História Cry Baby - Mentiras

08/10/2016- sábado 

Acordo e observo o Victor dormindo, cada dia que passa me sinto mais apaixonada por ele, espero que isso não seja um erro, no fundo, meu coração me diz que não é. Ontem depois do role, deixamos Ana na casa dela e minha mae nos trouxe pra minha casa, o Victor estava muito cansado então nem fizemos nada, apenas dormimos.

Agora começo a pensar na atitude da Ana ontem, ela estava estranha, demorou quase uma hora no bar, talvez ela tenha encontrado alguém, mas mesmo assim, ela voltou estranha. De qualquer forma, ela não mentiria pra mim não é mesmo, não, ela não mentiria.

-Bom diaaa - Victor me tira dos meus pensamentos e levo um susto

-Filha da p***- tento fingir raiva mas é inútil, ele me puxa pra perto e me beija, depois levanta, fica um tempo na cozinha e volta com duas xícaras de café. P*** que garoto maravilhoso!

Ana on

Acordo com um pouco de dor de cabeça, não dormi muito bem essa noite, fiquei pensando no que havia acontecido ontem à noite, droga, quem ele pensa que é pra surgir daquele jeito?

Ainda é 10h30, levanto, me arrumo e vou ajudar minha mae nas tarefas de casa, hoje à tarde, Carol, Luana e Maria vão vir aqui fazer um trabalho e pretendo deixar tudo organizado até lá.

Depois do almoço, ouço a campanhia, abro o portão pra Carol que não fala muito, apenas entra e se joga na cama, ficamos conversando por um tempo. Eu queria dizer a ela sobre o Lorenzo mas era muito cedo ainda pra dizer a alguém.

Maria on

Só queria não fazer nada hoje, mas tudo bem, escola em primeiro lugar. Acordei atrasada, já era quase 13h30, e havia diversas mensagens da Luana me lembrando que eu iria dar carona pra ela, respondi e fui tomar um banho. Comecei a lembrar da noite passada, eu estava mal, tinha brigado com a minha mãe, e resolvi sair, encontrei uns amigos em uma praça e fiquei por lá até quase 3 da manhã.

Sai do banho, me arrumei e comecei a apressar minha mae porque precisava que ela me levasse na Ana

-Voce chega em casa quase 4hrs da madrugada e acha que eu tenho obrigação de te levar agora? 

-Eu preciso ir de alguma forma

Discutimos novamente mas ela resolve me levar, desde que meu pai começou a viajar, eu e minha mãe não temos uma relação muito boa. Logo chegamos na casa da Luana que ja está do lado de fora esperando

-Oii - ela parecia animada

-Oi miga- respondo animada porém minha mãe não faz muita questão de conversa

O caminho é curto então chegamos logo na casa da Ana, lá a Luana me pergunta sobre como as coisas estavam em casa e eu apenas digo que está tudo okay, não me lembro de quando havia começado a mentir sobre as coisas pra uma das minhas melhores amigas.

Entramos na casa da Ana e nos juntamos a Carol na cama, era como se todas ali estivessem guardando alguma coisa pois o silêncio reinava e ninguém se atrevia a falar.

Ana percebeu isso e lembrou que precisávamos fazer o trabalho, e foi o que fizemos. Terminamos rapido até, eu fiz um brigadeiro e começamos a conversar. Tudo parecia normal, aquela sensação de antes havia sumido, sim éramos amigas, melhores amigas, não havia mentiras.