Prestes a colocar a mão na maçaneta. Mas ele recuou, a maçaneta de metal era frio. Dava calafrios em Christopher, na verdade ultimamente tudo dava calafrios nele. Ele pegou um lenço em seu bolso e abriu a porta.
– Bom dia... – Falou Christopher ao entrar na sala guardando o lenço. – Como se sente John? – Christopher se sentou em uma cadeira olhando John em silêncio.
– O silêncio pode responder por mim! – Falou John sem empolgação.
– Eu vim conferir se precisa de algo! – Falou Christopher.
– Preciso sair daqui. Se puder fazer isso por mim..
– Não posso! – Falou Christopher quase instantaneamente.
– Eu preciso sair, você não entende. Estou ficando maluco, tem vozes na minha mente, algo está me controlando. Preciso sair daqui. – Falou ele eufórico.
– Se não precisa de nada John, creio que já posso ir. – Ele olhou para o John. – Por enquanto você tem que ficar aqui e se recuperar. Tenha uma boa tarde.
~
Christopher ficou preso em um engarrafamento, olhando a ponte ao redor. Sua preocupação era imensa, então ele pegou o celular e digitou alguns números, e levou o mesmo até o ouvido.
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A roupa de banho ficou um pouco apertada, mas a loira não se importou. Ainda olhando James entrar na água. Ela não queria admitir mas aquele buraco azul a assustava e muito. Principal em ver James indo pra perto. Ela se sentou na areia. O celular em sua bolsa começou a vibrar, logo ela pegou e atendeu.
– Alô, Christopher. Tudo bem? – Perguntou Isabella.
– Oi, esta tudo ótimo... ótimo – Não estava, mas ele não queria preocupar ela com seus problemas – Eu estou ligando porque preciso falar sobre o John.
– Pode falar! – Falou ela esnobando preocupação no rosto – Ele está melhor?
– Não, ele me reclamou de vozes na cabeça. Ele não parece bem, tem algo estranho.
– Eu também acho, mas o que eu poderia fazer?! – Ele ficou em silêncio por instantes – E você como está? Está mesmo bem?
Christopher olhou para fora do carro tinha uma mulher correndo entre os carros. Ela se aproximou da ponte e os olhos de Christopher se arregalaram, ela pulou tão rápido. Em questões de segundos. Tudo aquilo estava cada vez mas frequente.
– Está tudo bem, Isabella! – Falou Christopher – Tenho que desligar. – Ele desligou o celular.
~
Kay bateu mas uma vez na porta, pela décima vez. Tudo estava calmo. Tranquilo até demais, ele girou a maçaneta e a porta abriu. Ele entrou no apartamento.
– Igor? – Chamou ele esperando uma resposta.
Ele andou pelo apartamento. Estava vazio, ele entrou no quarto e reparou que não tinha roupas não tinha nada do Igor. Quando? Era o que Kay se perguntou. Ele tentou ligar para o Igor mas ele não atendia. O que poderia está acontecendo.
Kay precisava saber mais sobre as marcas de Saah que Igor falou quando viu John. Mas primeiro ele teria que achar o Igor, e com certeza parado ele não o encontraria. Ele saiu do apartamento e fechou a porta e se virou e se deparou com uma morena. Ele deu um passo pra trás.
– Oi, desculpa. Eu não queria te assustar. – Falou a mulher jogando os cabelos pretos pra trás com um sorriso elegante.
– Tudo bem, não tem importância.. – Kay tentou não reparar no tanto que aquela mulher era sensual – Você quer ver o Igor?
– É, preciso encontra - lo. Ele está? – Perguntou a mulher sorridente.
– Não, eu também queria saber onde ele está.
– Você é um amigo dele? – Perguntou a morena olhando Kay.
– Amigo... não. – Falou Kay coçando a cabeça. – E você é amiga dele?
– Sou uma velha amiga, ele tem algo que eu preciso muito – A morena sorriu – Como eu sou má educada, eu me chamo Julieta – Ela mentiu aquele não era seu verdadeiro nome. Na verdade ela se chamava Saah Piece.
– É um prazer Julieta, eu me chamo Kay. – Ele estendeu a mão para a morena.
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O cheiro de suor significava trabalho completo. Finalmente Christopher conseguiu pessoas o suficiente para abrir aquela agência quase secreta. Ele admirou as pessoas treinando, homens e mulheres, e por mas que aquela cena fosse ótima, ele se sentia sufocado naquela sala de treino subterrânea.
Ele saiu tranquilamente da sala, ele tinha algo para se preocupar. A sua segurança, ele não esqueceu daquela ameaça. Ele colocou a mão na cintura para tocar em sua arma, normalmente ele não usava armas. Mas era necessário. Ele abriu a porta do laboratório.
– Então como estão indo as coisas? Progresso? – Perguntou Christopher aos cientistas ao redor.
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– Só um café, por favor – Pediu Thomas gentilmente, tentando dispensar a garçonete.
– Tem certeza? – A garçonete colocou as mãos na mesa fazendo volume nos peitos com o braços sorrindo – Tudo bem, se mudar de idéia estarei aqui é só chamar! – Ela sorriu e saiu.
Thomas era muito bonito, fazia sucesso com as mulheres. Ele chamava a atenção com seu sorriso e cabelo sedoso. Tinha muita sorte com mulheres, mas nunca se interessava de verdade. Ele não sabia dizer o que era amor, já teve algumas paixões. Mas nada especial. Ele estava na cafeteria do hospital, ele queria esquecer a morte de sua mãe. Ele era bastante próximo dela. Ele estava de plantão.
– Obrigado.. – agradeceu ele tomando o café para voltar a seu trabalho. Os doentes não podia esperar.
Hora de dormir, depois de sair do trabalho Thomas foi para seu hotel descansar e depois voltar ao trabalho. Ele poderia dormir no hospital, mas ele tinha dificuldades de dormir em lugares agitados. Ele tomou um banho longo e se sentou na varanda tomando um pouco de vinho, olhando o luar particularmente bonito aquela noite.
Naquela noite naquele mesmo hotel não era apenas o coração de Thomas que estava em pedaços por 'n' motivos. Uma outra pessoa, uma mulher sentada em sua varanda também estava ali contemplando o vazio no peito. Emma Keison uma jovem entediada de sua vida de luxo e traição, a maioria das pessoas que estavam ao seu redor era por interesse. Ela sabia, mas fingia não saber, era menos doloroso.
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– Como eu já disse ele desapareceu.. não está em lugar nenhum – Falou Kay olhando nos olhos de Christopher.
– Você tem certeza que ele sabe algo sobre as marcas no corpo de John? – Perguntou Christopher.
– Quase certeza. Ele sabe, queria informar isso a Isabella mas eu não consigo ligar pra ela. – Falou Kay com a cabeça baixa.
– Eu falo, tenho o número dos hotéis que ela vai ficar e do número novo dela. – Kay levantou a cabeça.
– Você tem o número dela? – Kay olhou os papéis em cima da sua mesa – Ela não me passou nada, nenhum número.
– Ah, temos que encontrar o Igor e esclarecer essa história! – Falou Christopher.
– Mande pessoas atrás dele, rápido. – Kay falou de maneira arrogante, ele ficou um pouco mordido por Christopher ter o número novo de sua noiva e ele não.
– Porque você está falando assim comigo? Eu não trabalho pra você, eu vou manda pessoas atrás dele, mas não por você. Pela Isabella. – Christopher saiu da sala a passos largos.
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Um aperto no coração tomou Ian. O irmão da Isabella observava os bruxos em um círculo preparando o feitiço contra sua irmã, aquilo não era magia branca e sim negra. Ele queria impedir tudo aquilo, mas não podia.
– Contemplando os bruxos Ian? – Perguntou Lilian Movich.
Ian se virou para sair mas sua mãe o agarrou pelo braço, ele odiava quando ela fazia isso. Ele suspirou.
– Está pensando em me abandona também, Ian? – Perguntou Lilian.
– Vai tentar me matar também, mamãe? – Perguntou Ian a Lilian.
– Não brinque comigo, Ian. Não ouse tentar fugir. – Falou Lilian imponente.
Ela soltou o braço de Ian, ela olhou no fundo dos olhos dele.
– O que pretende? Sabe que está fraca, mãe. A Isabella está mais forte que nunca. O equilíbrio está desigual, não ver? O mundo está de cabeça pra baixo.
– Vou matar sua irmã. E ficar com os poderes dela, simples. E também tenho a ajuda daquele tal de Bruce – Falou Lilian sorridente. No mesmo instante um guarda se aproximou de Lilian.
– Qual sua ordem em relação a Eksaiden? – Perguntou o guarda. Eksaiden é o reino de demônios, vampiros e bruxos. O reino abandonado. Ainda existe muitos vivendo lá. Mas foi devastado. (Não vou contar tudo agora)
– Destrua tudo, acabem com aquele lugar. Mas uma vez. – Falou Lilian.
– O que? – Perguntou Ian irritado – Já não é o suficiente, deixe Eksaiden em paz. Não tem motivos para atacar eles.
– Ah, Ian. Não preciso de motivos para atacar o reino de demônios. – Lilian seguiu o guarda deixando Ian sozinho naquela sala.
~
Por instantes Isabella se sentiu feliz em ter saído do Movich. Ela podia ver todas as beleza dentro do mar, peixes de todas as cores e plantas engraçadas e coloridas. Havia muitos segredos a serem desvendados, ela seguiu James na água. Foi uma tarde encantadora, apesar de James quase ser engolido pelo buraco azul, a loira salvou ele apesar de se arriscar junto. Ela era imortal, mas não tinha certeza que se fosse engolido pelo buraco voltaria. Eles decidiram viaja a noite mesmo para outra cidade. Eles já tinham explorado bastante aquela cidade, eles chegaram em uma cidade que estava nevando bastante.
Eles ficaram em um hotel todo a madeira e vidro era bonito. Eles ficaram em quantos lado a lado, James desabou na cama do hotel. A loira no entanto não estava com sono, ela saiu em uma caminhada pelo lugar. A água da piscina parecia quente agradável, ela se sentou na beira da piscina e colocou os pés dentro. A água estava ótima.
– Almas solitárias vagam a noite.. tão solitárias que não percebem a presença de outras almas! – Falou Emma olhando a água na outra ponta da piscina.
A loira não havia percebido a presença de alguém, a garota de cabelo curto na outra ponta da piscina agora olhava a loira. A loira olhou ela em silêncio por alguns instantes.
– Almas profundas que não entendem o que sentem, por isso vagam a noite. A procura de respostas nas estrelas. – Falou a loira com um sorriso para a jovem do seu lado.
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