos que não tomava água, que sede que eu estava.

Ela continuava a me observar e falava de uma forma tranquila.

- Esse quadro foi meu filho mais velho que me deu, antes de ir para à  Guerra. Ele era fascinado por quadros. - ela suspirava, e fitava as imagens nos quadros.
 
- O que aconteceu com ele? - sem me dar conta, perguntei. E baixei a cabeça em reflexo, o que me causou uma tontura.

- Ele morreu. - ela fungou, mas logo sorriu e me olhou. - Agora que você falou, como está se sentindo?

Achei que não dava mais pra continuar com aquilo de não falar nada, e tinha algumas perguntas para fazer, muitas perguntas, na verdade.

- Estou me sentindo bem. Quer dizer, eu acho que sim.

- Que bom, ficará melhor depois que comer. Você passou muito tempo inconsciente, o soro não tinha muitos nutrientes. - ela permanecia sorrindo, algo em seu olhar me lembrava Danielle, o que logo apertou meu coração.

- Que-que lugar é esse?
Ah, esse é o Chalé das Conchas. Quer dizer, a Maria chama assim, então só aderimos.

- Como eu vim parar aqui?

- O Ben te trouxe. Você lembra de algo?

- Mais ou menos, quem é Ben?

- Benjamin é o meu filho. Ele te encontrou quase desacordada depois que alguns homens estavam... - ela parou de falar e olhou pra baixo.

- Me estuprando. - continuei séria - Então, eu não morri? - minha voz tinha desapontamento.

- Oh, não, não, não! Graças a Deus, não! Ele chegou bem a tempo.

Fechei os olhos. Mas que desgraça!  Agora eu estava em um lugar que cheirava a mofo, com uma velha que sentia falta do filho. Droga!

- Você precisa contar a minha família, eles estão preocupados! - ela desviou o olhar. - Por que estou aqui? Por que não me levaram ao hospital?

- Não podíamos, Annie. Era perigoso demais para você.

- Perigoso? Espera aí, não falei meu nome, como você sabe? - ela olhou pro lado e não me respondeu. - Isso é um sequestro? - estava gritando.

- Não, shiiii! Não sequestramos você!

Ela continuava a falar de forma calma. E eu comecei a gritar pedindo socorro. Ela só me encarava e continuava a pedir que eu ficasse calma. Eu estava perdendo minhas forças, na tentativa falha de fazer alguém me ouvir. Então logo lembrei do nome daquilo, "Conchas". Que merda! Provavelmente estávamos em uma das pequenas praias perto das montanhas, ninguém nunca ia ali. 

Em uma última tentativa de fazer alguém me ouvir, empurrei uma das almofadas que estavam perto de mim, e minha coxa bateu na lateral da cama. Senti um estalo na região da perna posteriormente e uma dor exorbitante, seguido de um grito fino de dor que logo dei.

- Oh meu Deus! - a mulher chamada Margaret gritou e olhou para minha perna. Foi até o criado-mudo, trazendo de lá uma seringa.

- Não encosta isso em mim!

Consegui gritar pra ela parar, mas já era tarde demais.

Senti a agulha perfurando a pele do meu braço e então tudo ficou escuro novamente.


Notas Finais


OLAAAAAA! E aí, o que acharam?
Terá muitas revelações nos próximos capítulos, não percam *-*

Até a próxima!


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