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História Crush - 01. Primeiras Impressões


Escrita por: hyein

Notas do Autor


Olá, pessoal! Esta história será pequenina e terá no máximo quatro capítulos. Mesmo assim espero que gostem dela e que venham visitar os próximos capítulos.

Agradecimentos especiais à bela, jeitosa e sempre bondosa Lullaby da Silva Nunes Carvalho por ser a melhor beta de sempre e atender-me a qualquer momento. Realmente nem sei o que faria sem ti - e sem a Rainforest Ri Ha Cautela Park.

Capítulo 1 - 01. Primeiras Impressões


Fanfic / Fanfiction Crush - 01. Primeiras Impressões

Respirou profundamente o ar de Londres, os cheiros de novas comidas, novas possibilidades e novos sonhos. Park Shin Hye desde que se conhecia como gente sempre quisera viver em Londres. E, depois de dois anos horríveis, finalmente conseguia realizar o seu grande sonho. Sorriu esperançosa enquanto atravessava as portas para a Primark, observou cuidadosamente o ambiente à procura de um cachecol que ficasse bem com o seu oufit do dia. 

Por alguma razão tinha estado tão entusiasmada que se esquecera do quão fria a Europa poderia ser durante o Outono. Escolheu um com bolinhas brancas e fundo preto, pagou-o e depois saiu da loja, colocando-o rapidamente. 

Oxford street era mais que as imagens do folheto, era maior, mais grandiosa que a sua própria imaginação, parecia um país inteiro metido em ruas paralelas de edifícios grandiosos e de bom gosto. O centro de lojas e compras do país tinha todo um charme por si só e Shin Hye apercebeu-se novamente que agora aquela era a sua vida, que agora poderia passear ali as vezes que quisesse sem precisar de se despedir delas. Sorriu, grata por todas as suas aventuras, e entrou em mais algumas lojas antes da hora do almoço. 

Não muito preparada para grandes gastos decidiu comer doces como almoço. Entrou num Starbucks, perto de vários restaurantes de comida saudável, que ficava a poucos minutos do Liberty, o último sítio em que tinha feito compras. Pediu um bagel com compota doce e um bolinho de chocolate, para beber um grande cappuccino com leite de amêndoa. Abriu o instagram para colocar as fotos que tinha tirado durante a manhã, enquanto aguardava o seu pedido. 

- Park Shy Hai? - A empregada parecia confusa enquanto dizia o nome em voz alta, tentou novamente, saindo ainda pior que a primeira vez. 

- Yes! - Levou a mão ao ar e depois levantou-se, pegando no tabuleiro com o pedido. Como instagramer profissional fotografou a comida e a bebida e depois partilhou as fotos com a sua família online. Esperou que as amigas vissem o quão bem e feliz estava por ter saído de Seul e que o seu ex-marido percebesse que ela afinal tinha, sim, sonhos e garra para ir atrás deles. Sorveu deliciada o seu cappuccino e cantarolou subtilmente uma música alegre que a fazia sentir-se em casa. 


*** 

 

Enquanto empacotava as suas coisas em grandes caixas de cartão ouvia a sua mãe reclamar das más decisões que a filha tomara na vida. 

- Como é que deixaste que ele se fosse embora? - Reclamou mais uma vez, enquanto ficava sentada sem fazer nada para a ajudar. - Como é que não viste o divórcio antes de ele o pedir? O que fizeste tu para o teu homem se ir embora? - Levou a mão à cabeça e depois ao pescoço, massajando-o. 

- Mãe, fui eu que pedi o divórcio. - Reclamou pela décima vez nessa manhã. - O que queria que eu fizesse? Continuasse casada com um homem que me trai constantemente e a viver com uma sogra que me odeia e um sogro que gostaria de dormir comigo? 

- Tudo é melhor que o divórcio, querida. - Reclamou. - Como esperas viver novamente depois de um divórcio!? Uma mulher divorciada é sinónimo de má sorte, nunca vais encontrar um novo marido. - Choramingou. - E ainda és tão nova. - Mas não nova o suficiente para não ter filhos, como gostava de apontar a sua antiga sogra. Com vinte e cinco anos, Shin Hye já devia ter tido pelo menos um filho e estar a planear o segundo, afinal, ela e o ex-marido estavam casados há quatro anos. Se a sua sogra a ouvisse quando Shin lhe explicava que o marido não dormia com ela, nunca teria ouvido metade dos insultos que ouviu. 

- Já pensou que eu talvez não queria um novo homem? - Disse mais alto que o necessário. - Já lhe passou pela cabeça que agora não preciso de nenhum homem na minha vida? Que preciso de fazer isto por mim e para ser feliz? E quem lhe disse que planeio ficar em Seul, mãe? 

- És uma invejosa. - Gritou. - Eu devo ter sido muito má noutra vida! Só tive filhas, o meu marido morreu jovem, o meu segundo marido morreu também. - E o terceiro estava para morrer também, se é que ele fingia apenas estar morrer e afinal estava a viver noutro lado, longe daquela enorme dor de cabeça que era a madame Park. - Seis filhas, seis filhas e nenhuma delas me fez realmente feliz como um filho teria feito. 

Era injusto, pensou Shin Hye para si mesma, as suas cinco irmãs mais velhas eram pessoas de bom caracter e boa vida. Shin Ah era casada com um médico, podia não ser filho de um dono de hospital, mas era médico. Também, quem casaria o seu precioso herdeiro de hospitais com a filha de uma vendedora de frango frito? 

Shin Min também era casada, tinha dois filhos e o marido trabalhava num banco. Shin Yoon era enfermeira e casada com um contabilista, tinha três filhos e mais um a caminho. E depois vinha Shin Ri com o seu próprio restaurante de comida tradicional com algum sucesso, poderia não ser loucamente rica, mas era ela quem pagava as dividas da mãe, e ainda os estudos privados do seu único filho. 

E antes de Shin Hye tinha nascido Shin Ra, bonita o suficiente para ter encontrado um marido rico e poderoso, mas depois de casar nunca tinha voltado a casa ou a falar sequer com a sua família. Vendo por este lado, talvez Shin Hye não fosse a pior das filhas e a que tivesse tipo pior sorte, Shin Ra era definitivamente a pior. 

- Mãe, pare com isso! Ajude-me mas é, preciso sair daqui antes que senhorio venha expulsar-me. - Pediu. 

- E vais para onde mesmo? Para onde é que achas que estas caixas vão todas? Eu aluguei a antiga casa, se não te lembras. - Gritou. - Pensei que seriam as minhas filhas a sustentar-me e não eu a sustentá-las. Ai, vou morrer e nenhuma de vocês verdadeiramente me ajudou. 

- Mãe, sejamos francas. Shin Ah é que fez sempre o trabalho todo e que nos ajudou com tudo, desde ajudar nos trabalhos de casa até nos deitar. A mãe estava demasiado ocupada a tentar encontrar o seu terceiro marido e a ser novamente enganada por um homem que não era rico. - Levou uma bofetada. Ainda em choque não esperou pela segunda ou sequer pelas outras todas que a mãe lhe deu. 

- Ingratas, vocês todas são ingratas. Nunca vos deveria ter tido. Devia ter ido com o pai de Shin Ah para o céu e poupar-me de ter filhas horríveis como vocês todas. - Cuspiu-lhe em cima. - Claramente o teu marido tinha razões para nem te querer foder. - E depois foi embora. 

Park Shin Hye caiu no chão com as mãos no rosto marcado de vermelho, os soluços foram seguidos por lágrimas e em segundos tinha a visão turva. A sua mãe conseguia ser horrível. E pensando que tudo começara porque ela não queria arrumar umas quantas caixas. Levantou-se, limpando a cara com as mangas da camisa. Pegou numa série de livros da estante, pronta para atirá-los para uma nova caixa. De um deles caiu, então, um panfleto. 

- Bem-vindo a Londres. - Leu em voz alta. - O lugar das novas experiências e dos novos começos. 
 


*** 
 

Arrumou a sua pequena máquina fotográfica quando saiu do museu Tate. Olhou para lá da ponte e avistou a Catedral de São Paulo. Dali até lá não era uma grande distância, talvez alguns minutos, mas nada que não se fizesse a pé, e o dia estava demasiado bonito para ir de metro. 

Colocou as mãos nos bolsos. O frio congelava-lhe os nós dos dedos e preferia mil vezes não ter que lidar com essa dor. Sorria enquanto observava a bonita cidade dos seus sonhos. Olhava para os dois lados da ponte enquanto avançava num passo calmo e balançante. Avistou um carrinho de amêndoas quentes com caramelo. Levada por um enorme desejo e um cheiro delicioso decidiu parar ali e pedir um saco para ir comendo. O homem não lhe cobrou nada, disse que era um "presente" de boas vindas. Shin sorriu agradecida e continuou o seu caminho. 

- Espere! - Gritou alguém. - Peço desculpa. - Parecia ofegante, teria ele vindo a correr atrás dela? Com um grande sorriso estendeu-lhe a mão. Quando ela não a apertou ele decidiu voltar a falar. - A verdade é que nos encontramos no Tate Museum, ou melhor, eu vi-a e depois de ponderar um pouco achei que devia apresentar-me. - Respirou fundo. - Sabe, aquele momento em que se encontra em alguém e precisa voltar a ver essa pessoa? Isto sou eu no momento. - Sorriu. - Não sabia bem como ou porquê, mas precisava falar consigo. Desculpe se pareço um louco, juro que é a primeira vez que faço isto - Depois de inspirar durante alguns segundos voltou a olhá-la nos olhos. - Olá, o meu nome é Lee Jong Suk e estou irreversivelmente atraído por si.


Notas Finais


Obrigada por lerem!
Comentários, sugestões, criticas e dicas são sempre bem-vindas.


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