História Cuida de Mim - Florescendo - Parte lV

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- Aonde você estava? _ Disse a loira esbelta de uniforme curto limpando as mesas despreocupadamente enquanto mascava um chiclete.

-Resolvendo alguns probleminhas. _ A morena colocou os cabelos longos atrás da orelha ao entrar pela porta. -Eu trouxe vinho! _ Sorriu em direção a outra erguendo uma garrafa.

-Tem cara de chique. _ Largou o pano e veio em sua direção. – Chât o que?_ Disse confusa olhando o rótulo. – Não importa, mas me conta como arrumou grana pra isso?_ Sorriu deslumbrada.

- Ah, tenho meus contatos._ Continuou desfilando pelo restaurante até a porta dos funcionários. Mandou um beijo no ar para a amiga, seus lábios vermelhos esboçavam um sorriso travesso. - Uh, la la._ Soltou divertida.

Foi tão divertido, deveria ter pego mais garrafas!

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O banheiro estava mais frio do que a Rosada gostaria, sentiu seu corpo se arrepiar como um todo. Ouviu o barulho da água enchendo a banheira e o vapor enchendo seus pulmões, junto a ele o cheiro do corpo do moreno. Aninhada ao seu pescoço ela se sentiu segura ali, por um momento ela só queria dormir por horas, sem problemas aninhada em seus braços e sentindo seu perfume.

- O que está havendo com você? _ Com toda delicadeza foi colocada sobre a pia de mármore negro da pia.

- Não é nada._ Elevou os olhos com certa dificuldade até o dele. Sasuke tinha um olhar diferente, preocupado. – O que está havendo com você. _ Passou a ponta dos dedos sobre seu rosto tenso e o sentiu relaxar na mesma hora. – Saiu de repente. _ Em sua mão pálida foi depositado um beijo delicado.

- Problemas no escritório. _ Deslizou as mãos pelo tronco de Sakura e subiu a blusa encharcada de suor para cima, seus pelos eriçaram ainda mais, ela elevou os braços e se livrou da camisa social do moreno que usava.

 Tão frágil quanto uma porcelana, sua pele clara exalava um aroma doce e suave. O Moreno não resistiu e deslizou a ponta de seu nariz pelo pescoço fino e cheiroso da rosada, parou sobre os seios desnudos e delicados e postou beijos acalentadores por ali.

Sasuke não entendia o porque de tudo aquilo, ele fora um problema na vida daquela mulher? Ela era...feliz? Com ele, ou pior, era mais feliz sem ele. O que estava acontecendo? Por que tudo tinha que acontecer logo agora? A casa da Haruno estava um caos, como ela irá reagir quando souber que é por conta dos casos sem compromisso dele? Como que-

-Sasuke._ Uma voz doce o tirou daquele turbilhão de perguntas. Ela puxou seu rosto próximo ao seu e ele pode contemplar aquele olhar de ternura que o derretia.

-Shhh._ Selou sem lábios com um beijo. – Está tudo bem, relaxa.

 Se afastou minimamente do pequeno corpo quente e começou tirar sua roupa. A camisa foi ao chão rapidamente, seus músculos tensos se esticavam, abriu seu cinto e sua calça já estava ao chão junto a sua boxer. Aproximou-se novamente a pegando com cuidado pela cintura levantou seu corpo e deslizou a calcinha de renda branca de seu corpo.

            Com um pouco mais de força pegou novamente a rosada nos braços, ela ainda estava quente e reclamava do frio. Foi em direção a banheira e testou a água, e se acomodou. Com a pequena encostada com as costas em seu corpo ele pode relaxar, a água acalmava seus músculos e o cabelo sedoso e cheiroso de Sakura faziam cócegas em seu peito. Ela estava quieta, inerte, parecia perdida.

- No que está pensando? _ Fuçou atrás da orelha com alguns fios molhados e depositou um beijo.

- Eu não sei. _ Se acomodou ainda mais nos braços dele.

- Estou impressionado. _ Acariciou a coxa esquerda que estava fora da água.

-Como assim? _ A água se movimentou quando Sakura virou para encara-lo.

- Você é a sabe tudo. _ Levantou as sobrancelhas. – Não saber uma resposta, uau, estou impressionado. _ Sorriu levemente.

- Você tentando ser engraçado... não é engraçado. _ Soltou uma pequena gargalhada.

- Eu fiz você sorrir. _ Tirou os fios de cabelo molhados do rosto levemente avermelhado.

- Não foi bem um sorriso. _ Se aninhou de frente ao peito dele. Grandes braços a acolheram, era quente, era terno, era o que ela precisava. Um suspiro sôfrego saiu de sua garganta e não passou despercebido pelo moreno.

- Sakura, preciso que confie em mim. _ Sussurrou bem próximo ao ouvido da Haruno.

- Eu confio em você, se não, não estaria aqui. _ Foi quase inaudível suas palavras.

- Preciso que me diga o que está sentindo. _ A apertou em seus braços.

- É só um resfriado. _ murmurou.

- Meu amor..._ Aquelas palavras ecoaram tão forte que Sakura se estremeceu. Pegou o rosto delicado entre as enormes mãos e olhou profundamente para os orbes verdes, que antes tão cheias de vida hoje estavam opacas, e frias. - Não estou falando disso.

- Medo. _ se contraiu. – Eu estou com muito medo, de tudo. _ Seus olhos marejaram em fração de segundos.

Sasuke perdeu o ar por um segundo. O que ele poderia fazer? Mil coisas passavam pela cabeça da Sakura e tudo parecia tão confuso tão errado, e ao mesmo tempo os braços do moreno era o melhor lugar do mundo. Ela deixou de ser a mulher forte, decidida e capaz. Era o que ela achara. Ele prometeu que faria de tudo para protege-los e não iria quebrar essa promessa.

- Eu iria até o fim do mundo por vocês. _ Tocou suavemente a mão da rosada, seus dedos pálidos e finos se perdiam nas mãos enormes e quentes do moreno. -Eu não mediria esforços, para qualquer coisa que precisar. _ Ele não era bom com palavras, mas elas fluíam bem. -Estou aqui por você, pelo Yuri. _ Encarou seus olhos verdes marejados. - ... Por mim.

Tudo ficariam bem, enquanto estivessem juntos.

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- Mamãe eu judei' vovó Mikoto._ Disse todo orgulhoso subindo na cama que a Rosada estava deitada já havia um tempo, após o banho e as palavras de Sasuke ela descansou, dormiu como um anjo. Não foram muitas horas, mas foi um sono reparador. – Eu disse pa’ ela que a mamãe não gota’ de cenola’ ._ Seu rostinho estava todo orgulhoso, não deixaria a mãe comer cenouras. Ela detesta!

- Obrigada meu amor. _ Deu um beijinho no rostinho do seu filhote quando ele se aproximou.

- Esse mocinho é muito esperto. _ Disse Mikoto com um prato de sopa bem colorido e aromático em uma bandeja. – Está melhor querida? _ A Uchira sorriu enquanto entregava a bandeja e  media a temperatura com as costas da mão nas bochechas e testa da Rosada. -Oh. _ Seu instinto materno gritou mais alto. – Até me esqueci que estava falando com uma Doutora. _ gargalhou.

- Eu nem sei como agradecer. _ Desse acanhada tentando levar uma colher do caldo até a boca. Desistiu, estava sem fome. – Já estou bem melhor. _ Sorriu e se acomodou em seu pequenino que acariciava seus cabelos. – Vou me levantar e ir. _ Disse tirando a bandeja do colo e tirando lençol de suas pernas. – Amanhã Yuri tem escola e eu preciso ir para o Hospital. _ Sentou na cama e arrumou os cabelos atrás da orelha.

-Ahh._ Mikoto arregalou os olho, levantou da ponta da cama onde estava e se aproximou. – Fique mais um pouco, Sakura._ Tocou seu ombro com carinho. – Sasuke precisou sair novamente, espere ele ao menos chegar.

Mikoto já sabia de tudo, inclusive viu fotos do belo apartamento destruído de Sakura. Ela não podia deixa-la ir. Olhou a mulher se levantar da cama após dar um cheirinho nos cabelos do pequeno e ir em direção ao banheiro da enorme suíte. O que ela faria?

- Querido. _ Disse se aproximando de Yuri que estava completamente em seu mundo deitado na cama conversando seriamente com seu dinossauro de pelúcia. – Que tal convencermos sua mãe de ficar aqui esta noite? _ O garoto olhou sem entender muito bem o que estava acontecendo. – Podemos fazer biscoitos mais tarde. _ Isso Yuri entendeu muito bem.

- A gente junto vovó? _ Yuri largou Maguro e veio para os braços da mais velha que o pegou com ternura em um grande abraço.

- Sim, vamos prepara-los juntos! _ Sorriu animada. – Mas pra isso sua mãe não pode ir embora, não é? _ Sussurrou perto do ouvido do pequenino fazendo cosquinhas e arrancando uma risada gostosa dele. – Mas é segredo. _ Fez sinal com o indicador em frente aos lábios e Yuri entendeu tudo.

 - Vamos Yuri?_ Sakura saiu do banheiro vestida preguiçosamente, com um short que estava na casa do moreno a um tempo e um moletom grande e confortável de Sasuke.

- Não mamãe! _ Yuri largou Mikoto e foi em direção da mãe. -Vamos fica’ e mimi’ qui’._ Cruzou os braços e fez um biquinho.

- Vamos pra casa meu amor. Amanhã você tem aula e eu tenho que trabalhar. _ Passou os olhos pelo quarto e começou a procurar sua bolsa, precisava encontrar seu celular, havia até mesmo esquecido dele.

-Não, não mamãe. Eu..._ Yuri se desesperou e olhou para Mikoto que simulou um bocejo e colocou as mãos em frente a boca. – Tô’ com muito soninho. _ Correu de volta para cama e se apoiou ali, e fingiu que estava dormindo. Yuri não iria enganar ninguém daquele jeito.

-Yuri. _ Sakura sorriu, correu e pegou o pequeno corpo apoiado em pé ao lado da cama box o colocando lá no alto, Yuri não aguentou e caiu na gargalhada.

- Fique mais um pouquinho, querida. _ Mikoto tentou convencê-la mais uma vez. – Faz um tempo que não vejo o Yuri. _ Se aproximou de Sakura e acariciou os cabelos castanhos do garotinho em seu colo. – Estou com saudade, deixe-me aproveitar esse pequeno mais um pouco. _ Mikoto adorava Yuri, lembrava tanto seus bebês, e hoje eles estão maiores que ela.

- Deixa mamãe, po’ favozinho’._ Yuri encheu os olhos de lágrimas e pediu colo para a mais velha. Que o pegou de bom grado, se aninhou no pescoço dela e ficou por lá.

- Ok..._ A rosada não estava nem um pouco a fim de discutir agora. – Mas vamos embora esta noite. _ Suspirou, acariciou as coisas do pequeno e olhou para Mikoto que a olhava estranho.

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- Eu consegui encontrar algumas roupas inteiras. _ Hinata se aproximou do moreno com olhar perdido que estava sentado em uma das banquetas da ilha da cozinha, em meio ao caos. – Foi meio difícil. _ Entregou uma sacola não muito grande para Sasuke, com algumas roupas alguns produtos de higiene. – As joias estão todas lá. Não levaram, nem itens de valor. _ Disse tristonha. – Só destruíram tudo.

- Eu estou cuidando disso. _ Levantou e foi indo em direção a porta de entrada.

- E como ela está? _ Hinata correu atrás do Moreno preocupada. - Eu tentei ligar pra ela, mas o telefone está desligado.

- Eu estou cuidando dela. _ Suspirou preocupado. – É até melhor ela não atender o celular.

- A seguradora precisa da assinatura dela. Eles vieram aqui hoje e disse que estão tentando entrar em contato. _ Comentou enquanto pegava um porta retrato das três amigas abraçadas e felizes, ele estava no chão quebrado e pisoteado. – É melhor ela saber logo de tudo.

-Ela não precisa de mais problemas. _ Recolheu outro porta retratos com uma foto do Yuri ainda bebê, retirou a foto do quadro com facilidade e ficou olhando os detalhes. Ele era tão pequeno e frágil, como se hoje ainda não fosse. Sorriu e guardou aquela foto no bolso, já poderia começar uma coleção.

- Hina. _ Ouviu o grito escandaloso de Naruto a quilômetros.

-  Estou aqui. _ Ao contrário do loiro disse quase inaudível

- Não fique andando por aí! _ Entrou no apartamento correndo e abraçou a amada. - Como vocês estão? _ Deu um beijo na testa de Hinata e abaixou para encostar o ouvido esquerdo na barriga De Hinata.- Papai está aqui. Diga oi.

- Ainda é muito cedo pra ele se mexer. _ Sorriu enquanto acariciava a cabeleira loira de Naruto.

- Ah, Sasuke. _ Notou o moreno no canto da sala olhando para as paredes pichadas. – Preciso falar com você. _ Largou seus amores e foi em direção do amigo. Deu um tapinha nas costas e o abraçou de lado pelo ombro. – Sakura e Yuri estão com você, certo? _ Sua voz não estava a mesma divertida de sempre.

- Eles estão bem, estão com minha mãe. _ Sasuke olhou por cima do ombro e viu Hinata sentada no sofá rasgado olhando em volta.

- Você está envolvido nisso, não é? _ Naruto estava tão sério como nunca. Sasuke poderia se fazer de desentendido, mas sabia muito bem o que ele estava falando. Olhou nos olhos do loiro e suspirou, pela milésima vez. – Eu sabia. _ Levantou as sobrancelhas, mas sem surpresa. – Resolva.

- Enquanto ele estiver comigo não tem do que se preocupar. _ Passou, mas mãos pelos lábios e se afastou ainda mais.

- Eu confio em você, Sasuke._ Deu um tapa amigável, mas não menos preocupado no ombro do amigo.

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