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História Daddy's Lil Monster - "O que temos a perder?"


Escrita por: dudagold

Capítulo 29 - "O que temos a perder?"


Fanfic / Fanfiction Daddy's Lil Monster - "O que temos a perder?"

Arlequina:

Ouvi o assovio da Selina e parei de dançar com o carinha para ir diretamente em nossa sala. Quando ela nos chama assim, nunca é coisa boa. Não dei a volta para entrar, abri as cortinas de pedrinhas e sentei no apoio que havia atrás dos sofás brancos. 

- O que... - Sorri e comecei a falar calmamente com minha amiga, até ver nossa companhia. Olhei diretamente para eles. - O que está acontecendo aqui, Selina? - Forcei para que minha fala continuasse calma, minha vontade real era de mutilar cada um dos homens presentes.

- Terapia em grupo. - Selina sorriu para mim, após falar, estava sentada no sofá, tomando champanhe com a maior calma do mundo.

- Estamos unindo forças. - Macabro falou. 

- Preciso beber. - Sussurrei.

Senti o olhar do Coringa em mim, e tentei ao máximo não encará-lo, pois sabia que não conseguiria me controlar caso começasse a bater nele. Desci do encosto e a Gata me puxou, antes que eu conseguisse chegar no bar, para que sentasse junto a ela. Hera fez o mesmo, porém percebi que estava quase tão irritada quanto eu com a situação.

- Agora, que estamos todas presentes, explique o porquê da visita. - Mulher Gato sorriu para o Palhaço, eu conseguia sentir quando era falsa, e neste momento estava praticamente escrito em sua testa.

- Bom, minhas queridas. - Continuava com seu olhar em mim. - Como eu já tinha dito, vocês roubaram alguns artefatos importantes do Falcone, e ele está bem irritado. 

- Ele briga muito por pouco, nem valem tanto. - Resolvi encará-lo, enquanto falava.

- Eram de família, Harley. Enfim, estou aqui para ajudá-las com ele. 

- Não precisamos de sua ajuda. - Hera falou.

- Você é quem está precisando de nossa ajuda, querido. - Sorri para o Coringa. - Quanto vai nos pagar?

- Pensem como quiser, eu apenas gosto de fazer boas parcerias. Quanto vocês quiserem.

Olhei para cada um deles. Macabro, Bomba, Pj e o Palhaço. Dilan não estava, provavelmente tinha voltado a vida de coordenador de boates, ele adorava aquilo.

- Tem certeza que é só isso? - A pontada de desconfiança na fala de Hera não era nem um pouco disfarçada. - Está sendo muito bonzinho.

- Ah, eu gosto de cuidar do que é meu. - Ele deu um sorrisinho malicioso e eu senti cada ponto do meu corpo esquentar, eu teria forças para enforcá-lo ali mesmo.

Ele realmente acreditava que eu ainda era dele, porém estava extremamente enganado e eu provaria isso, esta noite. 

Vi Macabro levantando-se para vir falar comigo, junto com Pj e Bomba, porém eu não queria lidar com nada sério esta noite, então fui mais rápida em me livrar deles.

- Bom, garotos. Já entendi a proposta e adorei. Aceitamos a oferta de trabalharmos juntos para acabarmos com o Falcone, nem gosto do nome dele mesmo. Agora, se me dão licença, eu vou beber. - Sorri para todos eles e me levantei, indo em direção ao bar privado, lá graças a Deus estava meu querido e sarado barman. 

- O que vai querer, sra. Quinn?

- Me chame de Harley, e existem várias respostas para essa pergunta, John. - Sorri maliciosamente para ele e este retribuiu, indo fazer minha bebida favorita: Whiskey Sour. - Já gravou? 

- Mas é claro. - Seu sorriso era do mesmo tom que o meu. Olhei de lado e vi que os meninos estavam rodeados por algumas garotas, Hera conversava com o Macabro e Selina estava de papo com o Bomba, o Coringa disfarçava seus olhares para mim com algumas das dançarinas, mas o peguei encarando-me três vezes. Então continuei com meu show.

- Você não precisa ficar aqui o tempo todo, sabia? - Tomei um bom gole. - Pode sair para dançar.

- Meu trabalho é como barman, Harley.

- Não mais, hoje você vai ser meu dançarino particular. - Ele sorriu para mim.

- Você é doidinha, né?

- Vem logo. - O puxei e ele saiu do bar, indo comigo até a pista de dança. Pegou em minha cintura e nós dois começamos a seguir o ritmo da música, John me surpreendeu bastante, sabia dançar direitinho.

Olhei de lado e lá estava quem eu queria, do jeitinho que eu queria. Algumas meninas estavam dançando para ele, porém seu olhar não era para elas, seguia exatamente minha direção. Sorri de leve para o Coringa e puxei John para mais perto. Começou a tocar um remix de "Trap Queen" e me envolvi ainda mais, amava a música. Senti a boca de meu parceiro descendo para o meu pescoço e comecei a ver que aquilo estava se tornando outra coisa, não iria parar agora. Eu queria irritar o Palhaço, de verdade.

Puxei-o para um beijo e John retribuiu na mesma intensidade, suas mãos passeavam pelo meu corpo e eu adorava aquilo. Abri os olhos apenas para avistar o Palhaço, e lá estava ele, quase roxo. Aquela situação toda me dava vontade de rir, porém me controlei e continuei a brincadeira. Parei com o beijo e sorri para o barman.

- Sabia que existem várias salas aqui? - John sussurrou e sorriu maliciosamente para mim. 

- Sei muito bem, mas controle-se, não sou tão fácil. - Na verdade, eu sou sim, porém levar alguém para cama era demais para meu "Pudinzinho", eu iria provocar uma briga, e não era o que eu queria, não ainda.

- Desculpe, Harley, só que do jeito que você estava me beijando, eu... - Coloquei os dedos na boca dele, para que este se calasse. Minha bexiga começou a apertar, eu havia bebido demais e agora estava sentindo as consequências.

- Preciso fazer xixi, já volto.

- Mas você...

- Beijinhos!

Só deu tempo de eu o ouvir falando "É doida mesmo". Saí correndo procurando o banheiro, estava meio zonza pela bebida, o que só me fez demorar mais. Todavia no fim deu tudo certo, parei para me ajeitar em frente ao espelho. O batom vermelho estava impecável, mesmo eu tendo beijado bastante, a maquiagem também. Ajeitei meu cabelo e enfim, abri a porta.

- Você vem comigo. - Olhei para cima e lá estava o Coringa, fui estúpida o suficiente para não prever que ele faria algo assim. Procurei as meninas, porém elas estavam na nossa sala e era muito distante para me ver. O doido tapou minha boca e me carregou a força para fora da boate, o lugar estava completamente escuro e ninguém parecia enxergar o que estava acontecendo entre eu e ele.

Tentei me soltar, mas ele era incrivelmente forte e estava com raiva demais para amolecer. Quando já estávamos em frente ao seu carro, mordi com toda minha força sua mão e consegui chutá-lo, fazendo-o me dar um tapa estralado e abrir rapidamente a porta do veículo, jogando-me dentro dele. 

- Me deixa em paz! - Chutei a porta, porém era em vão. Ele a tinha trancado, rapidamente sentou no banco do motorista.

Voei em cima dele na primeira oportunidade.

- Me deixa sair ou eu juro que vou te matar! - Subi em seu colo e o Coringa passou seus braços em volta do meu corpo, prensando-me e deixando-me imóvel. 

- Pare de agir como uma louca. - Ele sorriu

- Acha que as meninas não vão me procurar daqui a pouco? Elas vão te encontrar e te picar todinho! 

- Você está estressada demais, amor. Eu só quero conversar.

- Eu não sou seu amor, não me chame assim. - Encarei-o com todo o ódio que eu podia. Tentei me soltar mais uma vez, mas acabei dando um mal jeito em meu braço, gritei ao sentir a dor. - Você me machucou!

- Você se machucou, eu estou apenas te segurando. - Seu sorriso malicioso continuava. - Sabe, te ver assim no meu colo... Me faz lembrar tanta coisa.

- Olha aqui, eu já me cansei de você. Acha que vai conseguir algo comigo de novo? Jamais, "Pudinzinho". De você, eu só quero distância! 

- Ah, quer mesmo? - Olhei-o sem entender, ele me prensou mais contra seu corpo, de repente ter subido em seu colo me pareceu uma péssima ideia.- Tem certeza? - Sussurrou em meu ouvido, seus braços começaram a amolecer e suas mãos desceram lentamente pelas minhas costas nuas.

Senti todo meu corpo arrepiar com aquele movimento, eu não podia deixá-lo ter o controle de mim novamente, mas tê-lo dessa forma era tão bom... Seu cheiro dominava todo o carro, o que só me enlouquecia, sua aproximação começou a fazer com que meu coração acelerasse e minha respiração perdesse o ritmo.

- Coringa, e-eu não...

- Tem certeza que me quer longe? - Continuou sussurrando, uma mão passou a subir em direção ao meu cabelo. Ele sabia que minha nuca era meu ponto fraco, e começou a jogar por ali. Sua boca encostou levemente no glóbulo de minha orelha e desceu lentamente, passando pelo meu pescoço e chegando em minha clavícula. A outra mão pegou em minha cintura e prensou-me contra seu corpo, fazendo-me sentir certo "volume". Estava completamente fora do controle, ele conseguia tirá-lo de mim tão facilmente. 

- N-não. - Tentei me concentrar em outra coisa, eu tinha que ser forte. Eu era uma mulher independente agora, não iria cair nos caprichos dele. - Não! - Empurrei-o e saí de seu colo, sentando no banco do carona. - Eu quero sair daqui, Coringa. Agora! - Cruzei meus braços e o encarei. Ele ficou alguns segundos perplexo, até que me encarou de volta.

- Como você quiser. - O Palhaço ligou o carro, fazendo-me ficar confusa. - Vamos sair daqui. - E sorriu para mim.

- Filho da puta! - Tentei pegar o volante, mas apenas com uma mão ele me manteve no banco do carona. - Seu doido de cabelo verde, se não me tirar daqui, eu vou bater esse carro! 

Ele riu alto.

- Bate, uai. O que temos a perder? - Esqueci que ameaças de morte nunca o assustaram. Bufei e respirei fundo.

- Aonde está me levando? 

- Um lugarzinho particular. 

- Tem como ser mais vago nas respostas? Tá pouco ainda.

- Você fica tão linda nervosa... - A mão que estava em meu colo, mantendo-me parada, começou a descer em direção aos meus peitos e eu dei um tapa nela.

- Vamos deixar claro uma coisa: não vai rolar nada essa noite, absolutamente nada.

- Se você está dizendo. - Ele deu de ombros e continuou olhando para estrada. Comecei a olhar pela janela e passei a não reconhecer o lugar em que estávamos, era bastante iluminado e tinha algumas mansões.

- Aonde estamos indo? - Sussurrei, comecei a pensar na possibilidade dele me matar e me enterrar no quintal de alguma residência.

- Para de ser tão chata, é uma surpresa. - Coringa revirou os olhos.

- Por favor... Me deixa sair. - Olhei para ele com um biquinho.

- Está com medo de mim? - Ele me encarou sério.

- Sim, Coringa. Eu estou com medo do cara que me fez entrar a força dentro do carro dele.

- Não aja como se eu fosse um "cara". - Ele bufou. - Você já não é mais como antes... É uma pena.

- Sofri bastante para deixar de ser, não acha?

- Harley, não foi minha culpa. - O carro parou em frente a uma mansão. Era gigante o lugar. Todavia, não consegui focar nela com a estúpida fala dele.

- Não foi culpa sua? Você sabia como eu estava aquele tempo todo! Você me fez sofrer e pior, me deixou ser presa, me abandonou. - A última parte da minha fala mal saiu, pois senti uma pontada de dor, a mágoa dentro de mim ainda era gigante.

- Eu achei que você fugiria quando ele fosse preso, não sabia que seria tão sentimental... Amor, eu fiquei o tempo todo te procurando. - Sua mão encostou levemente em meu rosto. - Você conseguiu me fazer parar de perseguir o Batman, por um tempo.

- Consegui? - Sussurrei baixo, eu não sabia que ele tinha ficado mal. - Jura?

- Juro. - Encarei-o timidamente e ele me olhava, do jeito que fazia todo meu corpo paralisar. - Vem, quero te mostrar a casa.

- Casa? Você mora aqui?

- Um bom gangster sabe ostentar. - Sorriu e abriu sua porta e eu abri a minha, mesmo ainda sentindo meu braço doer muito, saí do carro. Eu poderia fingir que estava bem agora, que tudo tinha passado e que eu só queria estar ao seu lado, entretanto seria uma enorme mentira. Ele me causou muito ódio e muita decepção, eu ainda o queria ao meu lado, pois o amava, mas meu desejo por vingança ainda era grande. Lembrei-me de minha arma em minha coxa, estava por debaixo do vestido. Eu sabia que se entrasse nessa casa, não iria resistir, e o Palhaço não me merecia mais. Peguei-a rapidamente e apontei em sua direção.

Estava de costas para mim, esperando-me chegar ao seu lado para entrarmos. 

- Passa a chave do carro. - Falei, sendo o mais firme que conseguia. Coringa se virou com um sorriso. 

- Ou então o que? Você atira?

- Passa logo, Coringa.

- Não, não quero. - Ele me encarava com um olhar irônico. - Parece que você vai ter que atirar. - Continuei encarando-o, seria muito fácil acabar com tudo agora, matá-lo e me livrar de toda dor.

Se aproximou mais de mim, até a arma encostar em sua cabeça. Meus olhos começaram a marejar.

- Atira, atira, Arlequina. Anda!

Acionei o gatilho e respirei fundo.

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem!!


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