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História Uma Tarde Amigável - Capítulo Único


Escrita por: DayUnnie

Notas do Autor


Olá docetes lindas, tudo bem com vocês?

Essa era uma oneshot meio antiguinha que eu escrevi e já postei há um tempo atrás, uma das primeiras que escrevi, na verdade. Pois bem, 2 anos depois fui dar uma lida e fiquei morrendo de vergonha da fic kkkkk. De lá pra cá mudei bastante e acredito que minhas habilidades de escrita evoluíram também.
Então, reescrevi a fanfic colocando muito mais cuidado e dedicação, e sinceramente acho que ficou melhor. A essência é a mesma, ok? Só mudei o modo de escrita e alguns detalhes aqui e ali.

Enfim, para o Armin eu gostei de imaginar como Logan Lerman, e para minha personagem, Ellen, podem imaginar como a Vanessa Hudgens, se quiserem.

Sem mais, espero que gostem.
Boa leitura <3

Capítulo 1 - Capítulo Único


A garota de pele oliva e longos cabelos castanhos que caíam gentilmente em ondas bateu na porta à sua frente com uma das mãos, enquanto com a outra segurava um Tupperware que continha uma sopa que ela mesma fez. Não demorou para a porta ser aberta por um jovem de chamativos cabelos azuis e um vibrante par de olhos cor de rosa. Este era Alexy, um dos melhores amigos da garota que batera na porta.

— Ellen, você veio mesmo! Que bom — o azulado disse, com ar de genuinamente feliz em seu tom, logo em seguida dando um abraço e um beijo na bochecha da garota.

— Ah, claro que eu vim — respondeu gentil a morena, com um sorriso nos lábios. — Você vive me ajudando, seria vacilo da minha parte se eu não te fizesse esse favor.

De fato, Ellen sentia uma imensa gratidão por seu amigo. Foi uma das primeiras pessoas com quem fez amizade quando chegou, tímida, sendo a novata na escola. Alexy foi simpático, e junto com Rosalya — sua outra amiga —, mostraram-lhe a escola, lhe apresentaram novas pessoas para ajudá-la a se enturmar na escola. Ellen sentia um enorme carinho pelo amigo que estava sempre apoiando-a e era um de seus maiores confidentes. A amizade dos dois era valiosa, havia confiança e muito afeto por parte dos dois.

— Sem falar que não é trabalho nenhum fazer isso.

Alexy riu alto jogando a cabeça para trás ao ouvir isso.

Ahahah, você não faz ideia! — disse com uma expressão travessa e um brilho implícito nos olhos rosas. Ellen não entendeu totalmente sua fala, mas decidiu deixar sua indagação para lá, dando de ombros. Para ela, realmente não parecia haver mal nenhum em favor o favor de ficar de “babá” cuidando do irmão gêmeo de Alexy, Armin, que estava doente enquanto o azulado saía para um encontro com um garoto que estava afim. Seus pais não estavam em casa, haviam viajado para passar o fim de semana na praia e deixaram os gêmeos sozinhos em casa. Alexy não queria deixar Armin completamente sozinho estando doente, por isso pedira para Ellen fazer-lhe companhia e lembrar-lhe de tomar os remédios enquanto ficava de olho nele, o que a garota aceitou de bom grado, afinal era amiga de Armin e gostava de ficar com ele.

— Ai, que mal educado, eu! — exclamou de repente dando um leve tapinha na cabeça. — Pode entrar, doçura. — E deu passagem para Ellen entrar, e foi o que a morena fez, logo adentrando a casa que era revestida na maior parte por cores claras e muito bem decorado.

Não era uma casa de proporções tão grandes, e era bonita, embora desse para se notar algumas bagunças no cantinho do sofá e alguns objetos fora do lugar — provavelmente fruto dos gêmeos da casa.

— Você trouxe comida? — perguntou Alexy, só então reparando no Tupperware que a garota colocou sobre a bancada da cozinha ao passar por lá rapidamente, logo em seguida indo para a sala de estar sentando-se junto com o azulado no sofá bege e aconchegante do lugar.

— Sim, é uma sopa de legumes. Peguei a receita da minha vó que dizia ser bom para curar gripes e coisas do tipo.

— E tem um gosto ruim? — perguntou em tom esperançoso, fazendo uma cara de quase empolgação que Ellen estranhou.

— Não… Pelo menos eu espero que não. Eu mesma fiz e tentei colocar uns temperos pra ficar mais gostoso.

— Ah, que pena. — Ao ser indagado pelo olhar confuso da garota, ele explicou: — É que o Armin anda muito chato esses dias. Ele bem que merecia tomar algo bem horrível, só pra aprender uma lição.

— Que maldade! — exclamou surpresa a morena, mas logo em seguida ambos estavam rindo do pequeno desejo sádico do azulado.

— Mas sério, eu te devo essa, Ellen. Que tal semana que vem a gente fazer umas compras no shopping?

— Ah, Alexy, não precisa. Não estou fazendo nada demais.

O garoto dirigiu um olhar quase de deboche para ela, as sobrancelhas arqueadas e um quase biquinho formado em seus lábios.

— Vai por mim, você vai mudar de opinião, logo logo. — Havia um brilho por trás dos olhos cor de rosa que deixou Ellen curiosa sobre do que seu amigo poderia estar falando. — Enfim, então está marcado. Vamos fazer comprar na próxima semana, e podemos chamar Rosa também!

A garota apenas revirou os olhos divertida, sabia que não adiantaria tentar negar o convite, e também até gostava de sair com seus melhores amigos, embora ela não fosse exatamente o tipo de garota que achava a forma ideal de passar o tempo livre seja passeando e fazendo compras em um shopping. Ellen gostava mais de ver filmes e séries, ler HQs e jogar jogos.

— Bom, tenho que ir agora, Ellen. — Alexy se levantou junto com a morena, se preparando para despedir-se. — Não posso chegar atrasado, sabe — disse sorrindo.

— Espero que se divirta — a garota lhe desejou enquanto fazia uma expressão de malícia.

— Hmm, pois pode apostar que eu vou — rebateu o garoto enquanto os dois amigos riam juntos. — E você também pode se divertir, viu? — falou dando um olhar suspeito para a amiga fazendo a mesma corar.

— Ai, para! — Ellen deu um tapa no braço de Alexy enquanto ele ria, se divertindo do constrangimento da amiga.

A verdade era que, apesar de amigos, o irmão de Alexy sempre foi o crush de Ellen, desde o dia em que a garota chegou na escola e ficou encantada achando-o muito bonito, e acabou se aproximando e se tornando amiga dele por conta de interesses em comum, como a cultura geek. Ambos também tinham dezoito anos por terem sido matriculados atrasados.

Vários amigos de seu grupo já tinham a suspeita dos sentimentos de Ellen, pelo jeito que ela olhava para Armin sem nem se dar conta, embora a garota nunca tivesse conseguido declarar seus sentimentos por falta de coragem; afinal, ela não tinha uma autoestima tão boa, se achava nada além de absolutamente comum, e tinha certeza que ele a via apenas como uma uma amiga legalzinha e não muito atraente.

Alexy não apenas tinha a suspeita de como Ellen se sentia, mas tinha a certeza, afinal se tratava de seu irmão, e o três passavam muito tempo juntos em sua casa como um bom trio de amigos. No começo, foi impossível não se sentir muito estranho sabendo que sua amiga gostava de seu irmão desse jeito, e ele rejeitou a ideia dos dois juntos pelo risco de estragar a amizade do trio. Porém, com o tempo e vendo como Ellen gostava genuinamente de Armin sem intenções maldosas, Alexy passou a ser mais aberto com a possibilidade, e após mais um tempo com bastante reflexão sobre isso, ele acabou por decidir que os dois seriam um ótimo casal e que certamente traria felicidade a ambos. Aliás, ele suspeitava de que Armin achasse Ellen atraente (o que ele concordava, pela morena ser linda apesar dela mesma não achar isso), e talvez tivesse uma sementinha de sentimento ali, porém com receio de aflorar esse crush e estragar a amizade deles, como o próprio Alexy temeu no começo.

E foi, com intenções escondidas no fundo, que ele fizera esse pedido para Ellen “cuidar” de Armin enquanto estava fora em seu encontro, mesmo sabendo que seu irmão era perfeitamente capaz de cuidar de si mesmo sozinho por algumas horas. Agora, tudo que poderia fazer era desejar que Armin e Ellen se aprofundassem nessa tarde sozinhos, já que não podia fazer muita coisa além desse empurrãozinho sem ter de revelar traidoramente os sentimentos de Ellen sem a permissão da mesma.

O azulado saiu de seus pensamentos sobre como shippava os dois quando chegou à porta, pronto para finalmente sair para seu encontro em que estava realmente empolgado.

— O Armin está no quarto. Na verdade, ele quase não sai de lá — disse Alexy revirando os olhos enquanto os dois seguiam para a porta. — É só fazer ele tomar os remédios, não deixar ele comer nenhuma besteira e tentar fazer ele desgrudar um pouco desse videogame. — A morena assentiu, mesmo sabendo que essa última tarefa da lista seria mais complicadinha de ser feita. — Então, tchau, Ellen — se despediu da amiga dando outro abraço na mesma e logo fechando a porta para aproveitar a tarde em sua própria maneira.

Ellen suspirou e largou bolsa lateral simples que estava carregando em um canto qualquer da casa, quase começando a ficar ansiosa pela tarde que iria passar com Armin. Não era exatamente comum ficar sozinha com ele, já que normalmente eles formavam o trio junto com Alexy, e principalmente não era nada comum estar completamente sozinha com Armin, sem nem seus pais em casa. Não podia evitar que seu coração desse pequenos pulinhos de empolgação junto com uma pitada de nervosismo que ela julgou ser sem lógica, afinal, eram apenas amigos e ela estava fazendo isso como um favor para Alexy, certo?

A morena, que vestia um vestido leve e soltinho preto estampado com delicadas flores vermelhas e calçava um par de sandálias cor nude, subiu as escadas já familiarizada com a casa, e logo chegou ao quarto de Armin. Engolindo um nervosismo que queria não estar sentindo, bateu na porta. Esperou uns segundos sem resposta, e bateu novamente. Nada. Começando a deixar de ficar ansiosa para ficar irritada, bateu novamente, dessa vez com mais força. Provavelmente o garoto estava jogando e Ellen sabia como ele podia ficar no mundo da lua totalmente distraído das coisas a seu redor quando estava nos videogames.

Ellen ouviu algo caindo no chão e passos pesados em direção a porta que logo foi aberta por um Armin que certamente surpreendeu a garota. Cuidar de um doente, Alexy havia dito, porém, estranhamente o gêmeo parecia perfeitamente bem, ela notou. Fosse o que fosse que ela estava esperando, como pele pálida, olheiras, cansaço aparente, secreção nasal, entre outras coisas desagradáveis de quem está doente, de qualquer modo não era se deparar com o garoto que parecia estar seu estado de sempre. E no estado de sempre queria dizer um garoto jovem de fato bonito, feições desenhadas, pele clara que destacava seu cabelo muito negro e encantadores olhos azuis. Ele estava vestido como sempre, roupas razoavelmente simples como de um garoto adolescente comum: camiseta branca de mangas pretas que iam até os cotovelos e uma calça jeans azul, e pra finalizar, seu típico Converse All Star preto. Ellen pigarreou e desviou os olhos de sua análise, ou melhor, admiração, do garoto, com receio de deixá-lo desconfortável.

Se Ellen estava surpresa por encontrá-lo tão bem e bonito quanto sempre, Armin também parecia surpreso por vê-la ali e constrangido por ter aberto a porta daquela maneira.

— Ah, hey, Ellen. Você veio mesmo — cumprimentou o garoto apoiando a mão atrás da cabeça, parecendo envergonhado.

— Alexy me pediu esse favor, e como ele já me ajudou várias vezes, aceitei — explicou tentando soar tão natural quanto possível. Eles tinham que agir como sempre quando estavam o trio juntos, certo? — Ele me disse para ficar de olho em você, fazer você tomar os remédios e te tirar do videogame — disse com um sorriso divertido enquanto afastava seus pensamentos de apaixonada para longe.

— Pois saiba que não vai conseguir fazer esse último item da lista não — rebateu Armin semicerrando os olhos enquanto lhe devolvia um sorriso que misturava diversão e quase um desafio. Ambos riram com isso e atmosfera um pouco tensa de antes já se dissipava.

O de olhos azuis deu as costas à garota voltando para o quarto e logo a mesma o seguiu para dentro. O cômodo não tinha muitos móveis além da cama com os lençóis bagunçados, enormes prateleiras lotadas de gibis e HQs, uma mesa para computador com dois grandes monitores e pufes em frente ao videogame. Ao notar a tela na pausa do jogo, Ellen viu que havia acertado em sua previsão de que Armin estava distraído por estar jogando.

— Então, estava jogando o quê? — perguntou a garota descontraidamente para puxar assunto embora já reconhecesse de qual se tratava apenas por olhar a tela.

— The Sims — responde ele se sentando em um pufe em frente ao videogame. Ellen imitou-o sentando no pufe ao lado.

— Ainda tentando todos os jeitos de matá-los? — perguntou em tom de diversão. Há algumas semanas atrás Armin estava empolgado contando sobre sua meta de tentar os jeitos mais criativos e inusitados de matar os Sims.

— Sim — responde ele e Ellen ri, internamente satisfeita de estar conseguindo interagir normalmente com ele como sempre fazia. — Você não vai acreditar, são tantas possibilidades. Dá pra fazer umas coisas muito engraçadas, saca só.

Ele então voltou a jogar, passando a mostrar jeitos interessantes de matar os personagens, como por assombração quando se é um bruxo, afogando os Sims, deixando um morrer queimado (Ellen achou que os gritos dos Sims quando morriam queimados davam muita aflição), e o mais bizarro que Armin conseguiu até então: matar o bebê assando, colocando-o sobre uma grelha. Os dois gargalharam muito juntos com o último.

Logo deixaram The Sims de lado, passando a jogar outras coisas juntos. Um dos motivos que Armin apreciava a companhia de Ellen era por ela ser gamer também, e ambos se divertirem juntos com isso. Jogaram jogos de corrida e jogos de luta, competindo um contra o outro. Ao contrário do que muitos poderiam pensar, Ellen também era bastante experiente e venceu quase o tanto número de vezes que Armin, embora por ele ser mais viciado conseguisse ter vantagem sobre ela.

Ellen estava tão distraída quanto o próprio Armin estava antes dela chegar, ambos concentrados e se divertindo com o jeito de passar o tempo, quando a morena sentiu o celular vibrar no bolso. Deu pausa no jogo sob os protestos de Armin e deixou o controle de lado por um momento para poder ver o que tinha recebido, percebendo ser uma mensagem de Alexy.

 

[Azuladão <3]

E aí, como tá indo? Fez ele tomar os remédios? [15:23]

 

Ellen sobressaltou-se com a surpresa. Havia esquecido completamente que estava aqui para cuidar dele! Ela se dava tão bem com ele quando estavam jogando juntos, que se distraía facilmente.

Sentiu o celular vibrar novamente antes que pudesse responder a primeira mensagem.

 

[Azuladão <3]

Faz ele tomar um xarope amargo! [15:24]

 

A morena riu ao ler a nova mensagem. Parecia que Alexy queria mesmo que Armin sofresse um pouco tendo que tomar coisas amargas e desagradáveis, embora não entendesse exatamente o porquê.

 

[Você]

Ainda não, mas vou fazer isso agora [15:25]

 

E, neste momento, Ellen se deu conta de uma coisa. Ela já havia estranhado que Armin parecia bem, muito bem, e lindo como sempre, na opinião dela, mas achou que talvez fosse normal mesmo e ele não necessariamente precisava estar parecendo um morto vivo para estar realmente doente. Mas, neste momento ela percebia que não somente a aparência dele estava bem, mas tudo nele estava bem até demais. Ela não o viu tossir nem espirrar uma única vez durante as horas em que ficaram jogando, não o ouviu fungando ou assoando a secreção do nariz, não parecia frágil, nem sonolento, nem debilitado como alguém doente certamente iria parecer. E foi assim que uma possibilidade passou pela cabeça dela: “E se… ele estiver fingindo?”. Na mesma hora, achou a ideia fora de cogitação, não fazia sentido. Por que ele iria fingir? Mas… passou a ficar desconfiada.

Faltava duas horas para o horário em que Armin supostamente teria que tomar o remédio, ele devia almoçar antes.

— E aí, Ellen? Vai ficar quanto tempo ainda mexendo no celular? — indagou impaciente para a morena. — Vamos voltar a jogar logo!

— Na verdade, acho que já está na hora de almoçar, ou até tenha passado um pouco da hora — respondeu para ele, seus olhos castanhos lhe dando um olhar levemente desconfiado.

— Ah, não. Vamos só jogar mais uma partida e daí vamos, que tal? — sugeriu ele voltando os olhos para a tela, sem a mínima intenção de parar o jogo. Ellen revirou os olhos, sabia que quando ele dizia “só mais uma partida” queria dizer mais 1 hora de jogo.

— Vamos, Armin. Você tem que comer logo pra poder tomar o remédio na hora certa, lembra? E não pode fazer isso de estômago vazio.

— Quê? — perguntou virando o rosto com expressão confusa para a garota encarando-a com as sobrancelhas franzidas por um momento, até sua expressão iluminar-se rapidamente, e no instante seguinte Armin começou a tossir com uma mão em frente a boca.

Ellen semicerrou os olhos, suas suspeitas ganhando força. “Esse moleque! Ele não pode estar fingindo mesmo, pode?!”, pensou.

— Ah, minha garganta dói. Faz um mingau pra mim? — perguntou com um brilho de inocência fingida nos olhos e a sombra de um sorriso no rosto.

— Nada disso — respondeu Ellen, decidindo entrar no jogo para ver até onde ele iria, tendo quase certeza que tudo aquilo não passava de uma grande encenação. — Eu já trouxe uma sopa pra você da minha casa, cheia de legumes e nutrientes perfeita pra quem tá doente. — Mesmo que, improvavelmente, fosse verdade, ela estaria fazendo o certo alimentando-o com a sopa saudável, mas se fosse uma mentira deslavada como suspeitava fortemente, ela iria se divertir.

Assim que Armin ouviu a palavra “legumes” sua expressão foi para algo perto do horror, e Ellen sorriu com isso. Talvez fosse esse o motivo afinal de Alexy querer tanto que Armin comesse ou tomasse algo desagradável.

— É uma pena você estar doente, né Armin? — disse Ellen em tom de quem realmente sente muito. — Se você estivesse bom, a gente podia ir numa lanchonete. Eu tô morrendo de vontade de comer bolinhas de queijo. Mas não dá, né? — disse atuando tão bem quanto podia, internamente se divertindo com o tom de pesar de suas palavras. — Você só pode comer coisas saudáveis pra se recuperar.

Sua intenção era ver se Armin resistiria a tentação de ir comer algo gostoso e entregaria os pontos, ou se continuaria nisso e comeria os legumes que ela sabia que ele detestava.

Ellen quase conseguia ver o rapaz travando uma luta interna sobre o que fazer.

— Mas… a gente pode ir numa lanchonete mesmo assim. Isso não vai influenciar na minha recuperação, não. — Ellen podia captar o jeito de quem estava arrumando desculpas para fugir dos tenebrosos legumes.

Nananinanão — debochou ela infantilmente. — Você tá doente e o Alexy me fez prometer que ia cuidar direitinho de você.

Sua intenção naquelas palavras era se divertir vendo o teatrinho e até onde Armin iria nisso tudo, mas arrependeu-se ao perceber que ela poderia ser interpretada de certa outra forma.

Corou envergonhada enquanto tentava se tranquilizar pensando: “Não, eu fui a única a pensar nesse sentido porque sou a única trouxa que sente algo a mais. Ele me vê só como amiga, ele me vê só como amiga, ele me vê só como amiga… droga, Ellen! Para de corar e volte ao normal antes que ele estranhe!” se repreendeu mentalmente.

— Vamos, Armin. Você tem que tomar a sopa agora — disse rapidamente tentando parar de embaraçar-se, dando as costas e saindo do quarto, sendo logo seguida pelo moreno de olhos azuis, que infelizmente ela não pôde ver como o mesmo também estava corado e parecendo sem jeito.

Os dois desceram as escadas em silêncio, cada um perdido em pensamentos um pouco distantes dali até Ellen pegar o pote que continha sua sopa e colocar no microondas, acertando os poucos minutos que seriam necessários para esquentá-la.

A morena estava ainda um pouco constrangida, toda a naturalidade com que vinha agindo desde que chegou a casa se esvaindo. E se ele enfim notasse que ela gostava dele?

Quando enfim o aparelho apitou, Ellen despejou a sopa num prato e colocou em cima da bancada em frente a Armin que apenas aguardava.

O rapaz apenas encarou a sopa em frente dele com uma expressão de puro desagrado.

Argh, legumes — resmungou quase que com nojo. Ellen revirou os olhos.

— Ai, Armin. Pare de ser fresco. Isso aqui é muito saudável, e não está ruim — repreendeu enquanto observava Armin brincar com a sopa, mexendo com a colher para lá e para cá por intermináveis minutos até finalmente começar a comer sem pressa e sem o mínimo de entusiasmo. Enquanto isso, Ellen decidiu enviar uma mensagem à Alexy:

 

[Você]

Não me diga que vc já sabia que ele estava fingindo isso, Alexy [15:37]

 

Em menos de 3 minutos depois, veio a resposta:

 

[Azuladão <3]

Até que vc não demorou tanto pra perceber, rs [15:39]

 

Ele sabia, Ellen teve a certeza. Mas também, não é como se Armin estivesse sendo lá muito convincente em fingir estar doente, se ele estava parecendo completamente normal a não ser pelas tosses forçadas de vez em quando.

 

[Você]

Se vc já sabia, pq me chamou pra vir aqui, então? [15:39]

 

Demorou mais um pouco, mas enfim seu celular vibrou novamente.

 

[Azuladão <3]

Amiga, vai se divertir, só vai [15:44]


 

[Você]

O que vc quer dizer com isso?? [15:44]

 

Ellen continuou segurando o celular esperando que Alexy respondesse, o que ele não fez. “Eu vou estrangular esse azulado!”, pensou com raiva, odiava levar vácuo principalmente agora que ela queria entender o que ele estava pretendendo. A morena levantou os olhos do celular para Armin saindo de suas divagações raivosas e curiosas ao perceber que, após o século necessário, o rapaz finalmente terminou a bendita sopa.

— Viu, não estava tão ruim — comentou ela, satisfeita por ter voltado o habitual clima descontraído entre eles, ou pelo menos perto disso, devido a toda a atuação da qual Ellen tinha confirmação agora.

— Seria muito melhor bolinhas de queijo, ou sanduíche, ou esfihas — rebateu com a cara meio emburrada. A morena via graça no modo como ele detestava legumes; ela até gostava de alguns e não achava tão ruim assim.

— Pois é, mas quem mandou adoecer? — perguntou cínica e riu quando ele fez um biquinho.

Os dois voltaram para o quarto logo depois, e quando Armin fez menção de voltar para o jogo, Ellen decidiu ir mais longe sobre toda essa história falsa.

— Ah, nada disso. — O impediu de pegar o controle, recebendo um confuso olhar como resposta. — Já que você está tãão doente, acho que o melhor é você ir descansar. Então nada de videogame, vai repousar.

O quê?! Você só pode estar de brincadeira, né Ellen? — perguntou em pura indignação. A expressão cínica da garota o fez ficar ainda mais chocado.

— Alexy está tão preocupado com você — provocou num tom meloso. — Ele quer que você se recupere logo, por isso temos que fazer o máximo para que isso seja possível, né?

De perplexidade, a expressão de Armin foi indo para a irritação, enquanto Ellen continuava a encará-lo como que desafiando a negar. E assim ficaram alguns segundos, se encarando desafiadoramente para ver quem desistia primeiro. Ellen venceu.

— Tá bom, tá bom! — disse exasperado jogando os braços para o alto em sinal de rendição. — Eu admito que estava fingindo estar doente, e tá bem óbvio que você já sabia há um tempinho. Tá feliz agora?

— Você achou mesmo que eu não ia perceber, não? Acha que sou burra?

— Eu sabia que você tinha sacado, mas eu não podia me render tão facilmente, né!

— Francamente, viu Armin. — A garota bufou, começando a ficar irritada com todas essas atuações. Até Alexy sabia, qual a intenção disso tudo, então? Estavam brincando com ela? — Posso saber pra quê que você tava fazendo isso?

— Foi por causa do Alexy — respondeu em tom mais calmo, sentando-se na beirada da cama e indicando para Ellen sentar também, e ela assim o fez. — Ele conheceu esse cara aí, e só fica falando dele o tempo todo há semanas, é de realmente encher o saco, sério. E pra completar ainda queria que eu fosse junto pra esse encontro, pra ficar de vela! E você conhece ele, se eu recusasse ele ia ficar insistindo, então decidi fingir ficar doente pra facilitar as coisas; assim o Alexy ia pro encontro dele e eu ficava aqui em casa de boa — explicou ele, fazendo a irritação de Ellen se esvair, ela conseguia compreendê-lo. É verdade que Alexy às vezes gostava de levar seus amigos para seus encontros amorosos, pensando que seria uma boa ideia fazer seus amigos conhecerem seu namorado e coisas assim, mas embora ele prometesse que não, sempre acabava trocando beijos e carícias demasiados, para o constrangimento de quem estava junto, ficando de vela.  — Mas eu não contava que ele fosse pedir pra você cuidar de mim — acrescentou, soltando um risinho pelo nariz.

— Olha, eu sei que às vezes o Alexy pode ir longe demais, mesmo — respondeu ela. — Tudo bem, está perdoado por mentir pra mim — completou rindo bem humorada sendo logo seguida pelo rapaz.

Mas algo ainda não estava certo, divagou Ellen. Sim, conseguia entender o motivo de Armin ter inventado essa história toda, mas… afinal, Alexy sabia que aquilo era uma farsa, aliás, teria sido muito estranho se ele realmente não tivesse percebido, devido a atuação de má qualidade. Então por que Alexy ainda assim sustentou essa mentira e pediu esse favor para ela? E o azulado nem sequer chegou a explicar o que ele queria dizer com sua última mensagem enviada, sobre ela ir se divertir.

— Bom, agora que você já sabe e eu não preciso mais continuar com isso, que tal a gente se divertir um pouco? — perguntou o de olhos azuis, parecendo adivinhar os pensamentos da garota.

— Q-que tipo de diversão? — perguntou, se repreendendo mentalmente por ter gaguejado no começo da frase. Armin sorriu travesso, fazendo a morena engolir em seco, começando a ficar nervosa.

— Já que você me fez comer as porcarias dos legumes, né! — disse e deu um soquinho de leve no braço de Ellen. — A gente podia compensar isso — disse e se levantou, indo até seu guarda-roupa e, enquanto a castanha observava curiosamente o que Armin estava pretendendo, o mesmo pegou algo do fundo da parte de baixo do móvel, parecendo se tratar de algo bem escondido e, ao se virar, ela percebeu ser uma vodka Askov da cor vermelha.

Ellen encarou Armin em descrença. Um sorrisinho nervoso se formando em seus lábios.

— Ai, Armin, não acredito! — e riu nervosa. Não que ela fosse do tipo certinha, nada disso disso, já bebeu algumas vezes como qualquer adolescente normal, mas toda a situação, e principalmente o autor dela, a deixava nervosa. — Tá falando sério? — perguntou ainda sorrindo de orelha a orelha.

— Claro, ué — respondeu e abriu a garrafa que era nova, logo bebendo um gole generoso da própria boca da garrafa. — A gente pode brincar de Eu Nunca, que tal? — convidou com um sorriso torto. — Quem perder, bebe um shot.

— Que shot, doido? E você lá tem os copinhos pra isso? — perguntou divertida, rindo abertamente, ansiosa pelo jogo que o rapaz propôs.

— Não — respondeu honestamente. — Mas é fácil, é só dar um gole grandinho. — Ambos riram bem humorados.

Ellen mordeu os lábios quase nervosamente, mas sorriu em seguida, empolgada com a ideia. Os eram ótimos jogadores, e claramente gostavam de desafio.

— Ok — aceitou.

 

***

 

Em menos de 20 minutos, ambos estavam rindo alto sentados no chão de frente um para o outro, vendo tudo a seu redor girar um pouco enquanto suas consciências estavam leves e banhadas de diversão. Começaram com perguntas simples até os dois terem bebido quase a mesma quantidade, e logo 1/3 da garrafa estava vazia quando as coisas começaram a ficar interessantes. Mas também, não era como se estivessem fazendo algo tão errado, ambos eram maiores de idade, afinal.

— Eu nunca — começou Armin em sua respectiva vez, pela sua voz havia humor e um riso segurado — usei o banheiro e não lavei as mãos depois. — E bebeu mais um gole da da vodka que tinha um sabor realmente bom, de frutas vermelhas, ao fazer sua própria confissão do segredo constrangedor de si mesmo.

— Ew! Que nojo, Armin!

— Mas é melhor você se acostumar, lindinha, pois a maior parte dos homens frequentemente fazem isso quando não estão com paciência. — E riu da expressão de nojo da morena.

— Tá, tá bom. Minha vez — disse Ellen, pensando no que escolher. Ela já estava “solta” o suficiente pela bebida para não ficar nem meramente preocupada com seus sentimentos ou que o dono deles estivesse em sua frente, meio bêbado como ela, ou que ambos estavam fazendo perguntas constrangedoras um ao outro. — Eu nunca… estive afim de alguém na rodinha de amigos — decidiu por fim sua ousada fala, já não mais tão tímida ao corajosamente pegar a garrafa e beber um gole, sem nem pensar no que estava fazendo. Sentiu a bebida doce porém ácida pelo álcool descer pela garganta, voltou seus olhos castanhos para o rapaz a sua frente que lhe encarava. Antes que pudesse começar a ficar consciente para se arrepender do que acabara de fazer, foi surpreendida quando Armin pegou a garrafa de sua mão, também dando um gole na mesma.

Um silêncio pairou sobre eles quando se encararam, quase que um tentando ler os pensamentos do outro.

— Quem? — perguntou simplesmente Ellen, seu coração palpitando.

— Não faz parte do jogo eu dizer quem — respondeu sorrindo de canto enquanto desviava os olhos azuis para o chão. Ellen começava a ficar preocupada. “Será que… e se fosse…”, seus pensamentos corriam soltos na mente nublada. — Minha vez — disse interrompendo as divagações da castanha. — Eu nunca comecei a enxergar uma amiga de uma forma diferente e senti vontade de ficar com ela — declarou e fechou os olhos ao beber mais um gole, dessa vez não tão grande. Ellen apenas encarou-o, sem palavras enquanto seu rosto esquentava. Mas ainda estava confusa demais para se achar capaz de tirar conclusões certeiras.

Ainda com a mente meio nublada, pegou a garrafa da mão de Armin, sua pele entrando em contato com a dele sentindo quase um arrepio agradável.

— Eu nunca… — tentou dizer meio embolada tanto por causa da bebida quanto pelo rumo em que as coisas estavam tomando, e fazendo uma pausa, respirou fundo tomando coragem para fazer algo que certamente não faria se estivesse 100% sóbria: — senti vontade de beijar meu melhor amigo.

Um silêncio pairou novamente sobre os dois, dessa vez mais pesado enquanto se encaravam profundamente, até Ellen sentir um broto de arrependimento quase começar a florescer dentro de si e desviar os olhos. O que estava acontecendo, por que ela cometeu a loucura de dizer aquilo? Porém antes que sua mente continuasse com essas questões internas se martirizando, a castanha sentiu uma mão em seu queixo, erguendo sua cabeça para encarar a sua frente os olhos azuis como se houvesse um significado oculto ali naquele oceano claro das orbes que lhe encantavam. O rapaz a encarava de volta, também no fundo se perguntando o que estava fazendo, porém com a mente leve demais e quase com uma tontura para pensar nessas coisas, passou a encarar então os lábios tão convidativos da morena que sempre achou linda desde o dia em que ela chegara na escola. As vozes da razão na cabeça de Armin, já sendo apenas fracos sussurros quase inaudíveis pela leve embriaguez, finalmente se calaram quando ele impulsionou seu corpo para frente e iniciou um beijo lento, ambos com o coração parando por um segundo até se acostumarem com a nova sensação.

Ellen estava em choque, dada a toda situação. Não correspondeu o beijo, não conseguia, sua mente já alterada tentava entender o que estava acontecendo enquanto seu coração acelerava. Armin então separou seus lábios dos dela, se afastando um pouco para olhar as feições inexpressivas da garota a sua frente.

— Ai, droga. Fo-foi mal, Ellen — começou o garoto passando a gaguejar nervoso. — Eu n-não o que deu em mim… — Armin não conseguiu falar mais nada, pois no exato momento em que a castanha se recuperou do choque, lançou-se em cima de Armin em um beijo mais ousado que o primeiro, colocando toda intensidade quanto podia em seus lábios, sendo imediatamente correspondida com fervor.

Já não havia mais distância entre os corpos quando Armin levou suas mãos para as costas de Ellen trazendo-a para mais perto de si enquanto a mesma por sua vez levava suas mãos para os cabelos negros do garoto, afagando-os.

O beijo intensificou-se ainda mais quando Armin pediu passagem com a língua, sendo prontamente cedido, deixando os dois jovens apenas com seus instintos. As mãos passeavam pelo corpo um do outro com força, desejando explorar seus corpos. Quando enfim o ar se fez necessário, Armin levou sua boca para a pescoço da morena passando a beijá-la ali, fazendo a morena arfar enquanto beijava ali e levava sua mão a coxa de Ellen, apalpando-a por debaixo do vestido.

A mente de ambos já havia desistido de funcionar, de pensar; eles apenas seguiam os instintos, o desejo que os guiava, sentindo necessidade de aprofundar rápido o contato de seus corpos tanto quanto fosse possível. Sem se darem conta, já estavam tirando as roupas um do outro com pressa, parecia que cada minuto em que ficavam sem o toque do outro lhes faziam mal, para logo deitarem juntos na cama, Armin ficando por cima de Ellen.

Quando se deram por si, estavam ambos apenas de roupas íntimas, se afastando lentamente para se encararem. Sabiam que queriam o que estava por vir, mas seus últimos pingos de consciência os faziam precisar disso: uma confirmação de que tanto um quanto o outro realmente queria isso, como uma última chance de parar tudo. Armin sentia a excitação latente querer dominar-lhe, ele realmente havia desejado Ellen antes, embora tivesse afastado aqueles pensamentos por achar que poderia ser apenas uma confusão, por não querer estragar o vínculos que tinham, a relação que já era boa entre eles; mas agora, quando estava prestes a realizar seus desejos que havia tentado enterrar, ele precisava apenas ter certeza, apenas mais um indício vindo dela de que a morena desejava a mesma coisa. E foi o que ela fez, quando tomou seus lábios novamente tentando passar o carinho que sentia através dali, fazendo mesmo o momento movido a pouco raciocínio tivesse ainda um afeto, em vez de pura e vazia luxúria.

Armin amaciou os seios de Ellen por cima do sutiã por um breve momento, arrancando suspiros da garota que adorava ter as mãos do rapaz sobre si, até finalmente conseguir tirá-lo, para logo sem demora levar sua boca a um deles, chupando o mamilo com vontade e em seguida circulando sua língua no mesmo, com a mão afagava o outro seio. Ellen poderia começar a gemer naquele momento, aproveitando as carícias agradáveis em seus seios, mas tanto ela quanto ele estavam com pressa, sentindo as próprias intimidades pulsar de antecipação.

Ellen levou suas mãos para as costas de Armin passando seus dedos por cima de sua pele firmemente, toque que o rapaz achou agradável.

Armin passou então de levar seus beijos do seios para a barriga, descendo lentamente enquanto erguia seus olhos para observar Ellen, que descia e subia o peito com sua respiração forte. Quebrou o contato dos olhos por um momento, apenas o suficiente para focar em retirar a calcinha preta que outrora estava combinando com o sutiã que usava, alguns pequenos detalhes de renda. Não era uma lingerie feita para ser necessariamente sexy, mas ainda era charmosa. Ao retirar a última peça de Ellen, se afastou para, por sua vez, ficar completamente despido também e voltar a beijar a morena que estava quase o fazendo perder a sanidade.

Nenhum dos dois era virgem, Ellen já havia tido um namorado em sua antiga escola com quem havia perdido a virgindade e Armin, embora nunca tivesse namorado, já havia tido algumas experiências antes. Ambos tinham o mínimo de experiência o suficiente para que aquilo tudo não fosse desajeitado.

Armin levou sua mão a intimidade já úmida de Ellen, acariciando o lugar fazendo a garota soltar um gemido abafado, a sensação era tão boa que ela podia continuar com apenas isso perfeitamente bem. Logo Armin levou seu membro a entrada da garota, passando a penetrá-la excepcionalmente devagar. Ellen sentia sua intimidade passando a se acostumar com a sensação de tê-lo por dentro, comprimindo-o. A sensação era puro prazer quando por fim o membro entrou por completo, e Armin logo passou a se movimentar enquanto suas mãos acariciavam o corpo da morena. Os movimentos passaram logo a serem intensos, ambos aproveitando as sensações deleitosas que seus corpos unidos aproveitavam, passando a ficarem suados depois de alguns minutos do esforço físico, que apenas os fazia aumentar a vontade de fazerem tudo mais rápido, mais forte, mais intenso, perto de se aproximarem do ápice. As mãos de Ellen que antes apenas passava seus dedos pelas costas de Armin, agora arranhava a pele dele enquanto sentia sua respiração ficar cada vez mais difícil e o coração acelerado, não sendo muito diferente para o rapaz, ambos respirando ofegantes e ocasionalmente soltando gemidos que não conseguiam segurar. E com mais uma estocada funda em sua intimidade, Ellen sentiu quase uma explosão dentro de si, um misto de sensações únicas que fizeram seu corpo vibrar por um momento e comprimir o membro de Armin por dentro; havia chegado a seu ápice, não tardando a ser seguida pelo rapaz que, sabendo que não resistiria a muito mais tempo, retirou-se de dentro da garota para ejacular fora. Mesmo com a mente em mil outros lugares quase não pensando em nada direito, Armin ainda fez questão de não ejacular dentro dela, como uma noção que ele estivesse mantendo todo o tempo.

Após o clímax, ambos ficaram exaustos, querendo apenas aproveitar o relaxamento se seus corpos. Porém, antes disso Armin abriu a gaveta da cômoda ao lado da cama e pegou um lenço de lá para limpar a sujeira que fizera. Ellen nem reparou no que o rapaz estava fazendo, estava lutando para se manter acordada, toda a bebida e o orgasmo fazendo seu corpo pedir por descanso.

Ao terminar de limpar, Armin apenas lançou o lenço sujo em direção da lixeira que ficava perto do computador, e embora tivesse errado e o lenço caísse fora da lixeira, o de olhos azuis não se importou muito com isso, finalmente deitando seu corpo trazendo Ellen para deitar a cabeça em seu ombro enquanto passava um braço pelo ombro da garota, os dois normalizando suas respirações e se acalmando, e nenhum resistiu a continuar mantendo a consciência, se entregando ao sono com suas mentes nubladas.

Talvez eles até pudessem se arrepender de terem feito aquilo quando acordassem e se darem conta do que havia acontecido, talvez dissessem que foi um erro e tentassem esquecer aquilo, ou até tentariam encarar o que fizeram com responsabilidade e repensassem sua relação; mas fosse o que fosse que pretenderiam fazer quando a consciência chegasse, certamente foi apressado, dificultado e embaraçoso quando, horas depois, Alexy chegou de seu encontro e flagrou a cena de seus dois amigos nus na cama de seu irmão, e com gritos de choque acordando os dois, viu que seu “plano” havia funcionado além da conta do que ele achara, para sua total perplexidade.


Notas Finais


Bem, foi isso, pessoal! Espero que tenham gostado <3

Por favorzinho, comente sua opinião :)
Adoro ler comentários da minha fic, me fazem bem feliz ^^

Quem leu a fic como era antes, olha, eu gostaria que apagasse da memória a versão antiga porque era meio tosca e vergonhosa kkkkk


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