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História Da vingança ao amor - Capítulo 20


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 20 - Capítulo 20


Fanfic / Fanfiction Da vingança ao amor - Capítulo 20


Lorenzo pôs a mala no porta-malas de um carro elegante, então abriu a porta de passageiro para ela Clara respirou fundo, enquanto ele fechava a porta e rodeava o veículo. Quando ele começou a dirigir, um carro vindo na direção oposta fez Clara encolher-se no banco Lorenzo diminuiu a velocidade e olhou-a. 

― O que foi? 

― Nada... Um pouco de medo, só isso. ― Ela olhou para frente. 

― Os carros nem estavam perto. 

― Eu sei ― disse ela, envergonhada de sua própria reação. ― É que... é minha primeira vez no banco da frente de um carro depois do... 

Ela não conseguiu terminar sua reação não era racional. Estivera sentada no banco de trás na noite do acidente mas a cena ainda era tão vivida na sua mente. Lorenzo parecia tenso ao seu lado, sem dúvida, Iembrando-se do porque a odiava tanto. Desolada, Clara virou a cabeça e olhou pela janela, Lorenzo não perdeu tempo em tirá-la do país e levá-la para seu território.

 Eles estavam num avião particular dentro de uma hora, e aterrissando em Roma poucas horas depois, nem uma única palavra foi trocada entre os dois, e o trajeto para uma cobertura luxuosa no centro da cidade acabou no que pareceu minutos. Lorenzo lhe mostrou a cozinha, dizendo que ela poderia se servir do que quisesse, então a levou para um enorme quarto de hóspedes. 

Depois de um banho, o cansaço a dominou, e ela aconchegou-se entre deliciosos lençóis egípcios, mergulhando instantaneamente num sono sem sonhos pela primeira vez em longo tempo. Ao acordar na manhã seguinte, Ckara ficou impressionada ao ver o que não notara na noite anterior janelas do chão ao teto davam vista para a cidade.

 Uma onda de excitação a percorreu nunca viajara para lugar algum, não desde que seus pais tinham morrido e ela se mudara para Londres, a fim de morar com Bruno. Enquanto cresciam, eles geralmente passavam as férias na Irlanda, não tendo condições financeiras para ir a outro lugar, mas agora... Clara saiu da cama e foi olhar pela janela.

 A vista da cidade abaixo era fascinante e, a distância, ela podia ver o contorno familiar do Coliseu. Naquele momento, ouviu um barulho e virou-se, o coração disparando quando a realidade voltou, não estava lá de férias. Lorenzo estava parado à porta, alto e poderoso, vestido de calça escura e camisa cinza. Ela cruzou os braços, sentindo-se envergonhada numa camiseta grande, com estampa de carneirinhos na frente..

― Dormiu bem? ― perguntou ele, com toda educação de um anfitrião solícito. 

― Sim, obrigada a cama é... muito confortável. 

Ele inclinou a cabeça. 

― Quando você estiver pronta, junte-se a mim na sala de jantar temos coisas a discutir. 

Ele deu um passo atrás e fechou a porta Clara pôs a língua para fora brevemente... não que o gesto infantil a fizesse se sentir melhor. Lorenzo tentou se concentrar no jornal, mas a imagem de Clara contra a janela naquela camiseta gigante, com os cabelos desalinhados sobre um ombro, estava gravada em sua retina, fazendo-o lembrar-se das pernas longas e delgadas o envolvendo, enquanto ele se enterrava no corpo deleitoso.

 O desejo feroz que o dominara naquela noite, apesar de saber quem era Clara era algo pelo que ele ainda não se perdoava, um som veio da porta, e ele olhou para cima Clara estava com as mesmas roupas do dia anterior. E o fato que ela hesitava ali, com os cabelos puxados para trás, o irritou. Ele se levantou. 

― Sente-se e sirva-se... e pare de representar, Clara, você está aqui agora, e eu fui honesto sobre o que você pode esperar, portanto, nada irá mudar.

Clara sentia-se intimidada pelo visual dele contra o pano de fundo romano Lorenzo parecia ter saído de uma revista de magnatas modernos, embora parecesse mais um pirata do que um modelo. Ele voltou a se sentar e Clara entrou na sala cautelosamente enquanto se servia de café e pão doce, forçou-se a se lembrar de que ele era um autocrata vingativo.

― Eu precisarei de sua certidão de nascimento e seu passaporte.

Clara o fitou as paredes estavam se fechando ao seu redor.

― Eu precisarei deles de volta. 

Lorenzo sorriu.

― Não se preocupe, eu não pretendo manter seu passaporte como algum soberano medieval uma vez que vir onde ficaremos em Sardenha, saberá que uma fuga será muito difícil. Sem mencionar que, se você tentar fugir, a dívida de Bruno volta para seu nome em 24 horas, com as autoridades relevantes notificadas. Todavia, eu manterei o
passaporte por causa do seguro, enquanto estivermos em Roma.

Furiosa, Clara bateu a xícara sobre o pires.

― Por mais que eu adorasse sair daqui e nunca mais vê-lo, a ideia de ficar e me tornar um estorvo na sua vida também tem seus atrativos.

Lorenzo  inclinou-se para frente e disse com um sorriso frio: 

― Não me teste, Clara, e não tente brincar com fogo, você não vencerá.

Mais tarde naquele dia, Clara teve de admitir que Lorenzo era a pessoa
mais fria que ela já conhecera. O homem da boate naquela noite era muito diferente do estranho que agora esperava no saguão principal da boutique em que ele a levara  a  vendedora gesticulou para as roupas empilhadas ao redor delas.

― Tem certeza de que não quer ver mais nada, senhora? Clara meneou a cabeça.

A moça olhou-a, nervosamente.

― E tem certeza de que não quer... refinar um pouco seu gosto?

Clara meneou a cabeça sabia que o que estava fazendo era um pouco infantil, mas era irresistível saber que a extrema concentração de Lorenzo em tudo, exceto nas roupas que estava comprando para ela, teria suas consequências. 

― Tenho certeza ― respondeu ela com firmeza. A vendedora insistiu:

― Mas, mesmo o vestido que você escolheu para usar no cartório...

― Está ótimo meu noivo e eu estamos de luto... de modo que não seria apropriado usar branco.

A jovem vendedora ruborizou.

― Sinto muito, eu não tinha ideia... Quero dizer, eu sabia sobre a irmã do signore Altamiro, mas... ― Ela parou.

A compaixão genuína da garota fez Clara sentir uma onda de emoção, o que estava fazendo? Lorenzo lhe dissera para não brincar com fogo, e lá estava ela, saltando sobre o fogo. Mas, antes que pudesse falar qualquer coisa, a garota estava empacotando as roupas enquanto e liberando-a para se vestir novamente. 

Eles haviam sido seguidos por paparazzi o dia inteiro Lorenzo a levara para diversas lojas, e, uma vez do lado de dentro, parava de fingir ser o noivo atencioso, ignorando-a até que eles saíssem da loja novamente. Era isso que tinha incentivado a pequena rebelião de Clara... a qual agora parecia tola e vazia. 

Ela tirou aquilo da cabeça, e disse a si mesma que ele nem notaria, quando eles saíram dessa última loja, uma banca de jornal próxima chamou sua atenção. E uma foto com uma manchete os paparazzi tinham desaparecido, provavelmente satisfeitos com a quantidade de fotos tiradas daquela viagem às compras. Mas agora Clara pegou-se querendo inspecionar o jornal, Lorenzo estava atrás dela, e ergueu um jornal da prateleira. Sorriu sardonicamente ao ver uma foto dos dois saindo do apartamento naquela manhã Clara ficou impressionada com a rapidez que aquilo fora publicado. 

― O que diz a matéria? ― perguntou ela.

― A manchete diz: "Uma nação perderá seu solteiro mais elegível quando Altamiro  se casar, em alguns dias".


Clara deu um suspiro resignado,  não poderia escapar daquela situação até que tivesse o bebê dele mas, curiosamente, esse pensamento não despertou o medo que esperara. Sabia que, como a mãe do bebê, ela teria seus direitos, não importava quão rico e poderoso Lorenzo fosse. A certeza dele de que poderia comprá-la parecia ter nascido de uma crença que ele tinha sobre as mulheres em geral. 

Essa revelação e sua curiosidade relutante sobre por que Lorenzo acreditaria nisso manteve Clara quieta durante o trajeto de volta à cobertura, diversas manhãs depois, Clara levantou-se e descobriu que Lorenzo tinha saído, como fazia todas as manhãs, deixando um bilhete para dizer que um guarda-costas estaria esperando no andar de baixo, se ela quisesse visitar pontos turísticos. 

Clara não se enganara pensando que Lorenzo estava preocupado com sua segurança, mas aproveitara a oportunidade para conhecer a cidade, encantando-se com sua beleza antiga. Ela entrou na sala de jantar e foi admirar a vista, sentindo-se muito solitária o mais assustador era que sentia falta... de uma conexão entre ela e Lorenzo a conexão que acreditara existir na noite em que ele a seduzira. 

Clara censurou-se não existira nenhum nível de conexão entre eles, exceto um plano de vingança Enzo estava morto, Nunca tinha existido. Ele tinha sido Lorenzo o tempo todo e, quanto antes ela entendesse isso, melhor o telefone tocou, causando-lhe um sobressalto Clara achou o aparelho e atendeu. Era Lorenzo. 

― Nós fomos convidados para um jantar esta noite ― disse ele, e Clara ignorou o modo como a voz profunda a fez se sentir ainda mais solitária. 

― Oh, verdade? ― murmurou ela, sarcasticamente. 

― Esteja pronta para sair às 7h, será bom sermos vistos juntos na véspera de nosso casamento. 

Clara abriu a boca para falar, mas só conseguiu arfar ao perceber que ele já desligara, ela bateu o telefone contra a mesa e deu boas-vindas à ação dele... porque aquele era um lembrete humilhante do fato de que nenhuma conexão existira entre eles. 



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