História Cuide Bem Dela... Por Favor! - Relaxando no Banheiro dos Professores - Parte I

“Vamos lá pessoal...” –ele estava trazendo um punhado de papéis. Ele parecia empolgado- “Temos muitos clientes hoje. Aposto que vamos bater a meta facilmente” –ele sorriu e voltou para o outro lado-

Tinha mais gente vindo. Estava se passando das oito da noite e ainda assim as pessoas continuavam a chegar. Por alguma razão, a popularidade da lanchonete tinha aumentado exponencialmente em poucas semanas. Isso era muito bom, porém, cansativo. Ultear, Lyon e Jenny ainda não conseguiam descobrir o porquê de Natsu estar de tão bom humor. Ele conseguia ser muito paciente para um gerente de uma lanchonete fast-food lotada. Mas, conseguiam entender o porquê de ele ter sido mandado para aquela filial. Acontece que o antigo gerente não era nem um pouco do poço de calma que Natsu. Ele por várias vezes acabou sendo grosso com alguns clientes e, provavelmente, Hisui –a gerente geral- decidiu mandar Natsu para lá para que o número de clientes não diminuísse por causa da gerência inadequada. E deu certo. Natsu era bem carismático com os clientes, tanto que eles nem tinham margem para arrumar problema com ele. Ele continuava anotando os pedidos dos outros enquanto resolvia determinadas reclamações, como pedidos trocados. Passaram bastante tempo ali até finalmente a quantidade de pessoas começou a diminuir. Umas duas horas depois, puderam fechar o estabelecimento. Estavam muito cansados e conversavam enquanto tomavam um café ao redor de uma mesa nos fundos da lanchonete. Natsu era o único que não bebia. Ele não era muito fã de café.

“Você não é deste planeta mesmo...” –Lyon falou- “Nem gosta de café” –os demais deram um sorriso ao ouvirem isso-

“Não gosto de um monte de coisas” –estalou os dedos das mãos. Tinha digitado muito no computador hoje- “Mas o louco aqui é você por comer um grão de café puro. Isso é loucura”

“Com o tempo você acostuma” –ele comeu mais um grão e tomou um gole. Natsu pensava se aquilo que ele estava fazendo tinha risco de morte- “Uma coisa que eu tenho que admirar é que desde que você chegou por aqui, os clientes têm vindo com mais frequência. Você tem algum superpoder por acaso?”

“Como se fosse possível” –ele deu uma risada-

“E qual seria?” –dessa vez foi Ultear- “Algum tipo de hipnose? Ou ele tem algum tipo de hormônio de acasalamento que atrai macho e fêmea?”

“Eu sou algum animal?” –ele sorriu. Todos estavam rindo, com exceção de Jenny, que estava um pouco retraída em seu canto. Até esse momento-

“Ei Natsu...” –Jenny parecia meio estranha. Um pouco constrangida, até- “Você nunca pensou em ser transferido permanentemente para cá?” –ela perguntou fazendo Lyon a olhar meio torto- “Que foi?” –ela parecia estar um pouco mais afobada que o normal-

“Não sei. É que já mudamos de gerente umas quinze vezes e você nunca ligou se eles iam se tornar gerentes fixos ou não” –ele pôs o dedo indicador no queixo- “Você sempre quis que a GG voltasse” –GG era a sigla de Gerente Geral. Eles chamavam Hisui assim. Quando não era GG, a chamavam de Princesa-

“Bem... É que...” –ela parecia procurar palavras- “Digo... Tem que admitir que o Natsu é o melhor gerente que já tivemos até hoje. Além dele não se estressar com a clientela difícil que temos por aqui” –ela mantinha as duas mãos no colo-

“Eu apenas faço o meu melhor” –sorriu enquanto olhava a hora-

“Mas Jenny, você...” –Lyon ia falar mas-

“Nossa, olha a hora” –Ultear olhou um relógio invisível em seu pulso- “Vamos Jenny. Temos que ir ou perderemos o ônibus” –ela pôs o braço nos ombros da loira- “Vamos”

“Sim” –apenas isso-

Elas se levantaram e foram embora. Natsu e Lyon fizeram o mesmo. Saíram e trancaram a porta dos fundos da lanchonete. Ultear e Jenny foram em uma direção, Lyon foi em outra e Natsu em outra. Parou no ponto de ônibus e não demorou muito para que o seu transporte chegasse. Entrou. Ia em direção à escola. Tinha falado com o diretor para usar a enfermaria para dormir. Pagou sua passagem e se sentou numa das últimas cadeiras. Tirou seu celular do bolso. Ele tinha vibrado algumas vezes enquanto estava no trabalho. Logo após desbloquear o celular viu algumas mensagens e notou que uma delas era de Lisanna. Sorriu. Cana havia ensinado ela a usar um celular. Segundo ela, tinha aprendido as funções básicas com maestria. Ela tinha mandado um oi mestre. Ele sorriu, em seguida respondeu...

[19:27] Natsu: Oi Lis...

[19:27] Lis: Boa noite, mestre.

“Que rápido” –Natsu pensou-

[19:28] Natsu: Desculpe não ter ficado com você hoje. Estive bastante ocupado. Gostou do seu primeiro dia de aula?

[19:33] Lis: Um pouco. Os assuntos eram um pouco esquisitos mas consegui entender. Nee-san vem me ajudando com as coisas da escola. E aquele humano mal veio falar comigo. Aquele de cabelos pretos. Ele veio falar mal de você, mestre. Por que tolera isso?

“...” –Natsu apertou os olhos. Sabia que era só uma questão de tempo até que Gray fosse falar com Lisanna, mas não sabia que seria tão rápido-

[19:35] Natsu: Eu apenas não quero causar confusão. Já estou acostumado com esse tipo de coisa. Não precisa se incomodar.

[19:36] Lis: Mas me incomoda sim. Você é tão bom, não merece esse tratamento.

[19:37] Natsu: Obrigado, mas nem todo mundo pensa assim.

[19:37] Lis: Como está? Nee-san diz que seu trabalho é mais puxado nesse outro lugar. Está cansado?

[19:38] Natsu: Estou tão cansado que acho que vou apagar assim que chegar na escola. Vou direto me deitar e dormir. Estou só o pó. Tomo banho antes das aulas da manhã.

[19:41] Lis: Entendo... mas, sabe, Nee-san diz que tomar banho antes de dormir te deixa mais relaxado. Diz que o cansaço vai embora. Talvez. Ela disse que o banheiro dos professores é o melhor para isso.

[19:42] Natsu: Não sei. Acho que vou. Talvez.

“...” –ele esperou- “...” –esperou- “...” –esperou mas ela não respondeu mais. Natsu suspirou. Talvez ela estivesse sendo bulinada por Cana mais uma vez-

Normal ser vítima do assédio de Cana. Ainda mais se fossem garotas belas como Lisanna. Cana não era do tipo que gostava de garotas. Se é que podem entender. Ela simplesmente tinha um lado sádico que gostava de constranger as pessoas. Lisanna, com aquela personalidade inocente, as orelhas e a cauda de gato, era um alvo mais que satisfatório para as perversões de Cana. Mas, agora que ele pensou. Lisanna no começo parecia ter algum tipo de dupla personalidade. Tanto é que ele tinha visto uma vez e foi quando a encontrou. Naquele dia -ou noite- Lisanna estava muito diferente. Ela parecia estar com os desejos elevados ao máximo. Não que ela não tivesse desejo por ele nas outras vezes, mas, naquele dia, excepcionalmente naquele dia, ela estava com o corpo fumegando de tanto desejo. Seu corpo parecia mais sexy, sua voz, seu olhar, seu jeito, seu tudo. Seu tudo parecia incrivelmente mais sexy e excitante que o natural. Gostava muito da Lisanna quietinha que convivia normalmente, mas, também gostava daquela Lisanna fogosa que tinha visto da primeira vez.

“Foi rápido hoje” –falou descendo do ônibus. Olhou para cima olhando a lua. Estava cheia- “Se me lembro bem...”

Ela tinha falado da lua. Quando tinha perguntado sobre ela estar tão quietinha, ela tinha dito que a culpa era da lua. Ela até tentou explicar o que isso queria dizer mas, ele tinha recebido aquela ligação da gerente geral, Hisui. Não deu para saber o que era. Isso estava lhe deixando com demasiada curiosidade. Andou por uns minutos até que finalmente entrou no terreno da escola. E, logo depois de cumprimentar o zelador com um boa noite, ele foi em direção ao seu “dormitório”. A enfermaria era um lugar legal. Grande e bastante confortável até. Tinham algumas macas que quase nunca eram usadas, a não ser pelas pessoas que tentavam escapar das aulas fingindo mal estar. Tinha uma estante de remédios um pouco ao lado das macas que estava trancada por um cadeado. Apenas a enfermeira da escola podia abri-lo, mas, ninguém tinha ânimo para ir lá pedir um remédio. Ninguém além de Natsu, claro, afinal Flare não aparentava ser muito sociável. Isso até você conhecer ela. Quando isso acontecia, era possível notar quão divertida ela era. Mesmo com aquela aparência de cansaço constante. Chegou na enfermaria e se sentou na primeira maca que viu. Estava muito cansado. Pensou em se deitar e dormir, mas, sentia que seu corpo estava sujo. Além de que, precisava trocar as roupas que vestia. Se levantou e foi andando. Costumava tomar banho no banheiro normal mas, pelo que Lisanna tinha lhe dito, o banheiro dos professores era muito melhor. Resolveu acreditar em sua irmã. Foi até lá. O banheiro dos professores ficava bem perto dali, tanto que em segundos depois, ele chegou. Abriu a porta.

“Uaau” –Uau mesmo-

O banheiro era incrível. Tinham vários boxes em sequência um ao lado do outro. Da mesma forma que as pias de granito preto estavam dispostas na parede oposta aos boxes. Tinha uma banheira grande e mais ainda, uma hidromassagem na parte mais ao fundo do banheiro. O local era enorme e a diferença entre os banheiros dos alunos e professores era desumana. Caso ele fosse concorrer a presidente do conselho estudantil, ele, com certeza iria lutar para que aquele banheiro pudesse ser usado pelos alunos. Ou não. Talvez ele devesse deixar os demais alunos nos banheiros normais e ele nesse. Vai saber, certo? Tirou as roupas quase que automaticamente e foi direto a hidromassagem, a ligou e se sentou dentro.

“Isso é muito bom” –ele suspirou enquanto sorria-

Aquilo era muito bom mesmo. Não sabia se era por causa do seu cansaço, mas aquilo estava lhe relaxando de uma forma maravilhosa. Estava de olhos fechados até que, de repente ele sentiu um arrepio. Não era um arrepio assustador. Não. Era algo reconfortante. Sentiu também um aroma muito bom de rosas brancas que pareceu tomar todo aquele local. Não sabia o porquê de aquilo estar acontecendo, quer dizer, até esse momento...

“Nyaaa” –ele ouviu um suave miado-

“Por que será que não estou surpreso?” –ele perguntou sorrindo e seus olhos brilharam ao serem abertos. Ela estava lá, completamente pelada e sentada em cima de uma das pias com as pernas cruzadas. Ela mexia as orelhas de forma leve e sua cauda se movia de forma graciosa. Talvez até sexy. Muito sexy. Ela o olhava com um desejo tão forte que, apenas seu olhar, foi o suficiente para fazer seu membro pulsar. Ela mantinha o dedo indicador na boca enquanto o lambia de leve e dava leve mordiscadas. Ela estava pegando fogo-

“Boa noite, mestre...” –ela balançou sua cauda- “Está cansado? Posso te ajudar a relaxar?”

“Sério mesmo?” –entrou na brincadeira- “Eu adoraria”