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História Da vingança ao amor - Capítulo


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 10 - Capítulo


Fanfic / Fanfiction Da vingança ao amor - Capítulo

Agindo por puro impulso, guiado por alguma coisa que não podia entender bem nem mesmo agora, disse a si mesmo que ele era apenas Enzo... tinha mantido sua identidade real secreto, rosto dela o hipnotizara: uma pele linda, com sua explosão de
pequenas sardas fazendo-a parecer muito jovem e inocente.

Lorenzo reprimiu seus pensamentos enquanto se desvencilhava cuidadosamente
do corpo adormecido de Clara forçou-se a analisar com frieza o que acabara de acontecer. Ele quisera ver o que ela faria... ver a mulher que passara tempo com sua irmã, fingindo ser amiga dela. 

Clara tentaria seduzi-lo? Seus instintos haviam se provado certos, e também o instinto de revelar sua identidade por enquanto suas justificativas o confortaram, mesmo enquanto ele registrava a revelação desagradável de que não pretendera ir tão longe.

Lembrou a si mesmo de que a vira em ação antes mesmo de conhecê-la... abraçada ao barman quando ele entrara na boate, apenas para voltar as atenções para ele assim que Lorenzo chegara, provando ser uma sedutora consumada cheia de
pequenos truques inocentes. 

Por um momento lá, ele tivera a ridícula impressão de que ela pudesse ser virgem, mas Clara logo esmagara tal suspeita, tomando-o com a confiança que só poderia ter nascido da experiência. Ele sentou-se na cama, antes de se levantar, seus músculos protestando o ato de amor tinha sido tão apaixonado, tão incrível que ele não podia se lembrar da última vez que experimentara um sexo tão ardente... se é que isso ocorrera algum dia. 

justamente com ela, ele foi para o banheiro, desgosto somando-se à sua raiva, livrou-se do preservativo e virou-se para se olhar no espelho, o rosto rígido de tensã, fúria o percorreu aquela seria uma doce vingança, afinal de contas... porque Clara compartilhara sua cama nessa noite sem saber quem ele era, sem dúvida esperando que ele lhe desse um estilo de vida exorbitante, agora que o irmão se fora. 

Disse a si mesmo que a convidara para ir ao hotel como um teste... não porque a quisera com uma urgência que beirava o desespero, mas no fundo sabia que, no momento que Clara parara diante dele no ar frio da noite, todos os pensamentos sobre
Alice tinham sido esquecidos no calor da excitação, suas motivações se tornando confusas. 

Ele tinha de lhe dar crédito, ela era boa um homem menos cínico teria sido enganado pelo jeito que Clara voltara atrás e se oferecera com toda a inocência fingida de uma novata. Como se ela não fizesse isso o tempo todo, mas Lorenzo aprendera muito cedo como as mulheres podiam ser egoístas e manipulativas. Sua própria mãe lhe ensinara essa lição. 

E ele aprendera bem em última
análise, elas cuidavam de si mesmas, e era exatamente o que Clara Guerreiro  estava fazendo... já querendo construir seu ninho, procurando por seu próximo sustento... O irmão dela havia seduzido Alice com toda intenção de roubar-lhe a riqueza e abandoná-la na beira da estrada. 

Havia uma simetria irresistível no que acabara de acontecer Lorenzo faria com Clara algo similar ao que ela e o irmão tinham planejado fazer com a irmã dele. O rosto sem vida de Alice voltou-lhe à mente. Ele não sentiu remorso ou culpa agora. 

Reprimiu todas as emoções, aproveitara-se de um desejo físico intenso, podia admitir isso Clara era uma mulher linda, afinal. Era bem versada, e certamente possuía conhecimentos que sua irmã protegida nunca tivera. Alice fora uma presa fácil para um predador corrupto como Bruno Guerreiro. 

Talvez Clara tivesse surpreendido e enfeitiçado Lorenzo mais do que ele esperara, mas, essencialmente, era ali que ele a queria: à sua mercê e sentindo toda a dor que alguém como ela tivesse a capacidade de sentir, o que ele supunha que não era muita, 
Isso era muito melhor do que confrontá-la ela e tentar fazê-la admitir a culpa. 

Ela teria rido dele uma mulher que podia dormir com um completo estranho na noite depois de enterrar o próprio irmão era alguém que Lorenzo facilmente desprezaria. Ele entrou no banho depois, voltou para o quarto a fim de se vestir e esperar que Clara acordasse. 

Clara sentiu a consciência retornar aos poucos, sensações novas percorrendo seu corpo deliciosamente pesado e relaxado então, tornou-se ciente do fato de que não estava mais aconchegada ao corpo de Enzo, com as pernas e braços dele protetoramente ao seu redor.

 Ela sorriu, não tivera idéia que fazer amor poderia ser assim estendeu uma mão, esperando sentir um corpo grande e sólido, mas a cama estava vazia ao seu lado. Clara abriu os olhos e piscou contra a luz do dia penetrando as janelas. Quanto tempo tinha dormido? Sentando-se, olhou para o outro lado do quarto. Enzo estava sentado numa cadeira, observando-a na cama. Clara sorriu de modo hesitante, sentindo-se tímida. 

― Bom dia.

Enzo não respondeu, apenas continuou observando-a um mau presságio enviou um calafrio pela coluna de Clara o ar no quarto estava gelado, e ela não tinha idéia por quê seu sorriso desapareceu.

― Enzo...?

Com movimentos flexíveis, ele levantou-se e foi para a janela, onde olhou para fora por um longo momento, as mãos nos bolsos vendo que ele estava totalmente vestido, de
terno e gravata, Clara cobriu mais os seios com o lençol. Ele virou-se então, olhando-a fixamente qualquer traço de carinho e paixão desaparecera o semblante de Enzo estava hostil, como se ela tivesse acabado de
insultá-lo. E então ele falou:

― Meu nome completo não é Enzo... embora a família e os amigos usem a abreviação para me chamar. É Lorenzo. Lorenzo Altamiro.

Por um momento, Clara não teve reação como se alguma coisa a estivesse protegendo, então começou a absorver a importância daquelas palavras o nome. Não podia ser, o ar esvaiu-se de seus pulmões ouviu-se perguntar com fraqueza:

― O que disse?

― Você me ouviu.

Ela balançou a cabeça, enquanto suas mãos agarravam o lençol sentia-se desnorteada.

― Você é irmão deAlice?

― Muito bem.

Clara não podia entender a animosidade dele e o fato de que esse homem estava trazendo de volta o terrível pesadelo daquela noite e a dura realidade da vida dela para aquele quarto era incompreensível. 

― Você sabe quem eu sou? 

Obviamente ele sabia, mas ela se sentiu compelida a perguntar. 

― É claro que sei, Clara. ― A voz dele era zombeteira, confundindo-a ainda mais. - Eu sabia quem você era mesmo antes de sermos apresentados fui àquela boate especialmente para encontrá-la. 

Ela balançou a cabeça de novo.

― Mas por quê... por que você não me contou quem era? 

Alguma emoção indecifrável cruzou o semblante dele, antes que a máscara dura voltasse ao lugar.

― Porque eu queria vê-la pessoalmente. A irmãzinha de Bruno Guerreiro, o homem que pretendia se casar com minha irmã em Las Vegas na véspera do aniversário de 25 anos de Alice, de modo que pudesse reivindicar a fortuna dela antes de
cruelmente dispensá-la.

Clara empalideceu somente descobrira sobre os planos do irmão no dia do acidente lembrava-se de tê-lo repreendido, perplexa que ele faria uma coisa daquela ele rira diante de seu rosto. E então, naquela noite...

― Você sabia.

Ele viu a reação dela, e a voz era implacável e condenatória Clara encontrou-lhe os olhos, tudo girando ao seu redor.

― Sim, mas...

Lorenzo afastou-se da janela com um movimento violento, impedindo-a de continuar e Clara surpreendeu-se em como já estava pensando nele como Lorenzo. Enzo se fora há muito tempo.

― Sim, mas nada, você sabia e participou dos planos de seu irmão, diga-me, você era a confidente perfeita de Alice? Dizendo-lhe o quanto seu irmão a amava, preparando-a para a queda?

Clara arregalou os olhos.

― Não. Eu não sabia o que Bruno estava planejando... não até a semana
passada, juro, eu gostava de sua irmã...

Dor a percorreu porque fracassara em ajudar... entretanto, não tivera tempo suficiente Lorenzo avançou em direção à cama e ela se encolheu ainda mais ele praguejou em italiano.

― É claro que você gostava de minha irmã, senhorita Guerreiro, ela representava sua passagem para um futuro em que você nunca mais precisaria se preocupar com
dinheiro. - Ele estalou os dedos.- E os débitos de seu irmão desapareceriam num instante. 

Quando ele a chamou de senhorita Guerreiro, ela sentiu o coração encolher dentro do peito podia ver agora a semelhança dele com Alice, notara na noite anterior, mas, é claro, não tivera um referencial para aquilo. Clara ajoelhou-se na cama, segurando o lençol ao seu redor com ambas as mãos, ainda não compreendia bem aquilo sua cabeça girava com muitas questões.

― Eu não entendo.

― Quer que eu a ajude entender?

Clara engoliu em seco, ele parecia tão intimidador totalmente diferente do homem que se tornara seu primeiro amante.

― Assim que seu irmão percebeu que Alice era herdeira de uma parte
substancial da fortuna Altamiro, perseguiu-a com o único objetivo de roubar-lhe a riqueza.

Clara estremeceu, mas ele continuou:

― Bruno apresentou-lhe as drogas para torná-la mais maleável, para para torná-la mais maleável, para torná-la dependente dele. E, enquanto isso, ele me mantinha ocupado em casa com uma falsa oferta de compra da empresa, assegurando-se de que eu não viesse ver minha irmã.

Lorenzo deu uma risada irônica. 

― Afinal, ela estava aqui trabalhando... uma mulher adulta, sempre me dizia, capaz de cuidar de si mesma. Por que eu deveria me preocupar? 




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