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História Cruel Despertar - Capítulo 3


Escrita por: AnaLestrange

Notas do Autor


Oii gente. Vim mais cedo. Não se assustem se não estiverem entendendo muita coisa, a idéia é essa. Não tô enrolando, e nem fumei a pedra Filosofal kkk mas o desenrolar da história vai contar tudo. SÓ NÃO DESISTAM, OK??? obrigada ♡

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Cruel Despertar - Capítulo 3

Quando acordei, tinha certeza de três coisas:
A primeira era que eu ainda estava viva, e isso era óbvio.
A segunda, que estava em uma  porcaria de um lugar que não sabia onde ficava.
E a terceira, que ter uma perna quebrada doía muito.

Ninguém entrou mais no quarto, e comecei  a achar que tinham me deixado sozinha. Mas quando ouvi passos atrás da porta, descartei a idéia. 

A velha Margaret entrou de novo,  com uma bandeja com copo d'água e pão. 

- Coma isso. Sua perna, está melhor?

- Por que não me diz porque diabos estão me segurando aqui?

- Annie, não estamos segurando você, a porta está aberta, se quiser ir, vá. -  olhei a porta para ver se ela estava falando a verdade. - Mas antes, vai precisar falar com o Benjamin, ele quer conversar com você.

- Eu não conheço nenhum Benjamin! O que ele quer comigo?!

- Você deveria agradecer, se não fosse por ele você estaria morta agora.

Arfei. Se o que aquela velha estava falando fosse verdade, eu deveria agradecimentos a esse tal de Benjamin, seja ele quem fosse.

- Então me explique o porquê de eu estar aqui e não em minha casa, ou no hospital!

- Não sei se sou certa para isso, o Ben irá te explicar. Logo ele estará aqui. E por favor, não grite mais.

Fiquei quieta. Bebi a água e comi o pão, meu estômago se revirou ao ver comida. Depois de alguns minutos fiquei melhor. A velha continuava a cantarolar no quarto, espanando os quadros velhos.

Um baque de porta se abrindo ao longe a fez sair do transe.

- Ah! Olha só quem chegou! É o Benjamin! Vou avisar a ele que você está acordada... e sem gritar.

Ela deu um sorriso sinico e saiu. Alguns instantes depois a porta do quarto voltou a se abrir, revelando um homem mais pouco mais velho do que eu. Seus cabelos eram pretos e lisos, sua boca era grossa e seu corpo definido. Ele sorriu quando me viu, eu apenas o olhei. Alguma coisa nele me lembrava alguém. Na verdade, ele me era familiar.

- Fique onde está. - falei para ele quando começou a se aproximar de mim.

- Ah, me desculpe. A Margaret me falou que você ficou assustada com o Michael. Por causa dos homens daquela noite, não é?

Ele falava de modo sereno, mudei meu olhar. Não queria lembrar daquilo.

- Então, você vai me contar tudo? Por que eu estou aqui?! - perguntei um pouco bruta.

- Porque você estava mal. - me respondeu.

- E por que não me levaram pra casa?! - gritei.

- Era muito, perigoso...

- Perigoso? O que é perigoso? Por que não me conta logo de vez?!

- Está bem.

Fiquei o encarando esperando respostas, ele continuou.

- Bem, eu estava indo em direção a Tiverton, naquele dia. Mas havia faltado gasolina, e como outro posto era mais distante do que voltar, decidi retornar. Foi quando ouvi alguns gritos, e decidi saber o que era. Avistei você e mais aqueles caras, aqueles imbecis! - ele deu um soco na parede - e eu conhecia alguns. Aqueles filhos da puta são procurados pela polícia,  já haviam feito de refém algumas garotas em outras cidades. Eu iria atrás deles... - ele rangia os dentes a cada palavra - Então eu vi você, estava quase inconsciente e sem vida, e eu simplesmente não podia te deixar ali, foi então que eu te trouxe pra cá.

- Por que não me levou ao hospital?!

- Porque você estava morta, Annie. - ele baixou os olhos.

- MORTA? EU!?

- Se você não parar de gritar serei obrigado a te dar outra injeção que te fará dormir por um bom tempo. 

O encarei. Ele continuou.

- Sim, você estava morta. Eu te levei ao hospital mais próximo, e juro, Annie, eu corri para a merda do hospital mais próximo, mas você sangrava e vomitava sangue. Muito sangue. - Agora era ele que estava quase gritando, engoli em seco - aqueles filhos da puta te mataram!

- Mas eu estou aqui! Como podem ter me matado?

- Me desculpe pelo que vou te dizer agora, Annie. Era a única saída.

Esperei ele falar, aquela cara era louco, era a única razão.

- Então quando chegamos ao hospital, você não estava mais respirando, tentei te animar, mas era tarde demais, seu coração havia parado de definitivo. Eu tive que tomar uma decisão, eu sabia quem era você e aquele não poderia ser seu fim, então te levei a Tribo Storm.

- Tri, o quê?

- Os Lendários da Tempestade.

- Você só pode estar de brincadeira, isso é uma lenda! - Eu ri.

Os Lendários da Tempestade era uma espécie de conto que os mais velhos contavam para nos assustar. Era a história de que há muito tempo, uma pequena vila de agricultores, foram acusados de Magia negra, e expulsos da zona rural de Londres. Como não tinham para onde ir, foram para Clovelly. Minha mãe me contava que eles pegavam as crianças que não queriam dormir, levavam elas as plantações escondidas e transformavam-nas em espantalhos. Ou fazia elas virarem milhos e depois comiam. Aquilo era contos para as crianças dormirem. Pelo menos, achava isso até agora.

- Não, não é. - Ele respondeu e eu engoli em seco. - Eles existem, e eu sou um dos descendentes. Através de muitos anos de perseguição nosso povo se reduziu, e hoje em dia vivem em um vilarejo, onde só nós podemos saber onde fica. 

- Mas você não parece com nenhum deles.

- Tire as lendas da sua cabeça, Annie, ninguém lá é tão feio como contam, só o Sam.

Sem perceber, dei um sorrisinho. E logo voltei a expressão séria.

- Não queriam te ajudar, mas insisti, então fizeram o Ritual de Renascimento. Annie, você voltou. Mas não pode ir até a sua família, pelo menos, não agora. É muito perigoso, e você ainda não está totalmente recuperada. Escute, o ritual é uma forma de trazer os mortos de volta à vida, mas esse é um processo que dura algum tempo. Você ainda está machucada e precisamos esperar até que a Lua Cheia comece para o ritual terminar. - Eu estava atônita, e ele me olhava inexpressivo. - Você não é mais você agora. Existe uma parte sua que pertence a tribo, e uma parte da tribo, que pertence a você.

- Você está louco! Meu nome! Eu não te contei! Como sabe?!

- Os anos te fizeram esquecer do meu rosto, e do meu nome, Annie. Mas talvez o Charlie não estivesse esquecido de mim.

Fiquei paralisada.

- Co-como você... Você conhecia meu irmão?

- Eu era o garoto que brincava com você e seu irmão quando éramos pequenos. O garoto que sua mãe proibiu o Charlie de ver. Eu era o filho da "esquisita". O que ninguém gostava.

Então eu lembrei de tudo.

Quando era mais nova, o Charlie sempre brincava com um garoto, minha mãe não gostava, mas não falava nada. Um dia uma cabra da fazendo do Gary foi morta, colocaram a culpa no  Charlie e no amigo esquisito dele. A cabra havia sido morta de um jeito sinistro, sua cabeça ficou pendurada em cima de um grande estábulo, e as pessoas se perguntavam como duas crianças haviam feito aquilo. Eles dois sempre negavam, mas ninguém os  ouvia.

O amigo do Charlie era chamado de Esquisito, até eu chamava. Sua mãe e seu pai eram unidos, e os filhos sempre os obedeciam, mas ninguém dá cidade gostavam deles. Diziam que mexiam com magia negra e ninguém queria chegar perto.

Quando minha mãe proibiu o Charlie de vê-lo, meu irmão se trancou no quarto por alguns dias. E quando finalmente saiu, o amigo dele e toda sua família esquisita haviam partido e ido embora para outra cidade. Algum tempo depois, o Charlie morreu.

Aquilo era demais pra mim.

- Preciso ficar sozinha.

- Estarei aqui do outro lado, se precisar.

E saiu, me deixando só.


Notas Finais


E aí, tão entendendo mais ou nada ainda??? rsrs ♡
calmem rsrs sei o que estou fazendo!

NÃO DESISTAM!!!

BJOOS XOXO ❤😘


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