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História Cry Baby - Pacify Her


Escrita por: BrookeYoongi

Notas do Autor


Gomenasai!
Me desculpem por ter demorado tanto tempo pra atualizar, é que eu realmente vivi um segundo bloqueio criativo com essa fanfic.

Mas, hoje, em meu maravilhoso (nem tão maravilhoso assim, mas vamos fingir que é sim), aniversário.
Bem, vamos considerar uma Pity Party, só que sem a parte da festa mesmo nakshfjdnd

Enfim, fiquem com esse capítulo, que acho ser um dos maiores, se não o maior, dessa fanfic.
Espero que gostem (^.^)

Capítulo 11 - Pacify Her


Fanfic / Fanfiction Cry Baby - Pacify Her


“She escaped and never was the same
She swayed a boy who had been claimed
And pacified ol' what's her name
Not out of love, just played a game”



Cry Baby havia chegado em casa, infelizmente, sem suas compras em mãos.

Achava que o dinheiro tinha sido gasto atoa, já que havia perdido tudo que comprou com o mesmo.

Mas, para sua surpresa, quando abriu a porta de casa e entrou na mesma, notou alguma coisa diferente no ambiente, embora não soubesse ainda o quê.

Andou até a cozinha, e encontrou suas compras ali, em cima da mesa.

Cry Baby franziu a sobrancelha. Ela se lembrava de ter deixado que elas caíssem, quando perdia a consciência... Então, o que faziam ali?

— Por que demorou tanto? Achei que nunca mais ia voltar. - disse a voz pertencente a mãe da menina, praticamente cuspindo as palavras, e como se elas saíssem com dificuldade. Estava bêbada.

— E-Eu deixei as compras aqui, e decidi sair um pouco de casa... Só isso. - falou a menina, em um tom sério e indiferente. Não iria contar sobre o "sequestro".

— Tanto faz. Agora, vá dormir. - falou a mulher, levando sua garrafa de bebida a boca.

Cry Baby subiu as escadas, revirando os olhos.

— Francamente, por qual razão ela somente bebe? Parece que ela não tem mais nada pra fazer... É inútil, e idiota, talvez. - sussurrou a menina, enquanto caminhava pelo corredor, até seu quarto.

                        ---

Cry Baby conseguiu ver uma sombra humana próxima à porta branca de seu quarto, e arqueou uma sobrancelha.

Depois de alguns segundos observando a sombra - que parecia inquieta, por sinal -, a enrolada finalmente abriu a porta de seu quarto.

— Mary! - falou Lena, enquanto caminhava na direção da enrolada, de braços abertos. - Por que demorou tanto? Eu estava preocupada!

— Ah... Bem... É uma longa história... - falou Cry Baby, enquanto se deixava ser envolvida no abraço da amiga.

— Que bom que está bem... - falou Lena, em tom distraído, enquanto acariciava o cabelo da amiga.

Cry Baby ficou em silêncio, sem retribuir o abraço da amiga por alguns segundos.

Depois de finalmente retribuir o mesmo, Lena se afastou somente um pouco dela.

— Longa história, não é?... Bem, eu acho que tenho tempo o suficiente pra ouvir ela! - disse Lena, dando um meio sorriso, sentando-se na cama da enrolada.

Então, Cry Baby sentou-se em sua cama deitando em seguida na mesma, enquanto colocava sua cabeça no colo de Lena, como um travesseiro humano.

Cry Baby começou a contar a história inteira para a amiga: desde a parte em que o sorveteiro a perseguia até o mercado, até quando conseguiu escapar, ocultando somente detalhes pequenos, como a cor do líquido que o frasco continha, que serviu para matar o lobo.

Por fim, Lena acariciou o cabelo enrolado de Mary, enquanto pensou um pouco sobre a história, até finalmente dar sua opinião.

— É, acho que foi um bom motivo para o atraso... Mas... Você acha que aquele líquido azulado era mesmo veneno, Mary? - falou Lena, olhando para uma parede, levemente distraída.

“Mas eu não disse a cor do líquido... Ah, isso não importa agora.”, pensou a enrolada.

— É. Talvez não fosse um veneno comum, mas de qualquer jeito... Continua sendo veneno. - falou a menina, dando de ombros.

— É, você está certa. - falou Lena, enquanto se deitava na cama também. - Vai dormir agora, Mary?

— Acho que sim... Não dormi absolutamente nada até agora. Estou... Esgotada. - falou Mary, soltando um pequeno suspiro. - E você?

— Bem, eu já dormi, apesar de que eu não preciso disso. Mas... Acho que vou sim. - fala a garota de cabelo rosa e preto, olhando para a enrolada. - Sabe, é entediante ficar sem fazer nada, enquanto você dorme.

— Não acho que seja entediante, já que você é livre para sair nesses momentos, mas tudo bem. - Cry Baby deu um sorriso após dizer tais palavras, e fechou seus olhos.

Lena, no entanto, ficava encarando o rosto de Cry Baby, enquanto acariciava o cabelo da mesma, com um pequeno sorriso recém formado, sendo exibido para qualquer um que quisesse ver.

Após algum tempo, ela finalmente fechou os olhos também, adormecendo abraçada à enrolada.

                         ---

Quando Cry Baby finalmente acordou no dia seguinte, pôde visualizar o rosto de Lena, a mesma ainda estando adormecida. A enrolada deu um sorriso, se levantando da cama com cuidado para não acordá-la.

— Hm... Certo, certo senhor... - murmurou Lena, se mexendo um pouco na cama. O que ela murmurou a seguir, no entanto, a enrolada não foi capaz de entender.

— Ela é fofa até dormindo. - sussurrou Cry Baby, dando um pequeno sorriso sincero, sendo um dos primeiros que dava em um período de semanas, desde que Hope se fora.

— Você tem escola hoje! Ande logo! - falou em voz alta a mãe da menina, enquanto batia fortemente na porta.

— Certo, já estou indo me arrumar, mamãe. - respondeu a garotinha, enquanto balançava a cabeça, como se isso fizesse com que os pensamentos desaparecessem.

— Hum. - bufou sua mãe, enquanto descia as escadas, voltando a tomar um gole de sua bebida.

A enrolada foi até o banheiro, após pegar a roupa que usaria naquele dia: um vestido azul um pouco escuro, meias um pouco longas e brancas, e sapatos pretos, que ela achava ficarem bons com os tons que usava..

Então, a menina ligou a torneira prateada da banheira, esperando que a mesma enchesse, enquanto esperava tal fato acontecer, enrolada em sua toalha.

                        ---

Como a menina já havia se arrumado para a escola, somente arrumou os laços azuis escuros, quase pretos, que estavam prendendo suas marias-chiquinhas.

— Já está pronta? - falou Lena, que havia acabado de acordar.

A garota de cabelo colorido estava esfregando os olhos, e soltou um bocejo, após completar a pergunta que fez à amiga.

— É. E você, acabou de acordar, não é? - Falou a enrolada, rindo levemente da amiga.

— Sim, e não dê risada disso, dona Mary! Você também não fica as mil maravilhas quando acorda, sabia? - afirmou Lena, parando de esfregar seus olhos por algum tempo, cruzando os braços.

— Eu sei, mas isso não deixa de ser engraçado. - A enrolada deu de ombros em seguida, sentando-se ao lado de sua amiga.

Na verdade, Mary não achava totalmente que Lena acordasse com uma aparência feia ou engraçada. Pelo contrário, achava que a amiga acordava bem, comparada ao estado em que ela mesma se encontrava, sempre que acordava.

Antes que elas pudessem voltar a se falar, o barulho do irmão mais velho de Cry Baby batendo na parede do próprio quarto, fora ouvido pelas duas, causando um suspiro na enrolada.

— Ele não consegue parar com esse vício ruim, não é? - falou a enrolada por fim, levando as mãos a própria testa. Seu tom de voz havia soado cansado. - Isso vai acabar com ele...

— Shh. Não precisamos falar disso agora, não é? E, além do mais, talvez ele pare com isso tudo. - falou Lena, segurando a mão de sua amiga, dando um sorriso fofo.

— É, talvez. Não vamos confirmar nada... - falou a menina, levantando-se. - Então, vou descer, antes que mamãe comece a gritar novamente. Certo?

— Certo. Te vejo depois da escola! - falou Lena, sorrindo para Cry Baby.

— Até depois, então! - falou Cry Baby, enquanto saia do quarto.

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A menina desceu rapidamente as escadas, e, chegando ao seu fim, se deparou com a mesma cena de sempre: sua mãe, bebendo o restante da bebida em sua garrafa.

Com tal visão, a enrolada somente foi capaz de dar um suspiro baixo, que, mesmo assim, atraiu o olhar de sua mãe para ela.

— Suspiros irritam, pequena Cry Baby. - falou a mulher, em um tom que definia que ela já estava muito bêbada, e que queria que fosse um tom sério, cujo qual, era impossível.

Cry Baby ficou em silêncio, enquanto olhava para sua mãe. Queria lhe dizer que não se importava se irritavam ou não, e que ela suspirava quando quisesse. Mas, mesmo assim, a garota acabou optando por ficar em silêncio.

— Ande logo, a comida já vai esfriar. - falou sua mãe, enquanto caia no sofá, por causa da sua tontura.

A garota sentou-se em sua cadeira cinza, enquanto começava a comer o seu almoço, que a mãe deveria ter colocado antes de ficar bêbada - se é que ela tinha tempo para tal coisa, o que a enrolada duvidava, e muito, por sinal.

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A garota já caminhava até sua escola, enquanto saltitava pela calçada - e até mesmo pela rua -, em um intervalo de tempo indefinido, que variava entre 10 segundos, ou até mesmo um minuto ou mais.

A menina cantarolava a música de Freddy Krueger, com algumas pequenas adaptações feitas pela mesma, com um pequeno sorriso.

— Um, dois, o lobo mau vem te pegar.
Três, quatro, é melhor você correr.
Cinco, seis, agarre o seu veneno.
Sete, oito, tente não ser pega.
Nove, dez, mate o lobinho.

Cantarolava a criança em voz baixa, soltando risos baixos a cada vez que terminava de cantar a letra da música que criou. Sabia que aquilo soava um pouco errado, mas realmente, ela não estava ligando tanto para aquilo.

                        •••

Após algum tempo, Cry Baby finalmente havia chegado em sua escola. Entretanto, a sua sala de aula estava fechada, a obrigando a esperar do lado de fora.

A menina, então, sentou-se próxima a porta, segurando o vestido, para que não mostrasse sua roupa de baixo.

— ... Você já sabe da novidade? - falou a mesma loira que perturbou Cry Baby em seu primeiro dia de aula, com sua voz irritante.

— Sei do quê? Desembucha logo! - falou uma garota de cabelos morenos, cruzando os braços, enquanto encarava a loira.

— É, Chloe! Fala logo, por favoor! - falou uma garota de cabelos levemente castanhos, em um tom mais puxado para o loiro.

— Aish, vocês não sabem esperar mesmo... - falou a loira, que pelo visto, se chamava Chloe. - Um garoto novo... Vai... Chegar... Amanhã!

— Mesmo?? E como ele é?? - falaram as duas morenas, animadas, em uníssono.

— Vocês vão descobrir isso amanhã... E já vou avisando... Ele é meu. - falou Chloe, sorrindo de um jeito ameaçador para as morenas.

“Mais um garoto?... Já não bastava o garoto alfabetizado?...”, pensou Cry Baby, soltando um pequeno suspiro.

— Pelo menos, espero que ele não seja irritante também... - falou a menina, em tom baixo, soltando um último suspiro.

Então, a professora Minerva finalmente havia aparecido, e levava consigo as chaves da sala. A postura da mesma era amedrontadora e ameaçadora, de certo modo, mesmo que ela somente andasse.

Cry Baby levantou-se, arrumando seu vestido azul com cuidado e calma, esperando a sala ser aberta.

A professora após alguns segundos, finalmente destrancou a porta da sala, entrando na mesma, deixando espaço suficiente para que os outros entrassem ali. Então, todos os alunos finalmete entraram na sala, com alguma organização, embora esta, fosse complicada de ser vista.

                      ---

Nada de interessante havia acontecido nas últimas horas e aulas que Cry Baby tivera, exceto com o fato de que o garoto alfabetizado havia irritado Chloe, o que fez Cry Baby se entreter um pouco.

Chegando em casa, a menina foi direto para seu quarto, e colocou uma camisa branca sem estampa e um shorts, para que se sentisse mais confortável. Em seguida, foi falar diretamente com Lena, que a esperava, sentada em sua cama.

— Finalmente! E agora, vai me contar ou não como foi seu dia? - falou Lena, abrindo um sorriso.

— Foi um pouco legal... O garoto Alfabetizado irritou a Chloe! Você devia ter visto! - falou a menina, rindo levemente, após se lembrar do surto que a loira tivera, quando pensou ter um inseto em seu cabelo.

— Chloe?... - falou Lena, franzindo a sobrancelha. A enrolada tinha se esquecido, de que Lena não sabia o nome da loira ainda.

— Ah, me desculpe... É aquela loira irritante, que eu falei no primeiro dia de aula. Se lembra agora? - falou, enquanto balançava os pés.

— Ah, agora sim... Mas, enfim, aconteceu mais alguma coisa, Mary?

— Bem... Só que um garoto vai chegar amanhã... - falou Mary, balançando os pés, distraída. - Mas Chloe que falou dele... Não deve ser boa coisa...

Você. É. Pessimista. Demais. - falou Lena, fazendo pausas um pouco longas.

— Okay, okay, já entendi. - falou a enrolada, rindo um pouco em seguida.

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Cry Baby havia acordado a cerca de três horas, e se encontrava em sua sala de aula.

O garoto novo havia chegado, e ele chamou a atenção - não somente dela, mas de toda a sala -, pelo fato de sua pele ser bem... Uh... Diferente, por assim dizer.

A enrolada olhava para o garoto de pele azul, e cabelo castanho escuro. Claro, ele era meio "exótico", mas tinha lá a sua beleza.

— Qual seu nome, garoto azulado? - falou uma das garotas da sala, olhando para o mesmo, com um olhar curioso.

— Meu nome é... - antes que o mesmo pudesse completar a frase, foi interrompido por Chloe.

— O nome dele é Hector. Feliz agora? - falou Chloe, enquanto encarava a garota, com um olhar levemente ameaçador.

— Uuh, a-acho que já vou indo... - falou a garota, afastando-se de Chloe e Hector.

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Cry Baby estava em sua terceira aula daquele dia, e não conseguia ficar nem mesmo cinco minutos, sem olhar um pouco para Hector. O que aquele garoto tinha de diferente? Bom, talvez fosse somente seu tom de pele azulado.

— Hey, aquela garota não para de olhar para você. Achei que deveria saber. - sussurrou um garoto, aproximando-se de Hector.

— Mesmo? - respondeu Hector, no mesmo tom, olhando para Cry Baby. - E qual é o nome dela?

— Cry Baby. Ela é a esquisita da sala. - falou o garoto, em um tom um pouco debochado.

— Ela não me parece esquisita. Somente... Tem alguma coisa diferente. - falou Hector, sorrindo. - Acho que vou falar com ela.

Antes que Hector fosse até Cry Baby, a professora Minerva avisou que eles poderiam ir brincar agora, ou descansar.

Cry Baby levantou-se, e foi até o seu lugar ali, que era próximo ao baú, onde ela ficava distante dos outros.

Hector levantou-se, e caminhou até Cry Baby, enquanto Chloe procurava pelo mesmo, sem tanto sucesso para encontrá-lo.

— Oi - fala Hector, sentando-se de frente para Cry Baby, dando um sorriso fofo.

— Oi. É, hum... Eles te desafiaram a vir até aqui, fazer alguma coisa comigo? - Cry Baby falou, em um tom um pouco cansado e tristonho.

— Não! E mesmo se tivessem, eu não teria feito nada com você. - fala Hector, dando mais um sorriso fofo.

— Ah, certo. - fala a enrolada, soltando um pequeno sorriso. - Então... Qual seu nome?

— Hector. E o seu?

— Cry Baby. Você já sabia meu nome, ou não te contaram ainda? - falou a menina, olhando nos olhos do garoto de pele azul.

— Na verdade, já falaram sim. Mas, assim, acho que eu ganho mais tempo para achar assunto, não acha? - Falou, rindo um pouco em seguida.

— Pensando desse jeito, é, até que sim! - fala Cry Baby, rindo junto com o mesmo.

— Você gostaria de brincar comigo, Cry Baby? - falou Hector, de um jeito tímido, enquanto olhava para os globos oculares da menina.

— Hum... - Cry Baby leva o dedo até o queixo, refletindo um pouco, antes de falar novamente. — Bem, como não tenho nada na minha agenda... Sim!

Ambos riram levemente, antes de finalmente começarem a brincar juntos, até que aquele momento acabasse, sendo interrompido por duas pessoas:

Professora Minerva, avisando que a brincadeira acabara, e também por Chloe, que puxou Hector consigo, murmurando coisas que a menina não entendia bem.

                      °•°•°•

Já haviam se passado semanas, desde que Cry Baby virara amiga de Hec - apelido carinhoso que ela havia dado para o mesmo.

Ela já havia lhe dado alguns apelidos, entre os quais, estavam: Smurf, Sonic, Noturno.

Cry Baby sempre ria da reação de Hec, quando ela o chamava de Smurf, ou outros apelidos referentes à sua pele: o mesmo fazia uma cara zangada, e cruzava os braços.

— Por que você está sorrindo, Mary? Está pensando no quê? - falou Lena, curiosa, enquanto mexia em seu cabelo.

— Uh? Eu não estou sorrindo. Você que deve ter imaginado coisas... - disse Cry Baby, fazendo um bico em seguida.

— Não, eu não vi errado, little girl. Sei muito bem o que eu vi. - fala Lena, sorrindo com a reação de Cry Baby, que já era esperada.

— Aah... Bem... Eu estava pensando no Hec, e em como ele fica quando o chamo de smurf, ou coisas assim. Só isso. - fala Cry Baby, olhando para seus próprios pés.

Mary está apaixonadaaa! - cantarolou Lena, pulando na cama da amiga.

— Idiota!...

Após alguns minutos, Lena finalmente decidiu se acalmar, sentando-se na cama da amiga, como se nada tivesse acontecido naquele local.

— Então... Não vai se arrumar para a escola? - fala Lena, olhando para Mary.

— Ah, é mesmo. Quase me esqueci... - Cry Baby fala, começando a recolher a roupa que usaria.

A menina optou por usar um vestido azul, próximo ao tom normal de jeans, com um laço amarelo pequeno na frente, que ficava na cintura. Para combinar, usou laços azuis no cabelo, e um sapato amarelo, para combinar com o laço de seu vestido.

Cry Baby foi para o banheiro, e tomou seu banho, não demorando tanto tempo quanto costumava demorar.

Ela estava ansiosa para ir à escola, e talvez isso fosse por ter um amigo ali. Ou talvez, não.

— Já está pronta? - fala Lena, batendo na porta do banheiro.

— Sim, já vou sair! - fala Cry Baby, terminando de arrumar os laços em seu cabelo, e saindo do banheiro em seguida.

— Você está bonita. Algum motivo especial, dona Mary? - fala Lena, olhando para a amiga.

— Hey! Você devia parar de insinuar essas coisas... - fala Cry Baby, balançando a cabeça. - Só quis ficar assim, somente isso. Mais nada.

— Certo Mary, certo. Agora, vá logo para a escola, sim? - fala Lena, sorrindo. - Você já está um pouco fora do horário, apesar de ter demorado menos para se arrumar.

— Ah, certo. Te vejo depois, Le. - fala a enrolada, depositando um beijo na bochecha da amiga, saindo do quarto em seguida.

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Chegando na sala de aula, Cry Baby pode ver sua professora, Minerva, passando alguma matéria nova no quadro negro, pelo que parecia.

— Sente-se rápido, se não quiser levar uma advertência. - fala Minerva em um tom frio, sem mesmo olhar para a garota.

Sem contrariar, Cry Baby sentou-se próxima à Hec, e tirou seu material de sua mochila, começando a escrever o que estava no quadro.

— Você demorou. Achei que fosse faltar... - fala Hec, continuando a copiar a lição, como se quisesse disfarçar.

— É, acabei me atrasando... Mas, consegui chegar a tempo. - fala Cry Baby, dando de ombros, como se dissesse "eu sei, sou incrível".

                         ---

As aulas haviam se passado, e a professora os liberou para brincarem.

Cry Baby, desta vez, foi para um canto mais isolado da sala, com seu jogo de tabuleiro, sozinha.

Entretanto, não demorou muito tempo para que Chloe aparecesse com Hector, de mãos dadas.

“Garoto triste e cansado vem em minha direção
Segurando a mão de uma garota”.

Eles sentaram-se um pouco afastados da menina, e começaram a jogar um jogo, que envolvia baterem as mãos uma na outra, que Cry Baby não entendia a graça. Ela ficava olhando para Hec, que desviava o olhar da brincadeira, e olhava para a mesma.

Mas, sempre que ele desviava o olhar, Chloe o fazia prestar atenção nela novamente.

Cry Baby lembrou-se de uma coisa, então, pegou um papel e uma caneta, escrevendo no mesmo:

“Amá-la parece cansativo, embora você não ame ela.
Então, garoto, apenas me ame muito, muito, muito.”

Após terminar de escrever, Cry Baby engoliu o papel com cuidado, esperando aquilo finalmente acontecer.

Enquanto Chloe parecia querer se mostrar para Hector, o papel havia finalmente aparecido no colo de Hector. O mesmo o pegou e leu, olhando para Cry Baby em seguida, dando um pequeno sorriso.

Chloe, irritada com a situação, pegou o papel das mãos de Hector.

Após ler o mesmo, a garota rasgou o papel na frente de Hector, jogando as duas metades do papel em Cry Baby.

“Alguém me disse para ficar longe
De coisas que não são suas
Mas e era seu se ele me queria tanto?”


— Acalme ela
Ela está me dando nos nervos
Você não a ama!
Pare de mentir com essas palavras.

Cantarolou baixo Cry Baby, enquanto fechava os olhos, irritada com Chloe.

Depois de algum tempo, a mesma sentiu algo flutuando no local, embora não podesse ver o mesmo. Então, imaginou aquilo que flutuava, atingindo Chloe.

A menina somente se deu conta do que fez, quando ouviu a loira choramingando, fazendo Cry Baby ficar feliz e surpresa com seu feito.

Chloe, olhou irritada para a menina, voltando a brincar com Hector em seguida.

— Acalme ela.
[...]
Eu não consigo suportá-la choramingando.

Cry Baby falou, irritada, e teve uma ideia brilhante, a fazendo dar um sorriso vingativo.

A enrolada pegou as bonecas próximas a ela, começando a tirar suas cabeças, as jogando de um jeito indiferente para outro lado da sala. Tal ação, atraiu o olhar de Chloe - que era de nojo e estranheza -, e o de Hector, que era de um pouco de divertimento.

Cry Baby, aproveitando o momento, virou-se para Hector, colocando as mãos em seu próprio pescoço, mexendo ele para a esquerda e direita.

Chloe a encarava com uma expressão de raiva misturada com nojo, enquanto Hector prestava bastante atenção, ansioso.

Depois de algum tempo, Cry Baby conseguira levantar sua cabeça, assim como fez com as bonecas. Ela começava a rir um pouco, surpresa de que poderia fazer tal coisa, apesar de saber que isso poderia ser considerado normal no lugar onde vivia.

Hector, assim como Cry Baby, começou a rir bastante, pelo que a garota realizara.

Chloe olhava para tudo com nojo, e puxou o rosto de Hec para o dela.

A mesma fez um bico em seguida, se aproximando de Hector. Ela iria beijá-lo.

— Eu não consigo suportá-la choramingando.
Onde está a chupeta dela agora?
E amá-la parece cansativo.
Então garoto, apenas me ame muito, muito, muito!

Cantarolou a enrolada, dessa vez, em um tom que a loira pudesse escutar.

Antes que aquela vadia encostasse os lábios em Hector, uma chupeta vermelha voara até a boca da mesma, a impedindo de continuar.

Então, Cry Baby e Hector começaram a engatinhar um até o outro, ambos sorrindo. Quem sabe eles finalmente fossem ficar juntos, que nem a enrolada desejava secretamente?

Entretanto, Chloe havia aparecido na frente dos dois, de costas para Cry Baby, e de frente para Hector, já sem sua chupeta vermelha.

Hector a encarava, sem entender absolutamente nada da atitude de Chloe. Afinal, por qual motivo ela teria feito essa "barreira humana" entre eles?

Então, Chloe começou a abaixar um pouco de sua roupa, entediada. Entretanto, ela somente havia abaixado o suficiente para mostrar seus seios, um pouco crescidos.

Hector, naquele momento, os observava, impressionado com aquilo.

Depois, a garota somente arrumou sua roupa e seu cabelo, saindo daquela área. Mas ela não estava sozinha. Hector ia junto com a mesma, com um olhar bobo no rosto.

— Acalme ela...
Ela está me dando nos nervos.
Você não a ama!
Pare de mentir com essas palavras!

E assim, Cry Baby fora deixada sozinha mais uma vez, somente com sua tristeza, e sua raiva, que crescia a cada instante.

“Você não a ama...

Pare de mentir com essas palavras.”


           ⓟⓐⓒⓘⓕⓨ ⓗⓔⓡ.


Notas Finais


Então, gente! Espero que vocês tenham gostado deste capítulo.

E, sim, aproveitei para utilizar a garota do clipe, vulgo a "vadia" da história (no ponto de vista de Cry Baby), no caso, desde o primeiro capítulo, mas secretamente. Nem sempre, é ruim de nos aproveitarmos disso, não é?

Me desculpem novamente pela demora, e pelo horário que este capítulo saiu, eu sei que foi um pouco tarde, sim. Mas não quis esperar até amanhã, pra soltar o capítulo, já que ele se encontrava pronto...

Agora, vou deixando vocês em paz, e aproveitar as últimas horas deste dia maravilhoso, que fui notada por Babi Dewet, uma das minhas escritoras favoritas no Twitter, e continuar com minha "Pity Party".

Até mais, leitor(a)-San!


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