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História Crush! Crush! Crush! - Capítulo Único


Escrita por: ScaryMah

Capítulo 1 - Capítulo Único


Hermione correu, correu incansavelmente a ponto de não sentir os músculos das panturrilhas latejarem, nem os pulmões implorando por mais ar. Correu, pois talvez essa fosse a última chance de lhe explicar o que estava sentindo de fato, o que estava escondido em seu coração havia muito tempo. Parte dela sabia que tudo poderia dar errado, como já tinha acontecido, mas depois do beijo que ela havia roubado de Malfoy, nada mais era importante. Ela iria esconder mais a fundo todos seus sentimentos, e explicaria que aquele beijo havia sido um erro que nunca mais cometeria.

Ela avistou o menino sentado na escadaria em frente à porta principal do saguão, parecia extremamente entretido fazendo dobraduras com um papel azul royal, ela respirou profundamente. Agradeceu por seus amigos tirarem o dia de sol para visitar Hogsmeade, assim teria boa parte de seu tempo para por um fim no que havia delinquentemente começado.

Ela repetia para si mesma que sua imprudência poderia lhe custar a vida, seu erro ela iria repará-lo e nunca mais olharia na cara de Malfoy.

I got a lot to say to you

I got a lot to say

I notice your eyes are always glued to me

Keeping them here and it makes no sense at al

Eu tenho muito a dizer pra você

Eu tenho muito a dizer

Eu percebi que seus olhos estão sempre grudados em mim

Mantendo-os aqui e isso não faz sentido

 

— Dra... Malfoy. – Sua voz saiu falhada e tão fraca que podia jurar que teria que chamá-lo novamente.

Ela sentiu as costas dele enrijecerem, virou lentamente seu pescoço exibindo seu perfil belo. Encarou-a e riu pelo nariz.

 - O que quer? – Disse virando novamente para admirar os belos jardins da escola.

— E... Eu... Eu só queria dizer que aquilo que aconteceu foi impensável – Sua voz estava rouca – Não sei o que me deu, eu jamais... - Hermione sentiu raiva de si mesma, ela que sempre fora inteligente, prática, maliciosa, estava se submetendo a um papel da qual julgava ridículo.

O garoto se levantou em um pulo, que a fez perder o raciocínio.

— Pansy viu. – Disse indiferente.

Hermione sentiu os olhos arderem. No mesmo momento que um frio invadia seu estômago. Sabia que tudo estava perdido agora.

— Então, é isso que lhe preocupa, não é? – Estava se xingando mentalmente, sentia-se uma idiota. – E eu aqui achando... O fato da Parkinson...

— Ela anda me ameaçando – Draco se aproximou, guardou o papel que já havia tomado forma dentro do bolso da calça – Pansy quer jogar meu pai até nos meus relacionamentos.

A garota ergueu uma sobrancelha, não compreendia o desabafo de Malfoy muito bem. Ela sentia os olhos arderem mais ainda.

A quiet evening alone

Just the one, two

Of us, who's counting on?

That never happens

I guess I'm dreaming again

Let's be more than, this

Nada se compara

Com uma calma noite sozinho

Apenas uma, duas

De nós, quem estava contando?

Isso nunca acontece

Acho que estou sonhando de novo

Vamos ser mais do que isso

 

O menino reparou nas feições da garota, ele deu um sorriso sincero mostrando todos seus dentes brancos.

— Mas o que ela...  – Hermione foi interrompida.

— Eu não paro de pensar em você! – Malfoy desviou o olhar e falou mais alto do que pretendia – E acho que isso está começando a ficar claro. – Ele se aproximou mais ainda da garota, conseguia sentir seu perfume de morango. Parte dele sabia que seu pai o deserdaria. E na melhor das hipóteses, parte torcia para que seu pai passasse a odiá-lo. Ele colocou uma mecha cacheada atrás da orelha de Hermione – Acontece que eu já não me importo mais.

If you wanna play it like a game

Well come on, come on let's play

Cause I'd rather waste my life pretending

Than have to forget you for one whole minute

Se você quer jogar isso como um jogo

Bom, vamos lá, vamos lá, vamos jogar

Porque eu prefiro desperdiçar minha vida fingindo

A ter que te esquecer por um minuto sequer

 

A garota sentia a garganta seca. Estava embriagada pelo cheiro de colônia e pelos lábios úmidos que agora estavam tão próximos do dela, seu raciocínio trabalhava lentamente. O garoto passou os dedos finos na nuca quente de Hermione. O torpor de ambos foi quebrado quando a sineta tocou e vários alunos do segundo ano tomaram o saguão, enchendo-o de risos e conversas.

Draco tirou rapidamente a mão do pescoço de Hermione enquanto ela discretamente tomava ar com dificuldade.

 Eu não me importo – Ele voltou a repetir. –Acho que estou enlouquecendo – Riu sem mostrar graça – Tenho sonhado com você todos esses dias.

— Mas... Eu não entendo... – Hermione realmente não entendia, chegou cheia de coragem para acabar com o caos que havia criado e agora se sentia refém de seus sentimentos.

— Encontre-me próximo da segunda entrada para Floresta Proibida – Disse tirando a dobradura em forma de borboleta do bolso. Puxou delicadamente o pulso fino de Mione, colocou o papel em sua palma e fechou os dedos – Por favor.

Antes que a garota pudesse pensar em algo, o loiro já tomava frente dos alunos e saia do castelo.

Ela sabia que não podia ponderar, tinha em sua consciência que iria de qualquer jeito, fosse o que fosse que ele estivesse planejando precisava descobrir, seu plano havia ido por água abaixo, a menina mais fofoqueira da Sonserina havia visto eles se beijando, e o pior, havia visto Hermione tendo a atitude. Ela riu tapando a boca com as mãos por lembrar da cena:

“ – Precisa de ajuda, Granger? – Malfoy perguntou desgostoso quando os livros de Hermione caíram de seu colo e foram chutados por Pansy antes da garota se juntar aos outros alunos.

— Cai fora! – Respondeu se abaixando para pegar seus exemplares.

Malfoy revirou os olhos e assim que a garota havia se recomposto ele começou a falar, e a falar tanto que Mione estava desconfiada:

— Sabe, se eu fosse você blá blá blá, sangue-ruim blá blá blá...

A conversa inteira ela não levou em consideração, pois reparava nos movimentos dos lábios do garoto, na língua os umedecendo, nos músculos do braço visíveis sobre a camisa branca social.

— O meu pai, como você sabe... blá blá blá...

Seus olhos subiam para encarar os gélidos de Draco, e depois retomavam para a boca do mesmo. Até que já era tarde, quando deu por si, Hermione estava na ponta do pé com os lábios colados no dele.”

Ela riu novamente, mas depois, o choque de realidade foi tão grande que sentia-se enjoada, quanto tempo demoraria para a escola inteira saber? E Harry? Ron? Com certeza a casa que Snape dirigia sabia em peso.

Seus passos tomaram o caminho para a Floresta Proibida, estava apta a resolver isso de uma vez.

Don't you know

That we're all alone now

Você não sabe

Que estamos sozinhos agora?

 

 

Draco estava encostado em um grosso tronco seco, Hermione apareceu com as bochechas coradas de calor.

— Achei que não viesse. – Ele disse se aproximando.

— Eu andei pensando... E...

— Você pensa demais, Granger.

Malfoy a puxou pela cintura e a beijou, dessa vez havia sido um beijo que ele julgou ser “para valer” podia sentir o corpo de Hermione colado com o seu, a língua estava percorrendo cada centímetro da boca da garota. Sua mão puxava delicadamente seus cabelos e trazia o corpo dela para mais perto. Ele a levantou pelas coxas e conseguiu sentir sua pele e calcinha entre seus dedos, enquanto ela entrelaçava as pernas em sua cintura. Estavam fora de si, a única coisa que sabiam é que aquilo era bom demais.

Draco a apoiou na árvore a pressionou seus corpos ainda mais, eles estavam quente. O garoto passava o nariz em seu pescoço e a garota gemia baixinho

— Ma... Malfoy... – Sussurrou.

— Ah, Granger...

E se beijaram novamente.



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