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História Da vingança ao amor - Capítulo 37


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 37 - Capítulo 37


Fanfic / Fanfiction Da vingança ao amor - Capítulo 37


Lorenzo passou uma mão pelos cabelos, por que ela estava sendo tão teimosa? Ele tivera um vislumbre de outra mulher na noite anterior. 

Da mulher que conhecera em Londres a mulher que queria conhecer melhor. Doce, inocente, sexy, aberta... Mas, agora, era como se a noite anterior nunca tivesse acontecido.

 Ele vacilou entre querer sacudi-la e beijá-la, Lorenzo não acreditava mais que Clara fosse responsável pelo débito de Bruno, mas alguma coisa incitou-o a dizer:

― Levaria anos para quitar esse débito. 

Ele a viu empalidecer.

― Eu sei ― replicou ela. ― Isso é tudo que existe entre nós, e entre mim e minha liberdade. Enquanto você estiver me mantendo aqui, eu quero trabalhar para desfazer a confusão que Bruno criou. É o mínimo que posso fazer.

Irritado pela implicação que ela não passava de sua prisioneira, Lorenzo fechou o espaço entre os dois, pisando nos papéis descuidadamente.

― O débito não é a única coisa entre nós, Clara. 

Clara inclinou a cabeça para trás e arregalou os olhos.

― Eu não vou mais dormir com você, Lorenzo.

― Ah, não?  

E, com incrível precisão, ele colocou-a de pé e puxou-a para si, ignorando as mãos de Clara contra seu peito, tentando empurrá-lo. Ele a beijou, ela tentou mover á cabeça, mas perdeu a batalha.

No momento que se entregou ao beijo, Clara soube que o pior tinha acontecido agora ele saberia o quanto ela o desejava. E isso lhe daria mais poder sobre ela do que o débito, ou o fato de que Clara ainda era sua prisioneira.

 O fato de que sempre fora uma prisioneira... exceto que sua prisão não tinha paredes ou trincos.


(.... )


Duas semanas depois, Clara respirou aliviada pela primeira vez desde que ela e Lorenzo haviam começado a dormir juntos.

 E a única razão para isso era que ele tinha ido para uma reunião emergencial em Roma. Ela estava tentando tão arduamente resistir a ele em todos os níveis, mas, quando ele a tocava... tornava isso impossível. 

Durante o dia, Clara conseguia manter distância, mas, à noite, eles se tornavam insaciáveis em seu desejo. Assim que ele adormecia, Clara se levantava e voltava para seu próprio quarto. 

Sabia que aquilo o enfurecia, e na noite anterior, quando ela tentara sair da cama, ele lhe segurara o braço, sussurrando com uma voz sonolenta:

― Sem escape esta noite.

Clara tinha ficado deitada lá por um longo tempo, mas, quando o sol começara a nascer, conseguira desvencilhar-se do abraço e sair sem acordá-lo. 

Era uma vitória vazia, mas a expressão de Lorenzo, antes que ele fosse para Roma, dissera-lhe que ela não escaparia novamente... e por isso Clara teria de persuadi-lo a deixá-la ir embora.

Estava determinada a mostrar-lhe, quando Lorenzo voltasse de viagem, que ele não poderia mantê-la lá Cada dia que se passava, Clara se apaixonava mais pelo lugar...por Silvio... por Doppo. Por Lorenzo.

Silvio estava lhe dando aulas de italiano, e Lúcia estava lhe ensinando algumas receitas tradicionais italianas. A idéia de pertencer a uma família já formada era tentadora, assim como perigosa demais. 

Sua vida não era assim, a vida de Lorenzo não era assim. Ela precisava seguir em frente e recomeçar. 

E, apesar do fato, graças ao débito do seu irmão, de que nunca teria a liberdade total pela qual ansiava, talvez, quando esse casamento falso acabasse, ela estivesse de volta em casa e arranjasse um emprego, e pudesse sentir um pouco de paz.

 Afinal de contas, as coisas que os tinham unido eram perda; incompreensão e sofrimento e débito. Tudo que Clara precisava fazer agora era convencer Vicenzo a deixá-la ir.


(..... )


O cansaço que Lorenzo vinha sentindo desde que entrara no avião que o levaria de Roma para Sardenha desapareceu magicamente quando ele dirigiu para dentro dos portões de sua propriedade. Já estava antecipando o encontro com Clara. 

Talvez ela estivesse na piscina... ou brincando com Doppo na praia, ou talvez estivesse tirando uma siesta do calor. O pensamento fez seu próprio corpo esquentar. 

Ele consultou o relógio e andou para a porta da frente, tirando a gravata enquanto ia. Mas, quando entrou, algum sexto sentido lhe disse que ela não estava lá.

Naquele momento, a enfermeira de seu pai apareceu no hall, ela era uma mulher maternal na casa dos cinquenta.

― Ah, signore Altamiro, se está procurando sua esposa, ela saiu... 

Ela deu uma pequena risada. 

― Foi um pouco dramático, na verdade.

Pânico o fez gelar por dentro.

― O que você quer dizer?

― Oh, não há nada errado com Clara ― disse ela, percebendo o nervosismo dele ― É o cachorro... Nós estávamos no jardim, e ele de repente pareceu desmaiar... Lúcia e Tommaso tinham ido às compras, e eu não podia deixar seu pai, então Clara levou-o ao veterinário.

Alívio o inundou, deixando-o tonto era apenas o cachorro. Mas então o pânico retornou.

― Você disse que ela o levou ao veterinário?

― Sim. ― A enfermeira consultou seu relógio. ― Mas isso foi mais de três horas... Ela já deveria ter voltado.

― Como ela foi para lá?

― Eu ofereci meu carro a ela, não estou com pressa... meu turno não acaba até...

Lorenzo não quis ouvir o resto, largou tudo e correu para fora da casa, subindo em sua moto. Tudo que em que podia pensar era no terror no rosto de Clara naquele dia em Dublin, quando ela havia achado que eles bateriam o carro. Ela sempre ficava tensa dentro de um carro, até mesmo no banco de trás.

Lorenzo saiu da propriedade e foi direto para o veterinário. Ao chegar lá, descobriu que Clara já tinha ido embora. O veterinário estava explicando que Doppo ficara desidratado, e que pedira que Clara fosse buscá-lo lá dentro de alguns dias.

― Faz muito tempo que minha esposa saiu daqui? ― perguntou ele, impaciente.

― Não muito tempo, ela parecia um pouco pálida, na verdade. Perguntei-lhe se queria que eu ligasse para alguém, mas ela disse que ficaria bem...

Lorenzo forçou-se a ficar calmo, esvaziar a cabeça de tudo, exceto de encontrá-la. Finalmente a encontrou, e o alívio que o percorreu foi imenso. 

Um pequeno carro estava parado no acostamento da estrada, e Clara estava ajoelhada sobre o gramado ao lado da porta aberta, obviamente vomitado.


Notas Finais


Obrigado pelos comentários meninas.... 😘😘😙


Reta final da história..... #Claenzo


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