História Silk handcuffs (Imagine Jimin) - Capítulo 8

Jimin estava ali na varandinha na frente da minha casa. Até que estava bem arrumado, com o celular em uma mão e na sua outra algumas sacolas. E se não fosse pelo meu olfato debilitado diria que era sopa de legumes com frango.

— O que você está fazendo aqui? — insisti, falei em um baixo tom, cruzei os braços e me mantive séria. Ao menos tentei, pois o bendito resfriado fazia que eu parecesse uma pandinha com o nariz vermelho.

— Como você está? Tudo bem?

— Vai embora. Eu estou fraca de mais para brigar com você. — E lá se vai mais um espirro.

— Fica calma! Eu vim em paz e com o objetivo de cuidar de você! E eu trouxe algo que você mais gosta e algo que você não goste tanto assim.

— Adianta Park. O que você trouxe? Fala rápido, estou cansada de ficar em pé.

— Seus bombons preferidos e uma sopa. — Ele só pode estar de brincadeira com a minha cara.

— B-bombons? — tentei debochar com a cara do mesmo, mas falhei ao gaguejar.

— Sim. Não vai me deixar entrar? Está frio aqui.

— Eu poderia bater a porta na sua cara, mas os bombons são meu ponto fraco, então não abusa da sorte. — Ditei dando espaço para o trate entrar.

— Eu pensei nisso, mas quando pedi a opinião de uma das suas amigas, eu fiquei bem confiante e vim. Eu iria trazer flores também mas ela disse que te conhecendo bem, era capaz de você jogar fora por não gostar — As desgraças trocaram de lado? Aquele vacas vão me pagar, e não é como se eu não gostasse de flores, eu amo, só que demonstrar isso abriria uma porta para emoção a qual já repeti mil vez que estou fecha para tão possibilidade. — Essa sopa que eu fiz levanta até defunto, entao relaxa e toma tudo.

O fitei enquanto ajeitava as coisas na mesinha de centro. O mesmo passou a mão no cabelo enquanto se ajeitava na minha frente. Pensar que o mesmo pediu ajuda para minhas amigas para me ajudar a melhorar me aparecia extremamente fofo, algo que eu nao imaginaria vindo de sua parte.

— Está repletamente enganado Park. — O olhei bem naquele momento e acabei por notar quão sem graça ficou, abaixou a cabeça, calado e confuso. Possívelmente se perguntando se o que minha amiga havia dito foi somente para contrangelo. Fazia muito sentido, mas aquele não era o caso.

— Você não está pronto para ter essa conversa, quem sabe um dia eu te conte qual o verdadeiro segredo — A sua carinha estava meiga, aquilo tudo poderia sim ser uma encenação, talvez ele só esteja querendo me conquistar.

— Eu lamento muito pela forma que te tratei e venho trando desde que nos conhecemos. Eu realmente fui o total idiota e eu não me orgulho nem um pouco disso. No dia em que nos conhecemos eu disse coisas que no momento pensei que soariam diferentes, não pensei que trariam ocasiões e desamisades desagradáveis e quando parei para analisar os últimos meses eu posso ver que realmente vacilei muito contigo, talvez pelo meu orgulho idiota, mas, enfim. — Deu uma pausa. — Eu quero me desculpar. Me sinto envergonhado por tudo que rolou e queria que você soubesse disso.

— Olha Jimin, achei legal tudo o que disse, foi muito gentil vir aqui se propondo a cuidar de mim, mas... — Respirei fundo. — Eu sou completamente fodida, eu carrego tantos demônios, que, porra... demônios que até hoje luto para superar e morro de medo que ele me devorem a cada dia que passa. Eu não posso te arrasta pra esse inferno comigo, e-e-eu não tenho esse direito, não posso simplesmente te arrastar para minha vida desta maneira. Eu sou sozinha, me acostumei com isso. Então, para duas pessoas que não se dão bem acho melhor permanecer assim.

Ao fim do meu desabafo, tudo o que eu consegui fazer foi chorar, em nenhum momento consegui parar o meu choro.

Estranhamente tudo o que eu mais queria que tudo parasse, o meu choro, o mundo. Eu está a tanto tempo guardando todo esse sentimento, se é que posso chamar assim, que a última pessoa que eu esperava me abrir era o Park.

A sensação de vomito e vontade de desmaiar aumentou, possivelmente pela gripe. Jimin não hesitou em vir até onde eu estava e me agarra com força, em um abraço braço tão forte e quente, eu me encaixava tão bem ali, me sentia segura.

— jimin...

— shhhh, não fala nada, tá legal? Somos mais parecidos do que você imagina. — Foi o que ele disse enquanto eu tentava o abraçar com mais força. — Isso vai passar, me deixa te ajudar a carregar esse demônios, hum? Você não está me obrigando a nada, eu quero ficar ao seu lado. Eu te quero!

— E-está bem — Quando enfim nosso olhares se reencontraram o meu choro parou, o mundo parou, como seu eu tivesse encontrado calma no meio da ventania. — Essa é a hora em que você me beija. — Ditei tímida.

Seus lábios tocaram os meus. Seu aperto em minha cintura se intensificaram mais e num segundo estou sentada com as pernas ao seu redor.

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— Vocês se beijaram, de novo? — Perguntou Sarah. Os lábios finos da mesma estavam em um perfeito "O" desacreditada e talvez surpresa pela minha confição.

— Uhum. A noite toda... — estendo a frase mais do que gostaria deixando um longo suspiro escapar quando me lembro, das carícias e conversar que tivemos. — Apenas ficamos nos beijando e provocando pra caralho.

Não contei para as minhas amigas sobre meu pequeno, talvez não tão pequeno, momento de desabafo com o Park. Até porque nem eu havia entendido o que me fez abrir meu coraçãozinho quebrado para o mesmo.

— Eu sabiaaaaaa... vocês três passem minha grana pra cá. — falou Cathy toda empolgada fazendo com que as outras ficassem putas.

— Vocês apostaram ? Vocês são minha amigas deveriam estar ao meu lado, não apostando.— Perguntei abismada.

Almasi — Não vem com essa não rainha do drama, aposto que você está amando o que está rolando entre vocês.

— Não está rolando nada de mais entre a gente, tá? Depois do aconteceu lá no Brasil eu decide que ficaria melhor sozinha, no entanto, tem algo nele me faz ficar desarmada, tudo parece ser tão simples e-ee... A tanto tento eu não sinto isso. A única coisa que eu posso afirmar é que a gente decidiu que iríamos nos conhecer aos poucos.

Minah — Tomara que dê tudo certo entre vocês dois. — Ditou simplista.

Sarah — A final de contas você, mais que ninguém merece ser feliz e aproveitar a vida, esquece o que aconteceu no Brasil. Ok? Quem vive de passado é museo— apenas assenti, o clima está ficando melancólico de mais. 

Continua?