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História Cry Baby - Alphabet Boy


Escrita por: BrookeYoongi

Notas do Autor


Eu seii que atrasei um pouco mais do que deveria com esse capítulo, me desculpem, gomen ne!
Espero que gostem desse capítulo cheio de referências à letra, beijos de luz pra vocês, e até as notas finais!

Capítulo 5 - Alphabet Boy


Fanfic / Fanfiction Cry Baby - Alphabet Boy


“She cried until she then could see
That he wasn't even worthy
Of all her love and abc's
So she spelled fuck you in 1 2 3”



Haviam se passado semanas, desde o dia que Cry Baby teve sua primeira desilusão amorosa - isso, se ela pudesse chamar o que teve de "desilusão amorosa".

Ela sabia que gostava do garoto, mas não sabia se realmente chegou a amá-lo. Amar, era uma palavra muito forte, e agora a menina entendia isso muito bem.

Ela voltou a ir para a escola, onde algumas pessoas ainda a olhavam torto, mas não lhe diziam nada. Apenas se acostumaram e aceitaram a existência da menina ali na escola.

No entanto, um garoto começou a ir uma semana depois das aulas terem começado.

Cry Baby o olhava, quase sempre. Ele tinha lhe chamado a atenção, já que a menina o achava diferente do padrão de garotos irritantes ali.

O garoto era amigo de todos na sala, e também era inteligente.

Seu cabelo era castanho, e seus olhos, azuis. Cry Baby gostava de imaginar os olhos do garoto como um imenso oceano, em seu mais vitorioso e gracioso tom de azul.

      ~~~~ Flashback ~~~~

O garoto dos olhos da cor do oceano já tinha aparecido na escola, atraindo a visão da menina de cabelos enrolados e castanhos.

Enquanto ela o olhava, o garoto viu algum amigo, e deu um sorriso. Cry Baby automaticamente sorriu também, vendo o sorriso feliz no rosto do menino.

Se passaram algumas aulas, quando a menina sentiu alguma coisa batendo levemente em seu braço. Era algo pontudo, mas não tanto ao ponto de conseguir lhe machucar.

Olhando para o lado, notou um aviãozinho de papel ali no chão, quase na mesma altura de seus pés.

A menina deu de ombros, voltando a se concentrar na lição que a professora passava no quadro-negro. Já estava acostumada que os outros alunos a acertassem com bolinhas de papel, e esses aviõezinhos, também feitos com papel.

Após alguns minutos - ao que ela contou, 5 minutos, mas não sabia se a contagem estava certa, já que se perdeu em pensamentos mais ou menos duas vezes -, sentiu a mesma sensação de quando a acertaram com o avião de papel.

Olhou para o chão, vendo mais um avião fazendo companhia ao outro.

A menina, por sua vez, olhou todas as pessoas da sala, tentando identificar as pessoas que lhe parecessem mais suspeitas.

Acabou vendo o garoto dos olhos da cor do oceano, olhava a garota, com um sorriso que parecia exibir ao mesmo tempo orgulho e um pouco de deboche.

A menina ficou o encarando por algum tempo, sustentando um olhar analisador, por um tempo que nem mesmo ela saberia ao certo dizer quantos segundos ou minutos se passaram, antes de desviar o olhar para a janela.

                 ⓐⓑⓒ'ⓢ

Depois de algum tempo, a professora finalmente se deu por satisfeita, e liberou as crianças para brincar, já que a mesma não teria nada para passar.

As crianças foram aos montes começar a brincar, e Cry Baby esperou o tumulto de crianças, que agora mais pareciam animais fugindo de seus predadores naturais, assustados, sem se preocupar com quem estaria em sua frente, atropelando-o.

A menina foi até o baú, e pegou uma bengala doce que encontrou, com um conjunto de ABC's.

Sentindo um olhar sobre ela, olhou para os lados. Viu o garoto que parecia ser o mais "popular" dali, a olhando. Aos poucos, o garoto ia desviando o seu olhar para blocos com algumas letras do ABC, perto de blocos de construção.

Empilhados um em cima do outro, os blocos formavam o nome "Cry Baby".

A garota sorriu com aquilo, e olhou o garoto, com o sorriso ainda no rosto. Após sua reação positiva ser vista pelo garoto, ele o recebe com um olhar um tanto demoníaco, e derruba todos os blocos de construção, juntamente com os abc's.

A menina o ignora, embora sinta uma pequena dor em seu peito com aquilo. Realmente achava que começaria uma amizade com o garoto.

A menina foca em sua bengala doce, e sua boneca quebrada, que a loirinha havia destruído a algum tempo.

O menino se aproximou, pegando a bengala doce da enrolada. Deu um sorriso travesso, que emanava prazer pelo que fazia, e quebrou a bengala. A menina sabia que ele não havia quebrado a boneca também, pelo fato de que ela já estava quase totalmente destruída.

A menina o olha, séria, e um pouco irritada. Não ia chorar na frente dele, mesmo ele tendo quebrado sua bengala doce.

O menino jogou a bengala no chão, a esmagando com um de seus pés, e finalmente ficando satisfeito, olha para a menina.

— Não vai chorar? - fala o menino, com um olhar maligno estampado no rosto.

Você pode esmagar a minha bengala doce, mas nunca vai me ver chorar. - fala Cry Baby, em um tom que sugeria que somente faltava ela ter cuspido as palavras, literalmente.

O garoto se afasta, indo até sua mochila, e pega um papel qualquer. Após isso, fecha a mochila, voltando para onde estava.

Ele mostra o papel para Cry Baby, que lê em voz alta e sílaba por sílaba as palavras "diploma de soletração".

— Vê isto? Eu sou um garoto afalbetizado, enquanto você não lê isso direito, nem mesmo em outra encarnação. - ele ri, de um jeito um pouco maligno, antes de sair novamente.

    ~~~~~ ⓐⓑⓒ'ⓢ ~~~~~


— Esse garoto me irrita! - falou Cry Baby, batendo o pé com força, cruzando os braços e se sentando em sua cama, já com a roupa que usaria para ir a escola.

Era um shorts azul claro, com uma blusa rosa em um tom claro.

— Não se deixe irritar por ele, ou motivos tão fúteis. Se ele a irritar, demais diga o que quiser, seja sincera, mas não bata nele, você pode se meter em encrenca. - fala Lena, brincando de amarelinha, embora não houvesse uma amarelinha no chão do quarto, para que ela pudesse pular.

— Certo! Agora, vou para a escola, já está na hora! Se eu demorar mais, vou me atrasar. - fala a enrolada, pegando rapidamente sua mochila, olhando para o gatológio cerca de duas vezes.

— Tchau Mary! - fala Lena, se equilibrando em um só pé, olhando para a amiga que fechava a porta do quarto.

— Até mais tarde, Lena! - fala a menina, fechando a porta, e correndo para fora da casa.

A garota andava rapidamente até a escola. Queria ficar tão inteligente quanto o garoto alfabetizado, que lhe irritou anteriormente. Queria sentir o gosto da vingança, pelo menos uma vez.

Chegando lá, não demorou muito para a professora entrar na sala, e começar a passar uma lição, sem aviso prévio para os alunos.

Terminando de passar a lição de português, se sentou em sua cadeira, satisfeita. Encarava os alunos, com um olhar que se perguntava quem iria acabar primeiro.

Não demorou nem 10 minutos, para o garoto que a menina apelidou de "Garoto Alfabetizado", ir mostrar a lição feita para a professora.

Terminando, com um sorriso de vitória, que agora a menina achava perfeitamente irritante, o garoto passou próximo a ela, e sussurrou baixo, enquanto se demorava por ali.

— Quer ver meu diploma novamente? - falou, com um sorriso cínico estampado em sua face.

Se você exibir esse diploma e eu matar você, não fique surpreso. - falou Cry Baby baixo, mas em um tom feroz, seguido de um sorriso sarcástico.

O garoto continuou seu caminho até sua mesa, mas dessa vez, não enrolava nem um pouco, o que fez a menina agradecer mentalmente por seu afastamento repentino dela.

As aulas pareceram mais demoradas aquele dia, mais do que o normal. Parecia que a cada segundo do garoto ali, um segundo se passava em um minuto.

Quando o sinal do intervalo tocou, a menina comemorou consigo mesma. Não teria mais que ficar aturando aquele garoto irritante se achar o mais inteligente do mundo, o novo Albert ou Newton prodígio.

Antes de sair, o garoto olhou para a menina por um longo período, antes de se aproximar.

— Se quer ajuda com algo, "mas" é usado no sentido de porém, e "mais" no de adição. Considere isso minha boa ação do ano. - falou o menino, sem rodeios. Uma onda de raiva percorria cada centímetro, cada glóbulo sanguíneo no corpo de Cry Baby, a dominando.

"Esse garoto realmente acha que é mais inteligente que eu??! Tudo por causa de um diploma de bosta?" pensava a menina, enquanto cerrava os punhos.

Eu sei os meus ABC's. Ainda que você continue me ensinando, eu sei usar meu cérebro mais do que você. Por que não pega seus brinquedos e seu diploma de merda e me deixa em paz, garoto alfabetizado? - fala a menina, praticamente cuspindo as palavras.

— Quando precisar de mim para fazer um texto, não me peça ajuda, e se lembre desse dia, Cry Baby. - falou o garoto, num tom considerado insignificante pela menina, antes de sair da sala, e a deixar sozinha ali.

Foda-se o seu diploma, garoto alfabetizado! Fodam-se todos os seus ABC's! - falou a menina em voz alta, gritando no final. Ela realmente estava irritada com o menino, que se achava superior por causa de um pedaço de papel.

A menina pegou seus biscoitos/bolachas/cookies com gotas de chocolate em cima, e começou a comer.

                ~~~~~~~

O intervalo já havia acabado, e o horário da saída deles estava próxima. Por algum motivo, o garoto não voltou a bancar o mais inteligente para a menina, até certo ponto.

— Prestem atenção! - falou alto a professora das crianças, batendo forte com a régua na mesa. Todos que estavam conversando, ficaram em silêncio imediatamente. - Iremos fazer um concurso de soletração na escola, com todas as outras turmas, do mesmo nível que vocês. Cada sala terá dois representantes. E os nossos, serão...

A menina parou de prestar atenção neste momento. Sabia que não seria escolhida, e sim o garoto alfabetizado e uma das amigas da loira irritante, já que eram os melhores na matéria da turma.

Dito e feito: os dois iriam representar a turma, mas somente um deles iria acabar na final, se realmente conseguíssemos avançar todas as etapas.

Chegando em sua casa, não esperou o jantar sair. Foi para o seu quarto, tomou um banho demorado, e colocou seu pijama.

Se jogou em sua cama, caindo no sono quase que de imediato. Era a melhor forma de se "preparar psicologicamente" para o dia seguinte, que seria a competição.

Ela sabia que se o garoto ganhasse, esfregaria aquilo na cara de praticamente todos os alunos, afinal, ele era o príncipe do playground.

Acordou no outro dia, e comeu somente uma maçã como café da manhã. Não estava com muita fome.

Pensava em como o garoto iria se sair no concurso de soletrar. Ele realmente era tão inteligente para conseguir vencer? Ou somente era mais um menino mimado e convencido?

Quando faltavam 29 minutos para ir até à escola, começou a se arrumar, lentamente. Não ia fazer nada rápido demais, queria chegar lá assim que a professora estivesse entrando na sala.

Saiu de casa, se despedindo de Lena. A professora iria chegar na sala em 15 minutos, pelo que ela analisou nos dias que chegava mais cedo do que a mais velha.

Chegou lá faltando um minuto, já vendo os cabelos inconfundíveis de sua professora, se aproximando para abrir a sala, que hoje estava trancada.

Assim que ela a abre, a menina se senta em seu lugar nos fundos. Faltavam 40 minutos para que o concurso de soletração começasse. Cry Baby estava ansiosa para ver se o menino era tão inteligente a esse ponto, de acertar cada palavra, cada sílaba dela, cada letra, sem hesitar.

No tempo que não ocorreu o evento, a menina ficava perdida em pensamentos, ou fazendo a lição, quando não tinha outro modo para que se distraísse naquela escola, que não fosse ficar olhando para que alguma alma viva aparecesse do lado de fora da escola.

— Vai provar que não é tão burro e mimado quanto aparenta ser hoje, garoto alfabetizado? - murmurou a menina, olhando para o lado de fora da escola, pela janela.

— Disse alguma coisa, Cry Baby? - falou a professora enquanto a olhava, arqueando uma sobrancelha para a garotinha.

— Não senhora! - fala a menina, sem hesitar. Já tinha se acostumado com a voz da professora, interrompendo devaneios alheios.

— Então, continue fazendo a lição. Ou serei obrigada a diminuir sua nota. - falou ela, em um tom que deixava claro que não estava brincando. Se bem, que ela nunca brincava de nenhuma maneira na escola.

A menina fez a lição, e assim que a terminou, mostrou para a professora. Encostou sua cabeça no vidro a seu lado, e fechou os olhos.

Despertou de seu sonho, enquanto ouvia o barulho do sinal tocar. Era a hora do concurso de soletração!

Esfregou os olhos com a parte de trás de suas mãos, e se levantou. Seguiu seus colegas, que começaram a ir em direção a uma sala, que a menina identificou como um teatro.

Depois que todos os alunos que representariam as turmas das quatro salas estavam no palco, a menina olhou para as duplas.

Uma das duplas era de duas garotas: uma com óculos e cabelos negros trançados, com algumas sardas em seu rosto branco e magro. A outra, tinha um cabelo curto que era da altura de seu queixo, de pele morena e um pouco mais gordinha que a primeira.

A segunda dupla, era de dois garotos com a mesma aparência. Gêmeos, concluiu a menina.

Ambos tinham cabelos ruivos, e pele um pouco clara e um pouco morena. Um tinha pequenas sardas, quase imperceptíveis, que o outro não possuía.

A terceira dupla, uma garota e um garoto, que poucas coisas os diferenciavam. Qualquer um conseguia notar que não eram irmãos, pelas suas diferenças.

A garota tinha cabelos loiros claros, que chegavam perto de ter a cor branca. Sua pele era pálida, e tinha sardas. Era fofinha.

O garoto, possuía cabelos pretos e que eram rebeldes, mas ao mesmo tempo bonitos. Sua pele era do mesmo tom da garota ao seu lado, e não tinha sarda alguma em seu rosto.

Já a quarta dupla, era a da sala de Cry Baby.

O menino, loiro dos olhos azuis. Seu olhar era cheio de orgulho e falsa superioridade, isso se notava de longe.

A garota ao seu lado, usava óculos e tinha a pele morena. Seu cabelo era castanho, em um tom avermelhado. Era bonita.

A professora Minerva e mais um homem velho foram até o palco, anunciar as regras da competição, enquanto os alunos iam ficando quietos aos poucos.

— Bom, as regras do jogo alguns que estão a mais tempo na escola conhecem, mas vou relembrá-los. - fala o velho, com uma voz que era animada, mas uma animação falsa. Cry Baby acreditava que todos estavam como ele.

— As regras são simples: as duplas se ajudam com a palavra, e não podem pedir ajuda a nenhum outro aluno, que não seja seu companheiro. Conforme vão errando, os participantes vão saindo do jogo, até só sobrar um. Preparados? - fala Minerva, olhando para as crianças no palco. Quando todas concordam com a cabeça, ela entra em uma porta escondida nos fundos, ainda desconhecida pela enrolada.

Quando Minerva retorna, uma garota mais nova, ruiva, de no máximo 19 anos aparece, segurando o microfone. Era ela que diria as palavras.

— Muito bem... Quem souber como se soletra a palavra, levante a mão. A dupla que levantar primeiro, terá a chance de soletrar. Está bem? - fala a ruiva, com doçura na voz. Seus olhos eram verdes com uma mistura de azul, que Cry Baby achou maravilhosa.

Eles concordaram com a cabeça, e a garota pegou um papel. Seus olhos moviam-se sobre ele, e depois de um tempo, ela falou a primeira palavra.

— Casamento. - assim que ela terminou de falar, a primeira dupla levantou a mão. Sabiam que se errassem, a pessoa que falasse errado sairia, e eles perderiam a vantagem igual de cada jogador.

— C...A... - a menina das tranças gelou. Sussurrou algo no ouvido da amiga. Alguns segundos depois, voltou a falar. - S... A... M... E... N... T... O...

— Está certo. Vocês continuam no jogo. - falou a ruiva, dando um sorriso fofo e simpático.

E tudo continuou assim, até que somente podia se ver o garoto da terceira dupla, e o garoto da sala de Cry Baby, o Garoto Alfabetizado.

O garoto provou não ser tão arrogante e idiota quanto a menina pensava que ele seria, e isso fez ela ficar um pouco desapontada. Ainda esperava um deslize dele.

— E a última palavra é... Sobrancelha.

O garoto alfabetizado rapidamente levanta a mão, orgulhoso. Qualquer um notaria de longe que ele tinha certeza de que iria ganhar, somente por seu pedaço de papel idiota, escrito "Diploma".

— S, O... - falou ele, hesitante. A menina de cabelos enrolados não conseguiu conter seu sorriso naquele momento!

O garoto tinha conseguido se esquecer, se a palavra teria um M ou não.

Olhou para a sua turma, evitando Cry Baby, desesperado. Ele suava frio, nervoso.

Por fim, o garoto parou seu olhar sobre a menina, que ainda sorria abertamente.

Vendo o garoto agora, sentiu uma pontada de pena dele. Mas, aproveitaria o momento para conseguir usar contra ele depois, e ter o gostinho de vitória.

— Sem o M. - falou a menina, sem emitir som algum. O garoto pareceu entender.

— Está tudo bem? - falou a ruiva, olhando do menino para as crianças que assistiam a tudo, procurando um culpado.

— Sim, só fiquei nervoso... - falou o garoto, em um tom convincente. Pelo menos, ele sabia mentir bem. - S, O, B, R, A, N, C, E, L, H, A.

— E você está... Certo. - ela sorriu, novamente simpática e fofa. - como essa era a última palavra, sua sala ganhou a competição.

A sala da menina comemorou, com alguns gritos de alegria, e palmas, que ecoavam pelo teatro silencioso, preenchendo o silêncio com alegria, e o gostinho de vitória.

O menino desceu as escadas, ainda com o olhar de orgulho e falsa superioridade. A menina se aproximou dele, com um sorriso de deboche.

— Obrigada, criancinha. - falou o garoto, a olhando.

— Não sou uma criancinha agora.

Você ganhou o concurso de soletração agora, mas você é mais esperto do que eu agora? - falou a menina, exibindo seu sorriso de vitória, com uma pitada de vingança.

         ~~~ ⓐⓑⓒ'ⓢ ~~~

No dia seguinte, quando a menina chegou na escola, se deparou com a sala aberta. Entrou, e se sentou em seu lugar nos fundos da sala.

Alguns minutos depois, a menina conseguiu ver o garoto alfabetizado, que entrava na sala com uma maçã na mão.

O menino olhou para ela, e deu um pequeno sorriso, e foi até Cry Baby, colocando a maçã na mesa da garotinha.

— Considere como meu pedido de desculpas. - falou ele, ainda com o tom orgulhoso na voz.

Maçãs nem sempre são um pedido de desculpas apropriadas. - fala a menina, negando a maçã, a entregando novamente nas mãos do garoto. Ela realmente não queria nada dele.

O menino, sem estar satisfeitos, pegou um chiclete e um cookie com gotas de caramelo, colocando na mesa.

— Então aceite isso. - falou, empurrando os doces para a menina.

Gotas de caramelo e chiclete são agridoces para mim. - fala a menina, jogando os doces no chão.

— Você realmente é uma criança. - confirmou o garoto, antes de ir até seu lugar.

Você não é meu pai, eu não sou sua bonequinha. - murmurou a garota, quando concluiu que ninguém a escutaria.

                     ~~~

A menina, não se dando por satisfeita, assim que o horário de intervalo deles chegou e os alunos saíram da sala, foi em disparada até a bolsa do garoto.

Pegou um de seus dicionários, e começou a rasgá-lo. Aquilo era por tudo que ele havia feito com ela.

Ele merecia uma lição. Se achava o príncipe do playground, só por ser o garoto mais inteligente, segundo ele mesmo.

A menina se sentia na obrigação de fazê-lo descer de seu pedestal imaginário, por pelo menos alguns segundos.

Quando eles voltaram para a sala, o garoto notou seu dicionário rasgado, e ficou com raiva, apesar de não querer demonstrar muito isso para os outros alunos. Naquele momento, a menina deu um sorriso.

O garoto foi até ela, exigindo explicações plausíveis para a situação.

Você acha que é mais inteligente do que eu, com toda a sua poesia ruim. Fodam-se os seus ABC's, garoto alfabetizado. - falou, e naquele instante o sinal da saída tocou.

A menina reuniu suas coisas, e, foi embora, após guardar tudo em seu devido lugar.

Chegando em casa, depois de se arrumar e jantar, contou tudo para Lena, que sorria com a história.

Lena achava que a pequena menina estava crescendo, e escrevendo seu próprio destino cada vez mais rápido agora. Ela não conseguia conter o desejo e a vontade de sorrir.

E sempre que tentava conter o sorriso, não demorava muito para reaparecer ali.


Notas Finais


Annyeong!
Bom,não tenho muito o que falar agora. Jsnfngbfj
E, só explicando mesmo: na parte do biscoito/bolacha/cookie, é pra cada pessoa ler do jeito que prefere, e não cause a treta do "biscoito ou bolacha?"


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