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História Da vingança ao amor - Capítulo 32


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 32 - Capítulo 32


Fanfic / Fanfiction Da vingança ao amor - Capítulo 32


Quando ela olhou para Lorenzo, ele também estudava o céu, o perfil forte e bonito, no momento que eles chegaram à mansão, Lorenzo pegou-lhe a mão e conduziu-a para as pedras. Clara puxou o vestido para cima, a fim de facilitar a escalada no topo, parou contra Lorenzo.

Não podia se mexer, ou cairia sobre as rochas, ele a fitou e colocou uma mecha de cabelos atrás da orelha dela.

― Você não perdeu os brincos. 

Ela meneou a cabeça.

― Não, graças a Deus uma dívida é suficiente.

Uma nova tensão preencheu o ar quando ele a rodeou pela cintura e puxou-a para si.

― Lorenzo...

Ele a calou com um beijo ardente, os sapatos de Clara caíram de uma mão nervosa, enquanto ela, instintivamente, envolvia-lhe o pescoço dele nos braços, erguendo-se para se moldar ainda mais perto. 

Vinha ansiando por Lorenzo durante as últimas semanas, a distância entre os dois tinha sido necessária para sua paz mental e recuperação, mas sentia-se ávida pelos abraços e beijos dele.

Quando eles finalmente se separaram, Lorenzo pegou-lhe a mão e conduziu-a para dentro da mansão, então, em vez de fazer amor com ela, como Clara esperava... e tanto desejava... ele deu-lhe um beijo na testa e virou-a em direção ao quarto dela.

― Vá dormir, Clara você está cansada...

Por um segundo, ela não se mexeu, ele pôs uma mão em suas costas, como se para impulsioná-la a andar... porque, se ela se virasse e o olhasse... Ela moveu-se hesitantemente após alguns passos, virou-se, o queixo erguido. Gesticulou para os brincos e deu um sorriso tenso.

― Obrigada por isso... e por tudo, eu me diverti muito. 

E então ela se foi.

(... )


Na noite seguinte, Clara estava sentada no terraço depois de jantar com Silvio, terminando a partida de xadrez: que eles tinham começado mais cedo, estava irritada consigo mesma.

 Deveria estar se sentindo em paz, mas, desde que Lorenzo a informara mais cedo, logo após o retorno da costa leste, que ia passar alguns dias em Roma a negócios, ela estava nervosa. Silvio surpreendeu-a, falando de repente:


― Lorenzo não é um homem fácil.

Clara sentou-se ereta, horrorizada por Silvio se sentir compelido a agir como algum tipo de confidente.

― Silvio, você não precisa...

 Ele ergueu uma mão, calando-a.

― Sabia que a mãe de Lorenzo e Alice foi embora quando ele tinha 10 anos e ela apenas quatro?

Clara meneou a cabeça, não podendo evitar o interesse agora. Era daí que vinha a desconfiança cínica de Lorenzo? Silvio moveu um peão no tabuleiro, antes de continuar:

― Minha esposa e eu fomos infelizes por algum tempo, nosso casamento foi arranjado. Ela perdera o coração muito antes de mim, para um amor de infância. Eu tinha ciência do fato, mas, depois que nos casamos, tivemos filhos, pensei que ela pudesse esquecê-lo.

Clara permaneceu silenciosa, observando-o.

― Ela começou a agir de modo esquisito... saindo em horários estranhos, tornando-se distante, misteriosa. Suspeitei que estivesse vendo alguém e confrontei-a ela admitiu que estava saindo com seu antigo amor. A esposa dele falecera e o deixara com uma criança pequena Emilia me contou que ele a queria ao seu lado, ajudando-o a criar o filho. 

Clara arfou, mas Silvio não pareceu ouvi-la.

― Eu lhe supliquei para ficar em vão. Não sei o que as crianças sabiam, mas, de alguma maneira, sabiam. No dia que Emilia escolheu deixar os filhos, eles estavam  aninhados no hall, tendo se recusado a ir para a escola naquela manhã. ― Silvio deu de ombros. ― Talvez tenham nos ouvido discutir. Alice segurava a mão de Lorenzo com força, quando Emilia saiu com sua mala, Alice correu atrás dela, implorando que a mãe parasse. Emilia precisou empurrá-la... e foi quando Lorenzo saiu para o lado de fora ele a seguiu até o portão, perguntando por que, por que, por quê. Emilia entrou no carro, o amante já estava com o motor ligado e a criança, no banco de trás. Lorenzo segurou a porta do carro aberta, impedindo-a de fechar finalmente, Emilia saiu do carro e deu lhe um tapa no rosto com tanta força que eu ouvi daqui de dentro da casa. Foi somente então que Lorenzo parou de perguntar por quê.

Clara estava chocada então era por isso que Lorenzo acreditara que ela seria cruel o bastante para abandonar seu próprio bebê. Ela olhou para Silvio.

― Eu não tinha idéia.

― E por que teria? Eu sei que Lorenzo nunca falou sobre o que aconteceu. E eu sabia que não podia pedir que ele se casasse e tivesse filhos. ― Silvio a fitou. ― Mas agora... desde Alice... tudo mudou. Mas, Clara saiba que estou muito feliz com sua presença aqui.

Antes que Cara pudesse pensar numa resposta, ele disse:

― Se me der licença, querida, acho que já passou de minha hora de dormir.

Clara levantou-se e ajudou-o com a cadeira de rodas até a sala o enfermeiro da noite apareceu e levou Silvio para o quarto. Ela voltou para se sentar no terraço e olhar a escuridão por um longo tempo podia imaginar o tipo de elo que tinha sido formado entre Lorenzo e Alice naquele dia. 

Sentiu-se triste pelo que eles haviam passado e uma dor ainda maior a assolou ao pensar que, se tivera alguma esperança de que Lorenzo abrisse seu coração algum dia, ela foi esmagada pelo que acabara de descobrir.



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