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História Cry Baby - Mad Hatter


Escrita por: BrookeYoongi

Notas do Autor


Desculpem-me pela imensa demora pra postar esse capítulo. Eu simplesmente tava passando por coisas meio complicadas e difíceis, além de que não estava mais encontrando motivos para escrever, ou um refúgio na escrita.
Mas enfim, cá estou. Espero que gostem do capítulo, e boa leitura.

Capítulo 13 - Mad Hatter


Fanfic / Fanfiction Cry Baby - Mad Hatter

“Cry Baby sat and disagreed
Imperfect, insane, and emotional was she
But she feels safe, going to sleep
And there's no one else that she'd rather be”

Mais um dia cansativo para Cry Baby. Já faziam-se dois anos desde a última vez que ela e Lena tiveram uma conversa; também, já eram dois anos desde que seu irmão mais velho acabou sendo levado à um centro de recuperação para viciados em drogas, e sua mãe, para um de alcoólatras. Como ninguém parecia lembrar de sua existência, acabara que a casa inteira ficou para a menina, que agora, estava totalmente sozinha.

 Nos primeiros dias, Lena ainda conversava com ela. Mas com o tempo, Lena tornou-se muito autoritária, como uma mãe para a jovem Mary, que por não aguentar tanta pressão vinda da amiga, acabou encontrando um conforto nos cigarros de maconha que seu irmão colecionava em cada uma das gavetas de sua preciosa cômoda, e que não foram levadas junto a ele. Ela sabia que eram coisas ruins, que lhe faziam imenso mal e que a destruíam cada vez mais, a cada segundo que as usava; mas ah, pobre garota, já não importava-se com mais nada.

“— Se você vai fazer mal pra você mesma, se matando um pouco mais a cada dia, Mary, eu não vou ficar aqui para presenciar isso acontecendo. – falou Lena, com lágrimas em seus pequenos olhos.

— Então vá embora. Não preciso de ajuda. Eu estou muito bem assim. – falou Cry Baby, mesmo sabendo que era totalmente o contrário da realidade. Ela precisava, sim, de ajuda. Só não queria admitir isso.

— Certo, então. – disse Lena, enxugando suas lágrimas. Então, quando Cry Baby piscou, a sua preciosa amiga não estava mais lá. E assim continua, até o momento.”

  Ao colocar o cigarro em sua boca, Cry Baby o acendeu com um isqueiro, dando sua última tragada do dia. Ao “jogar” a fumaça para fora, um coração fora formado no ar. Então, após isso, apagou o cigarro em um de seus pequenos pratinhos, e depositou o isqueiro ao lado do mesmo. Estava preparando-se para voltar a dormir, quando olhou novamente para a cômoda com tais objetos, e notou um pequeno frasco contendo um líquido rosado escrito “beba”; podia jurar que aquilo não estava ali antes.

   Olhou ao redor, esperando encontrar alguém que pudesse tê-lo deixado ali, mas nada encontrara além do nada. Hesitante, pegou o frasco e o abriu. Cheirou o líquido rosado que não lhe era nem um pouco familiar; aquilo tinha um cheiro doce, mas não o suficiente para ser enjoativo. Era um aroma bem agradável, até. Pensou seriamente em deixá-lo no local onde o encontrou, mas a curiosidade acabou falando muito mais alto: então, bebeu um pouco do líquido que estava ali.

 O gosto daquilo não era ruim; era até que bem agradável, com um gosto meio adocicado, mas não o suficiente para que o gosto se tornasse muito enjoativo. Contudo, enquanto o gosto da bebida rosa desaparecia, Cry Baby ficava cada vez mais tonta, até acabar caindo em sua cama, confusa sobre o que estava acontecendo. Que diabos tinha dentro daquilo para fazê-la ficar assim?

 Enquanto estava prestes a desmaiar, olhou ao redor, se perguntando se Lena iria aparecer ali para ajudá-la. Mas ao olhar para os lados, a única coisa que encontrou fora uma mulher ruiva com olhos negros, que sabia que conhecia de algum lugar. Mesmo aquela situação sendo horrível para encontrar alguém, sentia-se segura com a presença da ruiva. Do outro lado, se encontrava a caixa loira que lhe dera o veneno que usou contra o lobo para sair daquele lugar horrível e não virar sua refeição. Mas... o que elas estavam fazendo ali, e como entraram?...

🌼🌷🌼🌷

 Estava dentro de uma caixa do tipo que escondiam palhaços e depois da pessoa dar corda, apareciam para assustar alguém ou divertir, mas não sentia medo algum; sabia o que iria fazer. Quando a garotinha de cabelos escuros terminou, Cry Baby pulou para fora da caixa, com um pequeno sorriso. Seus amigos estavam vindo encontrá-la.

 Um ursinho, um gatinho, um patinho e um coelhinho. Estes eram seus amigos. E eles não andavam até os lugares que queriam ir; eles corriam. Pularam em uma toca de coelho somente por diversão! E enquanto eles caíam, pegaram suas pequenas armas mas não inofensivas, a cada vez que viam um balão o estouravam com elas. Tudo pela diversão!

 Então, eles chegaram. Cry Baby sorriu diante da visão de seus amigos, e ela fez sinal para a pobre garotinha feita de hélio. Eles a pegaram e lhe entregaram, enquanto davam algumas risadas, pois tudo naquele mundo era divertido. Então, Cry Baby mordeu o pescoço da garota e uma mistura de sangue com hélio entrava em sua boca, a fazendo ficar incrivelmente chapada com o hélio, e sair voando pelos ares até o teto do cômodo. Lá, encontrou rosas brancas, e fez uma expressão de desgosto; então, colocou a mão dentro delas e deixou que os espinhos lhe cortassem, e transformasse o branco em vermelho. Seus amigos fizeram o mesmo, tornando, assim, todas as rosas brancas, vermelhas.

“— Meus amigos não andam, eles correm
Entrando em tocas de coelho por diversão
Estourando, estourando balões com armas
Ficando chapada com hélio
Nós pintamos rosas brancas de vermelho

Cada tom veio do sangue da cabeça de alguém diferente”

 Ao voltar para o chão, a garota vislumbrou diversos animais e flores morrendo. Esse sonho, é um assassino.

Continuou seu caminho, até que encontrou a lagarta azul. A mesma estava fumando um de seus charutos e jogou fumaça em sua face, e a mesma tossiu. Se aproximou da lagarta, e lhe mostrou dois copos com vodka. Ambos sorriram um para o outro, e começaram a beber cada vez mais. Ficando bêbada com a lagarta azul.

 Se despediu, e seguiu seu rumo. Encontrou, desta vez, um homem e uma mulher de cabelos escuros, possivelmente pais da menina com sangue cheio de hélio. Deu um sorriso que faria qualquer um sentir medo, e colocou as mãos em suas bochechas. Então, sem avisos prévios, usou as unhas para arrancar sua pele, e viu o casal derretendo em sua frente, com um sorriso ainda mais insano. Aquilo era realmente divertido.

“— Estou descascando a pele do meu rosto
Porque eu realmente odeio estar segura
Os normais, eles me fazem sentir medo
Os malucos, eles me fazem sentir sã! ”– fala a menina, com um sorriso insano e sincero. Ela nunca havia se sentido tão sã quanto naquele exato segundo, com seus amigos loucos.

— Vamos brincar de cirandinha! – fala Cry Baby, e eles deram as mãos, girando em torno da massa que anteriormente fora um casal. Enquanto giravam, a garota começou a cantar.

 — Sou doida, querido, sou maluca!
A amiga mais louca que você já teve
Você acha que sou psicopata, você acha que não tenho mais jeito
Diga ao psiquiatra que algo está errado
Fora da casinha, completamente insana
Você gosta de mim quando enlouqueço
Te digo um segredo, não estou alarmada
E daí se sou louca? As melhores pessoas são
As melhores pessoas são loucas.

 E mais uma mudança de cenário ocorreu. Desta vez, a Cry Baby fora parar dentro de um consultório médico, mas não de qualquer médico. Era o coelho. Ela sabia que fora ele quem ajudou sua mãe a tê-la, e também fora o responsável pela mudança horrível que o rosto de Mrs. Potato Head tivera quando fizera sua plástica. Pelo visto, agora ele fazia o papel de psiquiatra.

— Veja bem, Cry Baby. Seu estado psicológico não é lá dos melhores... – fala o mesmo enquanto lia algum papel, fazendo que não com sua cabeça. — Você possui um dano psicológico grave pelo fato de viver incrivelmente sozinha, e por este motivo anda vendo o que você chama de seus amigos, e coisas bizarras. Mas há uma maneira possível de arrumar este problema: tomando estes remédios.

Onde está minha prescrição?... – perguntou a garota, atenta a tudo que o médico falava. O Doutor lhe entregou sua prescrição. — Doutor, doutor, por favor, ouça. Meu cérebro, está disperso. Mas, tente enxergar o lado bom... Você pode ser a Alice, e eu, serei o Chapeleiro Maluco.

 Após dizer isto, os seus amigos apareceram, quebrando o chão do lugar. Deu mais um imenso sorriso insano, subindo em cima da cadeira que estava sentada.

— Os normais, eles me fazem sentir medo, doutor. Mas os loucos, me fazem sentir sã. – fala a garota com uma voz fofa e ao mesmo tempo insana, antes de pular em direção ao doutor, e ter mais uma daquelas mudanças de cenário em momentos aleatórios.

🌷🌷🌷

 Cry Baby caia, mas não conseguia se mexer de maneira alguma. Então, como se o tempo tivesse acelerado com um passe de mágica, ela caiu no que parecia ser uma banheira. E diversos sabores de sorvete com mais algumas coisas do tipo granulado e cerejas para complementar o sabor caíram em cima dela, a impossibilitando de se mexer para sair dali. Então, olhou para os lados; uma família se encontrava ali, e a faziam lembrar-se de algumas pessoas que já conhecia.

 A mulher loira que aproximava uma colher dela, lhe lembrava a mulher que nunca cuidou de Cry Baby como deveria, e que vivia bêbada com a falha tentativa de esquecer as traições que seu marido fazia debaixo de seu nariz. E então, Cry Baby recordou-se: sua mãe havia assassinado seu pai, ao pegá-lo em flagrante com sua amante jovem.

 O homem ao lado da loira, que também aproximava uma colher para comer o sorvete, lhe lembrava o homem que nunca teve tempo para a filha; seu pai. O mesmo homem que se preocupava com sexo com diversas vadias por aí, mas nunca com sua própria família. E acabou por ser morto por seu hobby de traição.

 O garoto que se encontrava do outro lado da mesa, lhe lembrou seu irmão mais velho. Ele nunca a tratou como deveria, e nunca se importou com ela de verdade; inclusive, fora ele mesmo que lhe colocou o nome que a garota odiava desde sempre. Ele vivia usando drogas para tentar se esquecer dos problemas; talvez este traço dele tivesse sido herdado de sua mãe.

 Já a garota, lhe lembrava dela mesma. A aparência era incrivelmente parecida, e aquilo lhe lembrava de tudo de ruim que já acontecera em sua vida. Ela se sentia presa em uma casa de bonecas de uma peça, seguindo o padrão da perfeição que sua família insistia em querer seguir, mesmo que fosse o oposto da realidade em que viviam. Mas agora... Essa garota estava livre. Poderia ser completamente imperfeita, que não iriam lhe julgar. Ou, melhor: ela não iria se importar com nenhum desses julgamentos idiotas de pessoas normais.

 Seus amigos apareceram, desta vez com facas. E antes que qualquer uma das pessoas daquela família pudesse colocar a colher para conseguir o sorvete, foram todos esfaqueados. Caíram mortos como peças de um dominó quando são postas em pé e em fileira. Riu da cena, e se levantou, com um traje do tipo que era usado por duquesas antigamente.

— Nós temos um lugar para lhe mostrar, Mary. – falaram seus amigos, e por um momento ela não se identificou. Fazia muito tempo que ninguém a chamava por este nome... Bem... Desde que Lena havia ido embora e não voltado mais.

— Então, me mostrem o lugar. Vamos. – respondeu firmemente, e seguiu seus amigos, que corriam até o lugar que iriam lhe mostrar, com um sorriso. Havia muito tempo que não conseguia se divertir tanto assim! Ah, como era bom conseguir se divertir novamente.

 Pararam em um lugar ensolarado e calmo, e sentaram-se na grama. Ficaram conversando por algum tempo, até que uma rosquinha, um sorvete e mais alguns doces que podiam andar e possivelmente falar passaram por eles. Pareciam incrivelmente deliciosos, talvez até melhor do que os doces normais.

 Cry Baby olhou para seus amigos, como se estivesse pedindo permissão para provar a rosquinha, que se encontrava apreensiva ao passar por aquele grupo de amigos. Todos lhe fizeram um sim silencioso, e a garota pegou a rosquinha com cuidado para não a matar.

— Sou doida, querido, sou maluca!
A amiga mais louca que você já teve
Você acha que sou psicopata, você acha que não tenho mais jeito
Diga ao psiquiatra que algo está errado
Fora da casinha, completamente insana
Você gosta de mim quando enlouqueço
Te digo um segredo, não estou alarmada
E daí se sou louca? As melhores pessoas são
As melhores pessoas são loucas.
As melhores pessoas são.

 E então, deu a mordida. A rosquinha morreu, mas havia valido a pena. Ah, ela era tão deliciosa... E, de repente, tudo acabou. Cry Baby havia acordado; estava apenas sonhando.

 Uma coisa estava diferente naquela realidade: agora Cry Baby estava com os olhos negros, e de alguma maneira que não sabia qual, tinha total noção disto mesmo sem ter visto seu reflexo em um espelho ou terem lhe avisado. Aquilo não afetava sua visão, mas... ela sabia.

— O que aconteceu?... – perguntou, sentindo duas mãos macias segurando a sua. Eram a da loira que lhe dera o veneno para conseguir sair do local, e a ruiva, que agora ela sabia, fora a enfermeira que tomou conta dela assim que ela veio ao mundo.

— Você descobriu quem é você, Mary. E agora... está realmente pronta para se juntar a nós. – falou uma voz conhecida. Quando Cry Baby se levantou para ver se era ela mesmo... Sim, era Lena, na sua frente. — Não diga nada. Vamos lhe contar tudo que precisa saber.



Notas Finais


Esse não é o último capítulo de Cry Baby, como é possível notar. Eu provavelmente farei um especial de natal para algumas de minhas fanfics, que para não atrapalhar a ordem, postarei separadamente.
Como vocês sabem, vão ter mais alguns capítulos, com a sequência das músicas do álbum inteiro. Espero que tenham gostado!

Deixem um comentário, pois isso me ajuda demais a continuar. Preciso saber o que vocês tão achando. E não esquece de clicar no coraçãozinho aí, também! <3


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