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História Daddy's Lil Monster - Nosso excêntrico encontro.


Escrita por: dudagold

Capítulo 16 - Nosso excêntrico encontro.


Enxuguei meu rosto e permaneci sentada alguns minutos, tentando evitar a percepção dos garotos sobre meu choro. Passei a mão em meu cabelo e logo percebi o quanto encontrava-me descabelada, prendi-o em um rabo e subi. O galpão estava vazio, provavelmente já estavam todos lá fora, saí e dei de cara com o carro do Coringa. Este me esperava com uma expressão de tranquilidade, confirmando isso ao me perguntar:

- Depois de pegarmos o cara, vamos jantar? - No momento em que ele disse a última palavra, senti meu estômago roncar, não sabia nem quando tinha sido minha última refeição, passei por tanta coisa que mal me dei conta de minhas necessidades.

- Claro, pudinzinho. - Entrei, e me certifiquei de já estar com minha arma e a quantidade de balas necessárias, além de meu bastão. Pretendia matar bastante gente, estava com raiva pelo que o Palhaço me fez e precisava descontar em alguém. - O que quer comer?

Ele me olhou com malícia e um infeliz sorrisinho safado. Entretanto, ignorei, continuei ajeitando as balas, estava calculando quão mal me daria se o matasse naquele momento. O desgraçado tinha feito um show e agora estava ótimo.

- Tô afim de sushi. - Sorri sarcasticamente, olhando-o com uma falsa animação. Se queria jogar dessa forma, arranjou uma ótima concorrente.

Já estávamos seguindo os meninos, Macabro tinha as coordenadas. Era tudo tão fácil para meu namorado, a gangue se desdobrava para fazer tudo e ele só chegava lá e conseguia o que queria, chegava a ser injusto. Se bem que, a maioria de seus trabalhos eram solo, então não era certo pensar assim.

- O que você quiser, meu amor. - Coringa sorriu de volta e acelerou o carro.

Íamos mais uma vez em contra mão, correndo o máximo possível. Paramos com a maior normalidade em frente ao prédio que continha o restaurante, todas as armas foram disfarçadas, o terror era para acontecer apenas dentro do local. 

Entramos, e para um "peixe pequeno" achei o lugar bem sofisticado, realmente a quadrilha deveria ser bem poderosa. Subimos de elevador e a cena foi cômica, um bando de vilões parados e olhando para a porta, esperando chegar. Comecei a rir alto daquilo, entretanto ninguém estava pensando o mesmo que eu, me dei conta disso com o fato de todos terem me olhado com a expressão: qual o seu problema? Até o Coringa os acompanhou, porém depois sorriu e me deu uma piscada. Adorava o fato dele entender o porquê de todas as minhas risadas e até quis beijá-lo por isso, mas me mantive, queria parecer brava.

Desencapamos as armas e, enfim, chegamos onde queríamos. Era tudo tão bem decorado que chegava dar pena destruir, todavia, era um mal necessário. Macabro nos mostrou a foto do sujeito e decidimos mandar todos ficarem no chão.

- César está aqui? Em? - Meu palhacinho saiu perguntando para cada um e fui ao seu lado, vigiando caso alguém tentasse um tiro em suas costas. Ele agarrou um homem parecido com o tal.

- Você é o cara? - Quando viu sua face o largou no chão. - Não, parece que não. Não estou entendendo. - No meio da fala, pegou duas taças de champanhe, uma para me dar e outra para beber, tive que rir pois foi uma gracinha. Porém um homem nos olhou estranho, achando aquilo desapropriado para a situação, mirei em sua boca e o matei, assim aprenderia a ser menos carrancudo. - Na hora de pegar-me desprevenido, foi tão... Destemido. - Encarava algo fixamente neste momento.

Segui seu olhar e percebi que tínhamos encontrado quem queríamos. Coringa seguiu em sua direção, mal conseguindo segurar o sorriso. Pegou-o pela gola da camisa e o jogou para Bomba.

- N-não me matem, por favor. Eu fui ordenado, não sabia o que estava fazen... - Meu amigo não aguentou tanto mimimi e deu um soco em seu rosto.

- Blábláblá - O Palhaço revirou os olhos, até eu bufei com a ceninha do coitado.- Não vamos matá-lo, não enquanto você nos for interessante. Aqueles são seus amigos? - Apontou para os indivíduos que antes o acompanhavam no jantar.

O homem negou rapidamente, obviamente mentindo, péssima hora para mentir.

- Arlequina. - Captei a ordem e atirei em um deles.

Minha arma já estava apontando para o outro, quando este disse:

- Para! Somos parceiros dele sim.

- Fico feliz por estarmos todos sendo sinceros. - Coringa riu e eu sorri. - Levem-os daqui.

- Aonde vamos? - Havia uma mulher no meio dos infelizes, ela parecia séria, mas qualquer um conseguia reconhecer o quanto estava histérica por dentro.

- Você não está em posição de perguntar nada, bonitinha. - Revirei os olhos com o elogio desnecessário de Macabro, ela nem era bonita. 

Todos estavam saindo. Entretanto, o Palhaço permaneceu parado. Olhei para ele, sem entender.

- O que está fazendo, Pudinzinho?

Me ignorou e foi em direção a uma mesa que ficava perto de uma janela com uma vista maravilhosa, me chamando para acompanhá-lo, só aí entendi o que pretendia. Fui quase pulando de alegria, teríamos um jantar romântico! Meu cavalheiro puxou a cadeira para que eu sentasse. 

- Nós temos tempo para is... - Macabro começou a falar, mas Coringa o interrompeu.

- Vocês, não. Vão trabalhar. Já eu, estou com fome e ela também, então ficaremos por aqui. Bomba, vigie a cozinha, para que não ponham nada desagradável na comida.

Nossos capangas se entreolharam sem entender nada, mas não o questionaram, apenas seguiram suas ordens.   

- Voltem ao trabalho e aos jantares. - Meu palhacinho falou alto, apontando para os clientes, cozinheiros e garçons. - Se tentarem chamar a polícia, ou fugir, imaginam o que acontece. 

- Meu amor, eu amei! - Ergui-me um pouco sobre a mesa para beijá-lo e ele retribuiu, eu estava tão animada.

- Você merece, minha bebê. - Sorria para mim, o psicopata parecia até distante dele.

O garçom, enfim, chegou, tremendo de pavor.

- O melhor da casa para nós. 

- Para beber?

- Quero esta aqui. - Apontei para uma bebida que de acordo com o cardápio, vinha com guada-chuva na taça, era uma gracinha.

- Whisky. - O empregado logo se retirou, correndo disfarçadamente.

- Quero lhe dar uma coisa. - Meus olhos chegaram a brilhar, ainda ganharia um presente? O dia estava bom demais para ser real. Meu Pudinzinho tirou do terno um colar, nele havia um pingente de tamanho médio, em forma de letras que formavam minha palavra favorita: Coringa. Era de ouro e havia pequenos diamantes espalhados nele, tão delicado e encantador. Bati palminhas de felicidade e não pude conter um gritinho. Arrastei minha cadeira para perto de meu amor e pedi para que colocasse em mim, e assim o fez. Deixei meu pescoço exposto e ele deu um beijo rápido, me fazendo rir ainda mais, além de arrepiar-me por completo. Tirou meu antigo colar e pôs o meu presente. Beijei-o rapidamente e senti sua mordida em meus lábios. 

Voltei para minha antiga posição e ele segurou em minha mão, fazendo-me dar outro enorme sorriso. Muitos poderiam considerar este encontro completamente sem lógica, todavia eu o amava. Ele nos representava, definia tudo que éramos, loucos apaixonados em meio às pessoas que nos temem e não nos entendem. Coringa e Arlequina, o casal mais complexo existente, perfeitos e imperfeitos simultaneamente. Era esse nosso título, nossa frase, e eu a contemplaria até o final de minha vida.

 

 

 

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Notas Finais


Espero que gostem!!


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