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História Daddy's Lil Monster - Meu primeiro crime. (Parte II)


Escrita por: dudagold

Capítulo 6 - Meu primeiro crime. (Parte II)


Respirei fundo pelo menos umas dez vezes antes de sair do carro. Estava repetindo a frase que usaria caso alguém me questionasse, meu medo era me embolar e eles pedirem para que eu abrisse a bolsa, ou usarem o detector de metal. 

Minha confiança estava no respeito que as pessoas tinham por mim naquele local. Só esperava não estar errada sobre manter minhas esperanças nisso.

Abri minha carteira e peguei meu cartão de entrada, carregaria junto com a bolsa que continha a metralhadora e o dispositivo que alertaria a gangue. Antes de sair do Porsche, senti meu celular vibrar. Era apenas uma mensagem dizendo "Sai logo dessa merda." Quase escrevi um "Vai para casa do caralho." em resposta, mas preferi me acalmar e tentar controlar minha tremedeira.

Sai, enfim, do carro. Fui até a entrada e passei o cartão, como eu esperava, o vigia me perguntou o que eu estava fazendo ali uma hora dessa. Minha frase então, serviu para alguma coisa. E com satisfação, percebi que sou uma ótima estrategista.

- Preciso pegar algumas coisas no meu escritório. - Olhei inocentemente para bolsa, que parecia estar vazia, Macabro realmente a escolheu a dedo.

- Tudo bem, Dra. Quinzel.

Bom, infelizmente, alguém agora saberia que eu estive aqui na noite da fuga do Coringa. Acabei por completo com minha carreira. Porém, no dia seguinte, uma hora dessa já estaria bem longe com um criminoso. 

A ideia me fez sorrir, estava me sentindo tão poderosa! Era uma sensação que nunca tive, algo que me fazia querer explodir de luxúria, talvez fosse apenas uma grande descarga de adrenalina. Isso! A adrenalina corria por todo meu corpo. Entrei no manicômio e fui em direção à minha sala para despistar os guardas que me olhavam estranho. Liguei a luz e tranquei a porta, por puro instinto tirei a arma e passei um pano nela, precisava tirar minhas digitais, mesmo sabendo que se ele fosse preso eu também seria, queria me dar o luxo de uma segurança. Coloquei as luvas que estavam dentro da bolsa, enfiei a arma de volta nela e as tirei de minha mão, guardando novamente onde estavam. Destranquei minha porta e saí, olhando bem para me certificar de que não tinha ninguém vendo, fui em direção ao lugar onde eram deixadas as chaves,  peguei a da cela do Coringa e fui encontrá-lo. Reparei, naquele momento, a facilidade imensa existente para invadir o lugar, parecia até que as câmeras não estavam funcionando.

Ele já estava me esperando. O rosto encontrava-se grudado na cela, claramente impaciente.

- Por que demorou tanto?

- Tive que despistar os guardas. - Falava nervosa, enquanto abria a cela.

- Anda logo com essa porra.

Fiquei incomodada com a forma que agia. Deveria estar apenas nervoso, mas era esquisito. Nem nas sessões mais profundas que tivemos ele chegou a se comportar dessa forma, na verdade, nem perto disso.

A cela se abriu e eu o entreguei a bolsa, ele nem se interessou em colocar as luvas, pegou logo a metralhadora e sorriu para mim, não um de seus sorrisos que me deixavam querendo rir, e sim um que se eu não o conhecesse a um bom tempo, seis meses, ou não estivesse completamente apaixonada, já teria saído correndo. Nesse exato momento, um guarda surgiu perguntando o que estava acontecendo, provavelmente não tinha visto a arma direito, já que o local estava escuro demais.

Em questões de segundos eu ouvi tiros e depois vi o vigia estirado no chão. Senti um pavor enorme, mas me calei, não iria parecer fraca na frente do Palhaço. Ele saiu correndo e pediu para que eu ficasse atrás, claro que esse já era o meu plano, mas apenas confirmei com a cabeça.

Lembrei então de apertar o dispositivo, eles já deveriam ter ouvido o barulho dos tiros, mas ainda sim quis fazer meu papel, além de querer me assegurar de que eles logo viriam e tudo acabaria. Porém, o Coringa não parecia nada apreensivo, não tinha nenhum tipo de precaução, saia atirando em todo mundo que visse e eu não podia fazer nada, apenas assistir. Odiava ver a cena deles agonizando, era um terror na minha cabeça.

Em poucos segundos vi algumas pessoas mascaradas, outras que não usavam nada, porém os rostos  eram cheios de tatuagem e logo os identifiquei como a gangue. Não encontrei Macabro em lugar algum, queria me sentir mais segura, pois o Coringa não fazia questão nem de olhar para mim, que dirá me acalmar, e, com isso, meu coração começou a apertar.

Entrei em uma sala, que já estava com a porta arrombada, para esperar ele acabar de se divertir. Sinto logo em seguida meu braço sendo puxado e, por reflexo, tento me desviar, porém não dá tempo. Sou colocada em cima de uma maca e fico sem entender nada. Grito para o homem que fazia isso parar, olho com esperança para ver se não era Macabro fazendo uma de suas gracinhas, todavia, não era.

Ele me prende com os cintos da maca e eu continuo gritando, dessa vez o nome do Coringa. O homem mascarado sai e o que eu estava chamando entra, com um sorriso aterrorizante e uma expressão de satisfação.

- Como se sente doutora? Dessa vez é você quem está presa, e eu, solto. Quer que eu lhe consulte? O faria com prazer.

- O que está acontecendo aqui? EU AJUDEI VOCÊ!

- Sim, minha querida, e realmente me foi muito útil. Mas apenas para o dia de hoje, pois os outros? Não, não, você foi minha tortura. Me fez esquecer as poucas coisas que eu lembrava, abriu um buraco dentro de mim. E agora? Agora eu nem faço ideia de como preenchê-lo, não tenho nem noção do que seja isso.

- Me solta daqui, me deixa ir embora! 

Não sabia o que dizer, eu estava tão machucada por dentro, meu coração foi feito em pedaços nesse exato momento. Eu tinha sido apenas usada, fui apenas uma parte do plano, uma peça, e devo admitir, ele manuseou tudo com perfeição, pois não me deixou desconfiar nem por um segundo sequer. 

- Ah, eu vou deixar, com toda certeza. Mas antes, mereço a diversão de lhe fazer gritar. Você me fez agonizar por muito tempo, e tudo foi por culpa dessa sua linda cabecinha loira. É justo que eu a estrague, não?

- Eu apenas tentei fazer com que superasse seus traumas. - Sussurrei, eu estava tão destruída que não conseguia nem revidar de forma louvável.

- Péssimos métodos Doutora Quinzel, eu já os tinha esquecido. Mas você, com todo seu blábláblá, me fez relembrar cena por cena, sentimento por sentimento. Enfim, conversinha nunca nos levou a nada de bom, não é mesmo?

Ele pegou os aparelhos que eram usados no tratamento de choque e eu me desesperei.

- O que vai fazer?! Me matar? 

- Não, não, meu bem. Vou apenas lhe causar uma dor, muito, mas muito forte. - Deu uma risada estridente depois disso, e enfiou um cinto na minha boca. - Não queremos estragar esses dentinhos tão maravilhosos, não é mesmo? Sua boca é perfeitinha demais para isso. - Sussurrou essa última parte bem perto de minha orelha, passando as mãos em meu pescoço.

Pegou novamente os aparelhos e sorriu para mim. Apertei o lençol. E falei, mesmo com bastante dificuldade, já que tinha um negócio gigante entre meu dentes:

- Faça o que quiser, eu aguento. 

- Você é tão boa, mas tão, minha querida, que só acaba me deixando cada vez mais louco. - E, após ter falado isso, Coringa soltou outra risada e encostou os dispositivos em minha cabeça.

 


Notas Finais


Ficou praticamente igual à cena do filme, pois tive que usá-la para justificar os acontecimentos futuros. Masss, isso é uma fanfic, né galera? Enfim, espero que gostem!!


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