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História Daddy's Lil Monster - Males do ciúmes.


Escrita por: dudagold

Capítulo 15 - Males do ciúmes.


Ficamos, pelo menos, duas horas adormecidos. Foi um dos nossos momentos mais lindos, eu estava esgotada, porém, ao mesmo tempo, sentia que poderia acabar com meio mundo, só pelo fato de estar ao lado dele.

Coringa acordou e eu logo despertei, sabia que teria poucas horas de sono daqui para frente, mas precisavam ser só duas? Olhei para meu palhacinho e este pouco me encarava, revirei os olhos, já esperava essa reação. Parecia que a mente dele apagava tudo vivido por nós, e só relembrava no próximo sexo. Odiava isso com todas as minhas forças, estragava o momento.

Coloquei a roupa e pulei em suas costas, me pendurando, não iria deixar as coisas ficarem assim. Não depois de ter tido a melhor noite de toda minha vida. Então, sussurrei em seu ouvido:

- Por que está com cara de quem não gostou? - Olhei para ele com ironia. - Não se divertiu comigo, pudinzinho? 

Ele me tirou de suas costas e virou-se para mim, parecia ter feito uma careta antes, mas agora sorria.

- Faremos mais vezes isso... - Passava a mão pelo meu rosto, praticamente me derretendo.- E vou providenciar aquilo em nosso quarto. - Apontou para o pole dance.

Eu ri com sua expressão de malícia. Agora sim, estava agindo como o homem que eu amava. Segurei em sua mão e fiquei na ponta dos pés para lhe dar um beijinho, ainda não tinha posto as botas. Ele retribuiu rapidamente.

- Vamos, precisamos ir para Gotham City.

- Mas já? Nem curtimos esta cidade... - Olhei para ele com frustração, tentando convencê-lo. - Poderíamos roubar um montão de coisa! - Tentei persuadi-lo dessa forma, mas no fundo eu só queria ver as boates.

- O Batman está lá, e eu já bolei novos esquemas...

Cometi o erro de interrompê-lo enquanto falava de seus planos.

- Esquece esse morcego, o que vocês têm? Pare de se importar, ele nem está no seu pé, e, agora, temos um lugar todo para assaltar. - Ri de animação pela ideia, porém me surpreendi. Coringa estava de costas para mim e virou-se com o rosto quase que roxo de ódio. Veio em minha direção e eu me esquivei, assustada.

- M-me desculpa, já entendi, vamos para Go... - Não consegui terminar a frase, ele me jogou contra a parede e segurou com força em meu pescoço, quase que me enforcando.

- Não se meta nisso. Você está aqui para fazer o que eu mandar. - A força, que fazia contra mim, aumentou, e senti meu ar começar a faltar. - Não está? - Em um movimento, bateu meu corpo novamente contra a superfície. A raiva era clara em seus olhos.

Apenas concordei com a cabeça, agarrando suas mãos e tentando tirá-las de meu corpo. Ele sorriu e soltou-me. 

- Me perdoe por isso, meu bem, porém é bom você já entender desde cedo no que não deve opinar. Se fosse um de meus homens, já estaria morta... Mas eu não conseguiria fazer algo assim com a minha palhacinha. - Suas mãos acariciavam-me, todavia eu apenas sentia minhas pernas tremendo. Tive tanto medo, entretanto não conseguia sentir raiva dele, estava com o corpo colado ao meu e isso tinha um efeito enorme sobre mim. Apenas me calei e deixei que saísse.

Aquele provavelmente deveria ter sido só um deslize, eu tinha tocado em sua ferida, o Batman era quase um caso de amor para o Palhaço. Engoli em seco minha frustração e ajeitei-me, indo atrás dele com minha arma.

Seu carro púrpura estava estacionado na frente do motel. Entrei nele, sem falar nada.

- O que o meu amor quer para desfazer o bico? Faço qualquer coisa. - Sussurrou em meu ouvido, enquanto sua mão passeava pela minha coxa, massageando-a.

Não consegui controlar o sorriso, estava tão bonitinho tentando meu perdão. Porém não cairia nas suas tentações, ele não merecia nem uma rapidinha.

- Eu quero correr. - Falei um pouco afobada, a mão boba subia para uma área um tanto proibida. Precisava me esquivar, antes que acabasse fazendo o que não queria.

Coringa riu de minha situação e o olhei com ironia.

- Anda, liga o carro.

- Tudo bem, mas depois não... 

Fomos interrompidos por uma onda de tiroteios. O barulho vinha de trás e ficava insuportavelmente alto quando as balas batiam no carro. Coringa o ligou e o manobrou para que encarássemos os atiradores e depois seguíssemos para a direção contrária à deles. Procurei sua metralhadora e rapidamente a tinha em minhas mãos. Só conseguia sentir o cheiro de pneu queimado.

- Aqui está sua corrida, amor. - Ele falou com um sorriso imenso, comecei a gargalhar, era realmente muita sorte, esta ainda seria bem mais divertida.

- Bem melhor do que a que eu imaginava. - O Palhaço riu e eu comecei a atirar. Mesmo com o desvio, eles ainda estavam atrás de nós. Pus a arma para fora da janela e mirei nos carros, eram muitos, fiz alguns rodarem e outros explodirem, entretanto não parecia ser o suficiente.

- Mais rápido, pudinzinho! - Os homens estavam começando a me irritar de verdade, pareciam pragas, eu matava, matava e não sumiam. 

Coringa desviou para um beco e acabei tendo que sair da janela, por motivos de: ter sido jogada para o outro lado. Deixei a arma em meu colo e percebi que tínhamos desviado.

- Quem são eles? - Ele revirou os olhos, como se minha pergunta tivesse sido estúpida.

- Lembra do Frank? O desgraçado tinha parceiros, e eles não ficaram muito contentes com nossa visita.

- Macabro falou que isso aconteceria... - Ele ficou sério por eu ter falado no nome do homem que, na cabeça dele, parecia ser seu concorrente. Me preocupei, meu pudinzinho ia acabar matando meu amigo. Tentei desviar o assunto. - Isso é bom, não? - Sorri, tentando transparecer alegria. - Agora, teremos mais pessoas para matar e logo, pegaremos os territórios delas e tooodo o dinheiro será nosso!

Ele gargalhou alto, ficando tão animado quanto eu.

- Você aprendeu tudo rapidinho. 

- Tive um bom professor... - Mordi os lábios enquanto sorria, meu amor ainda dirigia, porém apenas com uma mão no volante, a outra já estava dentro de minha calça. Beijei seu pescoço e mordi o lóbulo de sua orelha, ele olhava fixamente para frente pois estávamos correndo em contramão. Aquilo me deixava cada vez mais excitada. 

Senti seus dedos dentro de minha intimidade e gemi. Fazia movimentos de vai e vem, aumentando a velocidade. Segurei em seu braço, já pretendendo subir em seu colo. Todavia, ele parou o carro em frente à um galpão e parou com a diversão. 

- Já chegamos? Sério? - Falei, bem decepcionada. 

- Precisamos ser rápidos, meu amor. Não iremos mais para Gotham hoje, vamos nos divertir bem mais brincando com nossos novos amigos. Não acha? - Claro que ele deu seu sorriso de psicopata depois disso. Dei um gritinho de felicidade.

- Não acredito! Quero muito conhecer toda a cidade. 

- Ah, e você vai, canto por canto. Exterminaremos cada um dos homens. 

Saí do carro e o segui até o local abandonado, quando entrei, vi exatamente o que imaginei. Era velho e sujo, odiei ficar lá dentro.

- Isto é para ser romântico? Porque este lugar aqui está deplorável.

Coringa revirou os olhos.

- Você é chata quando quer, né?

- Ué, mas estou errada?

Ele bufou, chutou um amontoado de palha e dali surgiu um alçapão. Destrancou-o e o puxou, dando para uma escada.

Descemos e, então, conclui o fato de ter julgado precipitadamente este lugar. A parte de baixo não era grande, porém havia nela tanta parafernalha tecnológica, me deixava até tonta, havia uma parede apenas com telas mostrando imagens de câmeras em diversos locais da cidade. Outra, tinha vários computadores de última geração, e nem preciso dizer que haviam muitas, mas muitas armas. Além de ter malas de dinheiro em todos os locais imagináveis.

- Caral...

- Bem vinda à sua primeira parada turística em Chicago. - O Palhaço sussurrou em meu ouvido e eu ri.

- Até que enfim chegaram... - Macabro veio sorrindo, senti o corpo do meu amor enrijecer atrás de mim. Queria pular nele e abraçá-lo, porém tive que me manter parada, não queria causar confusão.

- Já conseguiu fazer algo de útil? 

Ele ignorou seu tom irônico e seguiu sua fala.

- Já encontramos a localização de dois dos que te seguiram. Aparentemente, a gangue era aliada à de Frank desde seu começo, precisavam dele pois só assim tinham permissão para usar o porto onde descarregavam seus "produtos". Eles dominam toda essa região, não são poucos integrantes e o chefe de tudo ainda é desconhecido.

- Então, ainda não fizeram nada que preste. Quero o nome do chefe daqui.

- Ninguém sabe, só os peixes realmente grandes dessa organização tem conhecimento.

- É só pegarmos um deles, torturá-lo e ele contará. - Bomba riu, eu ainda nem tinha percebido sua presença. 

- Como se fosse fácil, gatinha.

- Não é tão difícil. Se começarmos pelos menos importantes. Fazemos eles nos dizer quem os chefia, provavelmente não vai ser quem queremos, o grandão não mexe com os empregadinhos. - Coringa sentou-se no sofá, havia arranjado uma bengala, a segurava e me olhava sorrindo, enquanto eu traçava um esquema para matar alguém. - Vamos atrás dele, e o obrigamos a contar quem é o principal. Por fim, matamos e pegamos tudo para nós! - Bati uma palma rápida e ri, me sentia tão orgulhosa, nem foi um plano inteligentíssimo, porém não foi ridículo.

- Tá ótimo para mim. - Disse Macabro. - Vamos identificar os que tem família, são mais fáceis de torturar. 

- Que horror. - Me sentei ao lado de meu pudinzinho. Este conversava com um homem que eu cheguei a ver no helicóptero, mas não sabia seu nome. 

- Não fazemos nada de ruim com a família. Exatamente porque eles nunca arriscam. - Meu amigo me tranquilizou.

- Ah, então tudo bem.

Coringa realmente estava ocupado com aquele cara. Resolvi ir atrás dos meninos, ver o que estavam fazendo.

- Você é mais esperta do que imaginei. - Disse Bomba. 

- Não viu nada, ainda. - Sorri para ele. - Sou um poço de sabedoria.

- Não convença-se disso.

Ri dele, já o adorava.

- O que vamos fazer hoje, em?

Macabro olhava fixamente a tela do computador, desviou apenas para me responder rapidamente:

- Vamos começar pelos pequenos. Como você ordenou, patroa. - Mesmo ele tendo falado por ironia, me senti muito bem com meu apelidinho.

- Gostei disso, passe a me chamar assim. 

- Ah, Arlequina, dá um tempo, né? - Bomba revirou os olhos.

- Para você, é patroa. - Gargalhei da careta que ele fez.

- Qual é a graça aqui? - O palhaço chegou, rindo forçadamente. Entretanto, o tom era intimidador. - Quero me divertir também.

Bufei e o encarei, claramente brava, ele não me deixava conversar em paz. Era extremamente irritante.

- Já achamos quem queríamos. Vamos? Ele está em um restaurante na Michigan Avenue. - Meu amigo interrompeu nossa futura e provável briga.

- Vamos. - Deixei todos saírem na frente, menos o Coringa. Por mais que Macabro tenha tentado desviar nossa atenção, eu não queria  aguentar ciúmes por pura hipocrisia.

- Que porra você está fazendo?

- Do que está falando, meu amor? - O sarcasmo no tom só piorou minha situação.

- Eu estava falando com pessoas que nos ajudam, e você nos interrompeu como se estivéssemos fazendo um insulto a você.

- Você rindo para seus amiguinhos é algo que me agrada profundamente. - Ele sorriu para mim, o veneno quase pingando de sua boca.

- Eu ri, não beijei. - Criei na cabeça dele uma imagem minha beijando um dos dois homens, ótimo, tudo que eu precisava. Coringa veio quase voando para cima de mim, tentei correr, mas ele era bem mais rápido.

- Para com isso, eu não fiz nada! - Quando finalmente alcançou, me jogou com força no sofá e prendeu-me. Iria me bater naquele exato momento, eu o chutava, arranhava, todavia era inútil. Vi sua mão se fechando em punho e virei o rosto, preparando-me para o golpe, porém ele não veio. Abri lentamente os olhos e meu amor me encarava, seu rosto a centímetros do meu. Mantive meu olhar firme, estava tremendo de pavor, entretanto não iria demonstrar nada.

Coringa me largou e foi em direção à escada. Calado, subiu-a. Respirei fundo, tentando controlar as lágrimas fugitivas, porém não consegui, e deixei-as cair. 

 


Notas Finais


Espero que gostem!!


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