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História Daddy's Lil Monster - Antiprofissionalismo.


Escrita por: dudagold

Capítulo 4 - Antiprofissionalismo.


Fanfic / Fanfiction Daddy's Lil Monster - Antiprofissionalismo.

- Antes de tudo, tire essa camisa horrível de mim.

Meu coração acelerou, eu nunca o havia tocado. Tirei as chaves do meu jaleco e ele se levantou,  liberei o cadeado que ficava nas costas e rapidamente estava face à face com o Coringa, liberei o da frente e a camisa caiu. Olhei para cima e o encarei, juro que dava para ouvir as batidas de meu coração naquele momento, estava tão próxima dele que sentia sua respiração em meu rosto, ele olhava fixamente para mim e de um modo que me arrepiava, não de medo, mas de desejo. Ficamos assim por alguns incontáveis segundos, até que senti sua mão em meu rosto, e, sem medir consequências, o beijei.

Ele rapidamente segurou em minha cintura e me colocou em cima da mesa onde conversávamos em outras sessões, passou as mãos pelo meu corpo até chegar em minhas coxas, infelizmente, eu estava de calça. Subiu novamente para minha cintura e intensificou o beijo. Eu não tirava as mãos de sua nuca e de seu rosto. Aquilo tudo era completamente antiprofissional, mas já tinha admitido para mim mesma que minha seriedade havia indo embora assim que conheci este homem.

O puxei mais para mim e ele prensou o corpo contra o meu, senti seu membro duro entre minhas pernas, porém exatamente neste momento, em que eu já não tinha mais um pingo de autocontrole, ele segurou meu rosto e disse, com toda calma:

- Agora, escute com atenção, você vai me trazer uma metralhadora. Entendeu bem? Faz isso por mim?

Infelizmente, ou felizmente, eu estava hipnotizada. Fazia tanto tempo que não sentia a sensação de paz, de estar bem de verdade, sabe? E eu não queria estragar o momento, não queria estragar minha oportunidade de ser feliz novamente.

- Faço qualquer coisa.

Ele encostou os dedos em meus lábios, e sorriu me encarando novamente.

- Fico feliz por isso, Harleen.

O tempo de consulta já havia ultrapassado os limites e eu não havia percebido, ele se desprendeu de mim, sentou na cadeira e eu me ajeitei, estava toda despenteada. Quando estava para abrir a porta, o palhaço só comentou:

- Seu batom está borrado, minha querida. - Claro, ele deu um de seus sorrisos depois disso, nem preciso dizer.

Olhei para ele e ajeitei, passando o dedo provocativamente pelo canto da boca e sorrindo um pouco. Ele riu e eu saí. 

Avisei aos guardas da não necessidade de camisa de força mais, explicando que ele já tinha sanidade o suficiente para não ser violento. Nunca fui tão falsa, o cara havia acabado de me pedir uma metralhadora. E pensando nisso, me desesperei, pois tinha que traçar um plano para conseguir uma.

Cheguei em casa e fui direto tomar um banho, estava zonza pela quantidade de informações em minha cabeça, havia acontecido muita coisa em um dia só. Porém eu não podia negar, estava tão alegre por tê-lo beijado, por ter sentido o desejo dele quando me beijou, vi a vontade em seus olhos, e se eu pudesse, teria ficado bem mais tempo lá, ah com certeza, muito mais.

Saí do banho e fui para cozinha, vestida com uma blusa de moletom nada sensual. Precisava me alimentar, estava passando tempo demais à base de café, fiz uma salada simples e sentei para comer, peguei meu celular e logo quando desbloqueei havia uma mensagem de um número desconhecido, dizia: "Apareça, amanhã, às 19 horas, na antiga biblioteca municipal de Gotham City, lá terá o que precisa."

A sensação de desespero retornou, aquilo tudo era real, eu tinha concordado em ajudar um ex criminoso fugir de seu manicômio. Fechei os olhos e tentei colocar minha cabeça para pensar, porém não conseguia, minha única vontade era de voltar lá e beijá-lo mais. Meus instintos pareciam dominados, sentia como se esta fosse minha maior necessidade: ajudá-lo. Só a ideia de tê-lo em meus braços, sem nenhuma prisão ao nosso redor, me fazia querer pular de felicidade.

Consegui, enfim, perceber uma coisa, eu tinha conseguido conquistar o nível de aceitação sobre o suicídio, tudo ocorre por um motivo e eu não teria conhecido esse maluco de cabelos verdes se todas as coisas horrorosas não tivessem me acontecido. 

Ele foi meu motivo, e ainda que eu estivesse jogando uma bomba em minha carreira, pouco importava, eu queria ser livre, e, mesmo que pareça loucura, precisava de um criminoso ao meu lado para isso. Afinal, sanidade não é liberdade, e nunca será. 

 


Notas Finais


Espero que gostem!


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