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História Cry Baby - o Conto - Alphabet Boy


Escrita por: CryCliquer

Notas do Autor


Heyy Skeletøn Babies <3
Esse foi um dos capítulos que eu mais gostei de escrever, sem dúvida ta na minha lista de melhores capítulos.
Boa leitura :3

Capítulo 5 - Alphabet Boy


Fanfic / Fanfiction Cry Baby - o Conto - Alphabet Boy

 

Usada, era assim que Cry Baby se sentia depois de seu terrível encontro no carrossel, aqueles eventos só a fizeram acreditar mais ainda que o amor não existe. Primeiro a experiência de seu pai com sua mãe, e agora essa ilusão com esse menino. “Como eu fui burra!”, esses pensamentos ficavam martelando a cabeça da pobre menina, que estava em seu quarto refletindo sobre o ocorrido.

-“Eu nem sabia o nome dele, como eu aceitei sair com ele? Eu deveria ter desconfiado, ele foi muito legal comigo. Mas com aquele corpo ele era irresistível. Para com isso Cry Baby, ele era um canalha, não te merece. Ou será que eu não merecia ele?” – Pensava Cry Baby, até ser interrompida por batidas na porta de sua casa, então ela desceu de seu quarto e foi atender quem estava chamando.

 -Bom dia? – Falou Cry Baby desconfiada.

- Polícia, estamos à procura de Stella Rose. – Falou um policial segurando um distintivo e sinalizando para sua equipe entrar na casa, eles estavam armados. 

- O QUE TÁ ACONTECENDO AQUI? – Grita a menina quando vê um policial algemando sua mãe e arrastando-a para fora de casa.

- Senhora Stella Rose, está sendo presa pelo homicídio do seu marido, tem o direito de ficar calada. 

E em uma fração de segundos, a casa está vazia, os policiais evacuam rapidamente o local e vão para a delegacia, deixando Cry Baby ali, parada e estagnada na sala, em choque.

(...)

(P.O.V Cry Baby)

Minha mãe foi presa, estou nos “cuidados” do meu irmão, já que ele é maior de idade. As férias infelizmente acabaram e agora eu vou ter que ir pra o lixo da escola. Eu acho que não tem como a minha vida estar pior.

Chego ao local, e aquele ambiente meigo só esconde o terror que aquele lugar é. As pessoas nunca são legais comigo e como sempre, eu sou motivo de chacota por meus sentimentos. As pessoas não conseguem intender que tem gente que é sensível?

Estou sentada em meu lugar, até que sinto algo me acertando nas costas, me viro para traz, é um avião de papel, então o pego do chão e olho em volta procurando quem o jogou. Como eu imaginava, é o menino alfabetizado (apelido que coloquei nele), ele estava rindo de mim, é a cara dele fazer essas coisas, ele sempre joga aviãozinho de papel em mim. Abro o papel dobrado e tem algo escrito nele, “Você é bonita”, a princípio fico surpresa, mas basta apenas ler mais abaixo no papel que a ilusão acaba, “Só que não”. Amasso o papel e jogo no lixo.

É sempre assim, as pessoas me iludem, construindo esperanças em mim como blocos de construção só para que depois elas possam me derrubar, já tô acostumada, o menino alfabetizado sempre faz isso, ele não larga do meu pé.

O tempo passa e resolvo comer um doce, estou com fome e o recreio só é daqui umas horas. Pego na minha mochila uma bengala de açúcar. Tudo estava bem até o menino alfabetizado chegar perto de mim e arranca-la da minha boca.

- Vai chorar? Bebê Chorão – Ele disse entre risadas maldosas. Eu ameaço de chorar, mas acabo apenas fazendo uma cara feia pra ele. Eu o odeio tanto, ele me provoca só pra poder me humilhar na frente dos seus amiguinhos.

Chegou a hora da lição, a professora faz tipo uma chamada oral sobre a matéria, e antes que ela possa terminar de explicar o tema, o menino alfabetizado se levanta de sua cadeira e exibe para todos o seu lindo (idiota) diploma:

- Com licença minha ilustre professora, se não se importar eu gostaria de apresentar a todos o meu belo diploma, certificando que eu sou perito nessa matéria. Então a senhora poderia poupar seu valioso tempo e já ir acrescendo pontos extras de atividade na minha grade de notas. – Disse ele ficando em pé e mostrando aquele pedaço de papel idiota para todos na sala.

- Tomara que você morra com esse diploma um dia – Eu disse. Ele poderia ser enforcado por aquele papel, e eu com certeza faria as honras de segura-lo.

- Cry Baby! Isso não é comentário que se faça! – A professora gritou comigo dando uma bronca – E você, parabéns pelo seu diploma, não é a toa que você é um dos alunos mais disciplinados dessa sala, ao contrário de alguns coleguinhas – Ela disse a ele, se referindo a mim como “coleguinhas”. Quando ela terminou, ele olhou para mim e me mostrou a língua, só pra me provocar. Eu odeio ele.

Aquela aula acabou e nós fomos para o recreio, eu peguei minha comida na cantina, escolhi cereal e leite. Me sento na mesa para comer, e então... Aff, ele se senta na mesa da frente, ficando de frente pra mim. Tento ignorar sua presença e apenas lancho em paz, mas então ele começa a abrir o bico e falar comigo:

- Come direito bebezão. - Ele gritou para mim. Eu apenas olhei para ele, olhei para minha comida e peguei uma colher cheia de cereal e comi, babando tudo e mastigando de boca aberta, só pra provoca-lo.

- Eca sua nojenta, parece que o bebê não sabe nem comer sozinho. – Ele diz, se retirando daquela mesa e indo para longe de mim, graças a deus.

O intervalo acaba e nós voltamos para a sala, infelizmente a aula agora é em dupla, e adivinha só quem fica comigo? Exatamente, ele mesmo, o menino alfabetizado. Nós temos que fazer uma redação, escrever perto dele vai ser um saco.

Começo a escrever algumas palavras na folha e ele fica olhando pra mim, até que começa a falar:

- “Aterrorizado” é com Z tá sua burra – Ele fala antes que eu possa terminar de escrever a palavra. – “Nuvem” é com M no final. 

- Olha eu sei os meus ABC’S tá?! Não precisa ficar me ensinando.  – Digo estressada a ele.

- O certo é “eu sei o Alfabeto” Tá?! ABC são só 3 letras dele.

- FODA-SE OS SEUS ABC’S MENINO ALFABETIZADO. – Grito com ele, a professora escuta e olha feio para mim, ela provavelmente vai me chamar na hora da saída, que merda.

Chega a hora de apresentarmos nossos textos, eu fiz uma redação normal sobre coisas que eu gosto, já ele fez um poema. A professora o chama primeiro lá na frente para ler para a sala sua “incrível criação”:

Rosas são vermelhas

Borboletas azuis

Plantações de Abacates

Colheitas de xuxus

A primavera pra mim

É uma estação especial

Todos adoram ela

Até os que estão no hospital

Era isso? Que poema ruim, como todos batem palma pra isso? 

- Que poema mais belo, 10 para você! – Diz a professora. 

Ele sai lá da frente e se senta em seu lugar do meu lado.

- Faz melhor. Pelo visto não é você que tem um diploma de curso de poesia. – Ele disse, e naquela hora eu não me segurei.

- OLHA AQUI, EU QUERO QUE VOCÊ SE FODA COM ESSA POESIA RUIM E ESSE SEU DIPLOMA, PEGA TUDO E ENFIA NO CÚ. – Grito com ele, não percebo que agora toda a atenção da sala está voltada pra mim, acho que chamei muita atenção. Enquanto estou tentando me esconder em minha cadeira de todos, ele pega meu texto e começa a ler, então depois ele pega um dicionário que veio de não sei aonde e começa a folha-lo na minha frente.

- Essa palavra que você colocou no seu texto não está oficialmente no dicionário. – Ele me fala apontando seu dedo para a página do livro. Eu não respondo nada, apenas arranco o Dicionário e sua mão, puxo aquela página e começo a mastiga-la.

-CHEGA CRY BABY, ISSO FOI O LIMITE – Gritou a professora comigo. – VOCÊ VAI FICAR DEPOIS DA AULA. – Apenas escuto o que ela fala e me sento emburrada em meu lugar. Aquele canalha tá rindo de mim, eu vou matar ele.

As aulas vão passando, e a medida que os professores passam lição, o menino alfabetizado faz com que todos em sua volta amem ele e me odeiem.  Chegamos na parte de soletração da aula, onde o professor faz os alunos soletrarem todas as palavras que eles acham importantes. Pra variar ele começa a me provocar de novo.

 - Idiota, I.D.I.O.T.A, é isso que você é – Ele diz, eu apenas o ignoro, mas ele continua – Chorona, C.H.O.R.O.N.A, olha só, mais uma palavra que te define.

- Você não cansa não? – falo desanimada pra ele.

- Ah deixa eu pensar, não. Agora dá licença que eu tenho um campeonato de soletração pra ganhar. – E lá se vai ele, lá para a frente da sala mostrar para todos que ele é mais inteligente que eu, coisa que até eu to me convencendo. Para a surpresa de todos (Só que não), ele ganha, e fica jogando na minha cara que é mais inteligente e etc., eu nem discuto mais com ele, já cansei.

Educação Física, a pior aula do dia, hoje o professor nos deixou livre, mas como não tenho amigos, eu só subi no playground e fiquei sentada lá, enquanto todos jogavam queimada. Estou no meu canto até que ele chega.

- Sabe, por mais que eu te irrite, eu te amo.

- O que você quer? 

- Eu sou o príncipe desse Playground, e eu ordeno que você saia dele imediatamente! 

- Vem me tirar!

- Ta bom – Ele falou, dando os ombros – Ô PROFESS...

-Ta bom, ta bom eu saio. – Digo saindo do brinquedo.

(...)

A aula de Ed. Física acaba e finalmente estamos na última aula do dia, já estou cansada desse lugar, não aguento mais. É Matemática, nós usamos dinheiro de brinquedo pra facilitar as contas, e pra variar, lá vem ele.

- Você tá contando tudo errado, não é assim que separa dinheiro. 

- Olha aqui, você não é meu pai pra ficar mandando em mim!

- Calma boneca, to só te ajudando.

-EU NÃO SOU SUA BONECA! – Grito para ele. Nessa hora o sinal bate, finalmente estou livre! Não, espera, eu tenho que ficar até depois do horário. AAAA EU ODEIO ESSE MENINO!

  Eu já estava colocando minha mochila sobre minha mesa para ficar lá por um tempo, quando ele entra pela porta e vai falar com a professora. Conforme eles iam conversando, ela olhava pra mim, ele deve estar falando alguma mentira sobre mim pra ela.

-Cry Baby, pode ir embora. Seu colega disse que só foi um mal entendido – A professora disse pra mim. Fiquei surpresa, mas aceitei a oferta e sai correndo da sala com minha mochila. Eu já estava quase na saída da escola quando ele me para.

- Hey Cry Baby!

- Tava bom demais pra ser verdade.

- Calma, eu só queria me desculpar com você, olha eu até te trouxe  uma maçã.

- Maçã é a desculpa mais inapropriada que existe.

- Eu também tenho Caramelo. – Ele diz pegando umas balinhas de seu bolso.

- Isso é agridoce pra mim. Por que quer se desculpar? Você me atazanou o dia inteiro, eu te odeio!

- É que... eu...

- Fala logo porra!

- Eu te acho muito bonita, eu me enganei, você é muito inteligente e eu acho que gosto de você – Ele falou, no começo gaguejou, mas depois soltou tudo de uma vez.

- Oi? Você deve estar brincando! - Eu falei dando uma risada sarcástica no final da frase. Ele não respondeu nada, apenas olhou envergonhado para o chão. – Escuta aqui seu molequinho mimado, eu não sou mais uma criancinha, eu não vou fingir que tudo que você fez hoje comigo nunca aconteceu. Me vê crescendo agora e tenta lidar com o fato de que eu te odeio. Soletra meu nome e escreve ela na sua geladeira, assim todo dia você vai lembrar da pessoa que você humilhou. Ah, e vai se foder! - Falo com ele, e derrubo suas maçãs e balas no chão, logo após me viro de costas e saio, finalmente vou para casa! Da onde estou consigo ouvi-lo choramingar, não me sinto mal, me sinto bem até, mesmo que eu tenha perdido uma das únicas pessoas que ligavam pra mim (mesmo ligando do jeito errado), “mas eu ainda o odeio, odeio o Menino Alfabetizado” penso com ênfase, “O meu Menino Alfabetizado” penso novamente, mas dessa vez com um tom mais carinhoso, “Menino Alfabetizado” suspiro ao lembrar de seu apelido pela última vez.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Desculpa por qualquer erro, as vezes passa despercebido.
Então SBs, eu to trabalhando em umas fanfics novas pra vcs, pra n ficar só em Cry Baby. Infelizmente eu ainda não pensei em nada de Joshler (eu queria mt trazer uma fanfic Yaoi pra vcs), me desculpem por isso. Se vcs quiserem, eu posso recomendar umas boas de Joshler pra vcs.
Então foi isso Skeletøn Babies, desculpa essa nota gigante, mas eu prescisava falar sobre isso.
Obg por ler <3


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