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História Da vingança ao amor - Capítulo 18


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 18 - Capítulo 18


A possibilidade de que podia ser pai era assustadora sua determinação de não ter uma família nascera de um juramento feito muito tempo atrás. Até mesmo seu pai não ousava exigir isso dele, depois de tudo que acontecera na família deles. 

Mas então, lembrou-se, seu pai estivera dependendo de Alice para cumprir esse papel... Até agora. E agora essa mulher, Clara Guerreiro ... possuía alguma coisa contra a qual ele não conseguia lutar. Ele deu uma risada sarcástica. 

― Você nem sequer precisou me encontrar... eu vim até você, bastante conveniente, não acha? 

Clara colocou-se atrás da poltrona, agarrando o encosto. 

― Eu só descobri que estava grávida uma semana atrás, então vi a reportagem no jornal, dizendo que você viria a Dublin. 

Arrogância marcou as feições dele. 

― Mas, sem dúvida, você teria me informado sobre minha paternidade iminente mais cedo ou mais tarde? 

Clara refletiu sobre aquilo o que teria feito se ele não tivesse ido a Dublin? Ela deu um suspiro profundo e lhe respondeu. 

― Sim... eu teria lhe contado. 

Os olhos de Vicenzo brilharam. 

― É claro que teria. 

Ela o estudou e viu que ele interpretara suas palavras erroneamente. Clara teria lhe contado porque, apesar de tudo, Lorenzo tinha direito de saber, não porque queria lucrar com a contribuição. Mas ele não acreditaria nisso, então ela não disse nada e ergueu o queixo. 

Lorenzo a olhou, viu a inclinação do queixo e a determinação nos olhos verdes. Ela não ia admitir que o bebê era de outro homem, exceto seu isso não lhe deixava opção. 

― Bem, então não temos escolha, eu não posso ir embora daqui sem você. 

Clara franziu o cenho. 

― O que você quer dizer? 

― O que quero dizer é o seguinte: Você poderia ter dormido com alguém depois de mim, mas vamos assumir que este bebê é meu. Isso muda tudo,  não permitirei que você tente me ameaçar ou me chantagear com essa história. 

Clara cerrou os punhos. 

― Este bebê é seu, e você pode ir embora, gora lamento ter lhe contado. 

Lorenzo riu. 

― Ir embora? Oh, aposto que eu posso. E, no minuto que você ficar sozinha, sua história será vendida e espalhada por todos os jornais, numa tentativa de me colocar contra a parede. Se eu não reconhecê-la, e ao bebê, você pode me processar em milhões e jogar o nome da minha família na sarjeta. ― Ele balançou a cabeça. ― De jeito nenhum. 

Clara apertou o espaldar da poltrona, a qual estava oferecendo pouca proteção contra o homem à sua frente medo a percorria. Uma sensação de déjàvu a envolveu, era como o momento que ele revelara seu nome completo. 

― Do que você está falando? 

― Meu pai viu os noticiários. Ele é antiquado... tradicional ― disse Lorenzo. ― Ele quer conhecer a mãe do meu filho... a mulher que conseguiu fazer o filho dele mudar de opinião. Ele está se recuperando de um derrame; você e seu irmão causaram sofrimento suficiente na vida de meu pai, não permitirei que você o faça sofrer ainda mais, negando- se a conhecê-lo. Desnecessário dizer que ele não sabe que a mulher que ajudou a causar a morte de Alice está agora alegando ser a mãe do neto dele. 

Aquelas palavras feriram Clara, mas ela manteve-se firme, mesmo quando o olhar de Lorenzo percorreu seu corpo de maneira ardente. 

― Se você carrega meu filho, como afirma tão enfaticamente, só há uma coisa a ser feita. Em meia hora, partiremos para Roma e nos casaremos, por mais que a idéia de me casar com você me excite, essa é uma instituição da qual nunca gostei; portanto, isso não me causará nenhuma emoção. O casamento garantirá legitimidade desde o princípio para o herdeiro Altamiro, e eu poderei vigiar cada movimento seu. Também salvará a minha reputação; nossas ações já baixaram de valor por conta desse escândalo em potencial. 

Clara sentiu a cor drenar de seu rosto, enquanto se esforçava para absorver aquilo.

― Nunca. Eu nunca me casaria com alguém como você ― declarou ela com horror.

Lorenzo ficou ameaçadoramente imóvel e disse em tom sedoso:

― Então você está disposta a assinar um documento legal, negando todas as alegações de que essa criança é minha? E jurando que não terá mais nenhum contato comigo pelo resto de sua vida? Porque essa é a única outra alternativa além do
casamento.

Clara abriu a boca, então a fechou, quando sentiu o peso do poder daquele homem. Queria tanto poder dizer que sim, mas não podia negar ao seu filho o direito de conhecer o pai. Então, meneou a cabeça, sabendo que estava selando seu destino, uma expressão de intenso cinismo brilhou nos olhos de Lorenzo, ele esperara tal resposta.

― Achei que não, você será recompensada por carregar um herdeiro Altamiro e, na hora certa, será enviada de volta para cá. Eu ficarei com a custódia total da criança.

As pernas de Clara quase cederam.

― Mas... você não pode fazer isso, eu terei este bebê. É o meu bebê. 

Ela pôs a mão sobre a barriga de modo protetor Lorenzo deu um pequeno sorriso.

― Acho que vai descobrir que eu posso fazer tudo que eu quiser, senhorita Guerreiro. Não duvido que, com o incentivo certo, você será persuadida a ir embora quando a hora
chegar.

Lorenzo observou-a empalidecer viu as mãos delicadas apertando o encosto da poltrona. Ela era boa em usar suas expressões, sem dúvida, ciente de como podia manipular as pessoas com isso. Mas não ele.

― Eu lhe darei meia hora para arrumar as malas e sair daqui comigo, como se tivéssemos nos reconciliado.

Clara suspirou, tentando absorver tudo que acabara de acontecer, não tivera ideia de que confrontá-lo poderia causar toda essa reviravolta de eventos. O fato de que ele não sabia toda a verdade de sua vida com Bruno  era insignificante Lorenzo provavelmente nunca saberia. 

Alguma coisa morrera no interior de Clara naquela manhã, quando descobrira quão longe aquele homem estava disposto a ir para se vingar. Ela sabia agora que nunca mais poderia estar vulnerável diante dele. Também sabia que caso se recusasse a ir com ele, Lorenzo não hesitaria em levá- la dali à força.

 O fato que o pai estava doente a tocava, a última coisa que queria era ser responsável por causar mais dor na vida do homem, podia imaginar como tinha sido horrível para ele enterrar uma filha...



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