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História Da vingança ao amor - Capítulo 38


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 38 - Capítulo 38


Fanfic / Fanfiction Da vingança ao amor - Capítulo 38


Ele saltou da moto e correu para tomá-la nos braços Clara estava fraca e tremendo, o rosto tão pálido que puro medo o assolou. 

Lorenzo pegara uma garrafa de água do veterinário, num momento de clareza, e agora a fazia beber. Ela bebeu um pouco, mas não parou de tremer.

― Lorenzo...

― Xiii, não fale vou levá-la para casa agora, você está segura comigo.

Mesmo enquanto a erguia nos braços, ele sentiu as mãos de Clara agarrando sua camisa.

― O carro... é da enfermeira, eu não acho que bati o carro, bati?

― Não, querida, o carro está bem, e Doppo está bem.

 Lorenzo amaldiçoou o cachorro silenciosamente, subiu na moto, ainda a segurando, e acomodou-a na sua frente, ordenando que ela segurasse firme.

Uma vez dentro da propriedade, Clara já se sentia mais forte e também se sentia uma completa tola. Não conseguira fazer uma simples jornada de carro. 

Sua preocupação com Doppo a fizera chegar ao veterinário, mas, sem ele e o carro, ela havia desmoronado, o acidente de carro fatal voltando com detalhes assustadores. Conseguiu descer da moto sem ajuda, e disse:

― Eu pensei que fosse conseguir, afinal, eu não estava dirigindo na noite do acidente, mas não consegui...

― Evidentemente não ― murmurou Lorenzo. ― No que você estava pensando? Por que não ligou para mim, ou esperou até que Tommaso e Lúcia chegassem em casa?

Clara o olhou e sentiu a cor drenar de seu rosto.

― Você está zangado porque eu saí da casa? 

Ele segurou-lhe o braço.

― Não, sua tolinha estou zangado porque você quase arriscou a sua vida por um cachorro.

― Mas ele desmaiou, Lorenzo eu não tinha certeza se ele estava respirando... E, depois de tudo que aconteceu, eu não ia deixar Doppo morrer só por estar com medo de dirigir.

Sem palavras, Lorenzo a conduziu para a sala de estar, onde a sentou, antes de ir até o bar. Voltou com uma dose de uísque e ofereceu a ela, Clara torceu o nariz.

― Não, obrigada.

― Tudo bem. ― ele bebeu o uísque, parecendo pálido. Ele sentou se ao seu lado.

― Acho que está na hora de você me contar como acabou naquele carro com eles naquela noite.

Clara levantou-se imediatamente, não querendo reviver o terror.

― Não quero falar sobre isso. ― Virando-se, acrescentou com culpa. ― Para que? Isso não trará sua irmã de volta.

― Eu sei que não, Clara, mas acho que você vem se punindo por muito tempo por alguma coisa pela qual não teve culpa.

― Não muito tempo atrás, você estava contente em me culpar. ― Lorenzo levantou-se.

― Sim, mas eu estava errado. E fiz isso porque estava sofrendo, e porque pensei que você fosse igual ao seu irmão. ― Ele pegou-lhe as mãos e levou-a de volta para o sofá. ― Clara, se você não contar para alguém o que aconteceu naquela noite, nunca se libertará disso.

― Mas, não entende? ― Ela estava quase soluçando. ― Eu nunca me libertarei disso. Se eu não estivesse lá, se não tivesse acreditado que precisava cuidar de sua irmã e de meu irmão...

Lorenzo apertou-lhe as mãos.

― Conte-me, Clara eu mereço saber o que aconteceu com minha irmã.

Como ela poderia lhe negar aquilo? Clara o fitou através das lágrimas. Começou a explicar como Bruno e Alice tinham estado no apartamento naquela noite. 

Ela cozinhara para eles, então ouvira Bruno ao telefone, fazendo arranjos para ir à boate. Era a noite de folga de Clara e, por uma vez, ele não queria que ela o levasse, porque tinha um carro novo... um novo brinquedinho  com o qual queria impressionar Alice.

Clara ouvira o discurso dele, o tom de voz embriagado, soubera naquele mesmo dia, mais cedo, que Bruno planejava levar Alicepara Las Vegas em breve, numa suposta viagem surpresa, onde proporia que eles se casassem num capricho romântico, pretendia fazer isso sem a interferência da família dela e sem as restrições de um acordo pré-nupcial. 

Até aquele momento, Clara não soubera das intenções de Bruno em relação à Alice.

Olhou para Lorenzo agora, então recolheu as mãos. Não podia tocá-lo, falar e permanecer sã.

― Eu gostava de Alice, ela era doce comigo... algo que nenhuma das outras namoradas de Bruno tinha sido. Ela não merecia ter conhecido meu irmão... Bruno sabia que eu gostava de Alice, e que ela gostava de mim, e por isso mesmo não me permitia vê-la com frequência. ― Clara deu um sorriso triste. ― Ao contrário do que você acredita, meu irmão era muito paranóico para me usar como o peão que você pensou que eu fosse.

Ela mordiscou o lábio.

― Eu queria ajudá-la, mas não sabia o que fazer eu deveria tentar falar com ela? Ou procurar a família de Alice? Ela mencionou você algumas vezes, mas eu só descobri sobre o plano de Bruno naquele dia... Achei que houvesse tempo. ― A voz de Clara falhou. ― Eu não podia deixar Bruno levá-la para a cidade, quando ele estava tão embriagado... e Alice não estava muito melhor. De alguma forma, consegui persuadi-lo a me deixar levá-los achei que estivesse fazendo um favor a eles protegendo sua irmã, eu me sentia tão mal sobre o que ele planejava fazer com Alice, e queria achar um jeito de detê-lo...

Lorenzo pegou-lhe a mão novamente.

― Clara, apenas me conte o que aconteceu.

― No último minuto, Bruno insistiu em dirigir, dizendo que eu não seria capaz de lidar com o carro... Eu entrei no veículo de qualquer forma, pensando que pudesse ao menos tentar me certificar de que ele dirigisse com segurança. ― Clara o olhou. ― Os dois se recusaram a pôr o cinto de segurança... quanta estupidez e então... a chuva começou. Torrencialmente de súbito, faróis vinham na nossa direção Bruno pegara o lado errado da pista... Isso é tudo de que me lembro, até que alguém estava me ajudando a sair do veículo. Eu andei, Lorenzo fui para o hospital, e eles me deixaram sair logo em seguida...

Para surpresa de Clara, Lorenzo se levantou, puxando-a consigo, a expressão inescrutável.

― Você está exausta ― foi tudo que ele disse.

Ela assentiu, enão disse uma palavra quando ele a pegou pela mão e conduziu-a para a cozinha, em silêncio, ele preparou-lhe uma omelete simples e pão, obrigando-a a comer. Depois, sentindo-se muito confusa, Clara permitiu que Lorenzo a levasse para o quarto.

Com um beijo casto em sua testa, ele a impulsionou para dentro.

― Descanse, Clara, nós conversaremos amanhã. 


Notas Finais


Reta final da história..... #Claenzo
Obrigado pelos comentários!!! 😘😘😘😘😘😘😘😘😘


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