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História Daddy's Lil Monster - Infelizmente, eu o amava.


Escrita por: dudagold

Capítulo 23 - Infelizmente, eu o amava.


Coringa:

Era muito simples: Arlequina iria encontrar o desgraçado e eu pegaria a localização para que ele fosse preso, logo eu teria o comando de todo o tráfico de Chicago. Meu amor fez tudo com perfeição, porém falhou no final. Aparecia para mim que estava no oceano, portanto, quando a pegaram, descobriram meu rastreador, e agora eu a tinha perdido.

Os carros que mandei para buscarem os caras começaram a chegar. Eu precisava ir atrás da Harley, provavelmente a meteriam em uma prisão de segurança máxima assim que descobrissem seu envolvimento comigo, só dificultando meu resgate.

- Mandou o caralho dos seus motoristas como forma de desculpas?! Você ferrou com a Arlequina! - Macabro entrou e foi estúpido o suficiente para tentar me bater. Saquei minha arma e apontei para o irritadinho.

- Parece que alguém falhou no papel de amiguinho, não? Ao invés de carregá-la, a deixou lá para interrogar o DiCaprio.

- Você estava ouvindo tudo, não é? Eu sabia, desconfiei assim que todos os traíras me avisaram que você não estava lá. - Começou a se aproximar de mim. - Tá feliz? Conseguiu acabar com a única capaz de se afeiçoar por você.

- Escuta aqui. - Agarrei-o pela gola e apontei minha arma para sua nuca.- Não tente levantar a voz para mim e dar lições sobre o que faço e deixo de fazer com minha mulher, e espero que tenha ouvido bem o "minha", ou acha que não ouvi sua patética tentativa de se declarar no apartamento? Ah sim, se não fosse tão estúpido, eu até teria tido ciúmes.

Ele me olhou friamente. Os outros chegaram em minha porta e encaravam-me da mesma maneira.

- Não quero um motim aqui, preciso ir atrás da Arlequina e acredito que vocês queiram fazer o mesmo. O rastreador que estava nela foi deixado no mar, devem tê-la levado em um navio, algum caralho assim. Vamos começar as buscas agora. Anda. - Macabro travou o maxilar e acompanhou-me, junto com Pj.

Fui estúpido em achar que esses idiotas seriam capazes de cuidar dela. Claro, ela sozinha saiu-se bem melhor do que eu esperava, entretanto tem mais sentimentos por mim do que eu especulava, arriscou ir para prisão somente pela esperança de encontrar-me. Ah, eu com certeza era louco por aquela mulher tanto quanto ela era por mim. Ter ficado tanto tempo longe me causou um incômodo terrível e saber que ainda demoraria mais para tocar naquele corpo era um inferno.

Todavia, quando eu a encontrasse, ela voltaria a ser minha rainha. Roubaremos todos os bancos deste estado, mataremos gangster por gangster e traremos o caos para vidinha monótona do nosso querido Batman. A necessidade de tê-la ao meu lado aumentava, pois pensar no futuro só me causava mais ódio. A tinham roubado de mim, e eu mataria todos os responsáveis por isso.

Arlequina:

Acordei em uma poltrona com meus pés e minhas mãos amarrados. Olhei em volta e logo percebi que o lugar se tratava de um avião. Eu tinha sido presa, meu instinto foi olhar para os lados em busca dos meninos, entretanto não havia nenhum ali. Os policiais estavam sentados nas poltronas da frente, com mais dois em pé. Conversavam sobre a sorte que deram de terem se livrado de algum objeto.

- Moços, dá licença. - Fiz com que todos virassem para me olhar.

- Ah, a princesinha acordou. - Dois deles sorriram para mim, mas não havia inocência nenhuma no gesto.

- Poderiam me dizer aonde estamos indo?

- E você dar um jeito de contar para o seu namorado? - O que falava riu debochadamente. Meu coração apertou, lembrei que não tinha mais namorado, pois ele me largou. - Ainda bem que nos livramos do seu cordãozinho, você ia nos foder bonito, em?

- Meu cordão? Que? - Não entendi um "a" da fala do homem.- Espera, vocês jogaram minhas roupas fora?

- Não, não. Só o negocinho do seu pescoço, não íamos querer ninguém nos rastreando, não é mesmo? Infelizmente, para você, está no fundo do mar. - Comecei a rir de nervoso, era a única coisa que eu ainda tinha Dele.

- Que porra você está falando? Jogou meu presente fora porque achou que era um rastreador?

- Gatinha, ele era. Nós o abrimos, o pingente tinha escuta e rastreamento. - Ele me olhou, finalmente entendo que eu realmente não sabia disso.- Vishe, parece que alguém é bem ciumento, em? Enfim, pelo longo histórico do Coringa de fuga, preferimos te levar para uma prisão mais escondida, só para não corrermos risco de aborrecimentos...

Parei de ouvir o que ele dizia, não me tinha importância. Aquilo não foi por ciúmes, o Palhaço me usou, literalmente, desde aquele jantar romântico já deveria ter programado o plano. Sabia que se sumisse, eu iria até o inferno para achá-lo, dito e feito. Cheguei no "ninho de cobras" como disse Bomba, achei um dos inimigos do Coringa e ele só precisou chamar a polícia em anônimo e dar a rota, estava consciente o tempo todo do meu sofrimento por ele e do risco de eu ser presa nessa brincadeira, todavia não se importou. Agora, deve estar comemorando a prisão de DiCaprio, indo até a cadeia dele para explodi-la e matá-lo de uma vez, dominando mais um negócio.

Eu estava cansada de desilusões amorosas. Já havia sofrido demais com o meu passado, com o suicida, ele fez com que eu me sentisse um lixo, impotente e fraca e o novo resolveu me fazer de brinquedo, para continuar a saga de decepções. Infelizmente, eu amava o novo mais do que já amei qualquer pessoa em minha vida. Isso me dava as malditas esperanças, mesmo que poucas, de que ele tivesse a decência de vir me resgatar, e implorar o meu perdão. Fiquei imaginando as cenas e meu coração encheu-se de alegria, só de idealizar seu sorriso quando me visse, já provocava o meu. 

Os sedantes ainda estavam fazendo efeito, pois eu não conseguia manter os olhos abertos por muito tempo. Comecei a sentir um incômodo na barriga e percebi que era minha bexiga apertada.

- Senhor, eu preciso ir ao banheiro. - Os dois em pé olharam-me e depois reviraram os olhos.- Por favorzinho! O xixi vai sair.

- Você era melhor dormindo. - Um veio em minha direção e soltou meu cinto, segurando meus braços e me levando para o banheiro.

- Se me conhecesse quando eu não estava algemada, não falaria isso, sabia? - Sorri para ele.

Abriu a porta e eu entrei, porém não fechou-a.

- Eu gostaria de privacidade. - Ele riu.

- Perdeu ela quando veio pra cadeia, gatinha.

- Tecnicamente, eu não estou na cadeia.

- Vai usar o banheiro, ou não? - A voz dele aumentou o tom.

- Tá, tá bom.

Abaixei a calça horrorosa e sentei no sanitário. O homem desviava os olhos, mas parecia se divertir demais vendo-me naquela posição, terminei tudo e vesti-me o mais rápido possível.

- Achei que tinha direito a uma policial quando necessitasse de coisas assim.

- E você tem, porém não pediu. - Ele sorriu maliciosamente para mim, e eu sorri ironicamente para o filho da puta. Iria matá-lo na primeira oportunidade.

- Entendi.

Haviam muitos presos no voo, uma chamou-me a atenção, era ruiva e tinha a pele esverdeada, usava uma roupa diferente dos demais, prendia muito mais seu corpo. Era muito linda, porém tinha uma expressão extremamente fechada, mesmo que para uma presa. Olhou diretamente para mim e eu sorri para ela, vendo-a levantar um dos cantos da boca logo em seguida. 

Sentei em meu lugar e encostei-me na poltrona, o homem pôs meu cinto. Senti algumas lágrimas escorrerem por meu rosto, pois comecei a lembrar de meus momentos com o Coringa, ele havia me feito acreditar que teria o mundo e cá estava eu, sendo vigiada até no banheiro. Minhas pálpebras começaram a fechar e eu desisti de lutar contra o sono.

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem!! Gente, eu estou com uma enorme dúvida sobre quem deve representar a Hera Venenosa, vocês me ajudam? Por favor, deem opiniões!


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