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História Cupid - Ártemis


Escrita por: SwenRomanoff

Notas do Autor


Demorei? espero que não klsdjflkaj
Essa semana estive cobrando uma autora que tem uma fanfic divina e então fui lembrada que tenho que atualizar as minhas também não é? agradeçam isso a Lou KKKK
Bom meus xuxus, esse capitulo é só uma ponte para os próximos acontecimentos, por isso é curtinho.
Beijos e boa leitura meus xuxuzinhos.

Capítulo 8 - Ártemis


- Não posso me jogar no chão e dizer que estou escutado vozes?

- Não.

- Posso fingir ainda estar traumatizada? O que na verdade não vai ser mentira.

- Nicky, não.

- Nem mesmo assustar os outros quando chegarmos ao prédio?

- Não.

- Tudo bem, tudo bem, Senhorita Alex Sem Graça Vause. Pare ao menos para comprarmos rosquinhas, rosquinhas animam o dia de qualquer um.

- Estamos atrasadas Nicky, nada de paradas.

- Quando foi que você se tornou tão chata?

- Não estou chata, mas Red estará lá a minha espera.

- Vou encarar isso como um “Nesses três meses em que você ficou fora.”

Revirei os olhos e continuei a dirigir até o prédio em que trabalhávamos, faltava pouco mais que um quarteirão e logo pudemos notar uma grande correria na entrada, todos sempre ficavam apreensivos em dias como esse, pareciam baratas tontas sem um caminho traçado, aquilo sempre acontecia antes de Red chegar.

- Nada mudou em minha ausência, pelo visto.

Nicky tinha seu típico sorriso debochado brincando em seu rosto que contagiava a qualquer um, a empurrei levemente pelo braço logo após estacionar e saímos de meu carro.

Todos acenavam com a cabeça para mim e Nicky, alguns olhares interessados no estado da loira ao meu lado eram direcionados, mas Nicky era mestre em desinteresse, conseguia muitas vezes ganhar até mesmo de mim em tal ato, e apenas quando Will e Ally chegaram próximos sua expressão mudou de desinteresse para curiosa.

- Alex, descobrimos uma coisa que talvez você queira ver. Aliás, bem vinda novamente Nicky.

Ally sorriu ternamente para Nicky e logo Will acompanhou ambas com um belo sorriso no rosto, nos últimos meses, principalmente depois de meu afastamento de Piper, haviam se tornado bons amigos e agentes mais uteis do que como eram tratados antes de todas as nossas descobertas.

- Posso saber também do que falam? – Nicky pergunta interessada e troco olhares com os outros dois a minha frente, ambos dão de ombros e me vejo sem saídas, afinal, Nicky não acharia que somos loucos, já que ela acabou experimentando a anormalidade do caso na própria pele.

- Venha, Will, Ally e eu temos muitas coisas para lhe contar.

- Creio que a atualização de Nichols possa ficar para mais tarde.

A voz poderosa e carregada por um sotaque russo forte se fez presente atrás de nós e um arrepio percorreu minha espinha. Me virei para encarar Red com um sorriso contido e apenas acenei positivo com a cabeça, os outros três entenderam o recado e se retiraram rapidamente.

- Vamos até minha sala.

E sem dizer mais nada a mulher ruiva e impotente me seguiu sem emitir qualquer tipo de som.

Muitas vezes a presença de Red me assustada.

Muito.

Adentramos minha sala e quando fiz menção de sentar em minha cadeira Red apenas forçou uma tosse e seguiu para meu painel secundário.

- O que é isso Agente Vause?

- Teorias...

- E desde quando trabalhamos com seres mitológicos?

- Bom, não digo exatamente que seja isso, talvez seja alguma inspiração para o...

- Alex, acha que estamos aqui para brincadeiras?

- Não Sra. Reznikov.

Red passou a mão por algumas folhas pregadas em meu mural e as puxou sem dó alguma.

- Acha que é paga para brincar de caça ao Cupido? Que estamos lidando com um anjinho loiro com asas e flechas?

- Nós...

- Não; fique calada. – as folhas foram amassadas e jogadas em minha mesa. – Deixe de pensar como uma criança, me mostre os fatos.

Dito isso sentou-se à frente de minha mesa e apontou para minha cadeira, onde me sentei e após respirar fundo expliquei para ela a teoria mais coerente e menos provável que tinha em mãos, um serial killer brincando com nossas caras.

“Ela não é quem você pensa, mostre que é mais inteligente, Vause.”

Pelos deuses, agora não.

“Vause, não esconda o que você sabe e quer dizer.”

Não.

“Ela não é um ser humano normal, Alex.”

Eu só posso estar imaginando essa voz em minha cabeça.

Red era normal.

Ou era o que parecia.

“A chame de Hera”

- Não.

- Algum problema Vause?

- Ah... Não, eu apenas... – Respirei fundo e contei até dez. - Bom, como estava lhe dizendo, ficamos sem vítimas nos últimos dois meses, mas temos certezas que logo voltará com nova vítimas. Creio que minha iniciativa em colocar guardas e reforçar a segurança dos lugares que seguem as linhas feitas pelo nosso assassino é um agravante para a sua falta de atividade, o que é muito positivo.

“Você e ela sabem que isso é mentira, estou apenas deixando você descansar, humano nenhum me impediria de nada.”

Balancei disfarçadamente meinha cabeça e voltei a encarar Red que no momento observava nossa pasta reservada ao caso.

“Faça com que ela se machuque, o sangue dela é dourado, culpa do ichor, só não encoste nele, é fatal para humanos.”

Ah, claro, farei com que ela se rasgue em minha frente.

- Muito bem Vause. – Red levantou-se e encarou mais uma vez o painel que a pouco estava a arrancar anotações que para mim, Will e Ally eram de extrema importância. – espero que parem de brincar e encarem o trabalho seriamente, e para isso quero mais alguém em sua equipe, não que eu não confie em você Alex, mas você sabe que quanto mais resultado melhor. Me siga, quero lhe apresentar uma nova agente.

Continuei em pé ao lado de minha mesa e a observei sair de minha sala para logo em seguida a seguir.

Todos nos olhavam curiosos, esperavam por algum sinal de que tudo explodiria ou que ficaria bem, no fundo toda aquela situação era de se rir.

Paramos a frente da sala de Joe, curvei as sobrancelhas em surpresa, mas preferi não dizer nada, mesmo que para mim fosse estranho a nova agente estar logo na sala dele.

Red nem ao menos fez questão de bater na porta, logo foi entrando e o clima tenso se fez presente com a última fala da mulher desconhecida que queria soar baixo mas meus ouvidos nunca falham “Não ache que eu irei lhe ajudar.”.

- Agente Vause, esta é Poussey Washington, ela irá entrar em sua equipe.

- Prazer.

Estendi minha mão que logo foi apertada por ela, seu sorriso estampado no rosto, cabelo raspado, pele negra e brilhante, braços finos porém fortes, toda sua imagem me trazia certa calma e apreensão, tudo nela parecia contraditório.

- Vai ser um prazer trabalhar em sua equipe Srta. Vause.

- Pode me chamar apenas de Vause, agente.

Recebi um sorriso como resposta e durante alguns minutos ficamos os quatro na sala apenas conversando sobre coisas banais, como se fossemos um grupo de amigos, pena que ali era apenas uma farsa e obrigação ser educada.

 

XxX

 

- Então ela colou uma espécie de informante para ficar de olho em você? – Will pegava mais um punhado de batatas e colocava na boca.

- Ela está sendo inconveniente demais. – Ally olhava aterrorizada para Will comendo.

- Ela é a Red, ela pode ser o que quiser. – Nicky imitou a ação de Will com as batatas fazendo Ally a olhar da mesma forma.

- Bom, eu só espero que ela não tente se meter em nossa outra investigação e fique longe de minha sala.

Todos mexeram suas cabeças e voltaram-se para suas comidas, durante minha conversa com Red e a nova agente Ally e Will haviam explicado toda nossas teoria e certeza de que não estávamos trabalhando com um mero caso de assassinatos cometidos por um homem qualquer e Nicky concordou com toda a história detalhando para os dois tudo que havia acontecido meses atrás e causado seu afastamento.

- Ainda acho que é bom ter cuidado com essa mulher. – Will falou após terminar seu lanche. – Ela pode tentar estragar tudo quando estivermos quase perto de resolver tudo e então conseguir ajeitar e tomar todos os créditos para ela.

- O problema não são os créditos, mas tomaremos cuidado, lembrem-se de regularem o que falam perto dela.

Pagamos a conta e voltamos para o prédio, todos se encaminharam para minha sala e as cadeiras foram arrastadas para perto de minha mesa, foram poucos minutos de concentração até a agente Poussey bater em minha porta e após minha autorização adentrar a sala.

- Recebemos uma denúncia a pouco tempo, um cidadão diz ter escutado gritos no apartamento ao lado, ele chamou o casal de moradores e como ninguém respondeu tentou arrombar a porta mas não conseguiu e isso já fazem dois dias.

Nos levantamos e ajeitamos nossas armas e distintivos.

- Vamos apenas nós, avise o resto da equipe que não é necessário...

- Se não achar ruim Agente Vause, eu poderia ir junto? Seria minha primeira investi...

- Agente Poussey, eu estava a incluindo no “apenas nós”.

Um sorriso brotou em seu rosto e nós quatro retribuímos. Ela saiu da sala para fazer o que havia pedido em avisar o resto da equipe para ficarem no prédio.

- Acha que precisa ela ir? – Nicky falou enquanto saiamos de minha sala.

- Sim, quero ela diante de meus olhos, até que eu a ache confiável.

Chegamos na garagem subterrânea e fui direto para o Hyundai IX35 na cor preta, em ambas as portas frontais haviam o emblema do FBI igual nossos distintivos, abri a porta do motorista, os outros três foram atrás e esperamos Poussey, queria ela ao meu lado.

Ninguém no estado tinha a minha habilidade em estudar as pessoas com poucos gestos.

Poucos minutos depois estávamos a caminho do endereço dado pelo senhor da denúncia.

- Poussey e Nicky conversem com o Sr. Smith e tentem descobrir se além do que foi dito em ligação há mais alguma coisa para se levar em conta, Will, Ally e eu iremos ao apartamento.

Paramos em frente ao apartamento 201, chamamos pelo casal que respondia pelo nome de Josh e Ashlee, mas nenhuma resposta foi dada, junto com Will ao meu lado contamos até três e assim nossos pés foram de encontro a porta a quebrando e nos permitindo entrar.

O apartamento estava silencioso, cada um foi para um lado, empunhei minha arma por precaução e caminhei até a cozinha.

- Achei que nunca viria Vause. Passei dois dias te esperando.

-  Você...

- Sim, prazer, seu Cupido.

Ele estava de costas, aquela voz igual a que se fazia presente em minha mente sempre.

- Vire-se, ou eu...

- Atira? Bom, vá em frente, só não deixe meu sangue respigar em você, e alias, isso não irá me matar.

- Me deixe ver seu rosto.

- Não, não está na hora ainda.

Olhei para a porta da cozinha e nenhum sinal de Will ou Ally, olhei para os lados me certificando que estava tudo certo e então abaixei minha arma. Olhei para suas costas, o capuz em sua cabeça, suas assas encolhidas, todo no branco e prateado, seria uma linda imagem não fosse o medo que me corroía por dentro pelo desconhecido.

- Me toque.

- Me deixe ver seu rosto.

- Feche seus olhos primeiro.

- Quem me garante que não irá desaparecer?

- Alguma vez já menti para você Agente Vause?

Me dei por vencida e fechei meus olhos, mas meus extintos eram fortes, senti seu corpo próximo ao meu, suas mãos foram para meu rosto e em seguida meu óculos foi tirado, escutei o leve som dele sendo colocado em cima da bancada junto a minha arma.

As mãos daquela divindade eram macias e delicadas, jamais diria que tais faziam atrocidades com pessoas inocentes apenas por uma flecha errada. Seus dedos passaram por minha pálpebras e um sopro foi dado em meu rosto.

Nutella.

Senti aquele cheiro e o impulso de sorrir foi maior.

- Abra os olhos Vause. – Ao abri-los uma névoa cobria apenas seu rosto.

- Isso é trapaça. – Um sorriso involuntário brotou em meus lábios. – Me deixe ao menos conhecer sua verdadeira voz.

- Essa é minha voz Al. A diferença é que minha forma humana me permite escolher entre dois tons.

- Forma humana?

- Minhas asas somem aos olhos dos humanos, é difícil a enxergar caso eu não queira, consigo escolher meu tom de voz e não brilho tanto.

Passei minhas mãos por seu rosto encoberto por aquela névoa, segui para seus cabelos que batiam nos ombros e eram levemente encaracolados, pousei as mãos em seus ombros e lentamente meu cupido se virou, suas asas eram macias e brilhavam dando um ar lindo para todo o local, haviam dezenove riscos em sua nuca.

- Os dezenove casais?

- Sim.

Passei a mão por suas marcas e voltei para suas asas.

- Não teremos ninguém preso ao fim desse caso?

- Não.

O cupido se virou e mais uma vez apenas a nevoa se via em minha frente, onde seria seu rosto.

- Meu nome, era o último da lista, não era?

- Seu nome é o vigésimo Vause, nunca esteve na lista original, não foi um erro somente meu dessa vez, mas seu também. Não quero ter que fazer o mesmo contigo.

- Me afastei de... – Seu dedo foi de encontro aos meus lábios.

- Eu sei de tudo Vause. Mas um dia você encontrará outra pessoa, eu sei disso, é o melhor para você. Agora eu preciso ir.

- Posso fazer uma última pergunta?

- Claro.

- Já nos vimos alguma vez em sua forma humana?

- Talvez Vause. Talvez.

Neguei com a cabeça e vi a divindade parar na janela.

- Vause?

- Sim?

- Me desculpe, eu não queria lhe trazer tantos problemas. – fiquei em silencio e o ouvi suspirar. – Não que eu consiga me redimir, mas o próximo endereço é 9 Skillman St, 11205 Brooklyn.

- Porque me esperou aqui?

- Eu precisava a ver Vause.

E em seguida desapareceu.

Peguei meus óculos e minha arma, a ajeitei no coldre da cintura e cheguei as duas que ficavam ao lado de meu peito em ambos os lados.

- Alex?

- Sim Will.

- Tudo bem? Nós te chamamos e você não respondeu...

- Estava aqui.

- O que?

- Cupido.

- Estamos certos então? – Foi a vez de Ally se pronunciar um pouco atormentada.

- Sim, agora é certeza, não apenas uma suposição.

- Engraçado, eu achei que estava claro. – Will falou debochado enquanto fazia cara de magoado, o empurrei pelo ombro e caminhamos até a entrada da casa.

- Acham que seria um erro meu apenas esperar tudo terminar?

- Ele disse algo? – Ally falou enquanto passávamos a fita na porta arrombada.

- Não teremos um criminoso preso Ally.

- Bom, vamos ao menos tentar entender melhor o motivo de tudo isso. E pensar em uma boa desculpa para o que aconteceu aqui já que não poderemos conta a verdade.

Acenei e terminei com a fita, encarei a porta e lembrei da nevoa em seu rosto, da voz, da textura de suas asas e como eram lindas e brilhantes, suas marcas em sua nuca, a mesma voz com tons misturados e cada gesto feito por nós dois.

“Seu nome é o vigésimo Vause, nunca esteve na lista original, não foi um erro somente meu dessa vez, mas seu também. Não quero ter que fazer o mesmo contigo”

Essas palavras ainda ecoavam em minha mente e me faziam pensar no porque era um erro meu também.

- Chamem Poussey e Nicky, já sei o que iremos falar sobre o ocorrido.

 

Anotação mental: Preciso de um pote de Nutella.


Notas Finais


e então, como estamos?


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