História Cyborg In Love - Capítulo 02 - Yah, robô idiota

A campainha tocava freneticamente na casa de Chanyeol, o que para ele, era muito estranho, pois era praticamente dez horas da noite e estava caindo uma chuva bem forte lá fora.

O maior estava deitado em seu sofá, comendo um pote de sorvete e assistindo a um de seus doramas preferidos; Never Die. Ele se levantou devagar, formando um biquinho nos lábios por estar sendo incomodado à essa hora, e justo quando assistia algo que gosta. Não demorou muito para que ele ficasse de frente para a enorme porta branca, girando a maçaneta da mesma, dando de cara com um KyungSoo todo sorridente, acompanhado de um Jongin segurando uma enorme caixa, digamos que do tamanho de uma pessoa. 

— Oi Chan! — E sem mais explicações, o baixinho passou pela porta, tendo um Jongin andando atrás de si até o sofá. — Ei Chanyeol, venha aqui.

Confuso. Essa era a palavra que mais definia o moreno nesse momento. Sem mais delongas, ele foi rapidamente até seus amigos, se sentando na poltrona fofa branca que havia alí, observando de baixo à cima, aquela caixa na qual não sabia o que havia dentro.

— O que é isso? Digo.. Vocês aparecem à essa hora na minha casa, com uma caixa gigante… É estranho. — Comentou, tendo o olhar do pequeno Soo sobre sí, sendo puxado para se levantar, enquanto teve que ficar “cara a cara” com aquela caixa. — É para mim?

— É claro que é para você. — Jongin disse com um sorriso enorme esboçado nos lábios, pegando com cuidado na mão de Do, que trocou um rápido olhar com seu namorado antes de irem em passos lentos até a porta. — Abra apenas quando formos embora.

— Ah, e não esqueça de ler o manual de instruções. Uh, também tem o botão verde atrás, ele liga o seu presente. Se divirta Channie. — E mais uma vez, sem poder se pronunciar, Chanyeol viu os dois saindo pela porta praticamente saltitando, batendo ela logo depois, fazendo com que o maior tivesse a atenção levada apenas para o objeto. 

Devagar, o moreno começou a abrir aquela caixa de madeira, que era um pouco pesada para seu gosto. Ele tirou todos as fitas que fechavam algumas partes, abrindo um lado da caixa, sendo atacado por vários pedacinhos de isopor e por algo ainda maior e pesado, muito pesado. Pode - se ouvir algumas reclamações vindo de sí, enquanto carregava aquilo para o seu sofá, jogando o “ objeto “ lá, para poder analisar melhor. Ele nem sequer havia reparado direito no que havia ganhado, foi apenas atrás do manual, no meio daqueles isopores no chão. 

— Bem, vamos ver o que é isso. — Sorriu animado, se virando para o sofá, tendo um robô deitado alí. Aquele era Baekhyun, o robô que havia sido feito pelo seu amigo. A única coisa que Chanyeol conseguiu fazer no momento, foi dar um gritinho, soltando o manual no chão, tentando de qualquer forma achar o botão verde no corpo de Baekhyun. — Eu sempre sonhei em ter um robô para brincar, desde criança…

Mal sabia Chanyeol, para que aquele robô havia sido feito. Com cuidado, ele passou a mão no pescoço de Byun, sentindo tipo de um buraquinho com um botão pequeno, onde apertou sem nem mesmo saber o que era. Riu baixo ao ver o seu robô abrindo os olhos devagar, se sentando de forma desajeitada no sofá, enquanto fitava o rosto de Chanyeol, logo abrindo um lindo e grande sorriso.

— Chany… Chanyeol? — Havia sido mais uma pergunta vinda de sí, fazendo seus olhinhos de vidro detectarem a pessoa enorme em sua frente, sendo assim uma confirmação para sí. Aquele era o “amor” de Baekhyun. — Eu sou Byun Baekhyun, o seu cyborg. — Sorriu fraco, permanecendo imovel, e como fato, sem respirar, já que essa função era impossível para ele.

 — Você fala? Legal. Gostei do seu nome Baekhyun... Vou te chamar de Baek. — Era notável o semblante assustado de Chanyeol, mas ainda assim, ele parecia estar animado demais para ter tempo de surtar por ter um robô. — O que mais você sabe fazer? Comida? Limpeza? 

Baekhyun não sabia completamente o significado daquelas palavras, então sempre que tinha dúvidas sobre o que responder, procurava por ajuda no seu dicionário, que vinha dentro de sí mesmo, em sua cabeça. O robô se movimentou um pouco, puxando Chanyeol em direção à cozinha, vendo o semblante indecifrável que ele tinha agora, em seu rosto.

— Eu não sei cozinhar, mas posso aprender por você Chanyeol. Olhe só. — Disse animado, indo até a porta da geladeira, abrindo - a, começando a puxar tudo o tinha lá dentro, para o lado de fora, tentando procurar algo para fazer, que agradasse o maior. Porém, ao ver de Chanyeol, aquilo era ridículo e idiota, já que a bagunça que estava na cozinha era vidente. Pressionou os lábios, formando uma expressão brava e séria em seu rosto, se aproximando rápidamente do robô, o puxando para longe da geladeira o máximo que pôde. Havia adorado seu presente, mas não sabia que ele daria tanto trabalho assim para sí.

— Você viu o que fez? Olha essa bagunça. Não é porque eu perguntei o que você sabe fazer, que você necessariamente precisa ‘aprender’ agora. — Reclamou, pegando as coisas que ficavam em embalagens no chão, as devolvendo de uma maneira organizada para a geladeira. Teria muito trabalho para fazer alí no chão, já que estava praticamente todo sujo.

Byun, fez um biquinho emburrado, olhando toda a cozinha com seus olhos de visão ampliada, que o permitiam ver além do que olhos normais permitem. Por fim, achou o local onde as panelas estavam escondidas. Foi até lá sem hesitar, pegando a primeira que viu, a levando até a mesa, indo até a geladeira, voltando a pegar as coisas que Chanyeol estava guardando, as jogando na panela, com embalagem e tudo mais.

— Eu vou cozinhar para você, ChanChan. — Falou determinado, misturando vários temperos, levando o objeto para o microondas, enquanto dava vários tapinhas no objeto, sentindo o barulho do plástico de seu braço se chocando contra o metal. Park revirou os olhos, se focando em Baek apenas quando viu o que ele iria aprontar. O maior se levantou às pressas, correndo até o microondas, desligando-o, pegando Baekhyun pelo braço, o levando furiosamente para a sala.

— Eu não sei para que você serve, mas estava tudo ótimo e organizado antes de você inventar de aparecer na cozinha, tentando cozinhar, okay? Eu não quero que se aproxime da cozinha, e muito menos de minhas panelas, Baekhyun. — Murmurou irritado, coçando a nuca antes de dar de ombros, começando a ir em direção à escada, havia ficado desanimado por ter um robô tão bagunceiro. Com certeza, reclamaria isso com KyungSoo. — Vou para o meu quarto, e nem ouse ir lá para me atormentar, ouviu? Pode dormir no quarto de hóspedes, não me importo. 

E com essas palavras, subiu as escadas e desapareceu, deixando um Baekhyun triste, plantado ao lado do sofá, com um biquinho de choro em seus lábios. Ele estaria em lágrimas agora, se ao menos pudesse chorar, pois havia visto que tinha deixado o seu Chanyeol muito, muito bravo com sí. 

— Mas… mas ChanChan, como eu vou dormir? Eu vou descarregar se você não me desligar. — Disse para sí mesmo, pensando em subir as escadas para falar isso para o Park, mas sabia que ele ainda estava irritado com sí, e não tornaria à deixá - lo ainda mais bravo. — Eu só estava tentando mostrar para você que posso cuidar muito bem do meu dono. Mas você ficou furioso comigo.. Desculpa Chanyeol. 

E mal sabia o pequeno, que enquanto falava essas coisas para sí mesmo, o maior o observava no canto da escada, já que havia voltado para a sala apenas para buscar seu celular, que tinha ficado em cima da mesa de centro. Sorriu fraco, sentindo seu coração se amolecendo ao ver as intenções de seu cyborg para ele.

— Baekhyun? Vamos ir para o seu quarto.. amanhã teremos um longo dia. — Suspirou, observando o sorriso doce do cyborg, que foi às pressas para perto de Chanyeol, que riu fraco e pegou seu celular, voltando à ir para o segundo andar, com Byun logo atrás de sí. O desligaria agora, já que iria dormir, e pela manhã, o religaria para conferir se o robô não apresentava problemas. Sentia que poderia ter uma boa convivência com Baekhyun, por mais que achasse o menor um pouco “ dramático “ ou " empolgado ", demais. 

— ChanChan, eu posso dormir na mesma cama que você? — Perguntou quando chegaram no quarto em que Byun ficaria. Chanyeol arregalou os olhos, negando levemente com a cabeça, se aproximando do menor, para que pudesse tocar na parte de trás de seu pescoço, o que no caso, o desligaria.

— Hoje não Byun, hoje não.

Mas de uma coisa Baekhyun estava certo. Fora desligado estando feliz, por ter visto o seu dono lhe dando uma risada, por mais fraca que fosse. Mesmo que estivesse se sentindo um pouco triste e desprezado, Byun ainda ficava bem quando via Park o tratando melhor.