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História Da vingança ao amor - Capítulo 25


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 25 - Capítulo 25



Clara tinha observado a sombra do pequeno avião dançando sobre o mar Mediterrâneo abaixo, antes que eles aterrissassem na ilha de Sardenha, no aeroporto de Alghero. As palavras de Lorenzo na noite anterior, a ambivalência dele em relação ao bebê e sua própria vulnerabilidade tinham feito Clara fechar-se em si. mesma num mecanismo de defesa. 

Ele lhe dissera que a propriedade da família ficava localizada perto das ruínas de Tharros, na costa oeste. Um jipe com motorista os esperava no aeroporto e o sol da tarde batia na cabeça de Clara. Após dirigir por aproximadamente quarenta minutos, o motorista, Tommaso, virou numa estrada estreita ladeada por árvores altas, formando uma sombra misteriosa. Eles viraram à direita, em direção à costa um enorme conjunto de portões de ferro apareceu e se abriu, como se por mágica, quase escondido pela densa folhagem e buganvílias coloridas.

 Eles emergiram num pátio completo com uma fonte, sua água cristalina jorrando numa piscina baixa. Flor de lótus flutuava na água calma a casa apareceu então, surpreendendo Clara com sua discreta elegância ela não sabia ao certo o que esperara. Sua experiência com milionários restringia-se às pessoas que competiam para viver de maneira mais ostentosa possível. Eles pararam, e Clara desceu antes que Lorenzo pudesse rodear o carro para abrir sua porta. 

Sentia-se nervosa e queria fugir de qualquer possível contato físico com ele, ela olhou para a casa, com janelas que iam do chão ao teto, cortinas brancas esvoaçando gentilmente com a brisa quente. Uma varanda ampla abraçava o exterior da propriedade, rodeando toda a frente e lateral da construção, e um gramado exuberante descia para onde Clara supunha estar o mar.

 Ela podia ouvir o barulho das ondas quebrando por perto, e uma onda de emoção a envolveu com o som aquilo era uma das coisas que sentira falta em Londres. A casa de sua família em Dublin ficava ao sul da cidade, na costa, mas Bruno não perdera tempo em vendê-la, assim que seus pais haviam falecido. Clara crescera com o barulho do mar à sua porta, e fazia tanto tempo que não o ouvia que agora uma onda de nostalgia a envolveu. 

Lorenzo a estudou, ela estava evitando seu olhar, mas ele sabia que Clara tinha consciência de sua presença. Ela evitara olhá-lo durante o dia inteiro, o que o irritara, não
estava acostumado com mulheres ignorando-o. A blusa cinza banal sobre o short preto que Clara usava também o irritava, demonstrando que ela estava determinada a representar aquela farsa a atenção de ambos foi tomada por um enorme cachorro branco que veio correndo na direção deles.

Clara viu o cão parar ofegante a poucos metros de distância agindo por instinto, agachou-se sobre um joelho, batendo na grama com sua mão. O cachorro aproximou-se,
e ela acariciou-o, deleitando-se na maciez do pelo branco, um sorriso genuíno no rosto bonito.

― Quem é você? Você é lindo?

― O nome dele é Doppo, era o cachorro de Alice, ele normalmente não se aproxima de estranhos.

Ela olhou para cima para ver Lorenzo com uma expressão dura no rosto a menção de Alice causou-lhe um aperto no peito. Ele obviamente não gostara que ela tivera uma
conexão imediata com o cachorro, talvez preferisse que Doppo lhe arrancasse um membro Silenciosamente, Clara agradeceu ao cão por aceitá-la ignorando Lorenzo, voltou a alisar o pelo do cachorro, sussurrando.

― Doppo acho que você e eu seremos grandes amigos. 

Lorenzo  observou quando Clara endireitou o corpo, e teve de reprimir uma estranha emoção Clara Guerreiro tinha atitudes muito contraditórias para seu gosto, e, quanto antes ele a colocasse num lugar onde saberia o que esperar, melhor. Segurou-lhe o braço, e ela ficou tensa, arregalando  os olhos num gesto cauteloso. Lorenzo lutou contra aquela imagem vulnerável que Clara projetava tão bem. 

― Você conhecerá meu pai no jantar eu disse a ele que nós nos conhecemos através de Alice, em Londres. O que, de certa forma, é verdade, também falei que foi... um caso impetuoso, e que não planejávamos que você engravidasse tão cedo. Meu pai não esperará que nos comportemos como recém-casados apaixonados; entretanto, certa quantidade de representação é requerida. Ele não sabe sobre a conexão de seu irmão com Alice, eu não quero aborrecê-lo de nenhuma maneira. Meu pai já sofreu bastante
desde o funeral e o derrame.

O peso em sua própria consciência abalou Clara... mas não pelas razões que ele acreditaria.

― Essa é a última coisa que eu quero.

Lorenzo olhou para os braços desnudos de Clara passou um dedo ao longo de um deles e uma onda de desejo a percorreu. Ele franziu o cenho.

― Sua pele é tão branca que quase acredito que você nunca esteve nesse tipo de sol antes.

Clara nunca estivera! O que sabia que não se encaixaria na imagem que ele tinha dela... como a irmã de um milionário corrupto e hedonista ela afastou-se.

― Poupe-me de sua falsa preocupação, tenho certeza de que você ficaria feliz em me ver com queimadura de segundo grau.

Os olhos de Lorenzo brilharam por um momento, mas então ele gesticulou para que ela o seguisse para dentro da casa.



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