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História Cuide Bem Dela... Por Favor! - Amor e Amizade


Escrita por: Izayoi_Sakamaki

Notas do Autor


Surpresa... Ou não já que alguns já sabiam que eu ia atualizar essa fic (os leitores da MeTsu, especificamente). Então ficou resolvido que eu postaria dois capítulos por semana. Um da MeTsu e um dessa aqui. Assim não me sobrecarrego, nem deixo meus queridos leitores esperando demais. Sem mais delongas, aproveitem o cap...

Capítulo 15 - Amor e Amizade


Podem chamá-lo de idiota ou maluco. Sem noção e etc, mas a verdade é que mesmo estando com a cabeça a prêmio Natsu estava levemente empolgado com essa ideia de ter poderes. Fala sério, que tipo de rapaz não queria ter poderes? Super força, velocidade, sentidos e instintos sobre-humanos. Era como ser um super herói das histórias em quadrinhos. Era empolgante mesmo que ainda assim fosse perigoso receber poderes. Mesmo que fossem provenientes de um Youkai. Que por sinal, era o youkai mais lindo que ele já tinha visto na vida. Não que ele tivesse visto outros, obviamente, mas ainda assim tinha certeza de que mesmo que encontrasse outro, esse tal ser não chegaria a fofura e beleza dessa sua gatinha siamesa. Que por sua vez estava andando do seu lado agarrada em seu braço enquanto os dois se encaminhavam para a sala de aula.

Ela estava aparentemente preocupada ou não. Na verdade, ela parecia estar se sentindo culpada. E não é pra menos. Se – segundo Cana – ela tinha se sentido um parasita na casa dele por não ajudar ele com praticamente nada, imagina só como ela estava se sentindo em ter colocado a vida dele em perigo. Mesmo que tivesse sido completamente sem querer, já que a expressão de Lisanna quando ouviu que tinha transmitido energia para ele tinha sido de uma completa confusão. Deveria estar muito, mas muito preocupada mesmo. Tanto que aproveitou a ida na sala da diretoria para pedir ao diretor que a deixasse entrar no clube de literatura. E o diretor permitiu, claro. Não fazia sentido algum em impedir uma aluna de participar de um clube. E Natsu também achava que ele tinha permitido logo por que não queria estender demais o assunto afinal, Natsu estava ali por que o diretor queria perguntar a ele se ele queria ser transferido de sala. Graças a Deus ele não tomou nenhuma suspensão ou advertência. Claro, o diretor sabia muito bem sobre o bullying constante que Natsu sofria e queria mudá-lo de sala para que não houvessem mais esses casos de explosão de Natsu contra alguma pessoa que estivesse o maltratando. Ele não estava certo em quase espancar um aluno, mas tinha que admitir que seus motivos eram entendidos por qualquer pessoa que tenha um pingo de empatia pelos outros. Felizmente, tanto o diretor Makarov quanto literalmente todos os professores tinham esse sentimento pelo rosado afinal. Ele era bastante dedicado. Enfim... Natsu até pensou em trocar de sala, mas preferiu ficar na sua. Por que? Simples... Erza, Levy e Lisanna estavam lá. Ele não queria deixar elas. Eram suas melhores amigas mesmo que fossem pessoas estranhas. Suspirou enquanto olhava para Lisanna e via suas orelhas se mexerem de leve abaixo de seu gorro.

“Lisanna. Tudo bem?” – perguntou.

“...” – Ela continuava agarrada ao braço dele enquanto olhava para os cantos –

“Lis?”

“Oh... Oi, mestre” – ela parecia estar sendo alvo de diversos sentimentos aleatórios – “Tudo bem sim”

“Se você diz...”

Não. Não estava tudo bem. Graças a tal ligação que Natsu e Lisanna tinham, algumas coisas tinham mudado no seu corpo e isso o fazia perceber os problemas que estavam incomodando sua gata. Mesmo sem querer depois de ter seus sentidos altamente potencializados, Natsu conseguia ouvir tudo o que as pessoas murmuravam. E no geral, os murmúrios ruins vinham sempre dos alunos de sua sala. Era sempre “Esse nerd maldito é um perigo. Deveria ser expulso. Ele bateu no Gray sem motivo algum. Essa moça que está com ele é tão bonita, aposto que ele a ameaça de alguma forma. Alguns dizem que ele até violou ela. Coitadinha. Mas só assim mesmo pra ela ficar com esse nerd nojento”. Nesse último murmúrio Lisanna apertou a mão de Natsu como se quisesse falar alguma coisa. Natsu percebeu isso, mas quando ia falar alguma coisa para confortar ela e a impedir de pensar em bobagens durante o restante do dia inteiro, viu algumas pessoas correndo para dentro da sua sala. Correndo como se tivessem assustadas ou querendo avisar algo a alguém. Seja o que fosse, aquela situação foi capaz de retirar sua atenção dos problemas de Lisanna por algum tempo. Chegaram na porta da sala e como se esperasse isso, o sinal para o início da aula começou. Mas ainda não tinha nenhum professor na sala.

“Hmm?” – murmurou assim que entrou na sala de aula sentiu algo anormal. Talvez um clima estranho pairando no ar. –

Olhou a sala inteira enquanto notava algumas informações interessantes a se assimilar. A primeira de todas, Gray com uma tipóia e óculos escuros. Tinha batido tanto nele assim? Natsu sorriu internamente levemente satisfeito com o pensamento de que ao menos ele iria parar de lhe encher por um tempo. E isso era bom. Continuou andando até seu lugar enquanto sentia aquele peso aumentar e quando chegou ao seu lugar notou duas coisas estranhas. A primeira, era que a carteira de Lisanna não estava mais ali e, pelo que dava para notar, ela estava posicionada exatamente no lado oposto ao dele. Bem longe... E a segunda coisa. Essa fez os olhos de Lisanna brilharem em um notável sinal de fúria. O que tinha acontecido? Nada fora do padrão. Apenas alguma pessoa, ou um grupo delas tinha vandalizado a carteira de Natsu. Pareceu que tinham pego a lata de lixo que ficava no canto da sala e tinham despejado ela encima de sua carteira. Mas não sem antes escreverem algumas palavras extremamente gentis ali. Se é que me entendem. Natsu suspirou mantendo seu estado calmo e colocou a mão na cabeça de Lisanna para a acalmar. Não seria um exagero em dizer que ela estava tentada a pegar aquela carteira cheia de lixo e atirar em alguém. Passou os olhos pela sala e viu que Erza estava com uma expressão furiosa no rosto, Levy parecia triste e até mesmo Lucy que tinha quase parado de falar com ele estava chocada com aquela situação. Ambas estavam assim por que obviamente estavam se obrigando a ficar caladas em meio àquela situação. Ótimo. Pelo menos elas não seriam alvo de toda essa palhaçada também. E tava na hora de tirar mais alguém da reta. Suspirou e colocou sua mochila na cadeira que, por um milagre estava limpa. E começou a caminhar até a lata de lixo... Mas não sem antes...

“Lis...” – ele a chamou colocando sua mão na cabeça dela na esperança de que ela se acalmasse e em seguida apontou para a carteira dela que estava na mesma fila que a de Erza do outro lado da sala – “Seu lugar será ali, agora. Entendeu?”

“Mas...” – sua expressão passou de ódio para mágoa – “Mas...”

“Você escutou” – ele foi até a lata de lixo enquanto via que a sala inteira os ignorava como se nada daquilo estivesse acontecendo – “Seu lugar será ali” – começou a recolher todo o lixo – “E também não quero mais que ande comigo durante as aulas”

“...” – ela estava magoada. Talvez Natsu estivesse fazendo aquilo por que ela tinha conseguido piorar uma situação que já era ruim. Tinha aparecido na escola a um dia e isso tinha acontecido. Por isso que Natsu tinha dito pra ela ficar em casa mas ela não obedeceu e acabou piorando as coisas pro lado dele. Ela baixou a cabeça enquanto ouvia o professor chegar na sala de aula –

“Mas o que houve por aqui?” – ele estava realmente assustado com aquilo –

“Nada... Foi apenas um acidente” – sorriu e nesse momento Lisanna sentiu uma pontada no seu coração. Aquele sorriso era claramente falso – “Vá pro seu lugar, Lisanna” – seu tom de voz demonstrava severidade. Lisanna resolveu não contestar e foi se sentar no seu lugar –

O professor ia começar a aula, mas resolveu esperar até que Natsu recolhesse o lixo e o colocasse em seu lugar de origem. E logo após fazer isso, ele simplesmente se sentou em sua carteira. Ela estava ainda cheia daquelas mensagens de “conforto e incentivo” mas nada que um pano úmido não pudesse tirar. E logo após se sentar, ouviu o professor iniciando a aula. Deu duas batidinhas no seu rosto como se tentasse direcionar seu cérebro a ficar em apenas uma coisa: a aula...

-----x-----

O tempo passou rápido, mas o clima continuava terrivelmente pesado. O sinal havia tocado às duas da tarde para o final das aulas e todos os alunos começaram a se levantar. Natsu foi o primeiro a sair. Ele parecia apressado para ir em algum canto e praticamente saiu da sala sem olhar para Lisanna. Que baixou sua cabeça. Estava de gorro, mas se não estivesse, todos com certeza conseguiriam ver suas orelhas abaixadas que denotavam um claro sinal de tristeza. Mas não era pra menos. Estava se sentindo tão culpada e chateada com as coisas que aconteceram que estava te pensando se seria melhor se ela fugisse de casa. Tinha vivido na rua durante tanto tempo. Tinha morado em todos os tipos de lugares. Poderia muito bem voltar a viver em uma caixa de papelão no meio da rua. Estava determinada. Iria embora. Talvez se conseguisse se afastar muito dele, talvez a ligação fosse quebrada e ele não tivesse mais o risco de ser morto. Talvez ele não ouvisse aquelas coisas horríveis que as pessoas estavam falando dele. Fechou as mãos com força enquanto se levantava pra ir embora, direcionando-se à porta a passos largos.

“Ei...” – ela ouviu uma voz – “Onde vai com tanta pressa?”

“Eu vou...” – pra onde? – “Pra... casa” – tentou falar da maneira mais normal possível. O que pareceu ter funcionado –

“Pensei que fizesse parte do clube de literatura” – era Levy quem falava com ela. Ela estava sentada encima de sua carteira enquanto Erza guardava seus materiais –

“Ah isso?” – ela tocou as pontas dos dedos – “Eu acho melhor não ir... O mestre disse pra eu não ficar perto dele na escola” – dava claramente para notar a tristeza e frustração na sua voz – “Não quero atrapalhar ele no clube”

“Não vai atrapalhar” – dessa vez foi Erza quem falou – “Olha... Sei bem o que você está pensando. Está pensando que ferrou com a mais ainda com a vida dele e por isso que ele mandou você ficar longe” – ao ouvir isso, Lisanna a olhou assustada. Erza lia mentes? – “Não... Não leio mentes. Só tô falando isso por que foi pelo que nós passamos também” – ela sorriu de forma divertida para tentar acalmar a garota –

“Sim... Sabe, o Natsu é um rapaz raro e preza muito pelas amizades dele. Entende? Por que acha que nós não falamos com ele nem andamos com ele nos corredores?” – foi uma pergunta retórica. E mesmo que não fosse, Lisanna não saberia responder – “Simples. Ele sabe que o bullying não vai acabar nem tão cedo e não quer que sejamos alvos disso também por estarmos andando com ele. E ele também nos fez prometer  que não faríamos nada e nem iriamos nos meter nas coisas que acontecem”

“Isso é a parte mais difícil” – Erza parecia triste – “É doloroso ver ele passar por isso e não poder fazer nada...” – ela levantou sua mão esquerda – “Eu adoraria quebrar minha shinai na cabeça dos nojentos que fazem isso com ele, mas ele não deixa. Natsu dela mais pela minha reputação de capitã do time de kendo do que eu mesma prezo por ela” – deu uma leve risada enquanto olhava mais algumas pessoas irem embora –

“Assim como preza pela minha reputação de representante de classe” – ela sorriu tentando confortar a garota – “Mas o bom é que mesmo não podendo ajudar ele por aqui, podemos ajudar ele em casa. Nos reunimos com alguns amigos de outras salas para assistir alguma coisa ou jogar algum jogo. Ele não nos ama menos por que passamos o dia fingindo que ele não existe. Mesmo que isso seja contra a nossa vontade”

“Então... Não mude com ele por que ele quer você afastada na escola” – Erza se levantou e colocou sua mochila nas costas – “Ele tá fazendo isso pro seu bem”

“Ta certo” – Lisanna respirou fundo. Isso não diminuía a culpa que sentia, mas aumentava a vontade que tinha de ficar do lado dele é o fazer feliz –

“Então já que impedimos você de fugir pra algum lugar desconhecido, vamos andando, hoje nosso querido presidente vai dar algumas dicas de escrita para os membros do clube” – Erza parecia empolgada –

“Você lê mentes?” – Lisanna perguntou por instinto fazendo as duas rirem –

“Não... Mas tenho uma percepção um pouco elevada”

E foi com essa resposta completamente vaga que elas se encaminharam para a sala do clube de literatura.


Notas Finais


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