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História Daddy's Lil Monster - Sem querer, querendo.


Escrita por: dudagold

Capítulo 30 - Sem querer, querendo.


Seu olhar prendia o meu, vi em minha cabeça cada cena do dia em que caí naquele tanque passar. Antes que eu caísse, ele disse "Faça o que tem de ser feito, depois será completamente minha". Eu fiz, e agora sou. Entretanto, o que isso nos trouxe, além de toda decepção? Se eu atirasse, não haveriam mais decepções. Apenas um carro púrpura luxuoso à minha disposição, uma ligação para mandar as meninas matarem os participantes da gangue do Palhaço e o resto da minha vida longe da minha sina.

- Atira, atira, Arlequina. Anda!

Destravei a arma e atirei, dando seguidamente dois tiros. Coringa riu alto, e eu olhei para seu ombro e sua perna, estavam encharcados de sangue, mirei para que pegasse apenas de raspão e foi o que aconteceu, nos dois.

- Parece que alguém errou, ou será que acertou? - Foi tentar ir em minha direção, provavelmente com a intenção de me bater, e seguidamente soltou um grito. Eu o tinha machucado, consegui o que queria. - Caralho!

- Não! Não põe a mão. Anda, vamos para dentro. - Até poderia ter sido fria o suficiente para fazer o que fiz, porém jamais o largaria ali. Minha Arlequina inferior gritava para que eu o ajudasse.

- Fica longe de mim, Harley. - Ele tentou andar sozinho. - Eu já levei coisas piores, pega a merda da chave e some daqui.

- Para de agir feito um idiota. Vou fazer um curativo em você e depois pego a merda da chave. 

Seu olhar para mim era relutante, mas ignorei por completo. Gritei os seguranças para que o levassem, o coitado não conseguia andar nem mancando, por mais que ele tenha me feito sofrer, eu não conseguia pagar na mesma moeda, doía demais. Fui correndo atrás, perguntaram-me se era para chamar o médico e eu gritei que não. A última coisa que precisávamos era de alguém comentando que rolaram tiros na casa de um homem de cabelo verde, eu teria que me virar.

- Você. - Apontei para a empregada que surgiu preocupada. - Pegue as coisas de primeiros socorros, não saía comentando com ninguém nesta casa sobre isso. Ouviu?

- Claro, claro! - Seus olhos estavam arregalados, obedeceu-me sem questionar. Prontamente, trouxe tudo que eu precisava, já havia feito muitos curativos em meus pacientes, no hospício, eles costumam se machucar bastante e uma psiquiatra precisa estar pronta para tudo.

- É isto que você leva quando gosta de alguém: dois tiros. - Ele não parava de resmungar um segundo sequer.

- Agora você gosta de mim? - Olhei para o Coringa com ironia, enquanto limpava o ferimento da perna.

- Quando eu disse que não gostava? - Sorriu para mim.

- Vai para o inferno. - Seus olhos se reviraram com minha fala. Apertei bem o curativo propositalmente, provocando um gemido alto no Palhaço.

- Harley... - Sentei-me no sofá e passei a cuidar do ombro ferido, sem encará-lo. - O que você esperava? De verdade, não consigo te entender. 

- Qualquer coisa, menos ser abandona, Coringa. - O choro que eu tinha segurado antes de ter atirado nele, voltou a querer sair. Vê-lo assim, calmo e com a voz rouca, quase falhando, pelo estado de debilitação, acabava com qualquer muro que eu já tivesse construído em torno de mim.

- Aquilo não era para ter durado tanto, eu já disse! - Ele puxou meu rosto para que eu o encarasse.

- Para! Para de tentar fingir ser inocente... Por que você continua com isso?! - Deixei as lágrimas escorrerem. - Por que brinca tanto comigo? Eu nunca quis te fazer mal, só queria... - O choro me atrapalhava a falar, porém tentei seguir firme. - Só queria estar do seu lado.

- Você sabia, desde o começo, que não seria fácil. Eu... Eu não consigo, amor, não consigo manter um romance por tanta tempo, como você gostaria. - Até entendia isso, psicopatas não conseguem se afeiçoar a nada. Todavia que se foda a psicologia, eu precisei do carinho dele, apenas isso, e não aceitaria justificativas por não tê-lo recebido. - Tudo fica bem para mim no começo, mas depois se torna um jogo, uma utilidade... Sinto muito, mas não é porque eu quero, é o que eu sou e... - Coloquei dois dedos em sua boca para que parasse de falar.

- Já disse para parar, a única justificativa para tudo que aconteceu é simples: você me via como uma integrante da sua gangue, apenas isso. Ah, e de vez em quando, você transava com ela, mas não tinha nada demais. - Ele já estava cuidado, agora eu só precisava de dinheiro, iria pegar um táxi e ir embora, precisava descansar. Respirei fundo e me preparei para a despedida. - Já eu, - Senti sua mão, que ainda prendia meu rosto, passar a acariciá-lo. Meu choro já havia cessado. - te via como meu mundo.

- Não fala o que você não sabe, Arlequina. - Seus olhos eram como um oceano, tinham a mesma cor, minha vontade era me afogar ali e sabia que, se não saísse logo, isso iria acontecer. 

A outra mão passou a acariciar meu braço, deixando cada ponto em que passava eletrizado, era uma sensação maravilhosa. 

- Você foi minha prioridade. - Sussurrou com a voz rouca. A mão que estava em meu rosto me puxou para um beijo e eu não recusei. - Você ainda é.

Começou como algo calmo, porém eu sentia tanta falta daqueles lábios, sentia tanta falta daquele beijo. A saudade começou a tornar o momento uma necessidade. Subi em seu colo com todo o cuidado e suas mãos foram para minhas coxas, acariciando-nas, desci minha boca para seu pescoço e beijei cada ponto dele, sentindo seu maravilhoso perfume, ainda era o mesmo de quando o conheci. Ele descia lentamente as alças de meu vestido e me beijava urgentemente. E então, me dei conta do que estava fazendo.

- Coringa... Não dá, - Parei o beijo, porém o Palhaço continuou me dando mordidas no pescoço.- n-não podemos mais. - Minha negação saia fraca, estava claro que meu corpo queria o contrário.

Ele apenas riu pelo nariz e prendeu minhas pernas em sua cintura, levantando-se e subindo as escadas. Sua boca continua a me beijar no pescoço, no lóbulo da orelha e em meu colo. Minhas alças estavam caídas e já se tinha a visão de meus peitos. Bom, como Selina disse "Não tem problema ter recaídas, só devemos ter cuidado", e na minha cabeça, eu estava tendo cuidado, então que mal tem?

Desisti da resistência e envolvi minhas mãos em seu cabelo, puxando-o para mais um beijo. O plano parecia ser me levar para o quarto, mas não deu tempo. Ele me colocou contra a parede e eu desci sua cabeça para que ele chupasse meus peitos. Coringa os apertou com força e fez exatamente o que eu queria, arrancando-me gemidos fracos.

- Como senti falta... -  Sorri com sua fala e terminei de desabotoar sua camisa, arrancando-a dele. 

Sua mão começou a deslizar por minha coxa, chegando em minha intimidade e, por fim, passou a estimulá-la, por cima da calcinha. Meus gemidos começaram a aumentar e minhas mãos, que estavam em seu cabelo novamente, desceu para sua calça, desabotoando-a rapidamente. Senti seus dedos entrando em mim e gemi alto. Ele mordeu meu pescoço e logo subiu para que nossos lábios se encontrassem mais uma vez, enquanto permanecia me estimulando, colocando e tirando os dedos.

Liberei seu membro e ele já estava duro. Sentia meu corpo todo eletrizado pelos seus toques em minha intimidade, eu estava tão molhada quando sem fôlego e o Coringa adorava me ver assim. O beijo continuava, ele abriu bem minhas pernas e começou a meter, meu corpo batia contra a parede, porém no momento eu não me importava. Os arranhões que eu fazia em suas costas eram inevitáveis, ainda mais tendo que ouvir os gemidos roucos do Palhaço, aquilo era demais para mim.

Mantinha meus gemidos um pouco baixos, e ele aumentava cada mais as investidas. Nosso beijo provocava diversas mordidas em nossos lábios, chegando até a machucá-los. Rapidamente senti minhas pernas tremerem e meu corpo amolecer, senti-me contrair por inteira. O orgasmo havia chegado e com ele não consegui conter meu grito, fazendo com que toda a casa soubesse que estávamos transando. 

- Goza para mim, amor. - Falei sussurrando em seu ouvido, comecei a sentir outra sensação forte de prazer, ele estava me fazendo ter orgasmos seguidos. E aquilo me tirou gritos extremamente altos, chamando seu nome. Arregalei meus olhos com a sensação, era melhor do que qualquer outro ápice que já tivesse chegado. - A-Amor! 

Ele afundou as mãos em minhas coxas e acelerou as metidas, puxando meu cabelo para trás deixando todo meu pescoço exposto e beijando-o por completo, gozando logo em seguida. Gritando meu nome enquanto chegava ao seu ápice.

- Harley... Harley! - Ouvi-lo gritar-me dava-me uma sensação que eu mal sei descrever. Apenas o puxei para mais um beijo e ele retribuiu, era um pouco violento, mas demonstrava exatamente todas as sensações que estávamos sentindo naquele momento. Coringa foi carregando-me até seu quarto, chutando a porta e depois a fechando.

Jogou-me na cama e subiu por cima de mim. Não era necessário que falássemos naquele momento, apenas nos olhávamos e encostávamos lentamente nossos lábios, um lençol branco nos envolvia, a cama era toda da mesma cor. A sensação de paz me inundou, sentia-me por inteira arrepiada. Quando parávamos para respirar, eu o encarava, passando a mão em seu rosto lentamente. A mansidão azul de seus olhos era encantadora, eu me perdia olhando-os e percebia que ele sentia o mesmo quando olhava os meus, sorrindo ao ficar poucos centímetros de meu rosto.

Eu havia dado calma ao perturbado Coringa, havia lhe feito sorrir, mas não por maldade, ou por pura luxúria. Aquele sorriso era de felicidade, pura e inocente. Dando-me a entender que talvez, só talvez, ele realmente me amasse, do jeito torto e desengonçado dele... Um amor considerado estranho. Todavia quem pode julgá-lo? Ninguém consegue explicar o que é o amor com exatidão, que dirá explicar as diferentes formas de demonstração existentes para ele.

A maravilhosa noite já me dava toda prova que eu precisava, todo o aconchego que eu necessitava. Olhei-o mais um vez antes de puxá-lo para meus lábios e beijar os seus calmamente. Ele não estava mais por cima de mim, agora eu estava apoiada em seu peito e me confortando em seu abraço, tínhamos ficado longos minutos quietos. Novamente, o beijo começou a ficar urgente e eu não aguentei segurar o riso.

- O que foi? - Coringa sorriu para mim.

- Não aguentamos ficar apenas românticos por muito tempo, né? 

Ele riu baixo. 

- Não. - Senti suas mãos descerem do meu rosto até chegar em minha intimidade, e subi rapidamente em cima dele, desta vez, quem controlaria seria eu.

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem!!


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