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História Daddy's Lil Monster - Desilusões.


Escrita por: dudagold

Capítulo 22 - Desilusões.


- Eu já falei: nós não conseguimos pegá-lo! Era para ele estar no outro galpão, e não rolou. - O careca estava vermelho de nervoso, provavelmente não esperavam um ataque, pois não havia quem resgatar neste lugar. Respirei fundo e entrei em um estado de serenidade, sabia que se continuasse, iria estourar a cabeça de todo mundo, inclusive a minha.

- Quem é seu chefe? Onde ele está? - Coloquei minha arma em seu rosto e esperei pacientemente a resposta. O homem permaneceu calado.- Anda, essa é sua chance de continuar vivo. Não vai querer desperdiçá-la, vai? - Sorri ao terminar minha fala.

- Eu não posso... Ele vai acabar com todos nós. Por favor...

- Escute-me, querido. - Pus minhas mãos em seu rosto e acariciei.- Nós o mataremos de todo jeito, ele brincou com uma coisa muito, mas muito séria, porém... Ninguém mais, além dele, deve morrer, não é? E vocês não parecem estar aqui por fidelidade. - Meu dedo passava por sua boca e o vi descendo os olhos para meu corpo. Senhor, como era fácil ludibriar esses homens. - Tenho uma ótima proposta! - Dei uma risada para meus amigos. - Que tal vocês dois virem conosco?

- Que?! - Bomba e Macabro falaram em coro.

- Arlequina, as coisas não funcionam assim... - Pj começou e eu logo o silenciei com um "shiu".

- O que vocês tem a perder? Se ficarem, nós vamos matá-los, se fugirem, também vamos! - Bati palminhas. - O que me diz? - Sussurrei para o careca, enquanto passava a mão em seu rosto.

- P-por mim tudo bem. - Ele olhava para mim, quase que hipnotizado, eu estava sorrindo para ele, do jeito mais sincero que conseguia. - Vamos?

- Sim. - O outro respondeu de prontidão. - Ajudaremos vocês, e depois, se conseguirmos matar o cara, nós vamos embora.

- E... Pegar o Coringa, a missão só termina quando ele estiver comigo. - Olhei séria para eles.

- Nada disso, ele não está com o chefe, agora, antigo chefe. E não quero ter que continuar ajudando vocês.

- Que falta de espírito de equipe. - Bomba sorriu para ele.

- Onde está o antigo chefe de vocês? - Macabro questionou.

- Calminha aí né galera, se vocês são os novos chefes e tudo mais... O outro nos pagava muito bem.

- Vocês não estão em posição de pedir na...- Pj tentou cortar as asinhas, entretanto eu precisava demais desses caras, tinha que agradá-los.

- Quanto vocês querem? - Vi o sorriso deles brilharem.

- Como saberemos que não vão nos matar logo após contarmos aonde devem ir?

- Porque não temos como saber se estão falando a verdade, logo vocês irão juntinhos conosco. 

Eles entreolharam-se. Todavia acabaram cedendo.

- Queremos 1 milhão, cada um. - Eu segurei a risada, só isso? Eles estavam indo para um lugar no qual o antigo e o novo chefe deles iriam querer matá-los, os dois pelo mesmo motivo: deslealdade. Eu cobraria bem mais pela minha vida.

- Fechado. Dou metade antes e o triplo da metade depois. Considerem um agradecimento a parcela a mais.

Os olhos deles esbugalharam-se. 

- Tá maravilhoso, anda, vamos! Passem no banco primeiro e levamos vocês para lá. - Sorriram para mim e eu sorri para eles.

Fomos em direção aos carros, saindo todos pelos fundos, porque poderiam estar outros membros da gangue lá na frente e não queríamos mais lutas. Eu estava cheia de esperanças, passei a entender o sumiço completo do meu palhacinho, provavelmente o chefão não queria que muitos soubessem aonde o levaram, pois sabia que iríamos procurá-lo, porém não contava que seus homens o trairiam. E agora tínhamos eles como guias, apenas oferecendo uma quantia de dinheiro tão insignificante para o Coringa quanto para mim.

Dilan aproximou-se de mim enquanto Pj e Bomba segurava os homens para que não fugissem.

- Acha mesmo que eles são confiáveis? - Sorri para ele.

- Só um idiota acreditaria em alguém que deixa sua gangue por dinheiro. Eles obviamente são mercenários, percebi isso rapidinho, portanto, enquanto nós pagarmos mais, eles continuarão a nos ajudar.

- Vamos matar eles, depois de pegarmos o inimigo?

- Com certeza. - Dilan sorriu para mim e eu retribui com uma risada baixa. - Não é crueldade, talvez eles tenham a ideia de vingança depois de conseguirem o dinheiro. - Sabia que era impossível, pois eles faziam o estilo que corria depois de pegarem a grana, porém era bom fingir que não iria matar atoa.

- Tá bom, obviamente é por isso. - Ri ainda mais.

- E também são irritantes.

- Aí eu acredito.

Entramos no carro e Macabro me ligou.

- Os seus protegidos estão dizendo que eles estão escondidos debaixo de um antigo hospital.

- Tem certeza que não é cilada? - Dilan respondeu, ele tinha me feito por no viva voz.

- Pergunta para a doida aí, que gosta de fazer novos amigos. Se aquela merda explodir com a gente dentro, saiba que eu vou te culpar até no inferno, Arlequina. - Macabro tinha um jeito bem especial de mostrar sua irritação.

- Tem plano melhor? - Fui irônica, estávamos desesperados.

- Não confiar em qualquer pessoa é um ótimo. - As respostas secas eram claramente um problema pessoal, ele ainda estava ressentido comigo.

- E depois, em? Largamos eles em qualquer canto e ficamos mais um vez sem direção. - Minha garganta fechou-se inevitavelmente. - Eu não aguento mais Macabro, preciso dele. E, enquanto tiver uma pontinha de esperança, eu vou me agarrar nela. Vou sozinha, se vocês não quiserem ir.

- Não, tá doida. - Dilan olhou-me assustado. - Tem nada de legal para fazer, Macabro. Uma explosãozinha básica nunca faz mal.

- Verdade. Nada melhor do que ir direto para uma possível enrascada cheia de homens com metralhadoras. - Ele ironizou.

- E tudo para salvarmos um psicopata! - Dei um gritinho de felicidade.

- Mais um típico dia para nós.

Desliguei o telefone e ligamos os veículos. Passando primeiro no banco para pegar o dinheiro e entregar aos nossos novos "ajudantes". Agora, uma coisa é fato, nós nunca duvidaríamos do hospital, ele era antigo, todavia ainda tinha alguns setores em funcionamento.

- Chamam o homem de DiCaprio. - Dilan riu, olhando as mensagens no celular.

- Eu gostei, dá um ar medieval.

- Medieval? - Ele me olhou com uma sobrancelha levantada.

- Sim, meio clássico. Eu achei charmoso.

- Você gosta do Coringa... Não posso te levar a sério. - Revirei os olhos.

- Pelo menos ele é original. - Olhei-o de cima a baixo, debochando.

- Vai à merda, se soubesse quanto paguei nisso aqui. Mais original impossível.

- Meu cordão paga tudo isso aí. - Sorri para ele, cheia de luxúria.

- Também, olha para isso aí, só o pingente já deve custar meu apartamento.

Passei a mão nele e senti mais uma vez o frio na barriga. Lembrei-me de quando ganhei, parecia ter uma eternidade, era tão lindo, tinha uma tamanho relativamente grande com o nome do meu amor, mas era tão delicado. Eu o amava.

Sorri amarelo e ele logo percebeu que chegamos em um assunto delicado, calando-se rapidamente.

Paramos, como sempre, longe do local, indo até lá andando. Os traidores tinham sido vigiados do início ao fim da viagem, logo não tinham como ter mandado mensagem de aviso ou coisa do tipo para a outra gangue. Clamava então, que aquilo não fosse uma emboscada. 

- Vamos invadir o ninho de cobra mesmo? - Até Bomba já estava preocupado.

- Eu vou de todo jeito. Você está cheio das granadas aí, espero que as use. 

- Quando for necessário, pode deixar, patroa.

- Bom, estão todos armados? Pois a coisa não vai ser bonita. 

- Não mesmo, eles tem muitos caras aí. - Um dos nossos capturados abriu a boca. - Vocês estão em menor número, não vão conseguir, estou começando a repensar se devo ficar aqui mesmo, são completamente loucos.

- Ah, você pode ter certeza que somos. - Pisquei para ele. - Porém eu, pelo menos, sou de amor. - Juntei minhas mãos e fiz uma pose apaixonada. - Já você, - Coloquei meu taco em seu peito e me aproximei.- é por dinheiro, isso é realmente triste, digno de pena.

O intrometido calou-se e me virei para os meninos. 

- Vamos? Já estou cansada de esperar.

- Vamos colocar a missão suicida em prática. - Dilan sorriu. Ele estava começando a deixar de ser tão medroso, eu estava realmente orgulhosa dele.

Seguimos todos para o prédio, indo atrás dos dois antigos membros. Eles nos fizeram dar a volta e nós entramos em uma espécie de bueiro. Quando disseram embaixo do hospital, era literalmente lá, pois a entrada estava no esgoto do lugar. O cheiro era terrível, queria reclamar do início ao fim, porém Pj fez o favor de ameaçar me jogar dentro da água suja que corria. Éramos em sete, e, entre nós, só cinco sabiam lutar de verdade. Deus sabe quantos haviam lá, mas meu plano era sair jogando granada em todo mundo até chegar no meu Pudinzinho.

- Vocês querem se disfarçar? Fingir ser um deles, até chegar ao DiCaprio?

- Arlequina, é impossível você passar despercebida, sua roupa tem paetê. Não dá para ter um disfarce assim, eles lembrariam se já tivessem te visto. - Macabro desanimou-me.

- Então podemos fazer o seguinte: esses dois aí eram da gangue, e os caras não sabem que aliaram-se a nós, eles podem carregar-me, como se eu fosse uma prisioneira e darão a desculpa de que eu estava tentando achar o Coringa e matei os homens do galpão. Já vocês, tentem se misturar, se há tantos homens como o careca disse...

- Meu nome é Sean, tá?

- Foda-se, mano. - Bomba disse. - Estamos com pressa, para de interromper.

- Eles não lembrarão de todos, pois ninguém nunca lembra dos peixinhos pequenos, finjam ser um deles. Sean, você e seu amigo me levarão ao chefe, os meninos irão disfarçadamente seguir vocês. Isolaremos o DiCaprio e daremos um jeito de pegar o Coringa, ou pelo menos, descobrir onde o deixaram.

- Ótimo, assim temos mais chance de sobreviver. - Sean abriu novamente o bico.

- O foco é esse.

Ajeitei-me e o amigo que eu não sabia o nome me amarrou, os outros seguiram entrando pelo túnel e logo chegando na porta de ferro que estava próxima a nós. Sean e seu parceiro levaram-me para dentro e o resto foi entrando, demorando intervalos para não chamar a atenção. Realmente, era improvável que conseguíssemos ter sucesso se tivéssemos chegado atirando, a quantidade de homem era gigantesca.

Os homens comiam-me com olhos. Eu brincava com todos eles, dando mordidinhas no ar ou lambendo os lábios provocativamente.

- Quem é essa daí, Jordan? - Um dos capangas perguntou para o homem que me carregava e eu não sabia o nome.

- Mulher do Sr.C. Matou uma galera lá no galpão, conseguimos capturar. 

- Mó gostosa. - Ele sorriu para mim e foi nos seguindo.

- Não fale como se eu não estivesse aqui, gatinho. Não gosto de ser ignorada.

- Quando eu não estiver ocupado, nos divertiremos um pouquinho.

- Não me deixe esperando muito tempo. - Ri maliciosamente. Eu teria prazer em matar esse, abusadinho.

Ele saiu com um imenso sorriso no rosto e os outros continuaram olhando. Os meninos nos seguiam, o homem ficava em uma sala longe para cacete.

- Estou cansada de andar, querem me carregar? - Sorri inocentemente para eles.

- Cala a boca, garota. Pelo amor.

- Aposto que os outros aqui adorariam fazer isso, né não? - Pisquei para um e esse quase se prontificou, se Sean não tivesse feito uma cara tão feia. Parecia ter até moral aqui.

- Para de se comportar como uma cadela no cio.

- Estou simpatizando com a galera, parece que aqui vai ser minha nova cadeiazinha, não?

- Se te manterem viva. - Jordan quis me pôr medo. Ri alto. - É doida.

- Aonde estão me levando, afinal de contas? Porra, já atravessamos tudo.

- Para o chefe, ele vai decidir o que fazer com você. - Revirei os olhos.

Olhava por todos os cantos, não havia uma cela, nenhum lugar em que o Palhaço poderia estar encarcerado. Minha gangue deveria ter percebido o mesmo, torci para que estivesse dentro da sala do DiCaprio, seria até mais fácil para mim. A possibilidade dele ter sido morto eu descartei, não iria conseguir superar isso.

Abriram, por fim, a porta e dei de cara com um homem, provavelmente o tal chefão, sentado atrás de uma mesa de escritório. Fumava um charuto e sorria para mim. Olhei pela sala e não o encontrei. 

- Decepcionada por não encontrar seu namorado? Eu sinto muito, mas não consegui nem por minhas mãos nele.

- Onde você o pôs?

- Lugar algum, querida. Ele nunca esteve comigo, parece que, na realidade, o Coringa só queria era livrar-se de você. Ah, e isso conseguiu. Entregou-a diretamente para mim. - Seu sorriso era cada vez maior. - Claro que, pela quantidade de homens que você custou-me, sua morte não será rápida. - DiCaprio levantou-se e andou em minha direção, tocando meu rosto. - Uma tortura jamais é rejeitada, ainda mais para uma garota tão linda como você, merece algo digno.

- Você acha mesmo que me mete medo com ameaças? - Sorri para ele. - Eu já conheci o medo, e você não tem o sorriso dele.

- Posso não ter o... - Sua resposta foi interrompida pela entrada de meus capangas, fecharam a porta e o seguraram. Dei uma risada escandalosa vendo-o se debater. Sean e Jordan desamarram-me e eu fiz questão de repetir sua frase.

- Como foi que disse? Uma tortura jamais é rejeitada? - Continuei rindo.- Não faz ideia do quanto eu concordo. - Puxei sua cabeça e pus minha arma em sua nuca. - Agora, como eu havia perguntado, cadê o Coringa?

- Se gritar, morre. - Macabro avisou-o, antes de tirar o pano de sua boca.

- Eu já falei, não pus minhas mãos nele, nem meus homens. Façam o que quiser, não sairão vivo desta história, se me matarem.

Meus olhos começaram a marejar, por que todo mundo era tão mentiroso?

Começaram a bater insistentemente na porta, e eu me irritei, até que gritaram: Chefe, porra, tem polícia vindo, fodeu! 

Arregalei meus olhos e vi os meninos fazendo o mesmo, e agora? Resolvemos prendê-lo na mesa, se a polícia batesse na porta  - ela era bem escondida - fugiríamos pela saída que havia no teto e o deixaríamos ali. A missão já havia falhado, Coringa não foi capturado, não estava trancafiado. Ele simplesmente nos deixou. Fiz minha última tentativa.

- Fale agora e o deixaremos fugir, aonde levaram o Coringa?

- Porra, eu já disse que não sei, deixem-me ir embora. - Os olhos de DiCaprio estavam esbugalhado. - Ele tá no caralho de Las Vegas. Pronto, felizes?

- Nós o levaremos até lá, se ele não estiver, te mataremos. - Macabro falou, impaciente.

- Então, cacete, o que querem que eu faça? Eu não o peguei, tirem-me desta merda. 

- Quanto maior o barulho, mais vai chamar atenção dos ratos. - Bomba o alertou.

- Galera, já fizemos nosso papel, vamos vazar, ok? Boa sorte! - Sean e Jordan subiram a escadinha e fugiram pela saída.

- Arlequina, já era, vamos embora. Anda. - Macabro puxou-me pelo braço.

- Não! Ele sabe, eu sei que ele sabe! Por favor, Macabro, é a minha última esperança. - Desgarrei-me dele e fui em direção ao DiCaprio, os meninos começaram a subir e eu desisti depois de muito ameaçá-lo. Cheguei na base da escada no justo momento em que a porta foi arrombada pelo FBI. Subi-a o mais rápido que pude, porém um tranquilizante acertou-me, dando-me apenas tempo de ver todos fugindo e eu indo de encontro ao chão. Minha última visão foi: diversos policiais me imobilizando.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem!! Galera, fiquei um bom tempo sem postar porque viajei. Agora, estou de volta com muitos e muitos capítulos para escrever! Beijos <3


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