História Daddy Styles. - Just - End Of Firt Season

Autora •Point Of View On

Harry estava sentado no sofá de sua sala, quando Amélia ligou, avisando que o voo havia atrasado e que os garotos e ela só chegariam no dia seguinte. Os meninos haviam ido em um jogo de futebol em Nova Iorque e Amélia fora junto, já que estava de férias do hospital e queria passar um tempo com os meninos, e acabaram por ficar no local por conta do tempo.

Harry desligou o telefone e caminhou até um espelho que tinha em um canto da parede da sala e viu que precisava cortar seus cabelos, e pelo espelho, viu uma garota de dezesseis anos passar correndo e quase caindo no tapete. A garota parou e começou a respirar ofegante, com a mão no peito.

-Ai, vou ter um infarte.

-O que aconteceu?

Ela mostrou a tela de seu celular para o pai, que chegou mais perto para conseguir ler o que tinha escrito naquelas pequenas letras e quando chegou ao final da tela, olhou para a filha que já chorava e sentiu seus olhos marejarem.

-Você conseguiu?

-Eu consegui, papai! Eu passei na Columbia, com meu esforço, e de graça!

(...)

''Filha,

Uma palavra tão pequena, mas que é dona de todo o meu amor. Dona de todo o meu tempo e de todo os meus cuidados.

Quando você chegou, você iluminou o meu ser. Despertou um sentimento tão puro e forte dentro de mim, que mesmo até os dias de hoje eu não sei lidar. Talvez eu nunca saiba, mas que pessoa sabe lidar? Que eu saiba, filhos não vem com manual de instruções. Filhos não vem com regras e nem descrição.

Filho é algo novo, que quem cria o próprio manual somos nós."

(...)

Uma festa de despedida para Vitoria fora feita, já que agora a garota iria morar em Nova Iorque, por conta de sua faculdade.

Harry sentia seu peito se estraçalhar a cada minuto que se passava e a hora do voo de sua filha chegava. Sua pequena garotinha havia crescido o suficiente e já estava indo para a faculdade, morar sozinha e em outro país.

Vitoria estava abraçando a sua mãe, Amélia, que chorava tanto que estava à beira de um colapso. Henry tinha o rosto vermelho por tanto segurar o choro, Noah tinha lágrimas caindo pelo rosto e alguns soluços se soltavam de sua garganta, Logan chorava em silêncio e passava as mãos nos cabelos de nervoso, George e Cameron, os gêmeos, se agarraram a garota e pediam para que a mesma não fosse. Quando a garota chegou no pai, eles simplesmente se abraçaram e no silêncio daquele gesto, ambos choraram.

Foram tantos momentos que eles passaram juntos, tantas aventuras, tantas tristezas. Mas foram tantas risadas e bagunças que se fizeram presentes naquele abraço, que tudo veio em uma avalanche.

-Eu te amo, papai.

-Eu te amo, meu amor.

(...)

'''Sabe minha filha, quando eu me pegava pensando como seria se eu tivesse um filho, eu nunca imaginei que fosse algo tão bom e desesperador ao mesmo tempo. E sinceramente, é um desespero bom. Acho que o único desespero que é realmente bom.

Eu sempre quis ter um filho, porque eu nunca iria ficar sozinho. Porque filho é para sempre. Esse pensamento é depressivo, mas é a mais pura verdade. Mas sabe, eu nunca imaginei que iria me tornar pai tão cedo.

Eu não sabia como cuidar de uma criança, na verdade, não sei cuidar até hoje de uma. Quando você chegou a minha vida, senti um pânico maior do que senti no meu primeiro dia de aula no ensino médio. Não é uma comparação muito boa, mas tudo bem.

Sabe, às vezes, de madrugada você me acordava e ficava me perguntando sobre várias coisas. Coisas que nem mesmo eu sabia e eu me perguntava de onde você tirava aquelas perguntas. Então, eu tinha de pesquisar na internet, e dependendo do resultado apresentado, eu te falava que não havia nada para àquela pesquisa.

Lembro-me que um dia, você me pegou chorando, e começou a chorar também. Era no dia da sua festa de quatro anos. No momento, eu não entendi o porque de seu choro, mas notei que você e eu tínhamos uma ligação muito forte. Uma ligação de pai com uma filha.''

(...)

Fazia dois meses desde que Vitoria havia se mudado, e no momento, estava conversando com seus irmãos, todos os cinco juntos, na frente de uma tela de notebook.

-Vitoria, eu quero matar o Henry!

Noah berrou no meio dos gritos dos irmãos, que começaram a rir quando o mesmo gritou aquilo.

-Por que, Noah?

-Ele não para de pegar minhas coisas, parece criança.

-Vocês são crianças.

-Eu não sou criança.

Henry falou com um bico nos lábios, que fez Vitoria dar um sorriso.

-Henry, você tem doze anos, o Noah tem onze, Logan dez e os gêmeos nove. Se vocês não são crianças, são o que?

-Adolescentes.

A garota começou a rir e se assustou quando Amélia surgiu soltando um grito atrás dos meninos.

-Minha princesa, eu estou morrendo sem você aqui. Imagina dividir a casa com mais seis desses aqui? Sendo que um é meu marido.

-Eu sinto falta de todos vocês sabia? Aqui é meio deprimente.

-Sem você aqui também é horrível! Seu pai está morrendo sem você.

-Em falar nisso, onde ele está?

-Está pescando com seus tios. Nem quero ver quando voltarem.

A garota começou a gargalhar é só parou quando os garotos acenaram para ela, encerrando a chamada pois tinham dever de casa para fazerem e Amélia mandou um beijo no ar.

Quando ela começou a fazer um trabalho para a aula de biologia avançada, alguém bateu a sua porta e a garota foi atender. Quando a mesma abriu, seus olhos se arregalaram e um sorriso surgiu em seus lábios.

-Eu não acredito que você está aqui.

-Eu vim te ver.

(...)

''É minha filha, escrevendo essa parte de sua carta, me recordei dos momentos tristes que tivemos.

Foram tantos meu amor.

Tenho certeza que você não se recordará de vários, mas eu me recordo de todos, pois foram eles que me fizeram ser o homem que sou hoje. Eles me fizeram forte.

Lembro-me de todas as vezes que você foi parar no hospital. De todos os seus ataques de asma, de todos os seus machucados, de todas as suas quedas, de todos os seus choros sentidos, de todos os seus gritos de raiva direcionados a mim, de todos os 'gelos' que você deu em mim, de todas as nossas discuções, de todos os castigos que fui obrigado a lhe dar, de todos os 'nãos' que tive que lhe falar.

Todos esses momentos me quebraram por dentro, e eu fui obrigado a colar cada caquinho, apenas para você não perder o pilar em que se apoiava.

Eu era e sou seu pilar. Você se espelhava em mim em tudo que iria fazer. E eu não poderia simplesmente desabar e lhe deixar sem um apoio.

Eu me machucaria o quanto fosse, ficaria fraco quantas vezes fosse preciso, cairia todas as vezes que precisasse. Mas eu nunca lhe deixaria passar por tudo que eu passei.

Eu passaria todas as dores por você, todos os sofrimentos, todos os machucados, todas as quedas, apenas para você não precisar sentir tudo isso.

Mas eu não sou um super-herói. Sou humano e infelizmente você teve que sofrer também... ''

(...)

-Matheus, oh meu Deus, você não estava na guerra?

Vitoria perguntou enquanto o abraçava fortemente. O garoto, que já havia se tornado um homem feito, tinha um sorriso gigante em seus lábios e uma covinha saliente na bochecha direita.

-Eu ainda estou em guerra, mas como os países deram uma trégua para se recuperarem e conseguirem novos armamentos e soldados, os que restaram puderam viajar.

Ela o soltou e o segurou pelos ombros, o olhando de cima a baixo. Ele usava a farda do exército, uma bota preta de couro nos pés, tinha uma mochila grande ao chão de seu quarto e alguns machucados pelo corpo.

-Você não deu mais notícias. Eu te escrevia cartas, mas nada voltava em troca. Eu fiquei tão preocupada.

-Eu lia suas cartas, mas não podíamos enviar nenhuma resposta em troca.

-Eu senti muito a sua falta.

-Eu também, meu anjo. Eu também.

(...)

"Sabe meu amor, não fomos apenas nós desde o início. Tivemos outras pessoas que fizeram nossas vidas ganhar uma cor à mais. Seus tios fizeram aparecer um verdadeiro arco-íris nelas.

Liam sempre foi o mais responsável entre os quatro. Sempre te ensinou novas palavras, novos vocabulários e a ter muita educação com os outros. Ele sempre brigava com os outros três por te darem doce antes da hora. Bom, até comigo ele brigava às vezes.

Louis sempre foi o tio zoeiro. Você sempre recorria a ele para fazer alguma brincadeira com alguém. Ele sempre recebia bronca por te dar chocolate fora de hora, e eu descobri que na escola quando você recebia alguma convocação do professor, era sempre para ele que você pedia ajuda.

Niall sempre foi o tio que você amava sair. Ele te levava à todos os lugares, te dava tudo o que você queria. Era só você pedir que ele comprava. Não sei se você se lembra, mas ele te levou em vários shows de princesas e foi zoado durante anos por isso. Acho que Louis zoa ele até hoje. Mas, foi por ele nunca ligar, que o escolhi como seu padrinho.

Zayn foi o tio que você mais ficava grudada. Ele brincava todos os dias de boneca com você. Na época de shows, logo após o término de um, não importava o horário, ele se sentava com você no chão e brincava. Sem se importar com quem estivesse ao redor.

Acho que é por isso que você ama tanto esses quatro idiotas... Porque eles te amam como uma filha."

(...)

Vitoria estava sentada na frente da tela de seu computador, sorrindo enquanto cantava parabéns com sua família, que estava do outro lado.

Esse era o último aniversário que ela iria passar longe de sua família, já que estava terminando sua faculdade.

-Eu amo vocês!

Todos sorriram, e esperaram que a garota fizesse um pedido para cortarem o bolo do outro lado. Vitoria pegou uma fatia de bolo que havia comprado na padaria da universidade, e comeu junto deles.

Eram tantas pessoas, tantas histórias, tantas brigas novas que surgiam a cada minuto, que fez Vitoria sentir uma falta imensurável deles. Eram sua família, e eles estavam mais unidos que nunca estiveram, e nada e nem ninguém iriam separa-los, nunca.

(...)

Fim