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História Cupid - Mon nom est Lauren


Escrita por: Dragon5H

Notas do Autor


Mon nom est Lauren = Meu nome é Lauren.

Capítulo 8 - Mon nom est Lauren


A palavra de uma criança, embora honesta e verdadeira tem pouco valor para aqueles que não sabem mais ouvir.

Alvo Dumbledore



A garotinha ficou meio minuto parada, me olhando.Seus olhos brilhavam em uma mistura de surpresa e felicidade.

A encarei de volta com expressão confusa.

Ela me chamou de Anjo?

Sua mãe ao meu lado também parecia estar confusa mas antes que ela conseguisse falar alguma coisa Sofia jogou a mochila que carregava no chão e correu em minha direção.

O impacto do pequeno corpo em mim fez com que eu quase perdesse o equilíbrio e caísse pra trás. Sofia se agarrou a minha cintura me dando um forte abraço.


Encarei a situação toda muito confusa, Sinu demonstrava saber tanto quanto eu sobre o que estava acontecendo.


Mesmo não entendendo nada, retribui o abraço da pequena. Tão forte quanto pude. Uma sensação de carinho por aquela garotinha me aqueceu.


Sofia se afastou um pouco pra me olhar e falou sorrindo:


– Que bom que voltou Anjo!


– Anjo? Sofia do que você está falando?! Você conhece ela? – Sinu perguntou impaciente.


– Ela é um Anjo mamãe! Olha as asa... Espera! O que aconteceu com as suas asas?!


– Ela não é um Anjo Sofia! Ela bateu a cabeça e perdeu a memória. Estamos tentando ajuda-la.


Sofia arregalou os olhos e falou assustada:


– Bateu a cabeça e perdeu a memória?! Você caiu do céu? – A inocente pergunta da criança pareceu irritar Sinu que exclamou:

– Sofia chega! Ela não é um Anjo! Quantas vezes vou ter que falar pra você parar de ficar inventando histórias?! Isso é sério! Ela não se lembra quem é, não é hora de fazer esse tipo de brincadeira!


– Mas eu sei quem ela é! – A garotinha bateu um pé no chão contrariada. – Ela. É. Um. Anjo! Eu te falei que vi um Anjo no quarto da Kaki!


– Sim você falou e nós duas concordamos que foi um sonho! Anjos não existem Sofia.


Nessa hora eu senti um forte impulso em contestar. Falar que ela estava errada e que anjos existem sim! Mas me mantive calada só observando. Não sabia de onde tinha vindo essa convicção tão forte sobre a existência de anjos, então achei melhor não falar nada.


Emburrada Sofia cruzou os braços e falou petulante.


– Existem sim! Minha Abuela me contou que eles aparecem quando mais precisamos e ela estava certa!


Quando Sofia falou 'Abuela' o rosto de Sinu se contorceu em amargura e dor. Ela soltou um suspiro exasperado antes de falar:


– Chega dessa conversa. Suba para seu quarto Sofia.

– Mas...

– Agora Sofia!


A menina encarou a mãe com raiva, seus olhos marejados e as bochechas avermelhadas. Antes de sair ela olhou pra mim e me deu um sorriso fraco, meu coração se apertou angustiado quando vi uma única lágrima escorrer pelo seu pequeno rosto.


Sozinhas na cozinha um silêncio desconfortável pairou.

– Me desculpe por isso... Depois que a avó dela morreu ela fica fazendo esse tipo de coisa pra chamar a atenção.

Reprimi a vontade falar: " Então por que você não dá atenção que ela está pedindo?" e não respondi. Afinal estava ali de passagem e a apenas um dia. Não tinha o direito de me meter.

– Bom... Depois que entreguei as suas fotos eu arrumei  o quarto de hóspedes pra você. Estava uma bagunça, todas as tralhas que não usávamos mais a gente jogava lá. Mas agora da pra você ficar nele até encontrarmos sua família.


– Vocês vão me deixar ficar aqui?! – Perguntei surpresa.

– Claro! Se isso acontecesse com uma das minhas meninas eu ia querer que alguém fizesse o mesmo. Não posso te deixar em um abrigo ou coisa assim. É perigoso.


Percebi que Sinu apesar de carregar aquela expressão séria... Era uma boa pessoa. Quem em sã consciência deixaria uma desconhecida sem memória morar na sua casa sem pedir nada em troca?


Emocionada a abracei de novo enquanto agradecia.


– Obrigada, obrigada, obrigada! Obrigada por tudo Sinu!


– Não precisa agradecer criança. Agora vamos ver o seu quarto? Troquei a roupa de cama e tirei o máximo de coisas que consegui. Ainda ficaram algumas mas resolvemos isso depois.


Apenas assenti sorrindo.


– Me deixe antes pegar a sua roupa na lavanderia. Já está seca.


Não esperei muito até que ela voltasse com duas peças de roupas dobras no braço. Uma regata preta e uma calça de linho branca.


– Aqui está! Estão limpinhas. – Quando Sinu me estendeu as roupas um pequeno pedaço de papel caiu delas.


– O que é isso? – Perguntei curiosa me abaixando para pegar o papel.


– Não sei. Acho que caiu do bolso da calça. – Respondeu com o cenho franzido – Que estranho, eu juro que verifiquei os bolsos antes de lavar. Não tinha nada.


Encarei as poucas palavras levemente borradas escritas no papel amassado. Minha visão começava a  embaçar pelas lágrimas que acumularam nos meus olhos.


– O que diz aí?


Não confiei em minha voz para falar a frase que se repetia em minha mente agora, então lhe estendi o papel com a mão trêmula.


Uma pista. A primeira pista pra descobrir quem eu era dizia:


" Me desculpe Lauren

Ass: Harry"

Lauren! Esse era o meu nome? Algo me dizia que sim. Uma pequena luz de esperança voltou a se acender em mim.


– Lauren? Esse é o seu nome? – Sinu perguntou confusa.


Assenti limpando as lágrimas de felicidade que escorriam pelo meu rosto.

– Eu me lembro desse nome! Lauren! Eu me chamo Lauren! – Exclamei feliz. – Assim fica mais fácil saber quem eu sou certo!?

Sinu não respondeu de imediato, hesitou, mas por fim sorriu e concordou.

– Nós vamos descobrir quem é você Lauren!Acredite!

Era apenas um nome eu sei. Deve existir milhares de Laurens por ai. Mas era tão bom ter um nome.

Não sabia quem era Harry ou porquê ele estava se desculpando... mas eu iria descobrir.

 


Notas Finais


Obrigada pelos comentários gente! Quando leio um comentário da vontade de escrever mais rápido. Olha eu aqui!

Perguntinha: Vcs iriam acreditar se uma criança dissesse pra vc que viu um Anjo?

Bjs


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