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História Daddy's Lil Monster - De arrependimentos, cheia.


Escrita por: dudagold

Capítulo 24 - De arrependimentos, cheia.


Fanfic / Fanfiction Daddy's Lil Monster - De arrependimentos, cheia.

Macabro:

Um ano e meio se passou após o aprisionamento da Arlequina. Procuramos em todas as cadeias prováveis e improváveis, sumiram com ela de uma forma inexplicável. E eu sentia uma imensa falta de sua companhia, mesmo tendo ficado um tempo relativamente pequeno conosco, fez uma grande diferença em nossa gangue, tudo era motivo para graça com sua presença, e era claro que todos tinham o mesmo sentimento. Inclusive o Coringa, especialmente ele.

Estava amanhecendo quando entrei em seu esconderijo. O lugar era embaixo de um clube de boliche, estava escuro e imundo, de todo jeito eu precisava dar as boas notícias: havia descoberto um guarda que parecia conhecer a Harley, precisei apenas descrevê-la. Talvez fosse essa nossa chance. Logo ao abrir a porta fui recebido com uma arma apontada em minha direção.

- Relaxa, chefe, sou eu. - Estava sentado em meio a armas e garrafas de bebidas vazias, em seu colo havia uma foto do que era a Harleen antes de toda loucura. Eu cheguei a sentir pena dele naquele instante, mesmo ele sendo quem causou toda a situação. Encontrava-se em um estado deplorável, não sei dizer se era por culpa ou pelo sentimento de ter algo importante roubado, provavelmente a última opção, pois era difícil pensar nele sentindo remorso. Sua obsessão em encontrá-la era doentia, chegou a quase matar o Bomba apenas por este ter dito que ela deveria ter fugido e só não queria vê-lo mais, o Palhaço ficou horas interrogando-o até entender que tinha sido uma brincadeira. 

- Encontrou alguma coisa?

- Sim. Um homem em Luisiana, ele é guarda de uma importante prisão, estava gabando-se de uma das prisioneiras e logo percebi que poderia ser ela, falei mais sobre as características e ele confirmou tudo. Liguei para te chamar, mas caiu em caixa postal.

- Encontrou-o onde?

- Em um bar, ele é um desses viciados em jogos. 

- Isso é bom. Muito bom.- Coringa sorriu friamente para mim. - Pesquise a vida do homem e pegue o carro, vamos imediatamente para Luisiana. - Soltou uma risada extasiada e deitou-se no chão, ficando no meio daquela bagunça.

Saí apressadamente, estava animado por finalmente ter pistas. Liguei para todos os meninos e esperei o Coringa, já adiantando a procura por alguns fatos sobre o carcereiro. Queria achar suas dívidas, afinal, um homem que deve jamais rejeita ajudar um amigo rico.

Clamava para que a doidinha estivesse psicologicamente bem, nos padrões dela, claro. Sentia saudades, e o que me agoniava era saber que ela nem estaria lembrando de minha existência, entretanto isso era culpa de minha pequena atração, sabia que seus sentimentos eram os mais puros quando se tratava de nossa amizade, o que só me deixava envergonhado por pensar nela de uma forma diferente.

O chefe finalmente chegou, sentando no banco do carona e fazendo sinal para que eu dirigisse.

Arlequina:

Hoje seria o grande dia. Hera e eu havíamos planejado tudo nos mínimos detalhes, nossa fuga aconteceria ao anoitecer. Eu finalmente sairia deste lugar detestável.

Sentia-me aliviada por ver tudo que ele me causou acabando. Agora eu tinha uma nova amiga, minha melhor amiga: Hera Venenosa, desde que a vi no avião senti certa simpatia, ela tirou a falsa esperança da minha cabeça de que um dia o Coringa viria como um príncipe me salvar, ela fez-me entender que fui realmente um peça em um jogo e já fui descartada. Agora seguiria sozinha, ou melhor, com ela e sua outra amiga, Mulher Gato. Esta eu ainda não havia conhecido, porém nos ajudaria do lado de fora. 

A prisão tinha me feito pensar mais do que queria, e apenas isso teve seu valor para mim, além das várias tatuagens. Estava louca para começar a roubar, nas poucas horas que podia encontrar com a ruiva, -só tínhamos contato nos banhos de sol e eles só eram realizados duas vezes por semana- fazíamos planos para diversos bancos da cidade. Ela tinha milhares de truques e eu os aprendi rapidamente, só alguns que me eram impossíveis já que a garota tinha poderes, conseguia hipnotizar qualquer um só beijando, além de ser resistente a qualquer tipo de toxina. Este último ela poderia ajudar-me, não tornando-me super resistente, mas pelo menos mais forte à várias, e também faria-me mais ágil. 

Perdi-me nesses pensamentos tão profundamente que mal notei a presença dos guardas. Parecia haver um novo grupo de carcereiros e o chefe queria apresentar a "Loira Gostosa". Meu nome havia tornado-se esse para eles. Desprendi-me um pouco das amarras fincadas no teto de minha cela, praticava exercícios ali.

- Que saúde em, gata. - O chefe aproximou-se de mim. Sorri para ele, apesar de ser extremamente nojento, eu precisava agradá-lo se não quisesse ser torturada por aqui. - Desce daí para vermos você melhor. - Rodopiei até desprender-me por completo e andei na direção deles.

- São novos aqui? - Olhei para os guardas.

- Sim, to só apresentando o lado bom deste lugar. - Ri para ele, agarrando as grades e ele sorriu maliciosamente. - Conhece as regras loirinha, nada de tocar nas barras.

- Quais barras? Estas daqui? - Lambi-as demoradamente, provocando-o.

- Meu Deus, eu te amo. - Ele arfou e continuou sorrindo.

- Então entra aqui e me mostra isso... - Claramente ele queria, só precisava de mais algumas provocadas. E eu queria muito matá-lo antes de ir embora. Fiz um biquinho na tentativa de melhorar minha atuação. - Por favor, eu estou entediada, brinca comigo.

- Ninguém vai entrar aí, gostosa. Mandou cinco guardas meus para o hospital, vai dormir no chão frio. - Fez questão de relembrar o episódio em que alguns guardas inventaram de entrar em minha cela sem me dar nenhum tipo de explicação, foi pura defesa.

- Eu durmo onde eu quiser, como eu quiser e com quem eu quiser. - Mordi os lábios, fazendo-o respirar fundo e me encarar.

- Sabe que eu sou apaixonado em você, né? Não faço por mal, juro.

- Do que... - Em um segundo, senti um choque tão forte passar das grades para meu corpo, fazendo-me saltar para trás e cair no chão.

Com todas as minhas forças, eu queria que aquele local explodisse, que cada um deles queimassem vivos ou fossem comidos por cachorros. Faria questão de fazer uma tortura diferente, sendo a pior para o desgraçado do chefe. Eu já havia sofrido tantas diferenciadas, em uma delas, fizeram-me correr nua na neve do espaço livre, apenas por ter rejeitado a "comida" deles um único dia. Diziam que se eu fosse começar uma dieta, também deveria praticar exercícios.

Infelizmente, no plano da Hera, iríamos apenas explodir uma pequena parte do local, e a Gata traria homens para nos soltar. Só tínhamos que esperar. O que já estava virando uma agonia para mim.

Sentei-me em um canto e fiquei analisando minha coxa. Quando tinha apenas 3 semanas que havia chegado, tinha preenchido-a com coisas carinhosas para o Coringa, como "Arlequina + Pudinzinho" e afins, eu estava magoada, porém ainda confiava nele, mesmo que pouco. Como me arrependia de ter feito-as. Se eu sinto saudades dele? Sim, obviamente, ele ainda me inferniza em meu coração, faz-me ter pesadelos e ter crises de choro, porém Hera me socorre. Antes até de eu entrar na vida dele, ela já o conhecia e nunca simpatizou. Alertava-me dizendo que o próprio era como o Diabo: "Ele dá as pessoas tudo que elas querem, para depois as verem se afogando nos próprios luxos e desejos, e quando finalmente elas estão destruídas, as joga fora, procurando outra pobre alma para sugar. É um parasita."

E, realmente, o Palhaço me deu tudo que eu queria: ele. Todavia, tirou isso de mim. Por ironia do destino, antes de tudo, me fez jurar que viveria para suas vontades, quem diria que a vontade era me ter longe. Enfim, essa eu concluiria, pois jamais aceitaria ser usada novamente. Refaria minha vida, com uma nova gangue e novos diamantes para roubar.

Pensar em gangue me causou um nó involuntário na garganta. Eu sentia uma imensa falta dos meninos, entretanto eles também não vieram buscar-me. Então não havia motivos para derrame de lágrimas, ninguém as merecia. Exceto minha família, coitados, eu encontrava-me deliberando sobre eles muito tempo dentro da prisão. Meu pai sempre passava pela minha cabeça, sua morte foi tão inesperada, uma parada cardíaca, lembro-me do desespero de minha mãe, ela realmente o amava. O choro começou a vir eu deixei, fiz questão de relembrar os momentos com minha irmã também, não éramos apegadas, mas eu tinha um grande carinho por Margot, ela era a mais nova, com apenas dois anos de diferença. Felizmente, para as duas, eu nunca mantinha muito contato, e continuaria para sempre assim. Jamais as envolveria em minha vida. 

Envolvi-me nas amarras do teto e fechei os olhos, dormiria até de noite, caso contrário a ansiedade de ir embora me engoliria.

Coringa:

Macabro rapidamente descobriu que o cara tinha imensas dívidas de jogos e era tudo que eu precisava. Pegamos o dinheiro que liquidaria as contas dele e fomos para Luisiana. As prisões que existem lá são simples, não poderiam estar guardando a Arlequina, ela já teria fugido. Havia uma escondida e faríamos o carcereiro nos mostrar onde é. 

Ela provavelmente já deveria achar que a abandonei, logo ficaria ainda mais surpresa com minha chegada. Providenciaria um helicóptero para a fuga, com bebidas coloridas, refrigerante de uva e um tapete de urso, ela gosta de coisas assim. Daria um jeito de explodir depois o lugar todo, ser por ser. 

Chegamos na cidade e teríamos que ficar nela um bom tempo. Até o anoitecer, que seria o horário em que encontraríamos nosso futuro ajudante. Macabro nos levou até um hotel, lá estariam todos meus capangas, montaríamos os planos das coisas básicas que faremos na prisão, ações que não necessitam da planta do lugar. Deixei eles conversando e fui beber qualquer coisa.

O desgraçado do DiCaprio conseguiu acabar comigo, fez-me pagar um alto preço por sua prisão, a manteve lá para que fosse presa junto com ele. No fundo eu sabia que minha depressão era por minha culpa. Deixei-me envolver demais com alguém sentimental, e, por consequência, meu raciocínio deixou-me. Para quem tinha a intenção de não sentir nada, eu estou sentindo é muito. 

 

 

 


Notas Finais


Não, não segui os quadrinhos em relação à forma como as Sereias de Gotham se conheceram, porém tinha que ser assim para o desenrolar da história, então perdoem-me! Hahaha, espero que gostem mesmo assim!!


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